BRPI0710189A2 - rotor de máquia elétrica giratória e processo de construção de um rotor - Google Patents

Abstract

<B>ROTOR DE MAQUINA ELéTRICA GIRATóRIA E PROCESSO DE CONSTRUçãO DE UM ROTOR.<D> A invenção propõe um rotor (12) de máquina elétrica que compreende duas rodas polares (20) paralelas das quais cada uma delas compreende dentes (30) axiais de maneira que cada dente (30) de uma roda (20) é situado no espaço que existe entre dois dentes (30) consecutivos da outra roda (20), e que compreende elementos magnéticos (62), cada um deles disposto entre dois dentes (30) adjacentes e recebido em parte em uma canelura (70) realizada em cada uma das faces laterais (68) confrontantes dos ditos dois dentes (30) adjacentes, caracterizado pelo fato de que cada um dos ditos dois dentes (30) adjacentes compreende uma canelura (70) no máximo, que se abre ao nível da base (30a) do dito primeiro dente (30).

Description

"ROTOR DE MÁQUINA ELÉTRICA GIRATÓRIA E PROCESSO DECONSTRUÇÃO DE UM ROTOR"

A invenção se refere a um rotor de máquina elétrica giratóriaque compreende duas rodas polares paralelas que se estendem radialmente emrelação a um eixo principal do rotor, das quais cada uma delas compreendeuma série de dentes axiais de forma globalmente trapezoidal que se estendemaxialmente a partir da borda de extremidade radial externa da dita roda polar,na direção da outra roda polar, de maneira que cada dente de uma roda polar ésituado no espaço que existe entre dois dentes consecutivos da outra rodapolar, e que compreende elementos magnéticos, tais como ímãs permanentes,dos quais cada um deles é disposto entre dois dentes adjacentes quepertencem cada um deles a uma das duas rodas polares, e é recebido em parteem uma canelura realizada em cada uma das faces laterais confrontantes dosditos dois dentes adjacentes, de maneira que pelo menos uma das duas faceslaterais de um primeiro dente dos ditos dois dentes adjacentes, compreendauma canelura na qual é recebido em parte um elemento magnético, e demaneira que cada canelura que é realizada em uma face lateral de um dente dorotor, se abra ao nível de uma primeira extremidade axial do dente, ao nívelda qual o primeiro dente é ligado à borda de extremidade radial externa daroda polar, ou ao nível de uma segunda extremidade axial livre do dente. Onúmero de elementos magnéticos pode ser inferior ao número de dentes deuma roda polar.

De acordo com um modo de realização conhecido, as duascaneluras que são realizadas em duas faces confrontantes de dois dentesadjacentes são realizadas por intermédio de uma ferramenta única, porexemplo uma fresa, depois que as duas rodas polares do rotor tenham sidomontadas em uma árvore central do rotor.

É também conhecido realizar todas as caneluras do rotor demaneira que elas se abram ao nível de uma mesma extremidade axial do rotor.Em conseqüência disso, quando as duas faces laterais de ummesmo dente de uma roda polar compreendem cada uma delas uma caneluraque recebe um elemento magnético, as duas caneluras se abrem axialmente ouao nível de uma primeira extremidade axial do dente ao nível da qual o denteé ligado aa borda de extremidade radial da roda polar, ou ao nível daextremidade axial livre do dente, também chamada ponta do dente.

A primeira extremidade axial do dente, também chamada debase do dente, ao nível da qual o dente é ligado à roda polar, é então tornadamenos resistente à deformação quando as duas caneluras do dente se abrem aonível dessa base do dente, em relação a um modo de realização de acordo como qual as duas caneluras se abrem ao nível da extremidade axial livre dodente.

Assim, por ocasião da rotação do rotor em uma velocidadeelevada, a redução da resistência à deformação da base do dente tem comoconseqüência que o dente se deforma radialmente em relação ao rotor, háentão um risco de que o dente entre em contato com o estator da máquinaelétrica giratória.

