PT912305E - Metodo e instalacao de obtencao de tabuas curtas e estreitas - Google Patents
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Description
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DESCRIÇÃO
MÉTODO E INSTALAÇÃO DE OBTENÇÃO DE TÁBUAS CURTAS E ESTREITAS A invenção diz respeito a um processo de obtenção de tábuas curtas e estreitas, bem como a uma instalação de colocação em funcionamento deste processo.
As tábuas curtas e estreitas são peças de madeira utilizadas no domínio da tanoaria, para obtenção de aduelas.
As pipas fabricadas com tábuas curtas e estreitas são destinadas a conter líquidos de grande valor tais como vinhos e espirituosos.
Estes líquidos sofrem uma bonificação quando da sua permanência em pipa, por contribuição gustativa da madeira e pelas trocas exteriores, nomeadamente com o ar.
Portanto, a escolha da madeira para tábuas curtas e estreitas, nomeadamente pelas suas qualidades gustativas, é importante.
Em geral, a madeira para tábuas curtas e estreitas é escolhida entre as essências nobres tais como o carvalho.
De resto, um tábua curta e estreita deve apresentar numerosas outras qualidades, que a distinguem por exemplo duma prancha de aduela utilizada numa cuba.
Assim, cada tábua curta e estreita deve constituir intrinsecamente uma barreira estanque para evitar fugas de líquido para fora da pipa. Cada barreira deve todavia permitir trocas exteriores. i
Para fazer isso só o cerne ou boa madeira é utilizada na fabricação de tábuas curtas e estreitas. E isto com exclusão do coração, do alburno e da casca.
Enquanto que este cerne deve ser isento de fissuras de congelamento, gretas, nós e outros defeitos podendo ocasionar fugas. 1
De maneira semelhante, qualquer colmatagem das tábuas curtas e estreitas é excluída para não alterar o gosto do líquido em contacto com uma resina. A estanquidade é obtida cortando as tábuas curtas e estreitas segundo os raios medulares do tronco com casca.
Ora as pranchas são cortadas de maneira clássica paralelamente a uma prancha diametral.
Igualmente, as tábuas curtas e estreitas devem apresentar qualidades mecânicas superiores nomeadamente às das pranchas. A sua resistência ao arqueamento, ao empenamento, ao torcimento, bem como aos defeitos causados pelas contracções anisotrópicas nas pipas, também devem ser elevadas.
De resto, sabe-se que as essências nobres, e mais especialmente as que apresentam as qualidades gustativas requeridas, são cada vez mais raras e dispendiosas. E que devido às qualidades mecânicas e de estanquidade evocadas, é difícil obter o maior número de tábuas curtas e estreitas possível a partir dum dado tronco com casca.
Isto é tanto mais delicado, que grande número de troncos com casca apresenta uma curvatura e/ou uma torção. É também importante assegurar um rendimento elevado em matéria bem como em tempo, para a obtenção de tábuas curtas e estreitas.
Actualmente, o processo mais utilizado para fabricar tábuas curtas e estreitas consiste em rachar à vista um toro com uma cunha hidráulica, depois desdobrá-lo em quartos e desbastá-lo lateralmente à vista, com a ajuda duma serra de fita.
Este processo não é satisfatório quanto ao rendimento em matéria que é da ordem de 15% a 20%, mas também em produtividade. 2
Citemos documentos a considerar aqui. O documento FR-A-637.045 descreve um processo no qual se cortam troncos com casca em pranchas segundo planos médios e radiais da prancha inicial. O documento FR-A-1.130.265 descreve uma garra para madeira cujo comando compreende uma porca rotativa. O documento FR-A-1.394.860 descreve um dispositivo móvel em translação e permitindo o posicionamento dum bloco ou dum toro preso pelas suas extremidades, de maneira apropriada em relação a meios de corte. O documento US-A-4.210.184 descreve um aparelho de corte em contínuo de serra circular, com uma película de água para a lubrificação das guias e da lâmina. O documento WO-A-89/047.47 visa o corte, a secagem e a optimização de pranchas. O documento WO-A-92/16.339 descreve um processo de corte permitindo obter uma taxa elevada de peças de grãos verticais, a partir dum tronco com casca. O documento FR-A-2.716.831 descreve a optimização sobre um meio toro, do rendimento de fabricação de tábuas curtas e estreitas.
Uma aquisição visa dar uma imagem realista do resultado, uma optimização é baseada sobre um sistema de projecção por laser, enquanto que uma visualização e uma validação permitem um traçado escolhido entre duas soluções de corte.
As técnicas conhecidas não permitem a orientação simultânea em relação ao eixo de corte, dos raios medulares das duas extremidades do toro, do veio sensivelmente longitudinal da madeira sobre o seu invólucro externo e dos defeitos eventuais.
Quando muito consegue-se assistir o cortador na operação de separação dum toro. 3
Os resultados obtidos com estas técnicas só podem produzir pranchas radiais aproximadamente do veio, e mesmo totalmente mal orientadas quanto ao veio.
As tábuas curtas e estreitas resultantes destes processos não são portanto todas adaptadas a reter líquidos e necessitam portanto uma colmatagem dos poros da madeira, prejudicial às virtudes enológicas das pipas. É por esta razão que estes processos são pouco utilizados hoje em dia, ou mesmo abandonados. O objectivo da presente invenção é de permitir a obtenção de tábuas curtas e estreitas com um rendimento, uma produtividade e uma fiabilidade optimizadas.
Nomeadamente, a invenção visa minimizar as perdas de madeira consecutivas ao desbaste das superfícies fendidas, seguindo a técnica conhecida.
Para esse efeito, um primeiro objecto da invenção é um processo de obtenção de tábuas curtas e estreitas.
Este processo comporta as etapas previstas de: - cortar um tronco com casca em pelo menos um toro, transversalmente a uma direcção longitudinal, para que ele apresente segundo esta direcção, uma dimensão sensivelmente igual a ou múltipla da duma tábua curta e estreita prevista; - dispor este toro segundo uma localização inicial em relação a uma marca, com uma primeira face de extremidade longitudinal sob a cobertura dum sistema de visualização, enquanto a face oposta do toro está sob a cobertura dum outro sistema de visualização; - assinalar pelo menos um raio medular sobre cada face, e um veio do toro ligando sensivelmente esses raios, sobre um invólucro longitudinal externo; 4 - definir pelo menos uma superfície de referência, por exemplo dois planos luminosos sensivelmente paralelos, distantes transversalmente duma distância sensivelmente igual à espessura da tábua curta e estreita prevista; - colocar sensivelmente em coincidência sobre o toro a superfície de referência com os raios medulares e o veio; - determinar em função de cada superfície de referência, pelo menos uma trajectória de corte, e por exemplo duas trajectórias paralelas; e - provocar o corte do toro segundo cada trajectória.
Segundo uma característica, uma etapa posterior ao corte do tronco com casca prevê desembaraçar o toro da sua casca e/ou do seu alburno.
Segundo uma outra característica, uma representação tal como a imagem sobre um dos sistemas de visualização é invertida à do outro, à maneira dum espelho e/ou cada sistema difunde a representação sensivelmente nos mesmos sentido e direcção que o outro, por exemplo para o posto dum operador.
Segundo ainda uma outra característica, a localização inicial do toro numa marca é uma posição de manutenção rígida por exemplo à custa de garras e/ou é ajustável segundo a direcção longitudinal e/ou pelo menos uma direcção transversal nomeadamente em rotação e/ou em translação à custa dum carregador com pinças de preensão tais como um compasso.
Segundo uma outra característica, pelo menos um sistema de visualização prevê a produção de representações em função de leituras internas não destrutivas do toro, tais como emissão de ondas ou de partículas.
