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BR112014028094B1 - Uso de um heparinoide interagindo com fator de plaqueta 4 - Google Patents

Uso de um heparinoide interagindo com fator de plaqueta 4 Download PDF

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BR112014028094B1
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Cantex Pharmaceuticals, Inc
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Abstract

USO DE UM HEPARINOIDE INTERAGINDO COM FATOR DE PLAQUETA 4. Métodos são apresentados para atenuar efeitos colaterais mielossupressivos de regimes de tratamento, promovendo a trombopoiese e produção de neutrófilos, e aumentando a eficácia do s regimes de tratamento, por administração de heparinoides interagindo com F P4.

Description

1. REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS
[001] Este pedido reivindica o benefício sob o U.S.C. 35 § 119 (e) do Pedido Provisório U.S. de n° 61/724.836, depositado em 9 de novembro de 2012; 61/702.207, depositado em 17 de setembro de 2012; 61/678.053, depositado em 31 de Julho de 2012; 61/668.709, depositado em 6 de Julho de 2012; 61/664.611, depositado em 26 de junho de 2012; 61/653.362, depositado em 30 de maio de 2012; 61/648.043, depositado em 16 de maio de 2012; 61/644.623, depositado em 9 de maio de 2012; e 61/644.556, depositado em 9 de maio de 2012, cujos conteúdos são incorporados a este, em suas totalidades, a título referencial.
2. FUNDAMENTOS
[002] As plaquetas desempenham uma função crítica no mecanismo de coagulação sanguínea. A depleção de plaquetas abaixo de um certo nível resulta em trombocitopenia, que pode ser disparada por um número de condições e distúrbios clínicos, que podem estar situados em uma faixa de brandos a uma ameaça à vida.
[003] A trombocitopenia pode ser disparada por doenças e condições, que afetam a medula óssea, onde os precursores de plaqueta aparecem, antes de serem introduzidos na corrente sanguínea; através de doenças e condições que afetam o fígado, que produz a trombopoietina, o hormônio que estimula a produção de plaquetas; por meio do sequestro de plaquetas; através da destruição aumentada de plaquetas; e por meio de uma variedade de outras causas. De um modo particular, a trombocitopenia é um Petição 870160009002, de 14/03/2016, pág. 6/12 efeito colateral comum de certos regimes de tratamento, tais que os regimes de tratamento de câncer, que envolvem agentes antineoplásticos. A trombocitopenia induzida por radiação ou induzida por quimioterapia pode ainda resultar em retardos no tratamento e/ou compelir a reduções na dose de tratamento, o que, por sua vez, pode ainda resultar em uma eficácia reduzida do tratamento.
[004] Como a trombocitopenia severa coloca um paciente em risco de hemorragia descontrolada, o desenvolvimento de tratamentos seguros e efetivos para a trombocitopenia é altamente desejável. A despeito de uma necessidade clara quanto a tais tratamentos, no entanto, muito poucos de tais tratamentos existem. Tentativas para que seja desenvolvida uma forma recombinante de trombopoietina humana foram comprovados como não tendo sucesso. Embora uma trombopoietina humana recombinante tenha demonstrado ser uma promessa precoce, ela demonstrou uma tendência para induzir o desenvolvimento de autoanticorpos, quando testada em pacientes. De um modo corrente, a terapia padrão de trombocitopenia, tal que a trombocitopenia mediada pelo sistema imune, pode incluir o tratamento com corticoesteroides, rituximabe, e/ou agonistas do receptor de trombopoietina, esplenoctomia, e transfusões de plaqueta. No entanto, cada um destes possui as suas desvantagens, incluindo uma resposta incompleta, o desenvolvimento de efeitos colaterais ao tratamento, e os riscos pertinentes a qualquer forma de cirurgia. No caso de trombocitopenia induzida por quimioterapia, apenas um agente terapêutico, a interleucina-11, foi comprovado como sendo suficientemente efetivo para merecer uma aprovação regulatória, mas raramente é prescrito pelos médicos, devido à severidade de seus efeitos colaterais. No caso de trombocitopenia induzida por radiação, não existe agente terapêutico aprovado, que possa atenuar a trombocitopenia. Deste modo, permanece ainda uma necessidade significativa quando a agentes, que possam atenuar as trombocitopenias de várias etiologias, incluindo as trombocitopenias mediadas pelo sistema imune, as trombocitopenias induzidas por droga, e de um modo especial a trombocitopenia induzida por quimioterapia, e a trombocitopenia induzida por radiação.
[005] Os neutrófilos, também denominados de leucócitos polimorfonucleares, são as mais numerosas das células sanguíneas conhecidas como granulócitos. Os neutrófilos, tais como outras células sanguíneas, são produzidos pela medula óssea. Os neutrófilos são um componente importante da imunidade natural. Quando os níveis de neutrófilos caem a abaixo do normal, ocorre uma condição denominada de neutropenia, que aumenta o risco de infeção. A neutropenia pode ser originada a partir de um número de diferentes causas, em uma faixa a partir de defeitos congenitais e infeções virais, mas um contexto, no qual a neutropenia ocorre com frequência, é como um efeito colateral de um regime de tratamento. A neutropenia é um efeito colateral comum em pacientes, que estão sendo tratados quanto a câncer com agentes antineoplásticos, colocando os pacientes em risco de desenvolverem infeções sérias e que até mesmo ameaçam a vida, e forçando retardos no tratamento e/ou compelindo a uma redução na dose de tratamento, o que resulta em uma eficácia reduzida.
[006] Uma variedade de agentes e de terapias tem sido testados para combater a neutropenia, com graus variáveis de sucesso. A administração de glicocorticoides, esteroides androgênicos, e de vitaminas para estimular a medula óssea a produzir mais neutrófilos não foi comprovada como bem sucedida. No momento presente, apenas dois agentes - o fator estimulante da colônia de granulócito (G-CSF) e o fator estimulante da colônia de macrófago- granulócito (GM-CSF) - são amplamente usados para tratar pacientes com neutropenia severa, de um modo mais frequente após quimioterapia de câncer intensiva e/ou transplante de medula óssea. Estes agentes exibem efeitos adversos, tais que a dor óssea, anormalidades de disfunções do fígado e efusões pleurais e pericardiais. Deste modo, existe uma necessidade quanto a compostos, que sejam seguros e efetivos para o tratamento de neutropenia e que possam promover a produção de neutrófilos.