A invenção tem como objetivo propor um rotor de máquinaelétrica giratória para o qual as caneluras que recebem os elementosmagnéticos são realizadas de maneira que a redução da resistência elástica àdeformação da base de cada dente seja limitada.

Com esse objetivo, a invenção propõe um rotor do tipodescrito precedentemente, caracterizado pelo fato de que cada um dos ditosdois dentes adjacentes compreende uma canelura no máximo, que se abre aonível da base do dito primeiro dente.

De acordo com outras características da invenção:

- cada um dos ditos dois dentes adjacentes compreende umacanelura realizada unicamente em uma de suas faces laterais as duas canelurassendo confrontantes, e a canelura que é realizada na dita face lateral doprimeiro dente se abre ao nível da base do primeiro dente, e a canelura que érealizada na dita face lateral do segundo dente dos ditos dois dentesadjacentes, se abre ao nível da ponta do segundo dente;

- as duas faces laterais do primeiro dente compreendem cadauma delas uma canelura;

- as duas caneluras que são realizadas nas duas faces lateraisdo primeiro dente, se abrem ao nível da ponta do primeiro dente;

- uma primeira das duas caneluras que são realizadas nas faceslaterais do primeiro dente, se abre ao nível da base do primeiro dente, e asegunda das ditas duas caneluras que são realizadas nas faces laterais doprimeiro dente, se abre ao nível da ponta do primeiro dente;

- cada uma das duas faces laterais de cada dente compreendeuma canelura que recebe em parte um elemento magnético, e uma só facelateral de cada dente compreende uma canelura que se abre ao nível da basedo dente associado, a outra face lateral do dente compreendendo uma caneluraque se abre ao nível da extremidade axial livre do dente também chamadaponta do dente;

- as duas caneluras que são realizadas nas faces confrontantesde dois dentes adjacentes, e que recebem um mesmo elemento magnético,ambas se abrem ao nível de uma mesma extremidade axial do rotor; o ímã ouelemento magnético é introduzido entre os dois dentes no lado em quedesembocam as caneluras adjacentes.

- todas as caneluras se abrem ao nível de uma mesmaextremidade axial do rotor;

- todas as caneluras que são próprias para receber um elementomagnético que está situado entre um dente de uma primeira roda polar e umdente da segunda roda polar que está situado angularmente a montante do ditodente da primeira roda polar se abrem ao nível de uma primeira extremidadeaxial do rotor, e todas as caneluras que são próprias para receber um elementomagnético que está situado entre um dente de uma primeira roda polar e umdente da segunda roda polar que está situado angularmente a jusante do ditodente da primeira roda polar se abrem ao nível de uma segunda extremidadeaxial do rotor;

- o número de elementos magnéticos é igual ao número totalde dentes do rotor;

- o número de elementos magnéticos é inferior ao número totalde dentes do rotor;

- o rotor compreende pelo menos um par de elementosmagnéticos, dos quais cada elemento magnético do par é disposto,angularmente em relação ao eixo principal do rotor, de um lado e de outro doprimeiro dente;

- o número de elementos magnéticos é igual ao número dedentes que uma só roda polar compreende, e cada elemento magnético érecebido entre um dente de uma primeira roda polar e um dente da segundaroda polar que está situado angularmente, em relação ao eixo principal dorotor, a montante do dito dente da primeira roda polar. O elemento magnéticoé portanto sempre situado do mesmo lado de cada dente da primeira rodapolar.

A invenção propõe também um processo de construção de umrotor, que compreende:

- uma etapa de união das duas rodas polares de maneira quecada dente de uma roda polar esteja situado no espaço que existe entre doisdentes consecutivos da outra roda polar;

- uma etapa de usinagem das faces laterais dos dentes pararealizar as caneluras que recebem os elementos magnéticos, de maneira quecada uma das duas faces laterais de cada dente compreenda uma canelura queé própria para receber em parte um elemento magnético; e

- uma etapa de montagem de cada elemento magnético emduas caneluras que são realizadas nas faces confrontantes de dois dentesadjacentes,

caracterizado pelo fato de que a etapa de usinagemcompreende uma primeira fase de construção das caneluras que se abrem aonível de uma primeira extremidade axial do rotor, e depois uma segunda fasede construção das caneluras que se abrem ao nível de uma segundaextremidade axial do rotor.