Segundo uma característica, pelo menos uma etapa prevê a representação duma ou várias superfícies de referência por um sistema de visualização, por exemplo fundida com e proporcional a uma representação por esse sistema de pelo menos um raio medular, veio ou análogos. 5
Segundo uma outra característica, a referenciação e/ou a colocação em coincidência de pelo menos um raio medular e/ou do veio, é efectuada em função duma representação por pelo menos um sistema de visualização, por exemplo por procura sobre uma representação duma disposição óptima de superfície de referência em relação aos raios medulares e/ou ao veio do toro.
Segundo ainda uma característica, a colocação em coincidência prevê pelo menos um deslocamento do troco em relação à sua localização inicial, por exemplo com um ponto do toro fixo na marca, tal como um eixo numa face de extremidade.
Segundo uma característica, quando um toro é torcido, é prevista uma etapa de medida dessa torção, sucessivamente por: - prolongamento sobre uma primeira face duma extremidade periférica dum raio medular, por uma linha paralela ao veio referenciado sobre o invólucro ; - definição sobre a face oposta duma primeira mira radial cuja extremidade de medula é secante a uma superfície de referência pelo menos e cuja sua extremidade periférica é sensivelmente secante ao veio; - definição duma segunda e duma terceira miras radiais sensivelmente paralelas a uma superfície de referência, respectivamente sobre a face oposta e sobre a primeira face; - prolongamento da segunda mira radial na sua extremidade periférica, por uma linha paralela ao veio; e - estimativa da medida da torção como sendo da ordem do quarto ou do terço do arco entre a intersecção do prolongamento da segunda mira e a primeira face e a extremidade periférica da terceira mira.
Segundo uma outra característica, a etapa de medida prevê, anteriormente ao prolongamento do raio medular, uma correcção transversal numa face, da posição relativa desse raio e duma superfície de referência, por exemplo até à centragem da tábua curta e estreita prevista. 6
Segundo ainda uma característica, a etapa de medida é seguida por uma etapa de correcção transversal numa face, da posição relativa desse raio e duma superfície de referência, por exemplo dum valor da ordem do arco estimado.
Segundo uma característica, a etapa de medida é, por exemplo na sequência duma correcção transversal, seguida duma etapa de procura de colocação com vista a uma trajectória de corte, por deslocação sincronizada das duas faces opostas do toro.
No caso dum toro não torcido, prevê-se a sua separação por um traço de corte segundo um raio e o veio.
No caso dum toro torcido ou curvo, prevê-se a sua separação em dois meios toros por meio duma lâmina de fendimento, por exemplo a dum desembaraçamento da casca ou do alburno.
No caso dum toro apresentando defeitos no interior do cerne, prevê-se a sua separação em porções as mais volumosas eliminando os principais defeitos, e eventualmente purgam-se os defeitos nas porções por fendimento local com lâmina.
Em seguida, uma etapa prevê o corte de cada meio toro ou porção de toro de maneira a obter peças de madeira cuja espessura é da ordem da ou um múltiplo da da tábua curta e estreita prevista com vista a um corte ulterior sensivelmente paralelamente aos seus bordos.
Este processo permite nomeadamente a obtenção de tábuas curtas e estreitas duma espessura dada, por corte dum bloco de madeira, nomeadamente de carvalho, realizando pelo menos uma das etapas seguintes: - numa porção dada dum toro previamente descascado ou não, referenciação simultânea de raios medulares nas suas duas extremidades, do veio da madeira sobre o invólucro externo e de defeitos eventuais; - corte em dois meios toros por fendimento segundo um traço sensivelmente coincidente e por exemplo paralelo aos raios medulares; 7 - corte de cada um desses meios toros por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio da madeira sobre o invólucro externo, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada pelo menos, e de dois quartos de toro por cada meio toro cortado; - corte de cada um dos quartos de toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada e/ou mais e de dois oitavos de toro ; - corte de cada um dos oitavos de toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada ou mais e de dois dezasseis avos de toro ; - corte de cada um dos dezasseis avos de toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada e/ou mais e de dois trinta e dois avos de toro obtidos com larguras desejadas para as tábuas curtas e estreitas previstas; - desdobramento eventual e desbaste lateral dos quartos residuais, de forma a obter os as tábuas curtas e estreitas previstas; - desdobramento eventual seguindo o veio da madeira e desbaste lateral das peças de madeira cortadas mais espessas para, atenuar a presença de defeitos ou de curvaturas do veio da madeira.
Com este processo, a maioria das peças de madeira obtidas permitem a obtenção de tábuas curtas e estreitas de qualidade pelo menos igual, ou mesmo superior à das tábuas curtas e estreitas obtidas correntemente hoje em dia.
As perdas representam um volume limitado do toro, e em particular do cerne, de forma que o rendimento em relação à madeira utilizada é optimizado. 8
As operações de corte são grandemente facilitadas tanto em rapidez e segurança de execução como no esforço de produção. Portanto a produtividade é ela também optimizada.
Um segundo objecto da invenção é uma instalação de colocação em funcionamento do processo evocado acima.
Segundo uma característica, a instalação comporta pelo menos um posto de fendimento com uma ferramenta de lâmina em cauda de andorinha assimétrica transversalmente, por exemplo a ferramenta tem a sua lâmina bombeada para o exterior do seu lado destinado a estar contra o alburno e/ou a casca, enquanto que o seu outro lado é côncavo, a fim de exercer uma pressão assimétrica longitudinalmente no toro principalmente para o exterior. A instalação comporta meios de recepção de toros ou de porções de toros com um sistema de posicionamento que compreende: - dois pares de braços articulados, escamotáveis e eleváveis por pares semelhantes, móveis em translação por pares dissemelhantes, segundo uma trajectória de corte; e/ou - um sistema de levar porções de toros móvel em translação desde uma zona de preparação para os braços articulados e inversamente; e/ou - um sistema de levar porções de toros móvel em translação desde uma zona de corte para os braços articulados, e inversamente; e/ou - um comando manual e/ou automático, por exemplo ligado e apto a controlar pelo menos um constituinte dos meios de recepção e de orientação.
Segundo uma outra característica, essa instalação compreende por exemplo: - meios de preensão dum toro pelas extremidades, nomeadamente facas com dentes, móveis pelo menos em translação e/ou providos de limitador de esforços. 9 - meios de referenciação simultânea, à distância para os raios medulares nas suas duas extremidades; à distância ou à proximidade para o veio da madeira sobre a face externa e para os defeitos eventuais; - meios de recepção e de orientação das porções de toros, por exemplo duas pinças tais como um compasso, das quais cada uma é deslocável segundo pelo menos uma direcção longitudinal e/ou transversal. A instalação comporta pelo menos um dispositivo de referenciação apto a gerar pelo menos uma superfície visível de referenciação, eventualmente deformável.
Por exemplo este dispositivo comporta pelo menos uma fonte de raio laser tal como um tubo ou díodo, montado sobre um molde deformável de orientação a distância de maneira a projectar sobre um toro ou uma porção de toro a superfície de referência definida por deformação do molde, em função da sua estrutura.
Segundo uma característica, a instalação comporta pelo menos um carro de corte munido de garras independentes, e dum sistema de comando destas garras bem como do avanço do carro, apto a seguir uma trajectória curva por exemplo.
Segundo uma realização, os meios de preensão compreendem facas dentadas, verticais, simétricas e opostas e meios de pressão dessas facas com pressão controlada de maneira a evitar qualquer fendimento por efeito de cunha. A instalação comporta meios de recepção e de guia de toros ou de porções de toros, com guias angulares correspondendo respectivàmente a uma secção de porção de toro tal como um oitavo, um dezasseis avos e um trinta e dois avos de toro, pelo menos um guia angular sendo deslocável, por exemplo independentemente, verticalmente por par semelhante, e de maneira a ser escamoteado nomeadamente sob o efeito dum comando automático de posicionamento.