3. SUMÁRIO
[007] Em um primeiro aspecto, são providos métodos para atenuar um efeito colateral imunossupressivo de um regime de tratamento de paciente. Os métodos compreendem administrar, de um modo adjunto, ao paciente, uma quantidade terapeuticamente efetiva de um heparinoide que interage com o fator de plaqueta 4 (a seguir “heparinoide que interage com PF4”). Tal como aqui provido, um efeito colateral mielossupressivo é a ocorrência de trombocitopenia e/ou de neutropenia, e um regime de tratamento de paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo é um regime de tratamento que induz, como um efeito colateral, um ou ambos de trombocitopenia e neutropenia. Em ainda várias modalidades, este aspecto provê o uso de um heparinoide que interaja com PF4, por exemplo, ODSH, na atenuação de um efeito colateral imunossupressivo de um regime de tratamento de paciente.
[008] Numerosos regimes de tratamento de pacientes possuem efeitos colaterais mielossupressivos, que incluem regimes de tratamento antineoplásticos, tais que a quimioterapia e a terapia de radiação, terapia de anticorpos, que inclui os regimes de tratamento usados para tratar o câncer e /ou as doenças autoimunes, e os procedimentos de transplante, tais que transplante de célula-tronco ou de medula óssea. Em ainda certas modalidades, o regime de tratamento do paciente compreende a quimioterapia e/ou a terapia de radiação e/ou a terapia de anticorpos. Em ainda uma modalidade exemplar, o regime de tratamento do paciente é um regime quimioterápico, que compreende gencitabina e nabpaclitaxel. Em ainda uma modalidade exemplar, o regime de tratamento do paciente é um regime quimioterápico, que compreende ifosfamida, carboplatina, e etoposídeo, opcionalmente incluindo rituximabe. Em ainda certas modalidades, o regime de tratamento do paciente compreende um ou mais regimes adequados para o tratamento de pacientes diagnosticados com leucemia mieloide ou mielógena aguda (“AML”). Em ainda uma modalidade exemplar, um regime adequado para o tratamento de pacientes diagnosticados com AML compreende um regime de quimioterapia adequado para induzir a remissão de AML (conhecido na arte como terapia de indução), um regime de quimioterapia para evitar a remissão de AML (conhecido na arte como quimioterapia de consolidação), ou ambas a terapia de consolidação e de indução. De um modo opcional, um regime adequado para o tratamento de pacientes diagnosticados com AML pode também compreender um ou mais regimes à base de não quimioterapia para evitar a remissão de AML, que podem ser usados em vez de ou em combinação com a quimioterapia de consolidação. Estes regimes à base de não quimioterapia incluem o transplante da célula-tronco, tal que o transplante de célula-tronco alogênico, e a imunoterapia. Outros regimes de tratamento de paciente são ainda descritos na Seção 5.1.1.
[009] Em várias modalidades, os métodos úteis para o tratamento de pacientes diagnosticados com câncer, por exemplo câncer pancreático, tumores sólidos, que incluem osteossarcoma, neuroblastoma, ou AML. O paciente sendo tratado pode ser um adulto ou um paciente pediátrico. Em ainda algumas modalidades, o paciente é diagnosticado com um câncer, no qual os níveis de PF4 são elevados, seja nas plaquetas ou no sangue (referido a seguir como “câncer positivo para PF4”). Exemplos de cânceres positivos para PF-4 incluem o câncer pancreático e o câncer colorretal. Outros pacientes adequados são descritos na Seção 5.1.2.
[0010] Em ainda algumas modalidades, os métodos podem ainda compreender a administração adicional de um ou mais agentes ou terapias adicionais, que sejam pro-trombopoiéticos, antitrombocitopênicos, antineutropênicos, pro-granulopoiéticos, e/ou anticoagulantes. Os agentes e as terapias, adequados para a administração adicional, são aqui descritos na Seção 5.1.3. Em ainda algumas modalidades, dois ou mais agentes e/ou terapias são administrados. Os dois ou mais agentes possuem a mesma atividade (por exemplo, antitrombocitopênica), atividades diferentes (por exemplo, um primeiro agente é pro-trombopoiético e um segundo agente é antineutropênico), ou uma atividade de sobreposição (por exemplo, um primeiro agente é pró-granulopoiético e anticoagulante e um segundo agente é anticoagulante).
[0011] O heparinoide que interage com PF4, pode ser administrado em adição a agentes adicionais de terapia, ou pode ainda ser administrado concorrentemente, sequencialmente, ou separadamente da administração do regime de tratamento do paciente. Vias adequadas e modos de administração são providos abaixo na Seção 5.8.
[0012] Em ainda um segundo aspecto, são providos métodos para promover a trombopoiese em um paciente. Os métodos compreendem administrar uma quantidade efetiva de um heparinoide que interaja com PF4 ao paciente. O paciente pode ser trombocitopênico ou não trombocitopênico, tal como descrito abaixo na Seção 5.2. Em ainda várias modalidades, os métodos compreendem tratar a mielossupressão causada por uma doença ou condição, que reduza a contagem de plaquetas em um paciente. Em ainda uma modalidade exemplar, o paciente é diagnosticado com síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS), sepse, ou septicemia. De um modo opcional, o paciente possui um nível de soro ou de plasma elevado de PF4. Em ainda algumas modalidades, os métodos compreendem ainda a administração adicional de um ou mais agentes ou terapias adicionais, que sejam pró- trombopoiéticos, antitrombocitopênicos, antineutropênicos, pró- granulopoiéticos, e/ou anticoagulantes. Os agentes e as terapias adequados para a administração adicional são descritos aqui na Seção 5.2.1.
[0013] Em ainda um terceiro aspecto, são providos métodos para promover a produção de neutrófilos em um paciente. Os métodos compreendem a administração de uma quantidade efetiva de um heparinoide que interaja com PF4 ao paciente. O paciente pode ser neutropênico ou não neutropênico, tal como descrito abaixo na Seção 5.3. Em ainda várias modalidades, os métodos compreendem tratar a mielossupressão causada por uma doença ou condição, que reduz a quantidade de neutrófilos em um paciente. De um modo opcional, o paciente possui um nível de soro ou de plasma elevado de PF4. Em ainda algumas modalidades, os métodos compreendem ainda a administração adicional de um ou mais agentes ou terapias adicionais, que sejam pró-trombopoiéticos, antitrombocitopênicos, antineutropênicos, pró-granulopoiéticos, e/ou anticoagulantes. Agentes e terapias adequados para uma administração adicional são aqui descritos na Seção 5.3.1.
[0014] Em ainda um quarto aspecto, são providos métodos para aumentar a eficácia de um regime de tratamento do paciente, tendo um efeito colateral mielossupressor. Os métodos compreendem ainda a administração de uma quantidade terapeuticamente efetiva de um heparinoide, que interaja com PF4 ao paciente em questão, como um aditivo ao regime de tratamento do paciente tendo um efeito mielossupressivo, sem reduzir a dose e/ou a frequência de dosagem do regime de tratamento do paciente, seguindo um ciclo de tratamento ou de administração de tratamento referencial.