Dessa maneira as caneluras que são próprias para receber umelemento magnético que está situado entre um dente de uma primeira rodapolar e um dente da segunda roda polar que está situado angularmente amontante do dito dente da primeira roda polar se abrem ao nível de umaprimeira extremidade axial do rotor, e as caneluras que são próprias parareceber um elemento magnético que está situado entre um dente de umaprimeira roda polar e um dente da segunda roda polar que está situadoangularmente a jusante do dito dente da primeira roda polar se abrem ao nívelde uma segunda extremidade axial do rotor. Usina-se assim uma vez de umlado do rotor e uma vez do outro lado. As caneluras apresentam um ânguloem relação à base das rodas polares; de fato cada dente sendo de formatrapezoidal, a zona interpolar forma um ângulo para a direita no lado esquerdodo dente e um ângulo à esquerda no lado direito do dente. É possível assim,por exemplo, realizar todas as caneluras orientadas para a esquerda, ou seja olado direito do dente considerado, e depois todas as caneluras orientadas àdireita, ou seja o lado esquerdo do dente considerado.

De acordo com outras características do processo de acordocom a invenção:

- cada fase da etapa de usinagem consiste em realizarsimultaneamente as duas caneluras de um par de caneluras, que são própriaspara receber um mesmo elemento magnético.

- cada fase da etapa de usinagem consiste em realizarsucessivamente os pares de caneluras que se abrem ao nível de uma mesmaextremidade axial do rotor.

Outras características e vantagens da invenção aparecerão coma leitura da descrição detalhada que se segue para a compreensão da qual seráfeito referência às figuras anexas entre as quais:

- a figura 1 é uma representação esquemática em perspectivadas rodas polares de um rotor de máquina elétrica giratória, que compreendeímãs montados em caneluras realizadas nos dentes de acordo com a invenção;

- a figura 2 é um desenvolvimento linear parcial com destaquedos dentes axiais das duas rodas polares representadas na figura 1, que mostraum primeiro modo de realização das caneluras de acordo com a invenção;

- a figura 3 é uma vista similar àquela da figura 2, que mostraum segundo modo de realização da invenção;

- a figura 4 é uma vista similar àquelas das figuras 2 e 3, quemostra um terceiro modo de realização da invenção;

- a figura 5 é uma vista similar aquelas das figuras 2, 3 e 4, quemostra um quarto modo de realização da invenção.

Na descrição da invenção que vai se seguir, será utilizada aorientação de a montante para a jusante como sendo a direção tangencial emrelação ao eixo principal do rotor e d esquerda para a direita fazendo-sereferência à figura 2. A orientação inferior corresponde à parte baixa dasfiguras 1 a 5.

Foi representado na figura 1, um rotor 12 de máquina elétricagiratória, como por exemplo um alternador do tipo trifásico para veículoautomóvel de motor térmico, ou um alternador-motor de arranque que permitenotadamente dar a partida no motor térmico de um veículo.

O rotor 12 é um rotor do tipo de garras, ele compreende duasrodas polares 20 justapostas axialmente e que apresentam cada uma delas umflange radial 24 de forma anular que é provido em sua periferia exterior degarras 26.

Uma bobina de excitação (não representada) é implantadaaxialmente entre os flanges 24 das rodas polares 20 e ela é levada por umaparte do rotor 12 em forma de um núcleo cilíndrico (não representado) coaxialàs rodas polares 20.

Cada garra 26 compreende um segmento de enraizamento 28que é prolongado em sua periferia exterior por um dente 30 de orientaçãoprincipal axial em relação ao eixo principal do rotor 12.