Estes meios de referenciação comportam um conjunto vídeo assistido por computador e/ou assistido por um feixe luminoso. 10
Este conjunto compreende uma ou várias câmaras do tipo linear ou matricial e um ou vários visores informáticos ou vídeo.
Sobre um tal visor, pode visualizar-se simultaneamente os raios medulares nas duas extremidades do toro, o veio de madeira sobre a face externa e os defeitos eventuais.
Portanto, antes do corte, visualiza-se a qualidade das tábuas curtas e estreitas que se vão obter tanto quanto à orientação dos raios medulares, do veio de madeira e da largura, como da posição de eventuais defeitos, por exemplo nós.
Outras características da invenção ressaltarão da descrição que se segue de modos de realização, dados a título de exemplo unicamente e ilustrados pelos desenhos anexos.
Nesses desenhos, a figura 1 é uma vista esquemática em secção transversal dum tronco com casca, que ilustra os diferentes constituintes. A figura 2 é uma vista esquemática em secção transversal dum toro com medula descentrada e com raios medulares encurvados.
As figuras 3 a 5 são vistas esquemáticas em secção transversal dum toro cortado por fendimento, com um posicionamento correcto de planos luminosos na figura 4, e incorrecto nas figuras 3 e 5.
As figuras 6 a 8 são vistas em corte transversal de exemplo de tábuas curtas e estreitas torcidas, sobre cada uma das quais é indicado com uma seta o centro a prever para a tábua curta e estreita, assim como por três sectores de rectas o veio, a posição óptima do plano luminoso e a sua posição inicial, respectivamente em cada exemplo.
As figuras 9 a 11 são vistas esquemáticas em perspectiva de toros cortados por fendimento, respectivamente com uma torção interna, externa e sem torção, ilustrando as etapas de orientação. A figura 12 é uma vista em secção transversal do exterior, duma extremidade longitudinal do toro da figura 11. 11 A figura 13 é uma vista em perspectiva desde uma extremidade longitudinal dum toro cortado por fendimento com uma torção, que ilustra uma etapa de procura por correcção duma posição duma tábua curta e estreita.
As figuras 14 e 15 são vistas parciais de frente duma ferramenta de fender com lâmina em cauda de andorinha transversalmente assimétrica, a fim de solicitar o alburno e a casca para o exterior quando do fendimento
As figuras 16 a 18 são vistas esquemáticas desguarnecidas e em perspectiva, correspondendo a etapas de posicionamento dum plano luminoso em relação a um toro torcido. A figura 19 compreende cinco vistas esquemáticas A, B, C, D e E ilustrando cada uma a projecção longitudinal numa extremidade dum toro dum raio medular da outra extremidade, segundo uma torção diferente, respectivamente. A figura 20 é uma vista desguarnecida e em perspectiva dum volume de toro cuja torção corresponde ao caso da figura 19 C. A figura 21 é uma vista desguarnecida e em perspectiva dum volume de toro cuja torção corresponde aos casos simétricos das figuras 19 A e E. A figura 22 é uma vista desguarnecida e em perspectiva dum volume de toro cuja torção corresponde aos casos simétricos das figuras 19 B e D. A figura 23 é uma vista esquemática em perspectiva dum toro fendido e torcido, cujo veio e raios medulares da superfície externa foram tornados visíveis.
As figuras 24 a 29 são vistas esquemáticas em perspectiva de secções transversais em diferentes localizações em comprimento, e longitudinal para a figura 28, numa tábua curta e estreita obtida a partir do toro da figura 23. 12
As figuras 30 e 31 são vistas esquemáticas de tábuas curtas e estreitas apresentando as qualidades requeridas nomeadamente de estanquidade e obtidas em conformidade com a invenção. A figura 32 é uma vista esquemática em planta duma instalação de produção de tábuas curtas e estreitas a partir de madeira com casca, conforme a uma realização da invenção. A figura 33 é uma vista esquemática em planta dum detalhe do carro com garras da instalação de produção de tábuas curtas e estreitas, conforme a uma realização da invenção. A figura 34 é uma vista esquemática em perspectiva dum detalhe do carregador de toros duma instalação de produção de tábuas curtas e estreitas, conforme a uma realização da invenção. A figura 35 é uma vista esquemática dum comando conforme à invenção, para um carregador tal como o da figura 34. A figura 36 é uma vista parcial em perspectiva duma instalação conforme à invenção, com uma plataforma ou cais de tapete rolante de trazer toros, dum carregador semelhante ao da figura 24, das garra do carro, dum tapete de levar para um posto de corte. A figura 37 é uma vista esquemática de cima em planta dum molde deformável para materializar a passagem de traços de corte, segundo a invenção. A figura 38 é uma vista de cima em planta ilustrando uma régua de molde e um eixo de corte, para a orientação do deslocamento dum toro a serrar. A figura 39 é uma vista esquemática de frente duma caixa com dispositivo luminoso tal como um laser, de feixes luminosos e dum toro. 13 A figura 40 é uma vista esquemática de frente dum detalhe do molde da figura 37, com um dedo móvel, um apalpador, uma régua, um bloco deslizante, um eixo transversal de suporte do bloco e díodos luminosos. A figura 41 é uma vista esquemática em planta de cima dum detalhe da figura 40. E as figuras 42 a 46 são exemplos de optimização segundo a invenção, sobre secções transversais de toros, os cortes ou desdobramentos sendo representados em linhas descontínuas, os traços de corte em linha interior cheia, respectivamente para dois toros sem torção, para um toro inteiramente torcido, para um toro parcialmente torcido e um toro cuja medula é inexplorável. A figura 47 é uma vista esquemática de frente de meios de recepção e de guia de toros e porções de toros.
Na figura 1, a referência 1 designa um tronco com casca.
Para simplificar a descrição, a referência 1 designa igualmente um toro cortado longitudinalmente num tronco com casca ou um sector de toro fendido. O tronco com casca 1 compreende uma casca 2, um floema 3, um câmbio 4, um albumo 5, um coração 6, cernes 7, uma medula 8 e raios medulares 9. O cerne ou boa madeira é designado por 10
Nas figuras, uma direcção longitudinal X corresponde à direcção principal de crescimento da árvore tendo dado o tronco com casca 1. O termo transversal reporta-se a uma localização perpendicular à direcção longitudinal X.
Comecemos por descrever o processo de obtenção a partir dum tronco com casca 1, de tábuas curtas e estreitas 11. 14
Este processo comporta inicialmente a etapa prevenindo de cortar um tronco com casca em pelo menos um toro.
Este corte é efectuado transversalmente à direcção longitudinal X. O toro 1 assim obtido apresenta segundo essa direcção X, uma dimensão sensivelmente igual ou ligeiramente superior à dos tábuas curtas e estreitas 11 que é previsto extrair do toro 1. A dimensão pode também corresponder a um múltiplo da das tábuas curtas e estreitas previstas.
Segundo uma etapa posterior ao corte do tronco com casca 1, prevê-se desembaraçar o toro da sua casca 2 e do seu alburno 5.
Depois, o toro 1 é disposto segundo uma localização inicial em relação a uma marca pré-determinada.
Segundo esta localização, uma primeira face 12 de extremidade longitudinal está em frente dum sistema de visualização 13, visível na figura 16.
Uma face 14 oposta do toro 1 está então em frente dum outro sistema 15 de visualização.
Em seguida é referenciado pelo menos um raio medular 9 sobre cada face 12, 14.
Um veio 16 do toro 1, ligando sensivelmente os raios 9 referenciados, é também relevado sobre o seu invólucro longitudinal externo.
Convém definir pelo menos uma superfície de referenciação, aqui dois planos 17.
Sobre algumas figuras, um só plano de referenciação 17 é representado.
