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Lassa

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(Redirecionado de Lhasa)

Lassa
  Prefeitura  
Horizonte de Lassa
Horizonte de Lassa
Localização
Localização de Lassa na China
Localização de Lassa na China
Localização de Lassa na China
Localização da prefeitura de Lassa no Tibete
Localização da prefeitura de Lassa no Tibete
Localização da prefeitura de Lassa no Tibete
Coordenadas 29° 39′ 00″ N, 91° 06′ 00″ L
País  China China
Região Autônoma Tibete
Prefeitura Lassa
Administração
Subdivisões
Tipo Prefeitura [1]
Prefeito Doje Cezhug
Características geográficas
Área total [2] 31 662 km²
 • Área urbana 523 km²
População total (2020) [2] 867 900 hab.
 • População urbana 223 001
Densidade 27,4 hab./km²
 • Densidade urbana 426,4 hab./km²
População (est. 2007) [3]
 • Prefeitura 464 736
 • Urbana 181 991
Demografia
 • Principais nacionalidades Tibetano, Han, Hui
 • Línguas regionais Tibetano, Sino Jin (Dialeto Hohhot)
Altitude 3 490 m
Fuso horário UTC (UTC+8)
Código postal 850000 a 850600
Código de área +86 891
Sítio www.lasa.gov.cn/
[4]

Lassa[5] ou Lhasa[6][7] (em tibetano: ལྷ་ས་, em chinês tradicional 拉薩, em chinês simplificado: 拉萨, em transliteração pinyin Lāsà) é a capital administrativa da Região Autónoma do Tibete, na República Popular da China. Está localizado no sopé do Monte Gephel.

Tradicionalmente, a cidade é a sede do Dalai Lama. Sua principal atração é o Palácio de Potala, parte do Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO, e é o berço do budismo tibetano. O Jokhang, em Lassa, é considerado como o centro mais sagrado do Tibete. Lassa literalmente significa "lugar dos deuses", apesar de antigos documentos e inscrições tibetanas demonstrarem que o local era chamado de Rasa, que significa "lugar de cabra", até o século VII.

Com aproximadamente 870 mil habitantes, a cidade encontra-se a uma altitude de 3.490 metros acima do nível do mar, sendo uma das mais altas cidades do mundo. A cidade faz parte de um município-prefeitura, a Prefeitura de Lassa, que consiste em oito condados de pequeno porte: Lhünzhub, Damxung, Nyêmo, Qüxü, Doilungdêqên, Dagzê, Maizhokunggar e Distrito de Chengguan.

Em meados do século VII, Songtsen Gampo tornou-se o líder do Império tibetano, que tinha subido ao poder no vale rio Bramaputra (localmente conhecido como o Rio Yarlung). Depois de conquistar o reino de Zhangzhung no oeste, ele mudou a capital do castelo Chingwa Taktse no condado de Chongye (pinyin: Qonggai), a sudoeste de Yarlung, para Rasa (atual Lassa) onde, em 637, ele fundou os primeiros edifícios do Palácio de Potala no Monte Marpori. Em 641, ele fundou o Rasa Trulnang ou Templo de Jokhang.[8] Lassa logo se tornou não apenas o centro religioso, mas o centro político.[9] Lassa permaneceu a capital durante todo o desenvolvimento do Império tibetano até o reinadoo de Ü Dumtsen (Langdarma) no século IX, quando os locais sagrados foram destruídos e profanados e o império fragmentado.[10]

Em 641, Songtsen Gampo, que nesta época tinha conquistado toda região tibetana, casou-se com a princesa Bhrikuti do Nepal e com a Princesa Wen Cheng da corte imperial Tang. Através destes casamentos, ele se converteu ao budismo e começou a construir o Templo de Ramoche, em Lassa, a fim de abrigar duas estátuas de Buda trazidas para sua corte pelas princesas. Outros edifícios construídos por volda desta época incluíam o Eremitério de Pabonka (Pha bong kha) e sua torre de nove andares, e os gompas (templos) de Meru Nyingba, Tsamkhung e Drak Lhaluphuk.[11][12]