Os dentes 30 são globalmente de forma trapezoidal e sãodirigidos axialmente para o flange 24 da outra roda polar 20, o dente 30 deuma roda polar 20 sendo recebido no espaço que existe entre dois dentes 30consecutivos da outra roda polar 20, de modo que os dentes 30 das rodaspolares 20 sejam imbricados.

Cada dente 30 compreende notadamente uma face deextremidade axial externa 32, e duas faces laterais 68 globalmente planas, queformam dois dos lados do trapézio.

Cada face lateral 68 de um primeiro dente 30 que pertence auma primeira roda polar 20 se estende paralelamente e com distânciasubstancialmente constante de uma face lateral 68 confrontante de umsegundo dente 30 que pertence à outra roda polar 20.

Na seqüência, dois dentes 30, dos quais cada um delespertence a uma das rodas polares 20, e que possuem uma face lateral 68confrontante da face lateral 68 do outro dente 30, será designados como sendodois dentes 30 adjacentes.

O rotor 12 compreende também elementos magnéticos 62 taiscomo ímãs permanentes, que são interpostos entre dois dentes 30 adjacentes,para reduzir as fiigas de fluxo magnético ao nível do espaço entre dois dentesadjacentes, e para reforçar o fluxo magnético.

De acordo com um modo de realização, o número desses ímãs62 é determinado de modo que ele seja inferior ao número de dentes 30 dorotor 12.

No modo de realização do rotor representado na figura 1, cadaroda polar 20 do rotor 12 compreende oito dentes 30, o rotor 12 compreendeportanto oito pares de pólos.

O número de ímãs 62 do rotor 12 pode ser determinado demaneira que ele seja inferior ao número de pólos do rotor 12, por exemplo,oito ímãs 62 para oito pares de pólos.

Como pode ser visto nas figuras 2 a 5, cada ímã 62 que éinterposto entre dois dentes 30 adjacentes, é recebido em uma canelura 70realizada em cada uma das faces laterais 68 confrontantes dos dois dentes 30adjacentes.

Cada canelura 70, que é realizada em uma face lateral 68 deum dente 30 se estende de acordo com a direção globalmente axial da facelateral 68 do dente 30, centre uma base 30 a do dente 30 ao nível da qual odente 30 é ligado ao segmento de enraizamento 28 da garra 26 e portanto àborda de extremidade radial externa da roda polar 20, e uma segundaextremidade axial livre 30b do dente 30, também chamada ponta do dente.

De acordo com um modo de realização conhecido, as duascaneluras 70 que são realizadas nas duas faces laterais 68 confrontantes dedois dentes 30 adjacentes são realizadas simultaneamente, por exemplo porfresagem, de maneira que as duas caneluras 70 ambas se abram ao nível desuas extremidades axiais situadas ao nível de uma mesma extremidade axialdo rotor 12, por exemplo a extremidade axial inferior, como foi representadona figura 3 de modo a facilitar a introdução do elemento magnético.

Em conseqüência disso, e como pode ser visto nas figuras 2 a5, uma das duas caneluras 70 que são realizadas nas faces laterais 68confrontantes e que recebem um mesmo ímã 62, se abre ao nível da base 30ado dente 30, da primeira roda polar 20, na qual a canelura é realizada, e aoutra canelura 70 se abre ao nível da ponta 30b do dente 30, da segunda rodapolar 20, na qual essa segunda canelura 70 é realizada.

De acordo com a invenção, cada dente 30 que compreendeuma canelura 70 realizada em uma e/ou outra de suas faces laterais 68, querdizer cada um dos dois dentes 30 adjacentes, compreende uma canelura 70 nomáximo que se abre ao nível da base 30a do dente 30.

Assim, uma só canelura 70 de cada dente 30, ou entãonenhuma canelura 70 de cada dente 30 se abre ao nível da base 30a do dente 30.

Foi representado nas figuras 2 e 3 um primeiro modo derealização da invenção de acordo com o qual o rotor 12 compreende umnúmero de ímãs 62 que é inferior ao número de pólos do rotor 12, quer dizerinferior ao número de dentes 30 do rotor 12. Os ímãs 62 podem ser montadospor pares.