Este plano único é um plano mediano entre os dois planos de referenciação, còmo ressalta bem da figura 18. 15
Estes planos 17 são sensivelmente paralelos, por exemplo luminosos e distantes transversalmente duma distância sensivelmente igual à espessura “e” (figura 43) da tábua curta e estreita prevista 11.
Uma superfície visível de referenciação 17 é nos exemplos das figuras 37 e 38, deformável. A fonte 27 comporta pelo menos um gerador de feixe laser tal como um tubo ou díodo, montado sobre um molde 28. Este molde guia e suporta a fonte 27.
Para tornar a ou as superfícies 17 deformáveis, o molde é associado servindo de guia à distância para a condução em corte.
Sobre este, são posicionados aqui díodos luminosos do tipo laser com ângulo de abertura estreito.
Assim, um segmento luminoso é projectado à distância por cada díodo.
Isto forma, sector contra sector, o molde de forma exacta sobre o toro ou porção de toro. A intersecção desta superfície 17 e do toro 1 indica a passagem exacta dos traços de corte, tanto nas faces de extremidade 12 e 14 para posicionar os raios medulares, como sobre o invólucro externo para posicionar o veio 16.
Isto é possível mesmo se o veio 16 é côncavo, convexo, de forma simétrica ou assimétrica.
Precisamente, uma etapa prevê fazer sensivelmente coincidir sobre o toro 1, cada um dos planos ou superfície de referenciação 17, por exemplo dum lado dos raios medulares 9 e do veio 16, em relação ao outro plano 17.
Depois é determinado em função de cada plano de referenciação 17, por exemplo duas trajectórias de corte paralelas. 16 É então possível provocar o corte do toro 1 segundo cada trajectória 18.
Compreende-se olhando as figuras 16 e 17, que uma representação 19, aqui uma em que a imagem sobre o sistema 15 de visualização está invertida da do outro sistema 13, à maneira dum espelho.
Enquanto que aqui, cada sistema 13, 15 é orientado sensivelmente no mesmo sentido e direcção que o outro para o posto 20 dum operador.
Precisemos que nos exemplos, a localização inicial do toro 1 na marca é uma posição de manutenção rígida por exemplo à custa de garras 21 tais como ilustradas nas figuras 33 e 36. A localização é também ajustável segundo a direcção longitudinal X e duas direcções transversais.
Nomeadamente, ajustamentos em rotação e em translação são tornados possíveis à custa dum carregador 22, com pinças 23 de preensão tais como um compasso.
Segundo as figuras 37 a 41, pelo menos um sistema de visualização prevê a produção de representações em função de leituras não destrutivas do toro 1, tais como a emissão de ondas ou partículas.
Pelo menos uma etapa prevê a representação dum ou vários planos de referenciação 17 por um sistema de visualização, por exemplo relativamente nomeadamente proporcional a uma representação por este sistema de pelo menos um raio medular e/ou do veio. A referenciação e/ou a colocação em coincidência de pelo menos um raio medular e/ou do veio, é efectuada em função duma representação por pelo menos um sistema de visualização, por exemplo por procura sobre uma representação duma disposição óptima de planos de referenciação em relação aos raios medulares e/ou ao veio do toro. 17
Notemos que a colocação em coincidência prevê pelo menos um deslocamento do toro 1 em relação à sua localização inicial, por exemplo com um ponto do toro fixo na marca, tal como um ponto duma face de extremidade.
Quando o toro é torcido, como nas figuras 16 a 18, 23, 44 e 45, é prevista uma etapa de medida dessa torção V.
Esta medida prevê sucessivamente: - Prolongamento sobre uma primeira face 12 duma extremidade periférica dum raio medular 9, por uma linha 29 paralela ao veio 16 sobre o invólucro ; - definição sobre a face oposta 14 duma primeira mira radial 30 cuja extremidade de coração é secante a pelo menos uma superfície 17 de referenciação e cuja extremidade periférica é sensivelmente secante ao veio; - definição duma segunda 31 e duma terceira 32 miras radiais sensivelmente paralelas ao plano de referenciação, respectivamente sobre esta face oposta e sobre a primeira face; - Prolongamento da segunda mira radial na sua extremidade periférica, por uma linha 33 paralela ao veio sobre o invólucro ; e - estimativa da medida da torção V como sendo da ordem do quarto ou do terço do arco entre a intersecção do prolongamento da segunda mira e a primeira face e a extremidade periférica da terceira mira.
Como nas figuras 3 a 5, a etapa de medida prevê, previamente ao prolongamento do raio medular, uma correcção transversal numa face, da posição relativa deste raio e dos planos de referenciação, por exemplo até à centragem da tábua curta e estreita 11 prevista.
Como nas figuras 16 a 18, a etapa de medida é seguida por etapa de correcção transversal numa face, da posição relativa deste raio e dos planos de referenciação, por exemplo dum valor da ordem do arco estimado. 18
Em seguida a uma correcção transversal, é prevista uma etapa de procura de colocação em relação a uma trajectória de corte, por deslocamento sincronizado das faces 12, 14 do toro 1.
Aparece sobre um visor vídeo sobre os quais são traçadas directamente no vidro dois eixos representando os dois cortes permitindo obter uma ou várias peças de madeira radiais nas quais serão desbastadas lateralmente as tábuas curtas e estreitas 11.
Estes dois eixos foram previamente estabelecidos em relação ao eixo de corte.
Foi possível alinhar o veio 16 da madeira paralelamente a esses dois eixos, graças ao dispositivo de recepção e de orientação e por um deslocamento transversal das duas extremidades do toro.
Nas figuras vê-se que um visor vídeo sobre o qual são traçados directamente no vidro do visor dois eixos que é possível graduar, representando os dois cortes permitindo obter uma ou várias pranchas radiais nas quais serão desbastadas lateralmente as tábuas curtas e estreitas.
Estes dois eixos foram previamente estabelecidos em relação ao eixo de corte. É possível alinhar os raios medulares paralelamente a estes dois eixos, graças ao dispositivo de recepção e de orientação e por um deslocamento transversal do toro.
Este alinhamento foi operado de forma semelhante nas duas extremidades do toro graças a duas câmaras e dois visores semelhantes.
Nas figuras 42 a 46 são ilustrados exemplos de colocação em funcionamento.
No caso dum tòro não torcido, prevê-se a sua separação por um traço de corte segundo um raio e o veio.
No caso dum toro torcido ou curvo, prevê-se a sua separação em dois meios toros por meio duma lâmina de fender, por exemplo aquela dum desembaraçamento da casca e do alburno. 19
No caso dum toro apresentando defeitos no interior do cerne, prevê-se a sua separação em porções as mais volumosas eliminando os principais defeitos, e eventualmente purgam-se os defeitos nas porções por fendimento local à lâmina.
Uma etapa prevê em seguida o corte de cada meio toro ou porção de toro de maneira a obter peças de madeira cuja espessura é da ordem de ou um múltiplo da da tábua curta e estreita prevista com vista a um corte ulterior sensivelmente paralelamente aos seus bordos.
Este processo permite nomeadamente a obtenção de tábuas curtas e estreitas duma espessura dada, por corte dum bloco de madeira, nomeadamente de carvalho, realizando pelo menos uma das etapas seguintes: - Numa porção dada dum toro previamente descascado ou não, referenciação simultânea de raios medulares nas suas duas extremidades, do veio da madeira sobre o invólucro externo e de defeitos eventuais; - corte em dois meios toros por fendimento segundo um traço sensivelmente coincidente e por exemplo paralelo aos raios medulares; - corte de cada meio toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio da, madeira sobre o invólucro externo, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada pelo menos, e de dois quartos de toro por meio toro cortado; - corte de cada quarto de toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio da madeira, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada ou mais, e de dois oitavos de toro ; - corte de cada oitavo de toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio da madeira, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada ou mais, e de dois dezasseis avos de toro ; 20 - corte de cada dezasseis avos de toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio da madeira, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada ou mais, e de dois trinta e dois avos de toro obtidos com as larguras desejadas para as tábuas curtas e estreitas previstas; - desdobramento eventual e desbaste lateral dos quartos residuais, de maneira a obter as tábuas curtas e estreitas previstas; - desdobramento eventual segundo o veio da madeira e desbaste lateral das peças de madeira debitadas mais espessas para atenuar a presença de defeitos ou de curvaturas do veio da madeira.