[0015] Em ainda algumas modalidades, o método compreende ainda administrar uma dose mais alta do que a que é usada, de um modo típico, para uma tal administração ou ciclo na ausência da administração aditiva de um heparinoide que interaja com PF4.
[0016] Em ainda certas modalidades, os métodos compreendem ainda determinar uma contagem de plaquetas inicial em uma amostra de sangue de um paciente e administrar uma quantidade de heparinoide, que interaja com PF4, efetiva para elevar a contagem de plaquetas do paciente a acima de um nível limiar, abaixo do qual a terapia com o regime de tratamento do paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo é contraindicada. Em ainda várias modalidades, uma quantidade de um heparinoide, que interaja com PF4. É administrada suficientemente para manter os níveis de plaqueta acima dos níveis que indicam trombocitopenia de grau 3 (severo) ou grau 4 (ameaça à vida). De um modo opcional, os métodos podem ainda compreender a administração, de um modo aditivo, ao heparinoide que interage com PF4, de um ou mais agentes ou terapias, que sejam antitrombocitopênicos, antineutropênicos, anticoagulantes, ou que possuam alguma outra atividade terapêutica. Em ainda algumas modalidades, os métodos compreendem um outro estágio de administração de um regime de tratamento de paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo ao paciente, cuja contagem de plaquetas está acima de um nível limiar, que contraindica uma tal terapia. De um modo opcional, a quantidade da dose e/ou a frequência do regime de tratamento do paciente pode ser aumentada.
[0017] Em ainda certas modalidades, os métodos compreendem determinar uma contagem de neutrófilos inicial em uma amostra de sangue de um paciente e administrar uma quantidade de heparinoide que interage com PF4, efetiva para elevar a contagem de neutrófilos do paciente a acima de um nível limiar, abaixo do qual a terapia com o regime de tratamento do paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo é contraindicada. Em ainda várias modalidades, uma quantidade de heparinoide que interage com PF4 é administrada suficientemente para que os níveis de neutrófilo sejam mantidos acima de níveis que indiquem neutropenia de grau 3 ou de grau 4, isto é, acima de 1000 neutr0filos/μl de sangue e acima de cerca de 500 neutr0filos/μl de sangue, respectivamente. De um modo opcional, os métodos podem ainda compreender a administração, em adição ao heparinoide que interage com PF4, um ou mais agentes ou terapias que sejam antineutropênicos, antitrombocitopênicos, anticoagulantes, ou que possuam alguma outra atividade terapêutica. Em ainda algumas modalidades, os métodos compreendem um estágio adicional de administração de um regime de tratamento do paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo ao paciente, cuja contagem de neutrófilos está acima de um nível, que possa contraindicar uma tal terapia. De um modo opcional, a quantidade e/ou frequência da dose do regime de tratamento do paciente pode ser ainda aumentada.
[0018] Os heparinoides que interagem com PF4 da presente descrição são heparinoides, que são capazes de interagir com PF4 e que contrabalançam a capacidade de PF4 para suprimir a produção de plaquetas e neutrófilos. Os heparinoides que interagem com PF4 se ligam a PF4 e/ou competem com PF4 quanto à ligação a células progenitoras na linhagem celular mieloide, por exemplo megacarócitos. De um modo preferido, os heparinoides que interagem com PF4 possuem um peso molecular acima de 8 kDa, tal que um peso molecular médio de entre cerca de 8 kDa e cerca de 15 kDa, e de um modo ainda mais preferido entre cerca de 11 kDa e 13 kDa. O heparinoide que interage com PF4 é, de um modo preferido, parcialmente dessulfatado. Em ainda algumas modalidades, o heparinoide, que interage com PF4, é substancialmente sulfatado na posição 6-O e/ou na posição N. Um heparinoide que interage com PF4 exemplar, que é adequado para o uso nos métodos aqui descritos, substancialmente 2-O, 3-O dessulfatado, sendo aqui referido como ODSH. Vide também a Seção 5.6.
[0019] A presente descrição provê ainda composições farmacêuticas e formas de dosagem unitárias, que compreendem heparinoides, que interagem com PF4, adequados para o uso nos métodos aqui descritos, seja de um modo isolado ou em adição a um regime de tratamento do paciente e/ou um ou mais agentes ou terapias adicionais. As composições farmacêuticas podem ser ainda preparadas para a administração parenteral, tal que a administração intravenosa ou subcutânea. Para a administração intravenosa, as composições farmacêuticas podem ser formuladas como um bolo ou como uma infusão contínua.
[0020] As composições farmacêuticas para o uso nos métodos aqui descritos compreendem uma quantidade de um heparinoide que interage com PF4, tal como descrito abaixo na Seção 5.9, suficiente para permitir com que doses efetivas sejam administradas.
[0021] Em ainda algumas modalidades, as composições farmacêuticas do heparinoide, que interage com PF4, são adequadas para a administração intravenosa em doses em uma faixa de cerca de 0,1 mg/kg/h a cerca de 2,5 mg/kg/h para as infusões e de cerca de 1 mg/kg a cerca de 25 mg/kg para doses de bolo. Em ainda algumas modalidades, as composições farmacêuticas de heparinoide, que interage com PF4, são adequadas para a administração subcutânea e são formuladas para a administração em doses em uma faixa de cerca de 25 mg a cerca a cerca de 400 mg, em volumes de 2,0 ml, ou menos, por sítio de injeção.
4. BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0022] A Figura 1 provê um gráfico, que ilustra o efeito de 8 regimes de tratamento sobre o peso do tumor em um modelo de xenoenxerto de murino in vivo de câncer pancreático humano, tal como descrito adicionalmente no Exemplo 1 e na Tabela 1: controle de veículo (Grupo 1, •); ODSH isoladamente (Grupo 2, o); oxaliplatina/gencitabina/nab-paclitaxel (Grupo 3, ■); gencitabina isoladamente (Grupo 4, □ ); oxaliplatina/gencitabina/nab-paclitaxel com ODSH (Grupo 5, ▲); gencitabina com ODSH (Grupo 6, Δ); oxaliplatina/gencitabina (Grupo 7, x); e oxaliplatina/gencitabina com ODSH (Grupo 8, $).
