PT1615502E - Método de tratamento de frutos e legumes à base de lecitinas - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO
"MÉTODO DE TRATAMENTO DE FRUTOS E LEGUMES À BASE DE LECITINAS" A presente invenção diz respeito à utilização de uma ou várias lecitinas e/ou derivados para o tratamento de frutos e legumes e as novas composições que compreendem uma ou várias lecitinas, em combinação com um ou vários agentes de tratamento de frutos e legumes, nomeadamente o(s) terpeno(s) com a função hidroxilo que apresentam propriedades antioxidantes, bactericidas e/ou fungicidas.
Antes da colheita, os frutos e legumes são tratados por diversos agentes tais como os fertilizantes ou insecticidas a fim de favorecer o seu crescimento.
Após a sua colheita, os frutos e legumes frescos são armazenados durante um período que pode ser relativamente longo, antes de serem postos no mercado para um consumo rápido.
No decurso deste período de armazenamento, importa que os frutos e legumes não percam nem as suas qualidades organoléticas nem o seu aspecto atraente. Por isso é desejável retardar o envelhecimento dos frutos e legumes durante o armazenamento.
De modo a retardar o mais possível uma tal degradação dos frutos e legumes, é hábito tratá-los, logo após a colheita, por alguns tratamentos físicos, tais como o calor (por exemplo termoterapia), ou o frio (por exemplo, arrefecimento por água ou a refrigeração, e/ou por tratamentos químicos, por meio de substâncias antioxidantes, bactericidas e/ou fungicidas. As substâncias antioxidantes, bactericidas e/ou fungicidas mais utilizadas são as substâncias de síntese que apresentam uma certa toxicidade para o consumidor: é nomeadamente o caso da difenilamina, o orto-fenilfenol, comercializado pela BASF, o imazalil (1-(2-(2,4-dicloro-fenil)-2(2-propeniloxi)etil)-lH-imadazol), disponível no mercado, por exemplo pela Janssen Pharma-ceutica ou Inchem, ou ainda a etoxiquina (1,2-di-hidro-6-etóxi-2,2,4-trimetilquinoleína) por exemplo comercializada por Raschig.
Conhece-se um procedimento de tratamento de frutos e legumes por aplicação de terpenos dioxigenados, tal como o eugenol ou o isoeugenol, estando este procedimento descrito em FR 98 15 305. Estes compostos protegem os frutos e os legumes das bactérias e fungos, e impedem a germinação dos tubérculos das batatas e dos bolbos das cebolas.
Entretanto, os tratamentos físicos e/ou químicos dos frutos e legumes tais como os indicados mais acima apresentam um fitotoxicidade sobre os frutos e legumes tratados.
Entende-se por "fitotoxicidade", segundo a invenção toda o dano sobre frutos e legumes, resultante da acção directa do tratamento fisico e/ou quimico, ilustrado pela modificação do aspecto visual dos referidos frutos e legumes ou suas folhas.
De preferência segundo a invenção, a "fito-toxicidade", representa a alteração directa pelo referido tratamento da integridade da pele dos referidos frutos e legumes, essencialmente pela modificação da cor ou da textura da sua pele. Mais particularmente, a fito-toxicidade pode ser ilustrada pela coloração amarelada homogénea, uma pigmentação avermelhada, a formação de manchas amarelas ou castanhas ou zonas necrosas, pontuais ou estendidas, ou ainda a formação de microlesões na pele.
Estas microlesões constituem por isso um terreno propicio aos bolores ou ao apodrecimento dos frutos e legumes.
Segundo a invenção, a referida fitotoxicidade definida mais acima resulta directamente da acção do referido tratamento e por consequência exclui os fenómenos naturais de envelhecimento tal como a senescência nomeadamente .
Dada esta fitotoxicidade, os tratamentos dos frutos e legumes apresentam por isso uma acção contraditória que limita a utilização.
As lecitinas são misturas de combinações de ésteres de ácido oleico, esteárico, palmítico com o ácido glicerofosfórico e a colina.
As lecitinas são agentes tensioactivos e emulsio-nantes de origem natural, correntemente utilizados. As lecitinas são largamente utilizadas também como aditivos alimentares, farmacêuticos ou cosméticos.
Ora, de modo inesperado, verificou-se agora de acordo com a presente invenção que as lecitinas ou os seus derivados limitam o efeito fitotóxico dos tratamentos fisicos e/ou quimicos de frutos e legumes, nomeadamente os agentes de tratamento tais como o eugenol ou o isoeugenol.
