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Indústria de Material Bélico do Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
IMBEL
Razão social Indústria de Material Bélico do Brasil
Estatal
Slogan Forjados para DEFESA, disponíveis para SEGURANÇA.
Atividade Bélica
Gênero Defesa
Fundação 13 de maio de 1808 (216 anos) (como Real Fábrica de Pólvora)[1][2][3][4]

14 de julho de 1975 (49 anos) (constituída por força da Lei nº 6.227/1975)[1][5]

Fundador(es) Governo Federal do Brasil, sob a presidência de Ernesto Geisel
Sede Distrito Federal,  Brasil
Proprietário(s) Governo do Brasil
Presidente Ricardo Rodrigues Canhaci[6]
Empregados 1 899 (fev/2023)[7]
Website oficial www.imbel.gov.br

A Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) é uma empresa estatal brasileira produtora de material bélico, que teve sua criação autorizada pela Lei nº 6.227, de 14 de julho de 1975, com a junção de cinco fábricas em um só grupo. É vinculada ao Ministério da Defesa, por intermédio do Exército Brasileiro.[8]

Imbel IA-2 rebatido

A Indústria Bélica Nacional teve seu início com a criação da Casa do Trem, no Rio de Janeiro, em 1762, com a finalidade de guardar, conservar e realizar pequenos reparos no armamento e nos equipamentos das tropas existentes no vice-reinado.

Em 1808, foi fundada por D. João VI a Fábrica de Pólvora da Lagoa Rodrigo de Freitas, localizada no bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro. Em 1826 foi transferida para a cidade de Magé no estado do Rio de Janeiro, com a denominação de Real Fábrica de Pólvora da Estrela, mediante decreto de D. Pedro I.[9]

A partir de 1939, foi reestruturada, passando a ter a atual denominação de Fábrica da Estrela, funcionando como uma Organização Militar do Ministério do Exército até a criação da IMBEL em 1975. Através dos tempos, teve sua existência marcada por impulsos de modernização exigidos pela dependência externa dos principais produtos internacionais.

Há indicativos que a criação da empresa pública IMBEL - Indústria de Material Bélico do Brasil foi em decorrência do rompimento, no ano de 1974, pelo Governo Geisel, do Acordo de Cooperação Militar Brasil-Estados Unidos, firmado durante a 2ª Guerra Mundial. Com a sua criação, as fábricas militares do Exército foram transferidas para a estatal, e com isso, o setor de defesa, integrado com as demais empresas privadas da época, passou a ser uma atividade estratégica para o país, com uma tecnologia nacional em evolução, que permitiria ao Brasil tornar-se mais independente em produtos militares.

No exercício de sua função produtora, administra industrial e comercialmente cinco unidades de produção que têm por vocação a produção de material bélico e outros bens, cuja tecnologia derive da gerada no desenvolvimento de equipamentos de aplicação militar, por força de contingência de pioneirismo, conveniência administrativa ou no interesse da segurança nacional.[10]

Atualmente, a IMBEL possui as seguintes unidades de produção:

  • Fábrica da Estrela (FE), especializadas em produtos químicos, localizada no Município de Magé, RJ;
  • Fábrica Presidente Vargas (FPV), especializadas em produtos químicos, localizada em Piquete, SP;
  • Fábrica de Itajubá (FI), que produz armas de calibre leve e artigos de cutelaria, situada em Itajubá, MG;
  • Fábrica de Material de Comunicações e Eletrônica (FMCE), voltada para equipamentos de comunicações e TI, no Rio de Janeiro, RJ.[11]

Desde o ano 2000 porta a insígnia da Ordem do Mérito Militar, concedida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.[12]

Referências
  1. a b «Quem Somos». IMBEL. Consultado em 17 de abril de 2023 
  2. «Real Fábrica de Pólvora». Memória da Administração Pública Brasileira (MAPA). 10 de novembro de 2016. Consultado em 17 de abril de 2023 
  3. «Fábrica de Pólvora». Memória da Administração Pública Brasileira (MAPA). 11 de novembro de 2016. Consultado em 17 de abril de 2023 
  4. «Ministério da Defesa certifica as primeiras Empresas e os Produtos Estratégicos de Defesa do Brasil». Exército Brasileiro. 3 de dezembro de 2013. Consultado em 17 de abril de 2023 
  5. «LEI No 6.227, DE 14 DE JULHO DE 1975». Palácio do Planalto. 14 de julho de 1975. Consultado em 17 de abril de 2023 
  6. «Diretoria». IMBEL. Consultado em 17 de abril de 2023 
  7. «Balanço Quantitativo Físico de Pessoal». IMBEL. Fevereiro de 2023. Consultado em 17 de abril de 2023 
  8. «Princípios fundamentais». www.imbel.gov.br. Consultado em 2 de novembro de 2020 
  9. «IMBEL, indústria de defesa e soberania nacional». Clube de Engenharia. 17 de agosto de 2020. Consultado em 2 de novembro de 2020 
  10. «DefesaNet - Base Industrial Defesa - IMBEL Comemora 45 Anos de Atuação». www.defesanet.com.br. Consultado em 2 de novembro de 2020 
  11. Minas, Tribuna de (9 de agosto de 2019). «Munição histórica: os 85 anos da Imbel». Tribuna de Minas. Consultado em 2 de novembro de 2020 
  12. BRASIL, Decreto de 30 de março de 2000.

Ligações externas

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