Com este processo, a maioria das peças de madeira obtidas permitem a obtenção de tábuas curtas e estreitas de qualidade pelo menos igual, ou mesmo superior à das tábuas curtas e estreitas obtidas correntemente hoje em dia.
As perdas representam um volume limitado do toro, e em particular do cerne, de forma que o rendimento em relação à madeira é optimizada.
As operações de corte são grandemente facilitadas tanto em rapidez e segurança de execução como no esforço de produzir. Portanto a produtividade é ela também optimizada.
Procede-se como se segue para a determinação e medida da torção: É necessário medir muito exactamente a torção V da zona possível para extrair uma tábua curta e estreita. É importante ter em conta desde este estádio a largura da tábua curta e estreita encarada, sobretudo no caso de raios medulares curvos onde será então necessário determinar se a tábua curta e estreita estará perto do alburno ou centrada em relação ao raio do toro. A medida da torção prevê considerar um dos veios de madeira sobre o cimo do toro. 21
Posiciona-se então o tábua curta e estreita de maneira a fazer coincidir a extremidade do veio oposta ao operador com a extremidade superior do raio visado. O afastamento obtido na frente do toro entre o veio considerado e a extremidade superior do raio visado corresponde à medida da torção V. Vê-se na figura 19 diferentes esquematizações de diferentes torções existentes.
Sobrepondo os raios medulares visíveis nas duas extremidades do toro segundo o seu eixo, pode-se representar esquematicamente os diferentes tipos de torção como em A, B, C, DeE.
Mas se se corrigir a orientação da tábua curta e estreita, obtém-se uma esquematização diferente (ver figura 6).
Procede-se a uma antecipação do veio e correcção eventual:
Para posicionar o veio da madeira em relação ao veio do albumo e em relação ao traço laser, é necessário efectuar uma correcção de veio deslocando uma extremidade do toro até um valor igual a uma fracção da cota V.
Estima-se primeiro onde se situa o eixo da tábua curta e estreita procurada e o centro da tábua curta e estreita. A determinação da fracção da cota V da qual se desloca uma extremidade do toro prevê:
Conhecendo o eixo da tábua curta e estreita, procura-se um eixo que lhe seja paralelo, situado sobre o invólucro do toro e que passa pela extremidade superior do raio visado.
Este eixo constitui o eixo da tábua curta e estreita. O ponto de intersecção deste eixo com o perímetro da face anterior do toro determina uma fracção da cota V da qual se deslocará transversalmente uma extremidade do toro. 22
Desta maneira, alinhou-se o eixo do laser paralelamente ao eixo, segundo o qual se fará o corte.
Depois procura-se a melhor posição em relação às duas câmaras:
Falta procurar a melhor colocação frente-a-frente dos raios medulares e dos defeitos deslocando simultaneamente os terminais.
Assim alinham-se os raios medulares das duas extremidades do toro, pela deslocação segundo a direcção X da figura 9, das extremidades do toro.
No caso em que a posição dos raios medulares em relação às duas câmaras não está no máximo da tolerância da diagonal, é possível “dissimular" deslocando simultaneamente os dois terminais até à tolerância máxima da diagonal para eventualmente passar ao lado dum defeito, ou melhor optimizar as larguras das tábuas curtas e estreitas seguintes, ou ainda ter em conta a curvatura do coração aproximando-se dele. É necessário proceder à orientação medindo a cota V de cada peça cortada, dado que a torção pode variar consideravelmente sobre um mesmo toro. O método de orientação é agora descrito.
Quatro etapas são a executar. Trata-se das etapas seguintes: 1) procura da melhor disposição dos raios; 2) determinação e medida da torção; 3) antecipação do veio e correcção eventual; 4) procura da melhor posição em relação às duas câmaras
Em primeiro lugar procura-se a melhor disposição dos raios.
Uma câmara é deslocada depois da outra deslocando uma garra depois da outra. A precisão é importante neste estádio, porque é necessário medir muito exactamente a torção V da zona possível para extrair uma tábua curta e estreita. É necessário além disso ter em conta desde este estádio a largura da tábua curta e estreita encarada sobretudo no caso de raios medulares curvos em que é necessário determinar se a tábua curta e estreita estará perto do alburno ou centrada em relação ao raio do toro. Não há torção: possibilidade de “dissimular” até à tolerância máxima da diagonal para eventualmente passar ao lado dum defeito, ou melhor partilhar as larguras das tábuas curtas e estreitas seguintes.
Em segundo lugar, determina-se o tipo de torção.
Se se trata duma torção externa, as fibras só se deformam a partir do coração, do meio, ou mesmo do terço do raio dois quartos.
Se se trata duma torção interna, o aspecto exterior do toro não fendido não permite determinar a presença duma torção. Somente a procura da melhor disposição dos raios nas câmaras pode determina-la.
Trata-se em geral de toros cujo início de crescimento foi atormentado e não é raro que o coração de tais toros seja igualmente curvo e excêntrico.
Se se sobrepusessem os raios medulares visíveis nas duas extremidades do toro segundo o seu eixo, poderia representar-se esquematicamente os diferentes tipo de torção como em A, B, C, D e E da figura 19.
Mas se se corrige a orientação da tábua curta e estreita, obtém-se uma esquematização diferente.
Para posicionar o veio da madeira em relação ao veio do alburno e em relação ao traço laser, é necessário efectuar uma correcção do veio deslocando uma extremidade do toro até um valor igual a uma fracção da cota V.
Executada a etapa de correcção do veio, falta procurar a melhor colocação frente-a-frente dos raios medulares e dos defeitos deslocando simultaneamente os dois terminais.
No caso em que a posição dos raios medulares em relação às duas câmaras não está no máximo da tolerância da diagonal, é possível “dissimular" deslocando simultaneamente os dois terminais até à tolerância máxima da diagonal para eventualmente passar ao lado dum defeito, ou melhor optimizar as larguras das tábuas curtas e estreitas seguintes, ou ainda ter em conta a curvatura do coração aproximando-se dele. É necessário proceder à orientação medindo a cota V de cada peça cortada, dado que a torção pode variar consideravelmente sobre um mesmo bloco ou meio bloco.
Os quartos residuais (oitavos, dezasseis avos de toro) dos toros torcidos devem igualmente ser orientados e desbastados pelo menos numa face, senão eles não são correctamente orientados, o que é raro nos toros não torcidos.
Alinha-se o veio da madeira por deslocamentos, depois alinham-se os raios medulares nas duas extremidades do toro por deslocamento.
Assim, simultaneamente e previamente ao corte, pode-se visualizar a qualidade das tábuas curtas e estreitas que se vão obter tanto sobre o plano de orientação dos raios medulares, do veio da madeira, da largura ou da posição de eventuais defeitos por exemplo de nós. A instalação 24 da figura 25 é aqui descrita.
Nas figuras 14 e 15, a instalação 24 comporta pelo menos um posto 26 de fendimento com uma ferramenta 25 de lâmina em cauda de andorinha assimétrica transversal mente. A ferramenta 25 tem a sua lâmina bombeada para o exterior do seu lado destinado a estar contra o alburno e/ou a casca, enquanto que o seu outro lado é côncavo. É assim possível exercer como indicado pela seta F uma pressão assimétrica longitudinalmente no toro principalmente para o exterior. 25
As ferramentas de corte 50 tais como a visível na figura 36, é aqui uma lâmina de duplo gume.