Os dois ímãs 62 de um mesmo par são dispostos de um lado ede outro de um dente 30 de uma das duas rodas polares 20, que serádesignado na seqüência primeiro dente 30.

Cada uma das duas faces laterais 68 do primeiro dente 30compreende em conseqüência disso uma canelura 70 que recebe um dos doisímãs 62 do par de ímãs, e a face lateral 68 de cada um dos dois dentes 30 daoutra roda polar 20 adjacentes ao primeiro dente, que é confrontante de umaface lateral 68 do primeiro dente 30, compreende ela também uma canelura70 que recebe um dos dois ímãs 62.

De acordo com a invenção, no máximo uma canelura 70 que érealizada em uma das faces laterais 68 do primeiro dente 30, se abre ao nívelda base 30a do primeiro dente 30.

De acordo com um primeiro modo de realização da invençãorepresentado na figura 2, uma canelura 70 se abre ao nível da base 30a doprimeiro dente 30, aqui a canelura 70 que é situada a jusante dão primeirodente 30.

Em conseqüência disso, a outra canelura 70 que é realizada noprimeiro dente 30, e que é situada a montante do primeiro dente 30, se abre aonível da segunda extremidade axial livre 30b do primeiro dente 30, e ela nãose abre ao nível da base 30a do primeiro dente 30.

Além disso, a canelura 70 que é realizada na face lateral 68 dodente 30 adjacente ao primeiro dente 30 e que é situada a montante doprimeiro dente 30, se abre ao nível da base 30a do dito dente 30, e a canelura70 que é realizada na face lateral 68 do dentre 30 adjacente ao primeiro dente30 e que é situada a jusante do primeiro dente 30, se abre ao nível da ponta30b do dito dente 30.

Em conseqüência disso, as duas caneluras 70 que recebem oímã 62 situado a montante do primeiro dente 30 se abrem ao nível de umaprimeira extremidade axial do rotor 12, aqui a extremidade axial inferior, e asduas caneluras 70 que recebem o ímã 62 situado a jusante do primeiro dente30 se abrem ao nível da segunda extremidade axial do rotor 12, aqui aextremidade axial superior.

Foi representado na figura 3, um segundo modo de realizaçãoda invenção de acordo com o qual nenhuma das duas caneluras 70 realizadasnas faces laterais 68 do primeiro dente 30 se abre ao nível da base 30a doprimeiro dente 30, quer dizer que elas se abrem ao nível da ponta 30b dodente 30.

Em conseqüência disso, a canelura 70 que é realizada na facelateral 68 de cada um dos dois dentes 30 adjacentes ao primeiro dente 30, seabre ao nível da base 30a do dito dente 30.

De acordo com essa variante de construção, todas as caneluras70 que recebem ímãs 62 do par de ímãs 62 associado ao primeiro dente 30 seabrem ao nível de uma mesma extremidade axial do rotor 12, que é aqui aextremidade axial inferior fazendo-se referência à figura 3.Foi representado na figura 4, um terceiro modo de realizaçãoda invenção de acordo com o qual o rotor 12 compreende um número de paresde ímãs 62 que é igual ao número de pólos do rotor 12.

Em conseqüência disso, o rotor 12 compreende um ímã 62 queé disposto em cada espaço que existe entre dois dentes 30 adjacentes, e cadadente 30 do rotor 12 compreende uma canelura 70 realizada em cada uma desuas duas faces laterais 68, que recebe um ímã 62. Há portanto tantoselementos magnéticos quantos forem os espaços interpolares.

De acordo com a invenção, uma só canelura 70 que é realizadaem cada dente 30 se abre ao nível da base 30a do dente, quer dizer que ela nãose abre ao nível da ponta 30b do dente 30, e a outra canelura 70 do dente 30se abre ao nível da ponta 30b do dente 30, e portanto ela não se abre ao nívelda base 30a do dente 30.