Registros da dinastia Tang menciona que o império de Songtsen Gampo era ainda em grande parte nômade e que ele mantinha a corte em grandes tendas móveis resplandecentes, pelo menos enquanto sua corte se movia pelo país. O relato de um embaixador chinês em 672 que o imperador tibetano "não vivia debaixo de um telhado", era sem dúvida um exagero, e, provavelmente, pretendia menosprezar o país.[13] No entanto, isto foi provavelmente baseado em um simples mal-entendido. Mais tarde, um outro ambaixador que chegou ao Tibete em 822, relatou que o imperador tibetano tinha sua sede de verão em uma grande tenda bem ao norte de Lassa. Está bastante claro que este era apenas um acampamento de verão e só se pode supor que passava os fortes invernos em um dos muitos edifícios em Lassa. A descrição deste acampamento real de verão, da forma que o embaixador chinês viu, está registrado no Xin Tangshu 216A:

"O vale ao norte do Rio Tsang (Kyi-Chu ou Rio Kyi) é o acampamento de verão dos príncipes do bcan-po. É cercado com [uma paliçada de] estacas unidas. A uma distância média de dez passos [de uma para outra] 100 lanças tinham sido fixadas; no meio delas é colocado um grande estandarte. Existem três portões cem passos um do outro. Soldados com armaduras guardam os portões. Feiticeiros com chapéu de pássaro [penas] e um cinto de tigre [peles] tocavam os tambores. Qualquer um que entrava era revistado antes de serem autorizados a prosseguir. No meio [do campo] estava um alto terraço, rodeado por uma rica balaustrada. Bcan-po ficava sentado em sua tenda. [Havia] dragões com e sem chifres, tigres e panteras, todos feitos de ouro. [O bcan-po] estava vestido de linho branco com uma musselina rosa amarrada na cabeça. Ele carregava uma espada incrustada com ouro. O Primeiro-Ministro ficava de pé à sua direita, enquanto os Ministros de Estado ficavam acomoddos no pé do terraço ".[14]

Songtsen Gampo.

Da queda da monarquia no século IX até a ascensão do 5º Dalai Lama, o centro do poder político na região tibetana não estava localizado em Lassa. No entanto, a importância de Lassa como um local religioso tornou-se cada vez mais significativa com o passar dos séculos.[15] Lassa era conhecida como o centro do Tibete, onde Padmasambhava magicamente derrotou a demônia da terra e construiu as fundações do Templo de Jokhang sobre o coração dela.[16]

Por volta do século XV, a cidade de Lassa voltou a eminência após a fundação de três grandes mosteiros Gelug por Je Tsongkhapa e seus discípulos. Os três mosteiros são Ganden, Sera e Drepung que foram construídos como parte do avivamento puritano budista no Tibete.[11] As realizações acadêmicas e a habilidade política desta seita acabou levando Lassa, mais uma vez, ao centro das atenções.

O 5º Dalai Lama, Lobsang Gyatso (1617-1682), conquistou o Tibete e, em 1642, mudou o centro de sua administração para Lassa, que voltou a ser a capital religiosa e política. Em 1645, a reconstrução do Palácio de Potala começou no Monte Vermelho. Em 1648, o Potrang Karpo (Palácio Branco), parte do Palácio de Potala, foi concluído, e o Palácio passou a ser usado como palácio de inverno pelo Dalai Lama a partir dessa época. O Potrang Marpo (Palácio Vermelho) foi acrescentado entre 1690 e 1694.

O nome "Potala" é possivelmente derivado de Monte Potalaka, a morada mitológica de Avalokiteshvara Bodisatva. O templo de Jokhang também foi bastante expandido por esta época. Embora algumas esculturas de madeira e lintéis do templo de Jokhang datam do século VII, as mais antigas construções ainda existentes em Lassa, tais como o interior do Palácio de Potala, o Jokhang e alguns dos mosteiros e propriedades do bairro antigo datam deste segundo florescimento na história de Lassa.

O palácio de verão e jardins de Norbulingka a sudoeste da cidade foram construídos no século XVIII sob o governo do 7º Dalai Lama.[11]

A 11ª edição da Enciclopédia Britânica, publicada entre 1910-1911, mencionou que a polulação total de Lassa, incluindo os lamas da cidade e arredores era de cerca de 30.000;[17] um recenseamento feito em 1854, apontou o número de 42.000 habitantes, mas sabe-se que a população diminuiu substancialmente desde então. A Britannica mencionou que dentro de Lassa, havia cerca de um 1.500 residentes tibetanos leigos e cerca de 5.500 mulheres tibetanas.[17] A população permanente também incluía famílias chinesas (cerca de 2.000).[17] Os residentes da cidade incluíam pessoas do Nepal e Ladak (cerca de 800), e algumas do Butão, Mongólia e outros lugares.[17] A Britannica apontou ainda que os chineses possuíam um cemitério repleto em Lassa, bem cuidado de acordo com seus costumes e que os nepalaleses forneciam trabalhadores mecânicos e metalúrgicos naquela época.[17]

Na primeira metade do século XX, vários exploradores ocidentais fizeram viagens para a cidade, incluindo William Montgomery McGovern, Francis Younghusband, Alexandra David-Néel e Heinrich Harrer. Como Lassa era o centro do budismo tibetano, quase a metade de sua população eram monges.

