PT950139E - Arranjo de dente - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

Arranjo de dente 0 presente invento refere-se a um arranjo de dente usado em escavadoras, por exemplo, fixo ao bordo inferior do balde. 0 arranjo de dente consiste em duas partes, uma parte estando fixa ao balde da escavadora por meio de soldadura ou outros meios, e constituindo numa parte macho. A outra parte do arranjo de dente que constituirá a parte que de facto funciona no chão é a parte fêmea. As duas partes são unidas uma à outra e, quando unidas, criam uma abertura transversal que corre através do arranjo. Um corpo de travamento é então colocado na dita abertura. Verificou-se que quando a parte de trabalho permutável do arranjo de dente se desgasta, torna-se instável devido às propriedades da abertura transversal e do corpo de travamento.

Uma arranjo de dente da técnica anterior do tipo aqui referido é conhecido a partir da SE-A-429051, conferir também US-A-2 716 822 e DE-A-315 024. O objectivo do presente invento consiste em eliminar a dita instabilidade, e isto consegue-se utilizando uma abertura constituída por uma parte intermédia e duas partes de extremidade idênticas com a mesma largura, a parte intermédia tendo, no entanto, uma maior largura. O corpo de travamento é desenvolvido para esta abertura, o dito corpo compreendendo duas partes alongadas localizadas paralelamente uma à outra, e tendo superfícies lisas opostas uma à outra. A largura do corpo de travamento está adaptada, ao longo do seu comprimento, para se ajustar à dita abertura. As duas superfícies lisas são proporcionadas com um ou mais espaçadores voltados para fora 1 restringindo a aproximação das duas superfícies lisas. O espaço entre as duas superfícies lisas é preenchido com um material resiliente, tal como borracha vulcanizada. Foi considerado vantajoso proporcionar cada uma das duas partes do corpo de travamento com um espaçador em cada extremidade e um espaçador entre ambas. Desta forma, a aproximação mútua das superfícies é restringida, eliminando desta forma a desvantagem de uma parte operante instável do arranjo de dente. É aconselhável que a ponta da parte macho tenha uma secção transversal com a forma de um T, para que a ponta seja tão estável quanto possível, e para que a extremidade mais interior da parte fêmea seja concebida para se encaixar na ponta da parte macho, de modo que as duas partes assumam uma posição relativamente uma à outra que seja tão imóvel quanto possível. Assim, a instabilidade da parte intermutável em relação à parte fixa diminui. 0 presente invento será descrito em mais detalhe com referência aos desenhos acompanhando em que:

As figuras 1 a 2 ilustram um arranjo de dente completo visto a partir de duas direcções diferentes,

As figuras 3 e 4 revelam a relação entre o corpo de travamento e a abertura transversal, tendo sido removidas certas partes da parte permutável,

As figuras 5 a 6 ilustram a parte permutável no arranjo de dente,

As figuras 7 a 8 mostram a parte não permutável do arranjo de dente, A figura 9 mostra o corpo de travamento com material resiliente, 2 A figura 10 mostra o corpo de travamento sem material resiliente.

As figuras 11-12 mostram as duas partes fixas no corpo de travamento, A figura 13 mostra um cortante proporcionado com arranjos de dente de acordo com o presente invento, A figura 14 mostra a abertura na parte fêmea, A figura 5 mostra a ponta da parte fêmea,

As figuras 16-18 mostram as partes fêmeas e macho unidas uma a outra.