E constatado então que as caneluras 70 que recebem os ímãs62 situados em um primeiro lado dos dentes 30 de uma primeira roda polar20, todas se abrem ao nível de uma mesma extremidade axial do rotor 12, e demaneira recíproca, as caneluras 70 que recebem ímãs 62 situados do outrolado dos dentes 30 da primeira roda polar 20, todas se abrem ao nível da outraextremidade axial do rotor 12. As caneluras assim se abrem alternativamentee sucessivamente em cima ou embaixo.

Por exemplo aqui, as caneluras 70 que recebem ao ímãs 62situados a jusante dos dentes 30 da roda polar inferior 20 se abrem ao nível daextremidade axial inferior do rotor 12, e as caneluras 70 que recebem os ímãs62 situados a montante dos dentes 30 da roda polar inferior 20 se abrem aonível da extremidade axial superior do rotor 12.

Foi representado na figura 5 ainda um quarto modo derealização da invenção de acordo com o qual o rotor 12 compreende umnúmero de ímãs 62 que é igual ao número de dentes 30 que uma só roda polar20 compreende. Além disso, de acordo com esse modo de realização, uma sóface lateral 68 de cada dente 30 compreende uma canelura 70.

Assim, cada dente 3 de uma roda polar 22 é associado a um sóímã 62, e dois dentes 30 adjacentes que pertencem cada um deles a uma dasduas rodas polares 20 e que são dispostos de um lado e de outro de um ímã62, são associados unicamente a esse ímã 62.

De acordo com a invenção, a canelura 70 que é realizada emuma face lateral 68 de um primeiro dente 30, por exemplo aqui um dente 30da roda polar 20 inferior, se abre ao nível da base 30a do primeiro dente 30, ea canelura 70 que é realizada na face lateral 68 confrontante do outro dente 30se abre ao nível da ponta 30b do segundo dente 30.

Assim, todas as caneluras se abrem ao nível de uma mesmaextremidade axial do rotor 12, aqui a extremidade inferior do rotor 12.

A invenção também se refere a um processo para realizar umrotor 12 de acordo com o qual as caneluras 70 que recebem os ímãs 62desembocam axialmente ao nível da extremidade axial superior ou ao nível daextremidade axial inferior do rotor 12, como é o caso por exemplo para omodo de realização do rotor de acordo com a invenção que foi representadona figura 4.

Esse processo compreende uma primeira etapa de união dasduas rodas polares 20 uma com a outra, notadamente montando-se ambas emuma árvore central (não representada) do rotor 12.

O processo compreende uma segunda etapa de construção dascaneluras 70 nas faces laterais 68 dos dentes 30 por usinagem.

De acordo com um modo de realização preferido, a etapa deusinagem das faces laterais 68 dos dentes 30 consiste em uma etapa defresagem dos dentes 30, de maneira a realizar simultaneamente as duascaneluras 70 de um mesmo par de caneluras 10, que são próprias para receberum mesmo ímã 62.

Para isso, a fresa utilizada para realizar as caneluras 70 atacaos dentes 30 por sua extremidade ao nível da qual as caneluras 70 se abrem.Quer dizer pelas extremidades 30a, 30b dos dentes 30 situadas naproximidade da extremidade inferior do rotor 12 quando as duas caneluras seabrem ao nível da extremidade inferior do rotor 12, e/ou pelas extremidades30a, 30b dos dentes 30 situadas na proximidade superior do rotor 12 quandoas duas caneluras se abrem ao nível da extremidade superior do rotor 12.

Finalmente, o processo compreende uma etapa de montagemdos ímãs 62 nas caneluras 70, introduzindo para isso os mesmos pelasextremidades que se abrem das caneluras 70.

De acordo com o modo de realização do rotor 12 que érepresentado na figura 4, os pares de caneluras 70, que recebem cada umdeles um ímã 62, se abrem alternativamente ao nível da extremidade axialsuperior ou ao nível da extremidade axial inferior do rotor 12.