De acordo com um escritor, a população da cidade em 1959 era de cerca de 10.000, com cerca de 10.000 monges nos monastérios de Drepung e Sera.[18] Hugh Richardson, por outro lado, coloca a população de Lsasa, em 1952, antes da ocupação chinesa, "em torno de 25.000-30.000, ou cerca de 45.000-50.000 se a população dos grandes mosteiros de sua periferia for incluída".[19]

Com a invasão da China muitas pessoas fugiram da cidade, estas incluíam o 14º Dalai Lama, que fugiu do Palácio de Potala para exílio na Índia em 1959, após o levante de Lassa.

Entre 1987-1989, Lassa enfrentou grandes manifestações, lideradas por monges e freiras contra a ocupação chinesa. Como resultado, a China impôs restrições e programas de reeducação política nos mosteiros. Muitos tiveram que passar por sessões de re-educação com a intenção de tê-los alinhados com os pontos de vista comunista; eles também eram obrigados a denunciar tanto o Dalai Lama como a independência do Tibete. Muitos monges e freiras que se recusaram a colaborar foram enviados para a prisão, enquanto outros deixaram os mosteiros e fugiram para a Índia para que eles pudessem continuar com seus estudos.

Templo de Jokhang.
Lassa está situada em um vale plano no Himalaia.

Em uma altitude de 3.490 metros, Lassa é uma das cidades mais altas do mundo, localizada em um vale plano do Himalaia.[20] O ar contém apenas 68% de oxigênio comparado com o nível do mar.[10]

A prefeitura de Lassa cobre uma área de 31.662 km². A área central (Distrito de Chengguan) possui 523 km²[21] A prefeitura possui população total de 464.736 e a cidade de Lassa 181.991 habitantes (2007).[3]

Lassa está situada no centro do planalto tibetano rodeada por montanhas de 5.500 metros. O rio Kyi (ou Kyi Chu), um afluente do rio Bramaputra, corta a cidade. Este rio, conhecido pelos tibetanos locais como "ondas azuis agradáveis", corre através de picos cobertos de neves e voçorocas das montanhas Nyainqêntanglha, estende-se por 315 km, e deságua no rio Yarlung Zangbo em Qüxü, onde forma uma área de grande beleza cênica.

Lassa possui um clima semi-árido frio. Devido a sua elevada altitude, Lassa possui um clima fresco e seco com invernos muito frios. Em média, Lassa possui 178 dias por ano com temperaturas abaixo de 0 °C.[22] Recebe cerca de 3.000 horas de sol por ano e às vezes é chamada de "cidade ensolarada" pelos tibetanos.

Lassa possui precipitação anual em torno de 400 mm com as chuvas caindo principalmente nos meses de junho a setembro. O período chuvoso é considerado o "melhor" do ano, chove principalmente à noite e a cidade fica ensolarada durante o dia.

A umidade relativa média anual é de 45%, sendo janeiro e fevereiro os meses com menores taxas, em torno de 26%, e julho e agosto com as maiores, 68% e 72% respectivamente.[22]


Dados climatológicos para Lassa
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 16 21 21 25 27 27 28 24 22 22 19 17 28
Temperatura máxima média (°C) 7 9 11 16 19 22 22 21 19 17 12 8 15
Temperatura mínima média (°C) −11 −7 −4 1 4 9 10 9 7 1 −6 −9 1
Temperatura mínima recorde (°C) −16 −16 −12 −7 −4 2 6 1 0 −7 −15 −20 −20
Precipitação (mm) 2,5 12,7 7,6 5,1 25,4 63,5 121,9 88,9 66 12,7 2,5 0 408,9
Fonte: [22]
Uma mulher idosa com um objeto de oração nas ruas de Lassa
Mulher, artista de rua, e seu filho em Lassa, 1993.