Os desenhos ilustram uma arranjo de dente 5 compreendendo uma parte macho 2 destinada a ser soldada a um cortante ou ao bordo de um balde de uma escavadora 6. A dita parte macho é proporcionada com uma ponta 26 para introdução numa abertura 24 na parte fêmea 1. A parte fêmea 1 é uma parte para trabalhar o chão que pode ser mudada quando se tiver desgastado. As partes macho e fêmea formam uma abertura 3 localizada em cada lado da ponta 26introduzida. Entre estas duas aberturas 3 há uma abertura intermédia. As duas aberturas 3 são idênticas e estão dispostas imediatamente opostas uma à outra em duas paredes laterais da parte fêmea. Entre as duas aberturas, a superfície superior da ponta 26 da parte macho 2 faz parte da abertura intermédia 25, e a parte restante da abertura intermédia 25 é formada pelas partes da parede intermédia localizada entre as paredes laterais da parede fêmea 1. As duas aberturas 3 são mais estreitas do que a abertura 25. As aberturas 3 são formadas nas partes da parede 22 e 23. Um corpo de travamento 4 é colocado na abertura 3 e 25, este corpo compreendendo duas partes metálica 7 e 8, tendo cada uma superfícies lisas opostas. Cada parte 7 e 8 é proporcionada com uma parte 3 intermédia 9 e 10, respectivamente, e duas partes de extremidade 11, 12 e 13, 14, respectivamente. As duas superfície lisas são proporcionadas com espaçadores. Assim, a parte 7 tem espaçadores 16 e 17 nas suas extremidades 11 e 12 e um espaçador 15 na sua parte intermédia 9. Quanto á parte 8, é proporcionada com espaçadores 18 e 19 nas suas extremidades 13 e 14, e com um espaçador 20 na sua parte intermédia 10. O espaço entre as superfícies das partes tipo barra ilustradas na figura 10 é cheio com um material resiliente que pode consistir em borracha vulcanizada. O corpo de travamento 4 ilustrado na figura 9 pode ser assim influenciado de forma a que ambas as superfícies lisas das partes 7 e 8 possam deslocar-se, aproximando-se a afastando-se uma da outra. No entanto, as partes 7 e 8 podem nunca se podem aproximar uma da outra de modo a que entrem em contacto. Os espaçadores garantem que na compressão máxima as duas superfícies lisas estarão ainda a uma determinada distância umas das outras.

Se o corpo de travamento 4, de acordo com a figura 9, for introduzida nas aberturas 3 e 25, as duas partes 7 e 8 serão pressionadas em conjunto de modo que o corpo de travamento possa ser introduzido através da abertura 3. Quando o corpo de travamento está totalmente introduzido nas aberturas 3 e 25, as duas partes 7 e 8 irão afastar-se de modo que a parte intermédia do corpo de travamento se ajuste à abertura 25 e as extremidades às aberturas 3.

Quando um arranjo de dente está em operação, as partes 7 e 8 irão, é claro, aproximar-se uma da outra. No entanto, graças aos espaçadores, o corpo de travamento terá uma largura tal que evita qualquer estabilidade na parte permutável do dente.

Outra contribuição para evitar a instabilidade na parte permutável é o facto da ponta 26 da parte macho ter uma secção 4 transversal em forma de T, e a secção transversal ter sido feita tão sólida como possível. Isto pode conseguir-se, por exemplo, fazendo a parte superior do T tão comprida quanto possível, e tão larga quanto possível, e adequando a extremidade mais interior 24 da abertura da parte fêmea à ponta 26 da parte macho de modo que as paredes da parte fêmea na ponta da parte macho encostem à ponta da parte macho de uma forma tão apertada quanto possível.

Uma vez que a ponta da parte macho tem uma secção transversal em forma de T, e que a parte mais interior da abertura na parte fêmea tem uma forma para se ajustar a esta secção transversal em forma de T, é óbvio que as partes transversais da barra do T estarão fixas entre duas superfícies dentro da parte mais interior da parte fêmea, e o dente em questão pode desgastar-se bastante consideravelmente a partir de baixo, sem que a parte macho caia.