De acordo com a invenção, a etapa de usinagem compreendeuma primeira fase de construção das caneluras 70 que se abrem ao nível deuma primeira extremidade do rotor 12, por exemplo superior, e depois umasegunda fase de usinagem das outras caneluras 70, que se abrem ao nível daoutra extremidade do rotor 12, inferior por exemplo. A usinagem é realizadade um lado do rotor e depois do outro lado.

Além disso, durante cada uma das duas fases de construçãodas caneluras 70, os pares de caneluras 70 podem ser realizadossucessivamente uns após os outros.

Assim, por ocasião da etapa de usinagem, a fresa utilizada pararealizar os pares de caneluras 70 percorre uma distância limitada em torno dorotor 12 entre duas usinagens de pares de caneluras 70, a duração da etapa deusinagem é nesse caso reduzida em relação a uma etapa de usinagemconvencional de acordo com a qual todos os pares de caneluras 70 sãorealizados sucessivamente e independentemente da extremidade do rotor 12ao nível da qual as caneluras 70 se abrem.A usinagem das caneluras de cada lado do rotor pode tambémser realizada simultaneamente com uma ferramenta que compreende váriasfresas.

Será compreendido que a invenção não está limitada aosmodos de construção que acabam de ser descritos em referência às figuras, eque o rotor 12 pode compreender um número diferente de ímãs, e/ou que osímãs 62 podem ser dispostos diferentemente no rotor 12, sem sair do domínioda invenção.

Claims (15)

1. Rotor (12) de máquina elétrica giratória que compreendeduas rodas polares (20) paralelas que se estendem radialmente em relação aum eixo principal do rotor (12), das quais cada uma delas compreende umasérie de dentes (30) axiais de forma globalmente trapezoidal quecompreendem uma base 30a e uma ponta 30b, que se estendem axialmente apartir da borda de extremidade radial externa da dita roda polar (20), nadireção da outra roda polar (20), de maneira que cada dente (30) de uma rodapolar (20) é situado no espaço que existe entre dois dentes (30) consecutivosda outra roda polar (20), e que compreende elementos magnéticos (62), dosquais cada um deles é disposto entre dois dentes (30) adjacentes quepertencem cada um deles a uma das duas rodas polares (20), e é recebido emparte em uma canelura (70) realizada em cada uma das faces laterais (68)confrontantes dos ditos dois dentes (30) adjacentes, caracterizado pelo fato deque cada um dos ditos dois dentes (30) adjacentes compreende uma canelura(70) no máximo, que se abre ao nível da base (30a) do dito primeiro dente (30).

2. Rotor (12) de acordo com a reivindicação precedente,caracterizado pelo fato de que cada um dos ditos dois dentes (30) adjacentescompreende uma canelura (70) realizada unicamente em uma de suas faceslaterais (68) situada em frente à canelura (70) da face lateral (68) do outrodente (30) dos ditos dois dentes (30) adjacentes, e pelo fato de que a canelura(70) que é realizada na dita face lateral (68) do primeiro dente (30) se abre aonível da base (30a) axial do primeiro dente (30), e a canelura (70) que érealizada na dita face lateral (68) do segundo dente (30) dos ditos dois dentes(30) adjacentes, se abre ao nível da ponta (30b) axial livre do segundo dente (30).

3. Rotor (12) de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que as duas faces laterais (68) do primeiro dente (30)compreendem cada uma delas uma canelura (70).

4. Rotor (12) de acordo com a reivindicação precedente,caracterizado pelo fato de que as duas caneluras (70) que são realizadas nasduas faces laterais (68) do primeiro dente (30), se abrem ao nível da ponta(30b) do primeiro dente (30).

5. Rotor (12) de acordo com a reivindicação 3, caracterizadopelo fato de que uma primeira das duas caneluras (70) que são realizadas nasfaces laterais (68) do primeiro dente (30), se abre ao nível da base (30a) doprimeiro dente (30), e a segunda das ditas duas caneluras (70) que sãorealizadas nas faces laterais (68) do primeiro dente (30), se abre ao nível daponta (30b) do primeiro dente (30).