De acordo com o último censo de 2020, a população da prefeitura de Lassa era de 867 900 habitantes e do Distrito de Chengguan, a divisão administrativa que contém a cidade de Lassa, 300 000 habitantes.[2] De acordo com o Anuário Estatístico do Tibet de 2008, a população estimada da prefeitura em 2007 era de 464.736 habitantes e da cidade de Lassa 181.991 habitantes.[3]

Grupos étnicos

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Principais grupos étnicos na prefeitura de Lassa por distrito ou condado, censo 2000[23]
Total Tibetanos Han outros
Prefeitura de Lassa 474.499 387.124 81,6% 80.584 17,0% 6.791 1,4%
Distrito de Chengguan 223.001 140.387 63,0% 76.581 34,3% 6.033 2,7%
Condado de Lhünzhub 50.895 50.335 98,9% 419 0,8% 141 0,3%
Condado de Damxung 39.169 38.689 98,8% 347 0,9% 133 0,3%
Condado de Nyêmo 27.375 27.138 99,1% 191 0,7% 46 0,2%
Condado de Qüxü 29.690 28.891 97,3% 746 2,5% 53 0,2%
Condado de Doilungdêqên 40.543 38.455 94,8% 1.868 4,6% 220 0,5%
Condado de Dagzê 24.906 24.662 99,0% 212 0,9% 32 0,1%
Condado de Maizhokunggar 38.920 38.567 99,1% 220 0,6% 133 0,3%

Administração

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Em termos administrativos, Lassa é uma prefeitura que consiste de um distrito e sete condados. O distrito de Chengguan, em azul no mapa, compreende a cidade de Lassa, sede da prefeitura.

Mapas
Subdivisões da Prefeitura de Lassa
Subdivisões da Prefeitura de Lassa
Prefeitura de Lassa no Tibete
Prefeitura de Lassa no Tibete
Nome Caracteres
chineses
Pinyin Tibetano Wylie População[2]
(censo 2000)
Área
(km²)[2]
Densidade
(hab./km²)
População[24]
(est. 2007)
1 Distrito de Chengguan (cidade de Lassa) 城关区 Chéngguān Qū ཁྲིན་ཀོན་ཆུས་ khrin kon chus 223.001 523 426,4 181.991
2 Condado de Lhünzhub 林周县 Línzhōu Xiàn ལྷུན་གྲུབ་རྫོང་ lhun grub rdzong 50.895 4.512 11,3 58.426
3 Condado de Damxung 当雄县 Dāngxióng Xiàn འདམ་གཞུང་རྫོང dam gzhung rdzong 39.169 12.000 3,3 43.534
4 Condado de Nyêmo 尼木县 Nímù Xiàn སྙེ་མོ་རྫོང་ snye mo rdzong 27.375 3.275 8,4 30.394
5 Condado de Qüxü 曲水县 Qūshuǐ Xiàn ཆུ་ཤུར་རྫོང་ chu shur rdzong 29.690 1.680 17,7 33.159
6 Condado de Doilungdêqên 堆龙德庆县 Duīlóngdéqìng Xiàn སྟོད་ལུང་བདེ་ཆེན་རྫོང་ stod lung bde chen rdzong 40.543 2.679 15,1 45.551
7 Condado de Dagzê 达孜县 Dázī Xiàn སྟག་རྩེ་རྫོང་ stag rtse rdzong 24.906 1.373 18,1 26.723
8 Condado de Maizhokunggar 墨竹工卡县 Mòzhúgōngkǎ Xiàn མལ་གྲོ་གུང་དཀར་རྫོང་ mal gro gung dkar rdzong 38.920 5.620 6,9 44.958
Totais 474.499 31.662 15,0 464.736

A prefeitura de Lassa é a maior economia do Tibete. Em 2007, a cidade teve um PIB de RMB 12,0 bilhões (US$ 1,6 bilhão), um aumento de 16,7% sobre o ano anterior, representando cerca de 35,1% do total do Tibete. O PIB per capita da cidade atingiu RMB 19.267 (US$ 2.561) por ano em 2007,[25] contra RMB 16.692 em 2006.[26]

O setor secundário de Lassa (indústria e construção) gerou um valor adicionado na produção industrial de RMB 2,6 bilhões, representando apenas 26% do total da cidade. As principais indústrias da cidade incluem a da mineração, a de materiais de construção, o artesanato e a medicina tibetana.[25]

Em 2007, o setor terciário (serviços) representou 68,6% do PIB total da cidade. O turismo tem sido um pilar importante da atividade econômica. Lassa atraiu 2,7 milhões de turistas. O turismo gerou receitas de RMB 2,8 bilhões, aumento de 55,6% em relação ao ano anterior.[25]