Podem prever-se várias ferramentas 50, com simples ou duplo gume, em diferentes localizações da instalação 24.
Então, dirige-se para estas diferentes ferramentas 50 as peças de madeira, porção de toros 1 ou outros, segundo o tratamento que se deseja aplicar-lhes. A instalação comporta na figura 36, meios de recepção de toros ou de porções de toros 1, com um sistema de posicionamento 34 que compreende: - dois pares de braços articulados 23, escamotáveis e eleváveis por pares semelhantes, móveis em translação por pares dissemelhantes, segundo uma trajectória de corte; e - um sistema de levar ou depósito 35 porções de toros móvel em translação desde uma zona de preparação 36 para os braços articulados 23 e inversamente; e - um sistema de levar ou saída 37 porções de toros móvel em translação desde uma zona de corte 37 para os braços articulados 23, e inversamente; e - um comando manual e/ou automático 38 (figura 35), aqui ligado e apto a controlar pelo menos um constituinte dos meios de recepção e de orientação.
Na figura 36 nomeadamente vêm-se os meios 21 de preensão dum toro pelas suas extremidades, aqui facas com dentes, móveis pelo menos em translação e/ou providas de limitador de esforços.
Prevê-se também meios de referenciação simultânea, à distância para os raios medulares nas suas duas extremidades; à distância ou em proximidade para o veio da madeira sobre a face externa e para defeitos eventuais. 26
Meios permitem a recepção e a orientação das porções de toro, por exemplo duas pinças 23 tais como um compasso, cada uma das quais é deslocável segundo pelo menos uma direcção longitudinal e/ou transversal.
Na figura 36, as pinças são deslocáveis em rotação em torno dum eixo horizontal, perpendicular à direcção X entre as pinças 23. A instalação 24 tem além disso um dispositivo 38 de referenciação apto a gerar pelo menos uma superfície visível de referenciação, deformável. O dispositivo 38 comporta pelo menos uma fonte de feixe 27 laser tal como um tubo ou díodo, montado sobre um molde 28 deformável de guia à distância de maneira a projectar sobre o toro ou uma porção de toro a superfície de referencia definida por deformação do molde, em função da sua estrutura.
Um carro 40 de corte é ilustrado na figura 33.
Ele é munido de garras independentes 21, e dum sistema de comando dessas garras. O avanço do carro 40 está também sob o controlo do sistema 39, para estar apto a seguir uma trajectória curva por exemplo.
Meios de preensãó compreendem facas dentadas, verticais, simétricas e opostas e meios de corte destas facas com pressão controlada de maneira a evitar qualquer fendimento por efeito de cunha. A figura 47 mostra os meios de recepção 41 e de guia de toros ou de porções de toros 1.
Estes meios 41 têm guias angulares 42, 43, 44 correspondendo respectivamente a uma secção de porção de toro, tal como o oitavo, o dezasseis avos e o trinta e dois avos de toro. 27
Estas guias 42 a 44 são deslocáveis independentemente, verticalmente por par semelhante, e de maneira a serem escamoteáveis, nomeadamente sob o efeito dum comando automático 39 de posicionamento.
Os meios de referenciação comportam um conjunto vídeo assistido por computador e/ou assistido por um feixe luminoso.
Este conjunto compreende uma ou várias câmaras aqui os sistemas 13 e 15 de tipo linear ou matricial e um ou vários visores informáticos ou vídeo, sobre um tal visor pode-se visualizar simultaneamente os raios medulares nas duas extremidades do toro, o veio da madeira sobre a face externa e os defeitos eventuais.
Esta instalação 24 compreende meios de referenciação simultânea, à distância para os raios medulares nas suas duas extremidades; à distância ou na proximidade para o veio da madeira sobre a face externa e os defeitos eventuais.
Os meios de recepção e de orientação das porções de toro, são no exemplo duas pinças tais como um compasso, das quais cada uma é deslocável segundo pelo menos uma direcção longitudinal e/ou transversal. A instalação 24 compreende entre outros: - um sistema laser tal que a intersecção do plano luminoso do laser e do toro a tratar materializa a passagem exacta dos traços de corte tanto nas extremidades do toro para posicionar os raios medulares como sobre o cimo do toro para posicionar o veio da madeira; - uma câmara de objectivo fixo e de preferência com imagem invertida dando a visão da extremidade do toro oposta ao operador e mostrando a este último a intersecção dos planos luminosos laser e do toro. Isto permite posicionar o toro em função dos raios medulares; - um conjunto de posicionamento dos toros permitindo ao operador posicionar rapidamente um toro ou porção de toro procurando simultaneamente, nas duas 28 extremidades do toro ou porção de toro, a melhor orientação em função dos raios medulares, e sobre o cimo do toro ou porção de toro, a melhor curva ou recta, paralela ao veio da madeira. A instalação ilustrada na figura 32 compreende de maneira esquemática um carro.
Este último comporta um quadro 45, móvel em translação graças a rodas 46, guiadas por carris 47.
Meios de preensão ou garras dum toro compreendem facas dentadas, verticais, simétricas e opostas móveis perpendicularmente ao eixo longitudinal do quadro 45 confundido com a direcção X, e montados sobre duas bases 48 elas próprias móveis em translação em relação a uma corrediça 49, segundo o eixo de deslocação do quadro.
Esta corrediça compreende, nas suas duas extremidades dois patins previstos para se deslocarem sobre duas corrediças transversais solidárias ao quadro.
Um meio de deslocação, por exemplo um dispositivo de correntes e carretos (não representado), assegura o deslocamento do conjunto corrediça-patim em relação às corrediças transversais. O dispositivo compreende, além disso, meios de recepção e de guia de toros com guias angulares correspondendo às secções das diferentes porções de toro obtidas das quais o quarto, o oitavo, o dezasseis avos e o trinta e dois avos de toro.
Estas guias angulares deslocam-se independentemente e por par semelhante segundo um eixo vertical; elas são escamotáveis e asseguram de maneira automática o posicionamento das porções de toro.
Além disso, é previsto meios de referenciação simultânea: dos raios medulares nas suas duas extremidades, do veio da madeira sobre a face externa e dos defeitos eventuais.
Representou-se, a traços interrompidos sob a referência, a zona de posicionamento angular escamotável dos toros, de leitura vídeo dos raios medulares nas duas 29 extremidades dos toros e de leitura vídeo (ou de leitura assistida por um feixe luminoso) do veio da madeira sobre a face externa eventualmente descascada e/ou desembaraçada do alburno.
Os meios de corte compreendem preferencialmente uma lamina de serra de fita ou duas laminas com afastamento variável em função da espessura “e” da prancha a obter, ou melhor ainda, uma série de dispositivos com uma ou duas laminas, cada um especializado numa operação distinta do processo.
De forma a evitar qualquer poluição das tábuas curtas e estreitas pela utilização dum lubrificante de origem mineral tal como o gasóleo, recorre-se a um lubrificante de qualidade alimentar tal como a água ou certos óleos de origem vegetal ou mineral, ou ainda uma emulsão na água desses óleos.
Assim, as tábuas curtas e estreitas obtidas não originam nenhum efeito prejudicial sobre as qualidades gustativas dos líquidos postos em pipas fabricadas a partir de tais tábuas curtas e estreitas.
As figuras 37 a 41 ilustram um molde deformável associado a um plano luminoso ele também deformável. A intersecção deste plano luminoso e do toro a tratar materializando a passagem exacta dos traços de corte tanto nas extremidades do toro para posicionar os raios medulares como sobre o cimo do toro para posicionar o veio da madeira, mesmo se este é côncavo ou convexo, de maneira simétrica ou não.