Especificamente, o emprego das lecitinas ou derivados de acordo com a invenção têm um efeito fito-protector retardando ou impedindo a formação das manchas ou microlesões provocadas pelos tratamentos fisicos e/ou quimicos, nomeadamente os agentes de tratamento tais como o eugenol ou o isoeugenol.
Segundo um primeiro objecto, a presente invenção diz respeito à utilização das lecitinas e/ou seus derivados para limitar a fitotoxicidade dos tratamentos fisicos e/ou quimicos de frutos e legumes, tais que: - os tratamentos fisicos são efectuados por meio do calor ou do frio e escolhidos de entre a termoterapia, a refrigeração ou o arrefecimento por água; os tratamento químicos consistem em agentes de tratamento, escolhidos de entre os fertilizantes foliares à base de cloreto de cálcio, a tolifluanida, a difenilamina, o orto-fenilfenol, o imazalil, a etoxiquina, os terpenos com a função hidroxilo que apresentam funções antioxidantes e/ou fungicidas, e as lecitinas e/ou derivados e os referidos tratamentos são aplicados de modo simultâneo, separado, ou escalonado no tempo.
De acordo com um segundo objecto, a presente invenção relaciona-se com as composições que compreendem a combinação de um ou de vários agentes de tratamento dos frutos e legumes, escolhidos de entre os fertilizantes foliares à base de cloreto de cálcio, a tolifluanida, a difenilamina, o orto-fenilfenol, o imazalil, a etoxiquina, os terpenos com a função oxidrilo que apresentam propriedades antioxidantes e/ou fungicidas, e uma ou várias lecitinas e/ou derivados, em solução numa base oleosa, e as lecitinas e/ou derivados com uma concentração estritamente superior a 5% nas composições.
Segundo um outro objecto, a presente invenção diz respeito igualmente à utilização de composições de acordo com a invenção para o tratamento dos frutos e legumes.
Está igualmente descrito que a conservação das lecitinas e/ou derivados de acordo com a invenção fica nitidamente melhorada pela presença de um ou vários agentes de tratamento de acordo com a invenção, nomeadamente os referidos agentes que apresentam propriedades bactericidas, fungicidas ou antioxidantes como o eugenol. Neste caso os referidos agentes de tratamento representam 1 a 50%, de preferência 10 a 30% em peso das referidas lecitinas e/ou derivados.
Está por isso igualmente descrita a utilização de um ou diversos agentes de tratamento para melhorar a conservação das lecitinas e/ou derivados.
Por "tratamento físico e/ou químico dos frutos ou legumes", entende-se todo o tipo de tratamento habitualmente utilizado para melhorar o crescimento e/ou a conservação dos frutos ou legumes", antes e/ou depois da colheita, e que apresenta geralmente uma fitotoxicidade a seu respeito.
Tal como discutido mais acima, a fitotoxicidade não compreende a senescência natural; por isso os tratamentos físicos e/ou químicos que provocam um fenómeno de envelhecimento, nomeadamente por aumento da respiração por libertação de etileno como o etéfon, não estão abrangidos pela invenção.
Entende-se que os tratamentos químicos podem ser utilizados em combinação com os tratamentos físicos.
Os tratamentos físicos compreendem nomeadamente o os tratamentos pelo calor, por exemplo entre 20 e 60° C, tal como a termoterapia, por exemplo por meio de água quente, ou fria, por exemplo entre 0 e 20°C, tal como arrefecimento por água ou a refrigeração, por meio de ar frio. Os tratamentos químicos designam todos os agentes de tratamento habitualmente utilizados para estes fins. Estes compreendem nomeadamente os fertilizantes, insecticidas, fungicidas, bactericidas, antioxidantes ou conservantes.
Como agente de tratamento utilizado antes da colheita, pode-se nomeadamente citar os produtos utilizados no pomar tais como os fertilizantes à base de cloreto de cálcio, como Stopit, comercializado por Phosyne pi, a tolifluanida, disponível sob o nome de Methyleuparène®, comercializado pela Bayer, ou ainda todas as outras especialidades utilizadas no pomar como por exemplo os óleos minerais habitualmente utilizados, eventualmente em combinação com um ou vários produtos fitossanitários, conhecidos como tal.
Relativamente aos agentes de tratamento pós-colheita, podemos citar, diversos produtos como a difenilamina, o ortofenilfenol, comercializado pela BASF, o imazalil (1-(2-(2,4-diclorofenil)-2-(2-propeniloxi)etil)-lH-imidazole), disponível no mercado, por exemplo pela Janssen Pharmaceutica ou Inchem, ou ainda a etoxiquina (1,2-di-hidro-6-etoxi-2,2,4-trimetil-quinoleína) por exemplo comercializada por Raschig.