Dentro do mesmo ano, o comércio exterior total de Lassa atingiu US$ 376 milhões, um aumento de 25,5% sobre 2006, representando 95,7% do total do Tibete. Os principais produtos exportação incluem fungos de lagartas chinesas (Cordyceps sinensis), lã, alho, produtos de madeira e nêspera, enquanto que os principais itens de importação são as escavadoras. O Japão, Hong Kong, os Estados Unidos e a Rússia são os principais parceiros comerciais da cidade.[25]

O setor primário (agricultura, pecuária, etc.) representou 5,4% do PIB em 2007.[25]

Composição do PIB da prefeitura de Lassa por ano (%)[26]
Ano 2003 2004 2005 2006 2007
Setor primário 10,0 9,0 7,2 6,6 5,4
Setor secundário 23,8 24,0 23,5 24,7

26,0

Setor terciário 66,2 67,0 69,3 68,7 68,6
Evolução do PIB da prefeitura de Lassa de 1998 a 2007 (em bilhões de RMB)[25][26]
Ano 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
PIB 2,91 3,35 4,0 4,7 5,5 6,42 7,61 8,68 10,24 12,0
Estação ferroviária de Lassa
Interior da estação ferroviária
Aeroporto e Lassa
Principal rua de Lassa

A nova Ferrovia Qinghai-Tibete, liga Lhasa a capital da província chinesa de Qinghai, Xining, em um percurso de cerca de 2000 quilômetros. É a mais alta estrutura ferroviária do mundo e se conecta a outras ferrovias, permitindo que se vá de Lhasa a Pequim de trem.

Cinco trens chegam e partem diariamente da estação de trens de Lhasa. O trem numerado T27 leva 47 horas e 28 minutos da Estação Beijing West até Lhasa, chegando na cidade as 20:58 todos os dias. A passagem custa 389 yuans por um assento rígido, 813 yuans por um assento para dormir rígido ou 1262 yuans por um assento para dormir flexível. O trem T28 de Lhasa para Beiging West parte às 08:00 e chega em Pequim às 08:00 do terceiro dia, levando 48 horas. Também existem trens de Chengdu, Chongqing, Lanzhou, Xining, Guangzhou e Shangai para a cidade.

Inicialmente a grande variação de altitude nessas rotas causou problemas, pois os passageiros sofriam com tonturas e enjoos. Para resolver o problema, oxigénio é bombeado no sistema de ventilação dos trens e máscaras de oxigénio pessoais estão disponíveis.[27]

O Aeroporto Gonggar de Lassa está localizado a uma hora de táxi do sul da cidade. Existem voos para muitas cidades chinesas, incluindo Pequim e Chengdu, e a capital do Nepal, Kathmandu.

O aeroporto é servido por quatro empresas aéreas: Air China, China Eastern, China Southern Airlines e Sichuan Airlines.

A Rodovia Qinghai-Tibete(G109) corre para o noroeste até Xining e depois conecta-se a Pequim. É a rodovia mais usada pelos tibetanos. A Rodovia Sichuan-Tibete(G318) vai para o leste em direção a Chengdu e depois conecta-se a Shangai. A Rodovia xinjiang-Tibete(G219) segue para o norte até Yecheng, província de Xinjiang. Esta estrada é raramente usada devido a falta de postos de gasolina.

Norbulingka.
O Barkhor, um local para caminhada, meditação e compras

Lassa possui muitos locais de interessa histórico, incluindo o Palácio de Potala, Templo de Jokhang, Mosteiro de Sera, Templo de Zhefeng, Mosteiro de Drepung e Norbulingka. Entretanto, muitos locais importantes foram danificados ou destruídos na maior parte, mas não somente, durante a Revolução Cultural.[28][29][30] inaA cidade contém três caminhos concêntricos usados por peregrinos para circundar (andar em volta) o sagrado Templo de Johkhang, muitos dos quais fazem prostrações total ou parcial ao longo dessas rotas a fim de ganhar mérito espiritual. O caminho mais interno, o Nangkor (Nang-skor), está contido dentro do Templo de Jokhang, e circunda o santuário de Jowo Shakyamuni, a estátua mais sagrada do budismo tibetano. O caminho do meio, o Barkor (Bar-skor), passa pela Cidade Antiga e circunda o Templo de Jokhang e várias outras construções em seus arredores. O caminho de fora, o Lingkor (Gling-skor) circunda toda a cidade tradicional de Lhasa. Devido a construção de uma grande rua, a Beijing Lam, o Lingkor não é geralmente usado pelos peregrinos.