Numa caixa rectangular, de preferência vidrada na sua face inferior, estanque e termostática, encontram-se: - uma régua leve e plana, posicionada por exemplo sobre o cutelo no eixo longitudinal, guiada no plano vertical pelas suas extremidades, munida dum dispositivo de tensão ou de compressão a pedido do operador; 30 - um dedo móvel deslizante longitudinalmente sobre o cutelo dessa régua no plano horizontal em duas direcções simultaneamente ou não e a pedido do operador; os três comandos permitindo curvar a régua em aço de maneira semelhante à curvatura do veio da madeira dum toro colocado exactamente na sua vertical; - ao longo desta régua são posicionados díodos luminosos tipo laser com ângulo de abertura estreito, de maneira a projectar por segmento luminoso à distância a forma exacta da régua sobre um toro da caixa.
Por exemplo, estes feixes luminosos serão duplicados dum lado e doutro da régua, distantes duma espessura e dada para uma peça como um duplo, seja duas vezes a espessura duma tábua curta e estreita. O afastamento dos dois feixes é equidistante à face da régua servindo de molde.
Para que os díodos projectem um plano luminoso preciso, eles são fixados sobre blocos deslizantes sobre eixos perpendiculares.
Os blocos desempenharão essencialmente duas funções: a manutenção dos díodos num eixo vertical perfeito, e o deslocamento dos díodos paralelamente à posição da régua ao nível do bloco. Além disso, estes díodos serão orientados de maneira a poder iluminar as extremidades dum toro; - ao longo da face da régua servindo de molde poderá deslocar-se um “apaípador” medindo a deformação da régua e transmitindo as coordenadas, abcissa e ordenadas de cada ponto formando a curva, a um computador memorizando as informações.
Nesta caixa, pode igualmente ser posicionada uma câmara do tipo matricial, com boa definição, com objectivo fixo e de preferência de imagem invertida, ligada a um monitor colocado diante do operador.
Esta câmara dando a visão da extremidade do toro oposta ao operador e mostrando a este último a intersecção dos planos luminosos laser e do toro, permitindo assim o posicionamento deste último em função dos raios medulares. 31
Sob a caixa, distante cerca de um metro, encontra-se um conjunto de posicionamento de toros ou porções de toro composto por dois pares de braços articulados em volta dum eixo, escamotáveis e eleváveis por par semelhante da horizontal à vertical, móveis em translação por par dissemelhante segundo o eixo da régua da caixa.
Este conjunto permitindo ao operador posicionar rapidamente um toro ou porção de toro procurando simultaneamente, nas duas extremidades, a melhor orientação em função dos raios medulares e sobre o cimo a melhor curva ou recta, paralela ao veio da madeira.
Uma vez o toro posicionado, falta carrega-lo de maneira precisa sobre um carro de corte.
Este carro está na figura 36 munido de duas garras independentes.
Estas garras são munidas dum sistema permitindo conhecer exactamente a sua posição abcissa e coordenadas em relação a qualquer ponto da zona de corte ou de carregamento.
Estas coordenadas são transmitidas ao computador já evocado. O corte é então assistido por este computador que gere os deslocamentos das garras e do carro em função da orientação previamente definida visualmente pelo operador.
Para serrar curvo, é necessário que as garras desloquem o toro quando do corte exercendo uma pressão de toro constante. O ângulo medido, figura 38, sobre a régua servindo de molde é o mesmo numa porção de curva igual que o ângulo a dar ao toro.
Esta porção é definida em relação à largura de corte e em relação ao caminho da lâmina.
Falta conhecer em permanência o afastamento das garras para calcular, por cálculo trigonométrico simples, a posição a dar às garras. 32
Lisboa, 18 JUL. 2000 Por Voisin, Frédéric
Agente Oficial da Propriedade industrial Arco da Conceição, 3,1? - 1100 LISBOA
Claims (26)
- REIVINDICAÇÕES 1. Processo de obtenção de tábuas pequenas e estreitas, caracterizado por comportar as etapas previdentes de: cortar um tronco com casca em pelo menos um toro, transversalmente a uma direcção longitudinal, para que ele apresente segundo essa direcção uma dimensão sensivelmente igual a ou múltipla da duma tábua pequena e estreita prevista; dispor o toro segundo uma localização inicial em relação a uma marca, com uma primeira face de extremidade longitudinal sob a cobertura dum sistema de visualização, enquanto que a face oposta do toro está sob a cobertura dum outro sistema de visualização, referenciar pelo menos um raio medular sobre cada face, e um veio do toro ligando sensivelmente estes raios, sobre um invólucro longitudinal externo; definir pelo menos uma superfície de referenciação, por exemplo dois planos luminosos sensivelmente paralelos, distantes transversalmente duma distância sensivelmente igual à espessura do tábua pequena e estreita prevista; colocar sensivelmente em coincidência sobre o toro a superfície de referenciação com os raios medulares e o veio; determinar em função de cada superfície de referenciação, ao menos uma trajectória de corte, e por exemplo duas trajectórias paralelas; e provocar a corte do toro segundo cada trajectória.
- 2. Processo segundo a reivindicação 1, caracterizado por uma etapa posterior ao corte do tronco com casca prever desembaraçar o toro da sua casca e/ou do seu alburno.
- 3. Processo segundo a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por uma representação tal como a imagem sobre um dos sistemas de visualização ser invertida em relação à do outro, à maneira dum espelho e/ou cada sistema difunde a representação sensivelmente no mesmo sentido e na mesma direcção do outro, por exemplo para o posto dum operador.
- 4. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a localização inicial do toro numa marca ser uma posição de manutenção rígida por exemplo com a ajuda de garras e/ou ser ajustável segundo uma direcção longitudinal e/ou pelo menos uma direcção transversal nomeadamente em rotação e/ou em translação com a ajuda dum carregador com pinças de preensão tais como um compasso. 1
- 5. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por ao menos um sistema de visualização prever a produção de representações em função de leituras internas não destrutivas do toro, tais como a emissão de ondas ou partículas.
- 6. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por ao menos uma etapa prever a representação de uma ou várias superfícies de referenciação por um sistema de visualização, por exemplo fundido com e proporcional a uma representação por esse sistema de pelo menos um raio medular, veio ou análogos.
- 7. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por a referenciação e/ou a colocação em coincidência de pelo menos um raio medular e/ou do veio, ser efectuada em função duma representação por pelo menos um sistema de visualização, por exemplo por procura sobre uma representação dum disposição óptima de superfície de referenciação em relação aos raios medulares e/ou ao veio do toro.
- 8. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por a colocação em coincidência prever pelo menos um deslocamento do toro em relação à sua localização inicial, por exemplo com um ponto do toro na marca, tal como um eixo numa face de extremidade
- 9. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por com um toro torcido, ser prevista uma etapa de medida dessa torção, sucessivamente por: - prolongamento sobre uma primeira face duma extremidade periférica dum raio medular, por uma linha paralela ao veio referenciado sobre o invólucro; - definição sobre a face oposta duma primeira mira radial cuja extremidade de coração é secante a uma superfície de referenciação pelo menos e cuja sua extremidade periférica é sensivelmente secante ao veio; - definição duma segunda e duma terceira miras radiais sensivelmente paralelas a uma superfície de referenciação, respectivamente sobre a face oposta e sobre a primeira face; - prolongamento da segunda mira radial na sua extremidade periférica, por uma linha paralela ao veio; e - estimativa da medida da torção como sendo da ordem do quarto ou do terço do arco entre a intersecção do prolongamento da segunda mira e a primeira face e a extremidade periférica da terceira mira. 2
- 10. Processo segundo a reivindicação 9, caracterizado por a etapa de medida prever, previamente ao prolongamento do raio medular, uma correcção transversal a uma face, da posição relativa deste raio e duma superfície de referenciação, por exemplo até á centragem da tábua pequena e estreita prevista.