Prefere-se igualmente no entanto como agentes de tratamento os derivados de origem natural tais como os terpenos com a função hidroxilo que apresentam funções antioxidantes, bactericidas, e/ou fungicidas.
Por "terpeno com função hidroxilo", entende-se de acordo com a invenção os terpenos que apresentam pelo menos uma função hidroxilo, eventualmente fenólico. Em seguida, designa-se igualmente o terpeno com função hidroxilo pela expressão "substância activa terpénica". De preferência os terpenos utilizados de acordo com a invenção contêm 1 até 5, melhor ainda, 1, 2 ou 3 funções hidroxilo.
De modo preferido, os terpenos utilizados apresentam uma tensão de vapor de menos de 0,1 mm de mercúrio, melhor ainda compreendida entre 0,1 mm e 5 mm de mercúrio.
Como exemplo de terpenos, menciona-se o farnesol, o mentol, o linalool, p-mentan-1,8-diol, o terpinol, o citronelol, o geraniol, o eugenol, o isoeugenol, um dos seus sais aceitáveis do ponto de vista alimentar e respectivas misturas. A titulo de terpeno especialmente preferido, pode-se mencionar o eugenol, o isoeugenol, seus sais aceitáveis do ponto de vista alimentar e suas misturas.
Deve ser entendido que, de acordo com uma forma de realização mais especialmente preferida, utiliza-se a titulo de substância activa o óleo de cravinho, contendo este de 60 a 70% de eugenol.
De acordo com uma forma de realização preferida, as composições segundo a invenção contêm um ou mais agentes de tratamento tais como os acima definidos.
Em alguns casos, os terpenos podem ser aplicados quer como produtos puros, quer sob a forma de óleos naturais que contêm entre 50% e 80% de terpenos.
De acordo com a invenção, entende-se por "lecitinas e/ou derivados" um ou mais compostos escolhidos de entre os derivados de fosfatidilcolina e/ou seus derivados, tais como a fosfatidilcolina, fosfatidilinositol, fosfati-diletanolamina, e/ou ácido fosfatidico e/ou as suas misturas que apresentam dois ácidos gordos, tais como diestearilo, dipalmitilo, e/ou dioleilo de fosfatidilcolina, fosfatidilinositol, fosfatidiletanolamina, e/ou ácido fosfatidico e/ou respectivas misturas.
Preferencialmente as "lecitinas e/ou derivados" são de origem natural, tal como, por exemplo, as derivadas da gema de ovo ou da soja.
Os inventores verificaram igualmente que as "lisolecitinas e/ou derivados" apresentam uma melhor solubilidade após a sua formulação, sós ou em mistura nas composições de acordo com a invenção.
Segundo um aspecto preferido, as "lecitinas e/ou derivados" contêm portanto um ou vários "lecitinas e/ou derivados".
Entende-se por "lecitinas e/ou derivados" os compostos resultantes da eliminação de um ácido gordo das "lecitinas e/ou derivados" acima mencionados.
Estas compreendem portanto nomeadamente os derivados lisofosfatidilcolina, lisofosfatidilinositol, lisofosfatidiletanolamina, e/ou ácido lisofosfatidico, e/ou suas misturas. Habitualmente, quando são utilizadas como aditivos, como por exemplo, agentes emulsionantes, ou tensioactivos, as lecitinas estão geralmente presentes em concentrações fracas, tais como 1% e 5%.
Foi agora demonstrado pelos inventores que, contra toda a expectativa, as "lecitinas e/ou derivados" podem ser utilizados em concentrações mais elevadas, superiores ou iguais a 10% para obter o efeito fito-protector procurado. Mais preferencialmente, as lecitinas têm uma concentração estrictamente superior a 5%. De preferência, a concentração das lecitinas e/ou derivados nas composições está entre 5% e 50%.
De acordo com a invenção, as lecitinas e/ou derivados e os agentes de tratamento podem ser aplicadas simultaneamente, separadamente ou escalonadamente no tempo. As lecitinas e/ou derivados podem portanto ser formuladas sós ou em mistura com um ou vários agentes de tratamento, nas composições de acordo com a invenção.
Em especial, a razão "lecitinas e/ou derivados" para o agente de tratamento, de preferência uma substância activa derivada do terpeno, pode estar compreendida entre 0,3 e 3, preferencialmente entre 0,5 e 1,5.
Segundo um aspecto preferido, as lecitinas e/ou derivados de acordo com a invenção compreendem as lecitinas E322 ou as lecitinas derivadas do óleo de soja.