[0023] A Figura 2 provê um gráfico, que ilustra o efeito sobre o peso do tumor de um subconjunto de regimes de tratamento usados no Exemplo 1 e apresentados na Figura 1; controle de veículo (Grupo 1, •); ODSH isoladamente (Grupo 2, o); gencitabina isoladamente (Grupo 4, □); e gencitabina com ODSH (Grupo 6, Δ);
[0024] A Figura 4 provê um gráfico, que ilustra o efeito sobre o peso corpóreo dos 8 diferentes regimes usados no Exemplo 1: controle de veículo (Grupo 1, •); ODSH isoladamente (Grupo 2, o); oxaliplatina/gencitabina/nab- paclitaxel (Grupo 3, ■); gencitabina isoladamente (Grupo 4, □ ); oxaliplatina/gencitabina/nab-paclitaxel com ODSH (Grupo 5, ▲); gencitabina com ODSH (Grupo 6, Δ); oxaliplatina/gencitabina (Grupo 7, X); e oxaliplatina/gencitabina com ODSH (Grupo 8, $)
[0025] A Figura 4 provê um gráfico, que ilustra o efeito sobre o peso do tumor de 4 diferentes regimes de tratamento em um modelo de xenoenxerto de murino in vivo de câncer ovariano humano, tal como adicionalmente descrito no Exemplo 2; controle de veículo (Grupo 1, •); ODSH isoladamente (Grupo 2, ♦); carboplatina (Grupo 3, ■); e carboplatina com ODSH (Grupo 4, ▲).
[0026] A Figura 5 provê um gráfico, que ilustra o efeito sobre o peso do tumor dos regimes de tratamento apresentados na Figura 4, para os dias 121 do estudo.
[0027] A Figura 6 provê um gráfico, que ilustra o efeito sobre o peso do corpo do camundongo dos 4 regimes diferentes usados no Exemplo 2: controle de veículo (Grupo 1, •); ODSH isoladamente (Grupo 2, ♦); carboplatina (Grupo 3, ■); e carboplatina com ODSH (Grupo 4, ▲), tal como adicionalmente descrito no Exemplo 2.
[0028] A Figura 7 provê um gráfico, que ilustra o efeito sobre o peso do corpo do camundongo dos regimes de tratamento apresentados na Figura 6 para os dias 1-21.
[0029] A Figura 8 provê uma representação gráfica da contagem de plaquetas (em X 103 plaquetas/μl) de pacientes com câncer pancreático metastático, introduzidos no ensaio clínico descrito no Exemplo 3, tal como medido em amostras tomadas no dia 1, dia 8 e dia 15 de cada ciclo de quimioterapia, tal como indicado (C1D1 = ciclo 1, dia 1/C2D8 = ciclo 2, dia 8, etc.). As linhas horizontais marcam o limite inferior da contagem de plaquetas normal (LLN) e o limite inferior (LL) dos graus indicados de trombocitopenia.
[0030] A Figura 9 provê uma representação gráfica da contagem de neutrófilos (em X 103 neutr0filos/μl), medida em amostras tomadas a partir dos mesmos indivíduos descritos na Figura 8, no dia 1, no dia 8, e no dia 15 de cada ciclo de quimioterapia (C1D1 = ciclo 1, dia 1; C2D8 = ciclo 2, dia 8, etc.). As linhas horizontais marcam o limite inferior da contagem de neutrófilos normal (LLN) e o limite inferior (LL) dos graus indicados de neutropenia.
[0031] As Figuras 10A-10B fornecem as contagens de plaqueta médias e medianas (Figura 10A) e as contagens de neutrófilo absolutas medianas (Figura 10 B) para todas as amostras, nos dias indicados em cada um dos ciclos indicados.
[0032] As Figuras 11 A-F fornecem representações gráficas do tamanho das lesões pancreática e metastática em pacientes específicos, cadastrados no ensaio clínico descrito no Exemplo 3, que possuem uma doença estável e que são recebendo a administração aditiva de ODSH e de agentes quimioterápicos. A Figura 11A mostra o tamanho de duas metástases pulmonares no paciente 2001 na linha de referência e no final do ciclo 4. As Figuras 11B-C mostram o tamanho do tumor de lesões metastáticas no fígado e nos nodos linfáticos no final do ciclo 5 (Figura 11 C) em relação ao início do tratamento (linha de referência) para o paciente 6002. A Figura 11 D mostra o tamanho de duas metástases pulmonares no paciente 6003 na linha de referência e no final do ciclo 6. A Figura 11E mostra o tamanho de tumores pancreáticos e um tumor de fígado metastático no paciente 6006 na linha de referência no final do ciclo 4. A Figura 11 F mostra o tamanho de um tumor pancreático no paciente 8001 na linha de referência no final do ciclo 2.
[0033] As Figuras 12 A-F fornecem representações gráficas, que mostram a resposta do tumor de pacientes, que recebem a administração aditiva de ODSH e quimioterapia. A Figura 12A provê uma representação gráfica, que sumaria os sítios da doença metastática antes do início da quimioterapia, os níveis de CA19-9 na linha de referência e após vários ciclos de terapia, e de resposta de tumor para cada paciente indicado. As Figuras 12B-12F fornecem representações gráficas do tamanho de tumores para os pacientes 6004, 6007, 7001, 7002, e 9001, que mostram uma resposta parcial no final do ciclo de tratamento 4 ou 5, em relação à linha de referência.
[0034] As Figuras 13A-B fornecem representações gráficas, que mostram as contagens de plaqueta nos dias 1 e 15 dos ciclos indicados para pacientes tratados com gencitabina, nab-paclitaxel, e ODSH (“pacientes do braço ODSH”) e pacientes tratados com gencitabina e nab-paclitaxel “Pacientes do braço de controle”). A Figura 13A provê uma representação gráfica, que mostra as contagens de plaqueta, no dia 1 do ciclo 1 (antes de qualquer quimioterapia) e no dia 15 do ciclo 1 (após duas doses de quimioterapia) em 5 pacientes do braço ODSH e em 5 pacientes do braço de controle. As contagens de plaqueta média e mediana para o braço de controle e para o braço ODSH nos dias 1 e 15 são também mostradas. A Figura 13B provê uma representação gráfica, que mostra as contagens de plaqueta medianas nos dias 1 e 15 dos ciclos 1 a 6 para os pacientes do braço de controle e para pacientes do braço ODSH.
5. DESCRIÇÃO DETALHADA
[0035] Foi descoberto que heparinoides, que são capazes de interagir com o fator de plaqueta 4 (a seguir, “heparinoides que interagem com PF4”) podem atenuar a trombocitopenia e a neutropenia de várias etiologias. Foi ainda verificado que os heparinoides, que interagem com PF4, induzem ou desinibem a trombopoiese e a granulopoiese. Sem termos a intenção de estarmos limitados pela teoria, é considerado que estes efeitos são mediados pela capacidade de tais heparinoides para reduzir os níveis de PF4 e/ou para contrabalançar um efeito supressor de PF4 sobre a megacariopoiese e a granulopoiese. 5.1. Métodos de atenuação dos efeitos colaterais mielossupressivos de regimes de tratamentos
[0036] Tal como descrito no Exemplo 3 abaixo, os pacientes diagnosticados com câncer pancreático metastático, que foram tratados adicionalmente com um heparinoide que interage com PF4 exemplar, aqui referido como ODSH (um heparinoide que é substancialmente dessulfatado nas posições 2-O e 3-O, adicionalmente descrito na Seção 5.6), possuía contagens de plaqueta aumentadas no final de um primeiro ciclo de 4 semanas de um regime de quimioterapia, que é conhecido como tendo um efeito colateral mielossupressivo. Estes efeitos continuaram em ciclos sucessivos de tratamento e os resultados demonstraram que o ODSH administrado de um modo aditivo atenua a trombocitopenia e a neutropenia em pacientes, que recebem um regime de tratamento quimioterápico tendo efeitos colaterais imunossupressivos.
