O Homem do Lábio Torcido

Sinopse

Em O Homem do Lábio Torcido, de Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes investiga o misterioso desaparecimento de um homem respeitável visto pela última vez em um famoso antro de ópio. O Dr. Watson se junta a Holmes enquanto eles investigam o caso, descobrindo pistas peculiares envolvendo um mendigo desfigurado e um caso desconcertante de identidade equivocada. À medida que a história se desenrola, Holmes usa suas habilidades de dedução para desvendar a verdade por trás do mistério desconcertante.

Palavras-chave

Sherlock, Mistério, Desaparecimento.

AVISO

Este texto é uma obra de domínio público e reflete as normas, os valores e as perspectivas de sua época. Alguns leitores podem considerar partes deste conteúdo ofensivas ou perturbadoras, dada a evolução das normas sociais e de nossa compreensão coletiva das questões de igualdade, direitos humanos e respeito mútuo. Pedimos aos leitores que abordem esse material com uma compreensão da era histórica em que foi escrito, reconhecendo que ele pode conter linguagem, ideias ou descrições incompatíveis com os padrões éticos e morais atuais.

Os nomes de idiomas estrangeiros serão preservados em sua forma original, sem tradução.

O Homem do Lábio Torcido

Isa Whitney, irmão do falecido Elias Whitney, D.D., diretor da Faculdade de Teologia de St. George's, era muito viciado em ópio. O hábito surgiu nele, pelo que sei, por causa de uma loucura quando estava na faculdade, pois depois de ler a descrição de De Quincey sobre seus sonhos e sensações, ele encharcou seu tabaco com láudano na tentativa de produzir os mesmos efeitos. Descobriu, como tantos outros, que a prática é mais fácil de se obter do que de se livrar, e por muitos anos continuou escravo da droga, objeto de horror e piedade para seus amigos e parentes. Posso vê-lo agora, com o rosto amarelo e pastoso, as pálpebras caídas e as pupilas pontiagudas, todo encolhido em uma cadeira, o destroço e a ruína de um homem nobre.

Certa noite — foi em junho de 1989 — tocaram minha campainha, na hora em que um homem dá seu primeiro bocejo e olha para o relógio. Eu me sentei em minha cadeira, e minha esposa colocou seu bordado no colo e fez uma cara de desapontamento.

— Um paciente! — disse ela. — Você terá que sair.

Eu gemi, pois tinha acabado de voltar de um dia cansativo. Ouvimos a porta se abrir, algumas palavras apressadas e, em seguida, passos rápidos sobre o linóleo. Nossa própria porta se abriu e uma senhora, vestida com uma roupa de cor escura e um véu preto, entrou na sala.

— Desculpe-me por ligar tão tarde — começou ela, e então, de repente, perdendo o autocontrole, correu para a frente, jogou os braços no pescoço de minha esposa e chorou em seu ombro. —