Segundo um aspecto especialmente preferido de acordo com a invenção, as "lecitinas e/ou derivados" contêm pelo menos uma ou várias "lisolecitinas e/ou derivados". Geralmente as "lecitinas e/ou derivados" são escolhidos de entre os compostos diestearil-, dipalmitil- e/ou dioleil-fosfatidilcolina, -inositol, e/ou -etanolamina, ácido fosfatidico e os compostos correspondentes liso e/ou as suas misturas.
Vantajosamente, as "lecitinas e/ou derivados" contêm entre 30% e 60% de "lisolecitinas e/ou derivados". Nomeadamente, preferem-se as misturas de lecitinas derivadas de óleo de soja modificadas ou não modificadas.
Preferencialmente, as "lecitinas e/ou derivados" são obtidas por extracção de óleo vegetal, seguida da eliminação do óleo e da hidrólise pelo menos parcial dos agrupamentos de ácido gordos.
Segundo um aspecto vantajoso, utiliza-se no que respeita a "lecitinas e/ou derivados" Emultop HL50® comercializado por Degussa.
As "lecitinas e/ou derivados" contendo pelo menos uma "lisolecitina e/ou derivado" de acordo com a invenção sendo solúveis em óleos de origem vegetal, as composições de acordo com a invenção permitem assim utilizar apenas os produtos de origem natural. A utilização de solventes orgânicos ou outros aditivos de síntese habitualmente utilizados por melhorar a solubilização ou estabilização das composições é por isso supérflua. Isto garante assim a ausência de toxicidade para o consumidor. Isto permite igualmente a venda das composições com a etiqueta de biológica.
As composições de acordo com a invenção podem ser diluídas numa base aquosa ou orgânica, ou sua mistura. A título de base orgânica, pode-se nomeadamente utilizar todo o óleo aceitável do ponto de vista alimentar, tal como os óleos vegetais, o óleo de soja ou de amendoim em particular.
Geralmente, as lecitinas e/ou derivados podem ser formulados sós, ou em água, ou num óleo vegetal, eventualmente com alguns emulsionantes ou dispersantes de sintese não iónicos, do tipo de ácido oleico etoxilado por exemplo.
Preferencialmente, quando se utilizam as lecitinas e/ou derivados naturais, estes são formulados com ou sem óleo vegetal e alguns dispersantes como acima indicados.
Quando se utiliza as lecitinas e/ou derivados que contêm uma ou várias lisolecitinas e/ou derivados, estas podem ser formuladas também em solução num óleo vegetal sem emulsionante.
Quando se utiliza EMULTOP HL50®, pode se formular as lecitinas e/ou derivados apenas, dispersos em água, de preferência até um máximo de 20%.
De preferência, as lecitinas e/ou derivados apenas ou em mistura com os agentes de tratamento nas composições de acordo com a invenção são aplicadas aos frutos e legumes em concentrações compreendidas entre 10 e 5000 ppm, de preferência entre 100 e 500 ppm.
Efectivamente, as formulações das lecitinas e/ou derivados podem ser diluídos numa dispersão aquosa. Preferencialmente a dose de aplicação está compreendida entre 1 e 50 litros/tonelada de dispersão aquosa para um tratamento após a colheita e entre 100 e 2000 litros por hectare na pré-colheita.
As lecitinas e/ou derivados podem ser aplicados aos frutos e legumes por todos os meios conhecidos, por exemplo, por pulverização no pomar antes da colheita ou por jacto de chuveiro ou imersão após a colheita.
As composições segundo a invenção contêm entre 5% e 7 0% em peso de agente de tratamento, de preferência uma substância activa derivada de terpeno, preferencialmente entre 10% e 30%, ainda mais preferencialmente entre 15% e 20%; entre 1% e 50% em peso de "lecitinas e/ou derivados" de acordo com a invenção, preferencialmente entre 10% e 40%, ainda mais preferencialmente entre 10% e 30%; e entre 10% e 70% de base aquosa ou orgânica, de preferência orgânica, de preferência entre 30% e 60%.
Mais preferencialmente, as composições contêm o eugenol com estritamente mais de 5% de lecitinas.
As percentagens indicadas acima e mais abaixo são em peso, em relação às substâncias activas. As substâncias activas estão disponíveis no mercado sob forma líquida ou sólida diluída, as quantidades destas formas diluídas devem ser ajustadas ao aumento em correspondência.
Por exemplo, as "lecitinas e/ou derivados" podem apresentar-se sob forma diluída de um pó que contêm entre 40% e 75% de lecitinas ou derivados. As percentagens indicadas são em relação às "lecitinas e/ou derivados" não diluídos.