[0037] Deste modo, em um primeiro aspecto, são providos métodos para atenuar um efeito colateral mielossupressivo de um regime de tratamento de paciente. Os métodos compreendem administrar uma quantidade terapeuticamente efetiva de um heparinoide, que interage com PF4, ao paciente em questão, como um aditivo ao regime de tratamento do paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo. Deste modo, são aqui providos usos de um heparinoide, que interage com PF4, opcionalmente ODSH, na atenuação de um efeito colateral mielossupressivo de um regime de tratamento de paciente, tal como aqui adicionalmente discutido. As frases “administração aditiva”, “administração de um modo aditivo” ou “administração aditiva a” são aqui usados, de um modo intercambiável, como um meio para administrar um heparinoide que interage com PF4 em uma proximidade temporal terapeuticamente efetiva ao regime de tratamento que possui um efeito colateral mielossupressivo. Por administração aditiva de um heparinoide, que interage com PF4, a pacientes, que recebem regimes de tratamento tendo um efeito colateral mielossupressivo, seja de um modo isolado ou em combinação com um outro(s) agente(s) ou terapia(s) aditivo(s). O requerente descobriu que o possível atenuar o(s) efeito(s) colateral(ais) mielossupressivo(s) de tais regimes de tratamento.
[0038] Os heparinoides, que interagem com PF4, adequados para o uso nos métodos, são descritos abaixo na Seção 5.6. Em ainda uma modalidade exemplar, o heparinoide, que interage com PF4, é ODSH. Os modos de administração e os regimes de dosagem adequados são adicionalmente descritos abaixo, na Seção 5.8. As dosagens efetivas, e as dosagens terapeuticamente efetivas, do heparinoide que interage com PF4 são adicionalmente descritas abaixo, na Seção 5.9. 5.1.1. Regimes de tratamento com efeitos colaterais mielossupressivos
[0039] Tal como aqui usado, um efeito colateral mielossupressivo é a ocorrência de trombocitopenia e/ou de neutropenia. Deste modo, em várias modalidades, o regime de tratamento, como um efeito colateral, causa com que os pacientes desenvolvam a trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas), a neutropenia (baixa contagem de neutrófilos), ou ainda uma combinação de trombocitopenia e de neutropenia. Tais regimes de tratamento do paciente são aqui também referidos como a regimes de tratamento mielossupressivos.
[0040] Em ainda certas modalidades, o regime de tratamento causa a trombocitopenia. Em várias modalidades, o regime de tratamento causa com que as contagens de plaqueta no sangue sejam de menos do que 150.000 plaquetas por μl de sangue. Em ainda modalidades particulares, o regime de tratamento causa com que o paciente possua contagens de plaqueta em uma faixa de a partir de cerca de 150.000 a cerca de 75.000 plaquetas por μl de sangue, correspondendo a trombocitopenia branda ou de grau 1; as contagens de plaqueta em uma faixa de menos do que 75.000 a cerca de 50.000 plaquetas por μl de sangue, correspondem a trombocitopenia moderada ou de grau 2; as contagens de plaqueta em uma faixa de menos do que cerca de 50.000 a cerca de 25.000 plaquetas por μl de sangue, correspondem a trombocitopenia severa ou de grau 3; e as contagens de plaqueta de menos do que 25.000 plaquetas por μl de sangue, correspondem a trombocitopenia de risco de vida ou de grau 4. Deste modo, em ainda uma variedade de modalidades, o regime de tratamento do paciente induz, como um efeito colateral, a trombocitopenia branda, moderada, severa ou de risco de vida.
[0041] Em ainda certas modalidades, o regime de tratamento causa a neutropenia. Em ainda várias modalidades, o regime de tratamento causa com que os pacientes possuam contagens de neutrófilos absolutas no sangue de menos do que cerca de 2000 neutrófilos por μl de sangue. Em ainda modalidades particulares, o regime de tratamento causa com que o paciente apresente contagens de neutrófilo em uma faixa de a partir de cerca de 2000 a cerca de 1500 neutrófilos por μl de sangue, correspondendo a neutropenia branda ou de grau 1; contagens de neutrófilo absolutas em uma faixa de menos do que cerca de 1.500 a cerca de 1.000 neutrófilos por μl de sangue, correspondendo a neutropenia moderada ou de grau 2; contagens de neutrófilo absolutas em uma faixa de menos do que cerca de 1.000 a cerca de 500 neutrófilos por μl de sangue, correspondendo a neutropenia severa ou de grau 3; e contagens de neutrófilos absolutas de menos do que cerca de 500 neutrófilos por μl de sangue, correspondendo a neutropenia de risco de vida ou de grau 4. Deste modo, em ainda uma variedade de modalidades, o regime de tratamento do paciente induz, como um efeito colateral, a neutropenia branda, moderada, severa ou de risco de vida.
[0042] Em ainda uma variedade de modalidades, o regime de tratamento do paciente é um regime de tratamento antineoplástico. Em ainda certas modalidades, o regime antineoplástico é a quimioterapia. Em ainda certas modalidades, o regime de tratamento antineoplástico é a terapia com radiação.
[0043] Em modalidades de quimioterapia, o regime de tratamento do paciente inclui a administração de um ou mais agente(s) quimioterapêutico(s).