As figuras 14 a 18 mostram o núcleo em questão do arranjo de dente, isto é, ambas as partes de fixação a um cortante e à própria parte do dente foram removidas. A parte do núcleo em questão pode ser usada em qualquer tipo de parte de fixação, e em conjunto com qualquer tipo de parte de dente. As figuras mostram, assim, apenas a zona da arranjo de dente contendo a ponta da parte macho e a abertura da parte fêmea, e abertura transversal com o corpo de travamento. Já foi explicado que a parte macho 26 tem uma secção transversal com a forma de um T grande. A secção transversal tem assim uma travessa vertical e duas travessas voltadas para fora que se pode considerar formarem uma forquilha. 0 lado inferior de cada travessa é maquinada de forma a ganhar o aspecto de uma superfície inclinada formando um ângulo com a linha central das duas barras, de tal forma que a superfície 5 tenha uma distância menor para a dita linha central na parte vertical, e uma distância maior na extremidade mais exterior da barra. 0 interior do corpo fêmea tem uma forma correspondente, de modo que quando as partes macho e fêmea se unem, estas superfícies inclinadas funcionarão como um dispositivo de travamento para o corpo macho e fêmea, permitindo desta forma um desgaste maior nos dentes em questão a partir de baixo, sem que as partes macho e fêmea se separem uma da outra. Estas duas superfícies inclinadas podem ser substituídas, é claro, por outros tipos de superfícies satisfazendo a mesma função, isto é, evitando que as partes macho e fêmea se separem uma da outra devido ao desgaste.

Lisboa, 22 de Fevereiro de 2010. 6

Claims (1)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Arranjo de dente consistindo numa parte macho (2) e numa parte fêmea (1) para fixação a um corpo móvel (6), tal como um mecanismo de corte, o bordo de uma escavadora ou semelhante, no qual a parte fêmea (1) é permutável, na qual a parte macho (2) está fixa ao corpo móvel, no qual a parte macho (2) e a parte fêmea (1) formam em conjunto uma abertura transversal (3 e 25), no qual as duas partes externas da abertura atravessante estão dispostas nas paredes da parte fêmea (1), e no qual a parte intermédia (25) da abertura transversal (3 e 25) está disposta na parte macho (1), no qual a parte macho (2) e a parte fêmea (1) são mantidas em conjunto pela força de um corpo (4) de travamento alongado colocado na abertura atravessante, pelo que as partes externas (3) da abertura têm a mesma dimensão, que é inferior à dimensão da abertura intermédia (25), e cujos três furos são concêntricos, pelo que o corpo de travamento (4) compreende duas partes (7 e 8) paralelas e iguais, cada uma com superfície plana, as ditas superfícies planas estando opostas entre elas e dotadas de um ou dois espaçadores (16-19) voltados para fora, por um material resiliente (21), tal como borracha vulcanizada, estar disposto entre as superfícies planas opostas, pelo que as extremidades do corpo de travamento (4) têm uma dimensão para cooperação e contacto com as aberturas externas (3) com as suas duas partes, e pelo que a parte intermédia do corpo de travamento tem uma dimensão cooperante com, e em contacto com a parte 1 intermédia (25), caracterizada por as duas partes paralelas (7 e 8) terem o mesmo comprimento, por os lados planos opostos terem igualmente o mesmo comprimento, por os espaçadores (15-20) voltados para o exterior serem colocados ao nivel das extremidades das superfícies planas e no seu interior garantindo que, com um grau de compressão máxima, as duas superfícies planas fiquem sempre a uma determinada distância uma em relação à outra, e por a ponta da parte macho (2) estar em contacto estreito com as paredes da parte fêmea (1), evitando assim a instabilidade ao nível da parte permutável do dente e também que a dita ponta tenha uma secção transversal em forma de T, com as travessas voltadas para o exterior conformadas de forma a ajustar-se na abertura na parte fêmea, permitindo o desgaste crescente do dente a partir de baixo e evitando ainda a separação das partes macho e fêmea devido ao desgaste quando as travessas estão encastradas na parte fêmea. Lisboa, 22 de Fevereiro de 2010. 2