Numa forma de realização preferida, as composições de acordo com a invenção compreendem uma combinação de eugenol ou de isoeugenol, de preferência eugenol com uma mistura de lecitinas ou derivados contendo uma ou várias "lisolecitinas e/ou derivados", misturadas num óleo vegetal.
Geralmente, as composições segundo a invenção contêm de 10% até 30% de eugenol, de 10% até 40% de "lecitinas e/ou derivados" contendo uma ou várias "lisolecitinas e/ou derivados", de 30% a 60% de óleo vegetal.
Vantajosamente, as "lecitinas e/ou derivados" contêm entre 30% e 60% de "lisolecitinas e/ou derivados".
Preferencialmente, as composições de acordo com a invenção contêm entre 10% e 40% de Emultop HL50®, mais preferencialmente entre 20% e 30%.
As composições segundo a invenção contêm entre 5% e 15% de "lisolecitinas e/ou derivados".
De forma vantajosa, utilizam-se "lisolecitinas e/ou derivados" não modificados, cada um deles misturados com a sua forma modificada correspondente.
Geralmente, a mistura de cada "lecitina e/ou derivado" não modificada com a sua forma modificada está compreendida entre 0,3% e 10% das composições segundo a invenção.
As composições são preparadas através da mistura das lecitinas ou derivados em óleo vegetal, de preferência à temperatura ambiente, depois por adição, com agitação, do ou dos agentes de tratamento. Se necessário, as composições obtidas ficam a repousar durante um intervalo de tempo compreendido entre algumas horas e vários dias, antes da sua utilização. A formulação da composição de tratamento depende do seu modo de aplicação sobre os frutos e legumes.
Preferencialmente, as composições são diluidas em água numa concentração compreendida entre 1 e 20 L por m3 de água, previamente ao tratamento dos frutos e legumes.
As composições de tratamento são preparadas de modo convencional por simples mistura dos seus constituintes.
Segundo a invenção, as composições devem ser aplicadas uma ou diversas vezes. Numa perspectiva vantajosa, é efectuado um único tratamento.
Preferencialmente, o tratamento é realizado imediatamente após a colheita. A quantidade de composição de tratamento que deve ser aplicada aos frutos e legumes depende da natureza dos frutos e legumes em questão e do modo de aplicação seleccionado. Geralmente, o consumo de solução diluída situa-se entre 1 e 50 litros, de preferência entre 5 e 20 litros por tonelada de frutos tratados, preferencialmente cerca de 10 litros por tonelada de frutos ou legumes tratados. O modo de aplicação das lecitinas e/ou derivados isolados ou em mistura com o(s) agente(s) de tratamento nas composições segundo a invenção é qualquer um de acordo com a invenção. Distingue-se mais especialmente a aplicação por meio de pulverização, nomeadamente antes da colheita, ou por imersão, por jacto de chuveiro, por aspersão ou por envolvimento com papel absorvente embebido na composição de tratamento, especialmente após a colheita. Prefere-se a aplicação por imersão, jacto de chuveiro ou aspersão após a colheita. De preferência, quando a aplicação se realiza após a colheita, ela é efectuada a uma temperatura compreendida entre 15°C e 60°C, de preferência entre 30°C e 60°C, pelos processos descritos adiante.
Em alternativa, a referida aplicação pode ser realizada por imersão ou jacto de chuveiro, através da realização da etapa que consiste em: - levar a composição de tratamento a uma temperatura de 15 até 60°C; de preferência 30° até 60°C; e - submeter, durante dez minutos no máximo, os referidos frutos e legumes a um tratamento por jacto de chuveiro com a referida composição de tratamento, ou por imersão na referida composição de tratamento, antes do armazenamento dos frutos e legumes.
Geralmente, opera-se por jacto de chuveiro sobre bancada dos frutos e legumes. No caso de frutos e legumes particularmente sensíveis aos choques é preferível operar por imersão dos frutos e legumes em caixas nas composições de tratamento. A temperatura a que deve ser aquecida a composição de tratamento é ajustada em função da natureza do produto tratado. De facto, é importante não provocar a cozedura ou a degradação dos frutos e legumes. Apenas a superfície dos frutos e legumes deve ser aquecida por contacto com a composição de tratamento.
Geralmente, a composição de tratamento é levada a uma temperatura compreendida entre 15° e 60°C, de preferência 30° e 60°C, de acordo com a natureza dos frutos e legumes tratados e, paralelamente, ajusta-se o tempo de permanência em contacto, de forma a atingir a temperatura desejada na superfície dos frutos e legumes.