[0044] Em ainda modalidades exemplares, pelo menos um ou mais agentes quimioterapêuticos é selecionado a partir do grupo, que consiste de: antagonistas de folato, que incluem metotrexato e pemetrexede; antagonistas de purina, que incluem cladribina, clofarabina, fludarabina, 6-mercaptopurina, nelarabina, pentostatina; antagonistas de pirimidina, que incluem capecitabina, citarabina, 5-fluororacila, gencitabina, hidroxiureia; modificadores da resposta biológica, que incluem interferon-alfa; bleomicina; agentes de alquilação de DNA, que incluem nitrosoureias, carmustina, lomustina; drogas de reticulação e agentes de alquilação de DNA, que incluem bendamustina, clorambucila, ciclofosfamida, ifosfamida, mecloretamina (nitrogênio mostarda), melfalano, dacarbazina, temoxolomida, procarbazina; asparaginase; antibióticos, que incluem mitomicina, complexos de platina, que incluem carboplatina, cisplatina, oxaliplatina; inibidores de proteassoma, que incluem bortezomibe, venenos de agulha, tais que taxanos (incluindo docetaxel, placitaxel, nab-paclitaxel (Abraxane®)) e as vincas (que incluem vimblastina, vincristina, vinorelbina); inibidores de topoisomerase, tais que antraciclinas (que incluem daunorubicina, daunomicina, doxorubicina, epirubicina) e as camptotecinas (que incluem irinotecano, topotecano), e as podofilotoxinas (que incluem etoposídeo, teniposídeo, e mitoxantrona)); inibidores de tirosina quinase (que incluem erlotinib (Tarceva), gefitinib, imatinib, lapatinib, pazopanibe, sorafenib, sunitib); e ifosfamida.
[0045] Em ainda várias modalidades, um ou mais agentes quimioterapêuticos são usados.
[0046] Em ainda certas modalidades exemplares, o regime de tratamento quimioterapêutico mielossupressivo inclui a administração de um taxano, tal que docetaxel, ou de um taxol, tal que paclitaxel (por exemplo, nab-paclitaxel, Abraxane®) em combinação com um ou mais agente(s) quimioterapêutico(s) adicional(ais), que incluem, mas não estão limitados a qualquer dos agentes acima descritos. Em ainda algumas modalidades, o regime de tratamento do paciente inclui a administração de um taxano, tal que docetaxel, ou de um taxol, tal que paclitaxel (por exemplo, nab-paclitaxel, Abraxane®) em combinação com um ou mais de folato, purina, ou antagonista de pirimidina, um agente de alquilação de DNA, um complexo de platina, um vinca, uma antraciclina, uma camptotecina, uma podofiloxina, e/ou um inibidor de tirosina quinase. Em modalidades específicas, o regime de tratamento do paciente inclui a administração de um taxano, tal que docetaxel, paclitaxel (por exemplo, nab-paclitaxel, Abraxane®) em combinação com um ou mais agentes, selecionados a partir de: gencitabina, vinorelbina, carboplatina, cisplatina, oxaliplatina, temozolomida, e mifepristona. Em ainda modalidades exemplares, dois ou mais agentes quimioterapêuticos são administrados, os dois ou mais agentes quimioterapêuticos sendo selecionados a partir de: cisplatina e etoposídeo; carboplatina e etoposídeo; cisplatina e irinotecano; carboplatina e irinotecano; ciclofosfamida, doxorubicina (Adriamicina), e vincristina; ciclofosfamida/doxorubicina/vincristina (conhecido como o regime CAV); gencitabina com vinorelbina ou paclitaxel ou nab-paclitaxel (Abraxane®); gencitabina ou capecitabina com oxaliplatina; cisplatina ou carboplatina atém de um outro agente quimioterapêutico; 5-fluorouracila com um ou mais de leuvocorina, oxaliplatina, irinotecano.
[0047] O regime de tratamento de paciente mielossupressivo, em várias modalidades, compreende a administração de agentes quimioterapêuticos de acordo com regimes denominados específicos. Em ainda modalidades exemplares, o regime de tratamento de quimioterapia do paciente inclui um ou mais dos seguintes regimes específicos: 5FU Mayo, 5FU Roswell Park, LVFU2, FOLFOFOX4, FOLFOX6, bFOL, FUFOX, IFL, XELOX, XELIRI, e CAPIRI, que são ainda descritos, em maiores detalhes, em Chau et al., 2009, Br. J. Cancer 100: 1704-19; e Field et al., 2007, World J. Gastroenterol. 13: 3806-15, ambos os quais são incorporados a este, a título referencial. Um outro regime denominado específico é o CHOP, que combina ciclofosfamida, hidroxidaunorubicina (ou doxorubicina ou adriamicina), vincristina (ou oncovina), e prednisona ou prednisolona, geralmente usados para tratar pacientes com linfoma de não Hodgkin. Em ainda algumas modalidades, por exemplo, quando o paciente sendo tratado apresenta uma história de doença cardiovascular, a doxorubicina é omitida a partir do regime, que é então referido como COP ou CVP. De um modo opcional, o regime CHOP pode ainda ser combinado com rituximabe (Rituxan) e é então referido como R-CHOP ou CHOP-R. Outras combinações são também possíveis. Um outro regime denominado específico é o ICE, que combina os agentes quimioterapêuticos ifosfamida, carboplatina, e etoposídeo. Vide Habermann, 2012, Hematology 17, Suppl. 1: S93-7, que é incorporado a este, a título referencial.
[0048] Os regimes de tratamento de paciente antineoplásticos, que incluem a terapia com radiação, demonstraram também possuir efeitos colaterais mielossupressivos, algumas vezes referidos como trombocitopenia induzida por radiação e neutropenia induzida por radiação. Em várias modalidades de radiação, o regime de tratamento do paciente inclui a terapia com radiação, selecionada a partir da terapia com radiação com raios x, raios gama, nêutrons, prótons, e ainda outras fontes, terapia de radiação de feixe externo, e terapia de radiação interna, tal que a braquiterapia.
[0049] Os regimes de tratamento do paciente, nos quais um ou mais anticorpos tendo um efeito citotóxico são administrados, aqui referida como a uma terapia de anticorpos, podem ter também efeitos colaterais mielossupressivos, que são, de um modo usual, tratados por meio da administração adicional de um heparinoide, que interage com PF4, de acordo com os métodos aqui descritos. Deste modo, em ainda certas modalidades, o regime de tratamento tendo efeitos colaterais mielossupressivos compreende a terapia de anticorpos. Em ainda algumas modalidades, a terapia de anticorpos inclui um ou mais anticorpos conjugados a uma toxina, em que o anticorpo se liga a e/ou é internalizado por uma célula de tumor alvo e a toxina mata a célula. Em ainda modalidades exemplares, o regime de tratamento do paciente inclui a administração de um ou mais anticorpos tendo um efeito colateral mielossupressivo, tal que abciximab (TeoPro), rituximabe (Rituxan), trastuzumabe (Herceptina) conjugados a mertansina (T-DMI), e infliximabe (Remicade). Em ainda algumas modalidades, o regime de tratamento do paciente inclui a administração de um ou mais dos seguintes: trastuzumabe (Herceptina), cetuximab, bevacizumab (Avastina), tigatuzumab.