- 11. Processo segundo uma das reivindicações 9 ou 10, caracterizado por a etapa de medida ser seguida por uma etapa de correcção transversal a uma face, da posição relativa desse raio e da superfície de referenciação, por exemplo dum valor da ordem do arco estimado.
- 12. Processo segundo uma das reivindicações 9 a11, caracterizado por a etapa de medida ser, por exemplo na sequência duma correcção transversal, seguida duma etapa de procura de colocação com vista a uma trajectória de corte, por deslocamento sincronizado das duas faces opostas do toro.
- 13. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado por no caso dum toro não torcido, prever a sua separação por um traço de corte segundo um raio e o veio.
- 14. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado por no caso dum toro torcido ou curvo, se prever a sua separação em dois meios toros por meio duma lâmina de fendimento, por exemplo aquela do desembaraçamento da casca ou do alburno.
- 15. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado por no caso dum toro apresentando defeitos no interior do cerne, se prever a sua separação em porções as mais volumosas eliminando os principais defeitos, e eventualmente se purgar os defeitos nas porções por fendimento local â lâmina.
- 16. Processo segundo a reivindicação 15, caracterizado por uma etapa prever em seguida o corte de cada meio toro ou porção de toro de maneira a obter peças de madeira cuja espessura é da ordem da ou um múltiplo daquela da tábua pequena e estreita prevista com vista a um corte ulterior sensivelmente paralelamente aos seus bordos. 3
- 17. Processo segundo uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado por permitir nomeadamente a obtenção de tábuas pequenas e estreitas duma espessura dada, por corte dum bloco de madeira, nomeadamente de carvalho, realizando pelo menos uma das etapas seguintes: - numa porção dada dum toro previamente descascado ou não, referenciação simultânea dos raios medulares nas suas duas extremidades, do veio da madeira sobre o invólucro externo e dos defeitos eventuais; - Corte em dois meios toros por fendimento segundo um traço sensivelmente coincidente e por exemplo paralelo aos raios medulares; - corte de cada um dos meios toros por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio da madeira sobre o invólucro externo, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada ou menos, e de dois quartos de toro por meio toro cortado; - corte de cada um dos quartos de toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada ou mais, e de dois oitavos de toro; - corte de cada um dos oitavos de toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada ou mais, e de dois dezasseis avos de toro; - corte de cada um dos dezasseis avos de toro por dois traços de corte paralelos aos raios medulares e ao veio, com obtenção duma peça de madeira radial de espessura dada ou mais, e de dois trinta e dois avos de toro obtidos nas larguras desejadas para as tábuas pequenas e estreitas previstas; - desdobramento eventual e desbaste lateral dos quartos residuais, de maneira a obter os tábuas pequenas e estreitas previstos; - desdobramento eventual segundo o veio da madeira e desbaste lateral das peças de madeira cortadas mais espessas para compensar a presença de defeitos ou de curvaturas do veio da madeira.
- 18. Instalação de obtenção de tábua pequena e estreita, nomeadamente a partir de troncos com casca de madeira tal como carvalho, caracterizada por permitir a colocação em funcionamento do processo segundo as reivindicações 1 a 17. 4
- 19. Instalação segundo a reivindicação 18, caracterizada por comportar pelo menos um posto de fendimento com uma lâmina em cauda de andorinha assimétrica transversalmente, por exemplo a ferramenta tem a sua lâmina bombeada para o exterior do seu lado destinado a estar contra o alburno e/ou a casca, enquanto que o seu outro lado é côncavo, a fim de exercer uma pressão dissimétrica longitudinalmente no toro principalmente para o exterior.
- 20. Instalação segundo a reivindicação 18 ou 19, caracterizada por comportar meios de recepção de toros ou de porções de toros com um sistema de posicionamento que compreende: - dois pares de braços articulados, escamotáveis e eleváveis por pares semelhantes, móveis em translação por pares dissemelhantes, segundo uma trajectória de corte; e/ou - um sistema de levar as porções de toros móvel em translação desde uma zona de preparação para os braços articulados e inversamente; e/ou - um sistema de levar as porções de toros móvel em translação desde uma zona de corte para os braços articulados e inversamente; e/ou um comando manual e/ou automático, por exemplo ligado e apto a controlar pelo menos um constituinte dos meios de recepção e orientação.
- 21. Instalação segundo uma das reivindicações 18 a 20, caracterizada por compreender por exemplo: - meios de preensão dum toro pelas extremidades, nomeadamente facas dentadas, móveis pelo menos em translação e/ou providas de limitador de esforços; - meios de referenciação simultânea, à distância para os raios medulares nas suas duas extremidades; à distância ou na proximidade para o veio da madeira sobre a face externa e para os defeitos eventuais; - meios de recepção e de orientação das porções de toro, por exemplo duas pinças tais como um compasso, das quais cada uma é deslocável pelo menos numa direcção longitudinal e/ou transversal.
- 22. Instalação segundo uma das reivindicações 18 a 21, caracterizada por comportar pelo menos um dispositivo de referenciação apto a gerar pelo menos uma superfície visível de referenciação, eventualmente deformável, por exemplo este dispositivo comporta pelo menos uma fonte de feixe laser tal com um tubo ou díodo, montado num 5 molde deformável de orientação à distância de maneira a projectar sobre um toro ou uma porção de toro a superfície de referenciação definida por deformação do molde, em função da sua estrutura.
- 23. Instalação segundo uma das reivindicações 18 a 22, caracterizada por comportar pelo menos um carro de corte munido de garras independentes, e dum sistema de comando destas garras bem como do avanço do carro, apto a seguir uma trajectória curva por exemplo.
- 24. Instalação segundo uma das reivindicações 18 a 23, caracterizada por meios de preensão compreenderem facas dentadas, verticais, simétricas e opostas e meios de corte destas facas com pressão controlada de maneira a evitar qualquer fendimento por efeito de cunha.
- 25. Instalação segundo uma das reivindicações 18 a 24, caracterizada por comportar meios de recepção e de guia de toros ou de porções de toros, com guias angulares correspondendo respectivamente a uma secção de porção de toro, tal como um oitavo, um dezasseis avos e um trinta e dois avos de toro, sendo pelo menos uma guia angular deslocável, por exemplo independentemente, verticalmente por par semelhante, e de maneira a ser escamoteado, nomeadamente sob o efeito dum comando automático de posicionamento.
- 26. Instalação segundo a reivindicação 25, caracterizada por os meios de referenciação comportarem um conjunto vídeo assistido por computador e/ou assistido por um feixe luminoso, por exemplo este conjunto compreende uma ou várias câmaras do tipo linear ou matricial e um ou vários visores informáticos ou vídeo, sobre um tal visor pode-se visualizar simultaneamente os raios medulares nas duas extremidades do toro, o veio da madeira sobre a face externa e os defeitos eventuais. Lisboa, 1 8 JUL. 2000 PorVoisin, FrédéricAgente Oficial da Propriedade Industrial Arco da ConceiçSo, 3,1! - 1100 LISBOA 6 RESUMO MÉTODO E INSTALAÇÃO DE OBTENÇÃO DE TÁBUAS CURTAS E ESTREITAS A invenção revela em particular um método para produzir madeira para pipas. Ele compreende os seguintes passos: cortar um tronco com casca em pelo menos um toro; dispor o toro numa localização inicial em relação a um sistema de referenciação; marcar pelo menos um raio medular e o veio do toro; definir pelo menos uma superfície de referenciação; ajustar a superfície de referenciação com os raios medulares e o veio; determinar um caminho de corte, e por exemplo dois caminhos paralelos; e realizar o corte do toro seguindo cada caminho..
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