6. Rotor (12) de acordo com a reivindicação 3 ou 5,caracterizado pelo fato de que cada uma das duas faces laterais (68) de cadadente (30) compreende uma canelura (70) que recebe em parte um elementomagnético (62).

7. Rotor (12) de acordo com uma qualquer das reivindicaçõesprecedentes, caracterizado pelo fato de que as duas caneluras (70) que sãorealizadas nas faces confrontantes de dois dentes (30) adjacentes, e querecebem um mesmo elemento magnético (62), ambas se abrem ao nível deuma mesma extremidade axial do rotor (12).

8. Rotor (12) de acordo com a reivindicação 7, caracterizadopelo fato de que todas as caneluras (70) são próprias para receber umelemento magnético (62) que está situado entre um dente (30) de umaprimeira roda polar (20) e um dente (30) da segunda roda polar (20) que estásituado angularmente a montante do dito dente (30) da primeira roda polar(20) se abrem ao nível de uma primeira extremidade axial do rotor (12), epelo fato de que todas as caneluras (70) que são próprias para receber umelemento magnético (62) que está situado entre um dente (30) de umaprimeira roda polar (20) e um dente (30) da segunda roda polar (20) que estásituado angularmente a jusante do dito dente (30) da primeira roda polar (20)se abrem ao nível de uma segunda extremidade axial do rotor (12).

9. Rotor (12) de acordo com uma qualquer das reivindicações-1 a 3 ou 5 a 8, caracterizado pelo fato de que o número de elementosmagnéticos (62) é igual ao número total de dentes (30) do rotor (12).

10. Rotor (12) de acordo com uma qualquer das reivindicações-1 a 8, caracterizado pelo fato de que o número de elementos magnéticos (62)é inferior ao número total de dentes (30) do rotor (12).

11. Rotor (12) de acordo com a reivindicação precedente,caracterizado pelo fato de que o rotor compreende pelo menos um par deelementos magnéticos (62), dos quais cada elemento magnético (62) do par édisposto, angularmente em relação ao eixo principal do rotor (12), de um ladoe de outro do primeiro dente (30).

12. Rotor (12) de acordo com a reivindicação 11, caracterizadopelo fato de que o número de elementos magnéticos (62) é igual ao número dedentes (30) que uma só roda polar (20) compreende, e pelo fato de que cadaelemento magnético (62) é recebido entre um dente (30) de uma primeira rodapolar (20) e um dente (30) da segunda roda polar (20) que está situadoangularmente, em relação ao eixo principal do rotor (12), a montante do ditodente (30) da primeira roda polar (20).

13. Processo de construção de um rotor, que compreende:- uma etapa de união das duas rodas polares (20) de maneiraque cada dente (30) de uma roda polar (20) esteja situado no espaço queexiste entre dois dentes (30) consecutivos da outra roda polar (20);- uma etapa de usinagem das faces laterais (68) dos dentes (30)para realizar as caneluras (70) que recebem os elementos magnéticos (62), demaneira que cada uma das duas faces laterais (68) de cada dente (30)compreenda uma canelura (70) que é própria para receber em parte umelemento magnético (62); e- uma etapa de montagem de cada elemento magnético (62)em duas caneluras (70) que são realizadas nas faces confrontantes de doisdentes (30) adjacentes,caracterizado pelo fato de que a etapa de usinagemcompreende uma primeira fase de construção das caneluras (70) que se abremao nível de uma primeira extremidade axial do rotor (12), e depois umasegunda fase de construção das caneluras (70) que se abrem ao nível de umasegunda extremidade axial do rotor (12).

14. Processo de acordo com a construção precedente,caracterizado pelo fato de que cada fase da etapa de usinagem consiste emrealizar simultaneamente as duas caneluras (70) de um par de caneluras (70),que são próprias para receber um mesmo elemento magnético (62).

15. Processo de acordo com a construção precedente,caracterizado pelo fato de que cada fase da etapa de usinagem consiste emrealizar sucessivamente os pares de caneluras (70) que se abrem ao nível deuma mesma extremidade axial do rotor (12).