Geralmente, opera-se entre 45° e 50°C. No entanto, para os frutos e legumes sensíveis ao calor, tais como o limão por exemplo, preferem-se temperaturas compreendidas entre 30° e 40°C. 0 tempo de permanência em contacto é muito curto e em todos os casos inferior a 10 minutos. Varia geralmente entre 30 segundos e 10 minutos, com vantagem entre 30 segundos e 5 minutos. Um tempo de contacto de 2 a 3 minutos é suficiente na maior parte das vezes.
Quando a duração do tratamento pela composição quente é atingida, termina-se a aplicação por todos os meios conhecidos, especialmente pela simples paragem da aspersão ou do jacto de chuveiro.
Numa variante vantajosa, em especial no caso de frutos e legumes sensíveis ao calor, o procedimento pode compreender uma etapa posterior, que consiste em arrefecer rapidamente os frutos e legumes que foram postos em contacto com a composição de tratamento quente, até uma temperatura inferior ou igual à temperatura ambiente.
Este arrefecimento pode ser realizado através de circulação de ar ou por contacto com a água (especialmente imersão ou aspersão) cuja temperatura é inferior ou igual à temperatura ambiente.
No caso de frutos e legumes especialmente sensíveis ao calor, tal como pêssegos, damascos, tomates e peras, recomenda-se que sejam arrefecidos previamente antes de proceder ao tratamento a quente com a referida composição de tratamento.
Assim, numa forma de realização preferida da invenção, a etapa de imersão ou de jacto de chuveiro acima descrita é precedida por uma etapa de arrefecimento total com uma composição aquosa de arrefecimento, através de jacto de chuveiro, ou por imersão numa composição aquosa de arrefecimento, apresentando a referida composição aquosa uma temperatura compreendida entre 0o e 15°C. O arrefecimento deve actuar efectivamente no cerne dos frutos e legumes. Os frutos e legumes são por exemplo submetidos a um tratamento por arrefecimento por água. Este pode ser realizado através de jacto de chuveiro com uma composição aquosa de arrefecimento, bem como através de imersão numa composição aquosa de arrefecimento. A temperatura da composição aquosa de arrefecimento está geralmente compreendida entre 0o e 15°C. A temperatura e o tempo de pré-tratamento por meio da composição de arrefecimento são ajustados de forma a arrefecer a totalidade dos frutos e legumes tratados e não apenas a sua camada exterior. Estes parâmetros dependem principalmente da natureza dos frutos e legumes. A título de indicação, deve notar-se que a temperatura da composição de arrefecimento é inferior ou igual à temperatura convencional de armazenagem recomendada na técnica.
De acordo com uma forma de realização preferida, a composição aquosa de arrefecimento apresenta uma temperatura de 0o até 10°C, melhor ainda de 0o até 5-6°C. O tempo de duração de pré-tratamento pela composição aquosa de arrefecimento situa-se, em geral, entre 2 minutos e 2 horas, mais geralmente entre 2 minutos e 60 minutos, por exemplo entre 4 minutos e 30 minutos.
Esta variante está descrita mais especialmente nos pedidos FR 96 03 100 e FR 98 09 995.
Como variante, e de acordo com uma forma de realização preferida da invenção, a composição de tratamento utilizada no caso da aplicação por jacto de chuveiro ou por imersão é uma dispersão da composição em água.
Quando é utilizado um papel absorvente, é geralmente suficiente uma quantidade de 0,01 g até 1 g de substância activa por m2 de papel, entendendo-se que um m2 de papel permite embrulhar de 16 a 25 frutos.
Mais geralmente, a quantidade de substância activa depende da volatilidade (ou seja da tensão de vapor) do ou dos agentes de tratamento utilizados como substância activa e do tempo de duração da armazenagem.
Obviamente, as formas de realizações preferidas indicadas antes ou depois são consideradas isoladamente ou em combinação. A invenção é ilustrada especialmente pelos exemplos e a Figura 1 seguintes. A Figura 1 ilustra o efeito das composições de acordo com a invenção nos apodrecimentos de maçãs.
Exemplo 1
Preparou-se uma composição de acordo com a invenção do seguinte modo: 27 g de uma mistura de lecitinas e/ou derivados contendo entre cerca de 40% e 75% de lecitinas e/ou derivados dos quais 50% de lisolecitinas e/ou derivados (EMULTOP HL50®), são postos em solução em 55 g de óleo vegetal (soja), à temperatura ambiente. Em seguida, à temperatura ambiente, adiciona-se 18 g ml de eugenol sob agitação constante. Obtêm-se assim 100 g de solução oleosa reconstituída. A solução obtida é perfeitamente clara. Ela contém 18% de eugenol, 27% de EMULTOP HL50®, sendo cerca de 10% a 20% de lecitinas e/ou derivados e 55% de óleo vegetal.