[0050] Em ainda várias modalidades, os regimes de tratamento do paciente podem apresentar efeitos colaterais mielossupressivos, e que são, de um modo útil, tratados por meio da administração aditiva de um heparinoide que interage com PF4, de acordo com os métodos aqui descritos, incluem combinações de quimioterapia, terapia com radiação e/ou terapia com anticorpos. Em algumas modalidades, o regime de tratamento do paciente compreende a quimioterapia, por exemplo, com um ou mais dos agentes aqui descritos, e a terapia com radiação; ou a quimioterapia, por exemplo com um ou mais dos agentes aqui descritos, e a terapia com anticorpos, por exemplo, com um ou mais dos anticorpos aqui descritos; a terapia com radiação e a terapia com anticorpos, por exemplo, com um ou mais dos anticorpos aqui descritos; ou quaisquer duas, três, quatro, cinco ou mais agentes ou terapias aqui descritos. Em modalidades exemplares, tais que aquelas em que o paciente não apresenta um linfoma de não Hodgkin, o regime de tratamento do paciente compreende a terapia com anticorpos com rituxano e a quimioterapia com o regime CHOP (também referida como R-CHOP), COP, CVP, ou ICE (também referido como R-ICE). Vide Habermann, 2012, Hematology, 17, Suppl. 1: S93-97.
[0051] Os regimes de tratamento do paciente, que envolvem transplante, tais que o transplante de medula óssea ou o transplante de célula- tronco, podem também apresentar efeitos colaterais mielossupressivos. Deste modo, em ainda algumas modalidades, o regime de tratamento do paciente compreende um transplante de célula-tronco ou de medula óssea autólogo ou alogênico.
[0052] Em ainda uma variedade de modalidades, os regimes de tratamento do paciente incluem os regimes, nos quais um ou mais agentes com efeitos colaterais trombocitopênicos são administrados. Em ainda modalidades exemplares, o um ou mais agentes com um efeito colateral trombocitopênico é selecionado a partir de: ácido valproico, inibidores de bomba de próton, interferon (por exemplo, interferon-alfa), isotretinoína, panobinostato, diuréticos de tiazida, montelukast sódio (Singulair), quinidina, quinina, ouro, sulfonamidas, cefalotina, fenil butazona, difenil hidantoína, digitoxina e tranquilizantes de fenotiazina, e heparina.
[0053] Em ainda várias modalidades, os regimes de tratamento do paciente incluem os regimes, nos quais um ou mais agentes com efeitos colaterais neutropênicos são administrados. Em ainda modalidades exemplares, o um ou mais agentes com um efeito colateral neutropênico é selecionado a partir de: ciclofosfamida, drogas psicotrópicas e anticonvulsivos, tais que clozapina e clanzapina, tionamidas, ticlopidina, carbimazol, dapsona, dipirona, metimazol, penicilina G, procainamida, propiltiouracila, timetroprim, cloroanfenicol, penicilinas, cefalosporinas, aminoglicosídeos, tetraciclinas, nitroimidazóis, nitrofurantoína, flucitosina, rifampina, isoniazida, etambutol, dapsona, antibióticos de sulfonamida, clomiprimina, tiacetazona, dipirona, sulfasalazina, mesalazina, ciprofloxacina, cloroquina, mebendazol, terbendafina, pirimetamina, levamisol, ristocetima, risperidona, mipramina, desipramina, tiotixeno, haloperidol, ácido valproico, hidantoína, succinimidas, trimetadiona, carbamazepina, procainamida, quinidina, propafenona, captopril, propranolol, hidralazina, metildopa, ibuprofeno, indometacina, sulindaco, tolmetina, aspirina, aminopirina, fenilbutazona, diflunisal, benoxaprofeno, alopurinol, colquicina, propiltiouracila, metimazol, carbimazol, tiocianato, perclorato de potássio, cimetidina, ranatidina, tripelenaina, metafenileno, tenalidina, mianserina, bromofeneramina, quinina, hidroxicloroquina, quinacrina, diazoxida, diidropiridina, vesnamirona, aprindina, imipenem/cilastatina, zidovudina, fludarabina, aciclovir, turbinafina, aminoglutetimida, famotidina, bezafibrato, flutamida, tamoxafeno, penicililamina, ácido retinoico, metoclopramida, tolbutamida, tiazidas, espirinolactona, metazolamida, acetazolamida, levodopa e as combinações dos mesmos. Vide, Oyesanne et al., 1999, Psychosomatics, 40: 5 às págs. 414-421; cuja descrição é aqui incorporada a este, a título referencial.
[0054] Em ainda certas modalidades, o regime de tratamento do paciente mielossupressivo compreende um ou mais regimes adequados para o tratamento de pacientes diagnosticados com leucemia mieloide ou mielógena aguda (“AML”). Os regimes de tratamento para AML consistem, de um modo típico, de duas fases, uma fase inicial destinada a induzir a remissão, referida como a fase de indução, e uma segunda fase, destinada a prevenir a recorrência ou a reincidência, referida como à fase de consolidação. Os tratamentos administrados durante a fase de indução são referidos como a regimes de tratamento de indução e os tratamentos administrados durante a fase de consolidação são referidos como a regimes de tratamento de consolidação. Os regimes de tratamento de indução convencionais incluem a quimioterapia, referida como à quimioterapia de indução, e são também conhecidos na arte. Em ainda uma modalidade exemplar de quimioterapia de indução, o regime de quimioterapia consiste do tratamento com citarabina (araC) administrado por via intravenosa durante 7 dias consecutivos e um agente de antraciclina (por exemplo, daunorubicina ou idarubicina) administrado em 3 dias consecutivos. Vide Tallman, 2005, Hematology 2005: 143-150; Robak et al., 2009, Clin. Therap., 31: 2349 -70. Os regimes de tratamento de consolidação podem ainda compreender a quimioterapia, imunoterapia, transplante de medula óssea, ou as combinações dos mesmos. Em ainda algumas modalidades, a quimioterapia de consolidação consiste de um ou mais ciclos do mesmo regime de quimioterapia durante a fase de indução. Em ainda outras modalidades, a quimioterapia de consolidação consiste de um ou mais ciclos, com uma alta dose de quimioterapia. Modalidades exemplares de quimioterapia de consolidação consistem de dois, três, quatro, cinco ou mais ciclos de tratamento com citarabina e um regime de antraciclina, tal como acima descrito. Em ainda algumas modalidades, o regime quimioterapêutico de consolidação compreende uma dose mais alta do agente ou agentes quimioterapêuticos, administrados durante a fase de indução. A fase de consolidação pode também compreender a quimioterapia com um ou mais agentes, tais que, mas não limitados a, diidrocloreto de histamina e interleucina-2. Em ainda certas modalidades, o regime de tratamento de consolidação compreende um transplante de célula-tronco alogênico. Em ainda várias modalidades, um heparinoide, que interage com PF4, é administrado, de um modo aditivo, a um regime de tratamento de indução e/ou de consolidação. Em ainda uma modalidade exemplar, o ODSH é administrado, de um modo aditivo, a um regime de tratamento de indução e/ou consolidação. 5.1.2. Pacientes de tratamento
[0055] O paciente a ser tratado (usado aqui de um modo intercambiável com “paciente”) pode ser qualquer animal, por exemplo um mamífero, e de um modo preferido um ser humano. Em ainda certas modalidades, o paciente é um adulto. Em ainda certas modalidades, o paciente é uma criança, por exemplo uma criança diagnosticada com um câncer pediátrico.