Todo mês de agosto o "Festival Shoton", um dos maiores festivais tradicionais do Tibet, é realizado em Lassa; foi realizado pela primeira vez no século VII.

A comida em Lassa pode também ser vista como parte da cultura. Geralmente, os tibetanos vivem de carne de cordeiro e carne bovina. Especialmente para os pastores, que secam a carne antes da chegada do inverno para que haja suprimento para os meses frios. O vinho é indispensável para os tibetanos, que é fermentado com Qingke, um tipo de cultura que cresce no Planalto de Qingzang.

Locais de interesse

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Palácio de Potala.
Festival Sho Dun (Shotun)

De acordo com autoridades da região, 1,1 milhão de pessoas visitaram o Tibete em 2004. As autoridades chinesas tem um plano ambicioso de crescimento do turismo na região com o objectivo de 10 milhões de visitantes em 2020, estes visitantes são esperados para a maioria étnica chinesa. Os defensores de uma maior autonomia do Tibete estão preocupados que o aumento do turismo vai levar a uma erosão da cultura indígena do Tibete, em particular, esses defensores afirmaram que a renovação em torno de locais históricos, como o Palácio de Potala, um Patrimônio Mundial da UNESCO, são criações como a Disneylândia do local sagrado.[31]

Cidades-irmãs

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Referências
  1. «Doje Cezhug Pictures - NPC Fifth Plenary Session». Zimbio. 16 de março de 2008. Consultado em 3 de fevereiro de 2010 
  2. a b c d e 拉萨人口. Consultado em 27 de julho de 2017. Cópia arquivada em 1 de julho de 2019 
  3. a b c Congressional-Executive Commission on China - Special Topic Paper: Tibet 2008-2009 - 22/10/2009 e Tibet Statistical Yearbook 2008 (Beijing: China Statistics Press, June 2008), Table 3-7
  4. Lhasa Facts
  5. Carlos Rocha, J.M.C. (28 de março de 2008). «Lassa, a grafia portuguesa da capital do Tibete». Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Consultado em 19 de janeiro de 2012 
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  7. «O Estado de S. Paulo» 
  8. Dorje (1999), pp. 68, 201-202.
  9. Stein (1972), p. 38.
  10. a b Dorje (1999), p. 68.
  11. a b c Dorje (1999), p. 69.
  12. Dowman (1988), p. 65.
  13. Stein (1972), p. 118.
  14. From the French translation by Pelliot (1961), pp. 130-131.
  15. Bloudeau, Anne-Mari & Gyatso, Yonten. 'Lhasa, Legend and History' in Lhasa in the Seventeenth Century: The Capital of the Dalai Lamas, 2003, pp. 24-25.
  16. Bloudeau, Anne-Mari & Gyatso, Yonten. "Lhasa, Legend and History." In: Lhasa in the Seventeenth Century: The Capital of the Dalai Lamas. Françoise Pommaret-Imaeda, Françoise Pommaret 2003, p. 38. Brill, Netherlands. ISBN 978-90-04-12866-8.
  17. a b c d e LHASA. Online Encyclopedia. Search over 40,000 articles from the original, classic Encyclopædia Britannica, 11th Edition
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  24. Population by Region - em http://bbs.jjxj.org/
  25. a b c d e f «Lhasa (Tibet) City Information Major Economic Indicators (2007)». Lhasa Economic and Social Development Report 2007 (em inglês). Hong Kong Trade Development Council. 18 de agosto de 2009. Consultado em 28 de fevereiro de 2010 
  26. a b c d e f g «Lhasa - Economic overview» (em inglês). eChinacities.com. Consultado em 28 de fevereiro de 2010 
  27. Train 27, Now Arriving Tibet, in a 'Great Leap West'
  28. Bradley Mayhew and Michael Kohn. Tibet. 6th Edition (2005), pp. 36-37. Lonely Planet. ISBN 1-74059-523-8
  29. Keith Dowman. The Power-Places of Central Tibet: The Pilgrim's Guide, (1988) pp. 8-13. Routledge & Kegan Paul, Ltd., London and New York. ISBN 0-7102-1370-0.
  30. Laird, Thomas. (2006). The Story of Tibet: Conversations with the Dalai Lama, pp. 345-351.Grove Press, New York. ISBN 978-0-8021-1827-1.
  31. Miles, Paul (8 de abril de 2005). «Tourism drive 'is destroying Tibet'». Telegraph. Consultado em 20 de maio de 2009 

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