Exemplo 2:
Repetiu-se o procedimento do Exemplo 1, mas desta vez com lecitinas e/ou derivados não modificados. Obteve-se uma suspensão. Adicionou-se de modo idêntico o eugenol. A solução fica turva. São então necessários 10% a 30% de agente dispersante do tipo aniónico, catiónico ou não-iónico para melhorar a homogeneidade da dispersão da composição na água.
Exemplo 3: Tratamento de maçãs Granny Smith
Um primeiro lote de maçãs Granny Smith após a colheita foi tratado por imersão ou jacto de chuveiro com a ajuda de uma composição de tratamento segundo o exemplo 1, diluida em água a 50°C, na proporção de 2 g/L expresso em eugenol, isto é 11 g/L de composição a 18% em eugenol.
Após o tratamento, este lote foi armazenado a 0,5°C durante três meses num frigorifico em atmosfera modificada com 2% de oxigénio e 2,5% de anidrido carbónico (C02) .
Dois lotes testemunhas foram submetidos às mesmas condições de armazenamento que o lote anterior sem tratamento das maçãs (controlo) ou unicamente com água. A aplicação teve lugar durante 3 minutos.
Os resultados resumidos na figura 1 mostram que as composições da invenção reduzem em mais de 50% os apodrecimentos que aparecem nos frutos dois a quatro meses após a aplicação.
Exemplo 4 (comparativo):
Duas laranjas de variedade Washington Navel foram tratadas com doses diferentes de eugenol apenas e a temperaturas diferentes.
Depois de 15 dias a cerca de 50°C seguidos de 3 dias à temperatura ambiente, foram contados os frutos atingidos pela podridão por penicilium.
Os resultados estão resumidos no quadro seguinte:
Tabela 1
Os resultados mostram que o tratamento apenas com o eugenol favorece as podridões.
Exemplo 5 O exemplo 4 foi repetido com a composição do exemplo 1. A percentagem de frutos tratados com esta composição que apresentam uma podridão por penicilium eleva-se então para 4%.
Em vista dos resultados dos exemplos 4 e 5, pode-se concluir que o eugenol provoca microlesões que representam um terreno favorável ao ataque por penicilium; esta fitotoxicidade do eugenol é praticamente suprimida quando se utiliza o eugenol em combinação com as lecitinas de acordo com a invenção.
Exemplo 6 100 maçãs Golden foram tratadas com ou sem as lecitinas do exemplo 1 com uma concentração de 2000 ppm, a 50°C antes do armazenamento, depois armazenadas numa câmara fria durante 7 meses a 0,5°C.
As maçãs não tratadas apresentaram uma coloração amarela enquanto esta alteração de cor não apareceu nas maçãs tratadas.
Exemplo 7
Trataram-se algumas Laranjas Valência com ou sem as lecitinas do exemplo 1 numa concentração de 200 ppm, e foram armazenadas durante 3 meses a 3,5°C.
As laranjas não tratadas apresentaram estragos relacionados com o frio ("danos de refrigeração"), ausentes nas maçãs tratadas.
Claims (29)
- REIVINDICAÇÕES1. Utilização de lecitinas e/ou derivados para reduzir a fitotoxicidade dos tratamentos fisicos e/ou quimicos dos frutos e legumes, em que: - os tratamentos fisicos são realizados por meio de calor ou do frio a partir da termoterapia, refrigeração e arrefecimento por água; - os tratamentos quimicos que consistem em agentes de tratamento selecionados a partir de fertilizantes herbicidas baseados em cloreto de cálcio, tolifluanida, difenilamina, orto-fenilfenol, imazalil, etoxiquina, terpenos com função hidroxilo que apresentam funções antioxidantes e/ou fungicidas; e - as lecitinas e/ou derivados, e este(s) tratamento(s) são aplicados de modo simultâneo, separado ou escalonado ao longo do tempo.
- 2. Utilização de acordo com a reivindicação 1, em que as referidas lecitinas e/ou derivados contêm uma ou diversas lisolecitinas e/ou derivados.
- 3. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, em que as referidas lecitinas e/ou derivados contêm entre 30% e 60% de lisolecitinas e/ou derivados.
- 4. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, em que as lecitinas e/ou derivados são escolhidos a partir de compostos diestearilo, dipalmitilo ou dioleilo de fosfatidil-colina, -inositol, -etanolamina ou de ácido fosfatidico, e opcionalmente os derivados liso correspondentes ou as respectivas misturas.
- 5. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, em que as lecitinas e/ou os derivados são formulados em solução aquosa ou num óleo vegetal, depois diluidos numa dispersão aquosa antes do tratamento.
- 6. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que as lecitinas e/ou os derivados são aplicados ao referidos frutos e legumes numa dose compreendida entre 10 e 5000 ppm.
- 7. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 6, em que os agentes de tratamento são escolhidos de entre fertilizantes, fungicidas, bacte-ricidas, antioxidantes ou conservantes.
- 8. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, em que os agentes de tratamento são os definidos nas reivindicações 15 a 17.
- 9. Composições que contêm um ou mais agentes de tratamento de frutos e legumes seleccionados de entre os fertilizantes foliares à base de cloreto de cálcio, o tolifluanida, a difenilamina, o orto-fenilfenol, o imazalil, a etoxiquina, os terpenos com função hidroxilo que apresentam funções antioxidante e/ou fungicida; e uma ou várias lecitinas e/ou derivados, em solução numa base oleosa, em que a concentração das referidas lecitinas e/ou derivados é estrictamente superior a 5% nas referidas composições.
- 10. Composições de acordo com a reivindicação 9, em que os referidos agentes de tratamento e as lecitinas são formulados para uma administração de modo simultâneo, separado ou escalonado no tempo.
- 11. Composições de acordo com a reivindicação 9 ou 10, em que os agentes de tratamento são terpenos com função hidroxilo que apresenta funções antioxidantes e/ou fungicidas.
- 12. Composições de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 11, em que os referidos terpenos com a função hidroxilo são seleccionados de entre o eugenol, o isoeugenol, o farnesol, o mentol, o linalool, o p-mentan-1,8-diol, o terpineol, o citronelol, o geraniol, um dos seus sais aceitáveis no plano alimentar ou respectivas misturas.
- 13. Composições de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 12, em que os referidos terpenos com função hidroxilo são seleccionados de entre o eugenol, o isoeugenol, seus sais aceitáveis no plano alimentar ou respectivas misturas.
- 14. Composições de acordo com a reivindicação 13, em que a base oleosa é um óleo vegetal.
- 15. Composições de acordo com qualquer uma das reivindicação 9 até 14, que contêm entre 5% e 70% de agentes de tratamento, 1% e 50% de lecitina e/ou derivados, 10% e 70% de base oleosa.
- 16. Composições de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 15, que contêm de 10% a 30% de eugenol, de 10% a 40% de lecitinas e/ou derivados, 30% a 60% de óleo vegetal.
- 17. Composições de acordo com a reivindicação 16, caracterizadas por conterem entre 5% e 15% de lisolecitinas e/ou derivados.
- 18. Composições de acordo com qualquer uma das reivindicações 9a 17, caracterizadas por a proporção de lecitinas e ou derivados relativamente ao agente de tratamento estar compreendida entre 0,3 e 3.
- 19. Composições de acordo com a reivindicação 18, caracterizadas por a proporção estar compreendida entre 0,5 e 1,5.
- 20. Composições de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 19, em que as lecitinas e/ou derivados são tal como definidos em qualquer uma das reivindicações de 1 a 8.
- 21. Utilização de uma composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 20 para o tratamento dos frutos e legumes.
- 22. Método de tratamento de frutos e legumes que compreende a aplicação aos referidos frutos e legumes de uma composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 20.
- 23. Método de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por a composição ser diluída em água numa proporção de 1 a 20 L/m3 de água.
- 24. Método de acordo com a reivindicação 22 ou 23, em que a referida composição é previamente diluída em água e aplicada a uma temperatura compreendida entre 30° e 60 °C.
- 25. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 22 a 24, que compreende a aplicação da composição por imersão, jacto de chuveiro, aspersão ou revestimento com ajuda de um papel absorvente.
- 26. Método de acordo com uma das reivindicações 22 a 25, para o qual a aplicação da composição tem lugar depois da colheita.
- 27. Método de acordo com uma das reivindicações 22 a 2 6, para o qual a aplicação da composição tem lugar antes da colheita, por pulverização.
- 28. Método de tratamento de frutos e legumes que compreende a aplicação aos referidos frutos e legumes de lecitinas e/ou derivados tal como como definidos de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, antes, depois ou simultaneamente como o tratamento fisico escolhido de entre a termoterapia, a refrigeração ou o arrefecimento por água.
- 29. Método de preparação de uma composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 20, que compreende a adição das lecitinas ou derivados à base oleosa seguida da adição do(s) referido (s) agente (s) de tratamento.
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