[0056] Em ainda algumas modalidades, os pacientes adequados são os pacientes diagnosticados com câncer, e que estejam em necessidade de um regime de tratamento antineoplástico ou citotóxico. O câncer pode ser um câncer de tumor sólido em qualquer órgão ou tecido, incluindo o câncer pancreático, câncer ovariano, câncer uterino, câncer de mama, incluindo o câncer de mama metastático e o câncer de mama resistente à quimioterapia (por exemplo, o câncer de mama que apresenta recorrência como uma reincidência dentro de 6 meses a partir da quimioterapia aditiva com ou sem uma antraciclina), câncer de cabeça e de pescoço, câncer de bexiga, câncer urotelial, câncer de pulmão (que inclui o câncer de pulmão de célula não pequena), câncer colorretal, câncer gástrico, câncer esofágico, neuroblastoma, câncer de fígado, melanoma, câncer de próstata, osteossarcoma, e pode ser ainda um câncer hematológico, tal que um linfoma (incluindo os linfomas recorrentes, de Hodgkin, e não Hodgkin), e a leucemia (incluindo a leucemia mielógena aguda, ou AML, e a leucemia linfoblástica aguda pediátrica).
[0057] Os métodos aqui descritos são, de um modo particular, úteis para os cânceres, nos quais os níveis de PF4 são elevados seja nas plaquetas ou no sangue. Deste modo, em ainda algumas modalidades, o paciente foi diagnosticado com um câncer, no qual os níveis de PF4 são elevados, ou nas plaquetas ou no sangue. Em ainda certas modalidades, o câncer é um câncer pancreático, câncer colorretal, osteossarcoma ou leucemia (incluindo a leucemia mielógena aguda e a leucemia linfoblástica aguda pediátrica).
[0058] Os pacientes, adequados para o tratamento, incluem ainda os pacientes, que sofrem de uma doença ou condição, para a qual o regime de tratamento recomendado possui um efeito colateral mielossupressivo, que inclui quaisquer regimes de tratamento descritos acima na Seção 5.1.1.
[0059] Em ainda várias modalidades, o paciente adequado é um paciente tendo um nível elevado de PF4 no sangue ou nas plaquetas, incluindo os vários cânceres acima descritos e as condições não cancerosas com níveis elevados de PF4 no sangue ou nas plaquetas, um paciente com uma doença autoimune, que possa ser tratado com um regime de tratamento, que inclui um ou mais agentes tendo um efeito colateral mielossupressivo, tal que artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose múltipla, mal de Crohn, colite ulcerativa, doença intestinal inflamatória, ou um paciente tendo níveis de trombopoietina diminuídos, tais que os pacientes com câncer de fígado, hepatite viral, cirrose, ou função hepática prejudicada.
[0060] Em ainda várias modalidades, o paciente adequado é um paciente, que não apresenta trombocitopenia mediada pelo sistema imune, trombocitopenia devido à uma condição autoimune, trombocitopenia causada pela destruição aumentada de plaquetas, ou trombocitopenia induzida por heparina.
[0061] Em ainda algumas modalidades, nas quais a heparina, que interage com PF4, é parcialmente dessulfatada, tal que a heparina dessulfatada 2-O, 3-O, existe um risco reduzido de trombocitopenia induzida por heparina, mesmo quando administrada em combinação com heparina (heparina não fracionada ou heparina de baixo peso molecular) como um agente anticoagulante. Vide a Pat. U.S. N° 7. 468. 348. Em consequência disto, em ainda algumas modalidades, o paciente pode ser um paciente, que possua anticorpos contra o complexo de heparina-PF4, e está em risco de trombocitopenia induzida por heparina. 5.1.3. Outros agentes aditivos e terapia
[0062] O heparinoide, que interage com PF4, pode ser administrado ou como um agente único aditivo a um regime de tratamento de um paciente tendo um efeito colateral imunossupressivo, ou em combinação com um ou mais agentes ou terapias adicionais.
[0063] Deste modo, em ainda várias modalidades, os métodos compreendem ainda a administração aditiva de um ou mais agentes ou terapias adicionais, que são também capazes de atenuar a trombocitopenia e/ou de promover a trombopoiese, atenuar a neutropenia e/ou promover a granulopoiese. Em ainda certas modalidades, os métodos compreendem ainda a administração aditiva de um heparinoide anticoagulante. Em ainda algumas modalidades, dois ou mais tais agentes e/ou terapias são administrados. Os dois ou mais tais agentes podem ainda apresentar a mesma atividade (por exemplo, antitrombocitopênica), atividade diferente (por exemplo, um primeiro agente é pró-trombopoiético e um segundo agente é antineutropênico), ou uma atividade de sobreposição (por exemplo, um primeiro agente é pró-granulopoiético e anticoagulante e um segundo agente é anticoagulante).
[0064] Terapias ou agentes adicionais adequados para atenuar a trombocitopenia e/ou promover a trombopoiese incluem os agentes ou terapias, que agem de um modo a aumentar a contagem de plaquetas. Deste modo, em ainda algumas modalidades, o um ou mais agentes ou terapias é selecionado a partir de transfusão de plaquetas, esplenotomia, corticoesteroides (por exemplo, prednisona e dexametasona), inibidores de eliminação de plaquetas (por exemplo, danazol), trombopoietina, agentes miméticos de trombopoietina (por exemplo, Nplate®, eltrombopag (Promactat®)), agonistas do receptor de trombopoietina (por exemplo, romiplostim e eltrompag), interleucinas, por exemplo, interleucinas recombinantes (incluindo interleucina-1, interleucina-3, interleucina-6, interleucina-11 (por exemplo, Numega®)), carbonato de lítio e folato.
[0065] Terapias ou agentes adicionais adequados para atenuar a neutropenia e/ou promover a granulopoiese incluem os agentes, que agem de um modo a aumentar a contagem de neutrófilos. Deste modo, em ainda algumas modalidades, o um ou mais agentes ou terapias adicionais é selecionado a partir do fator estimulante de colônia de granulócito humano (“G-CSF”) (filgrastim (Neupogen), pegfilgrastim (Neulasta)), e do fator estimulante da colônia de granulócito-macrófago humano recombinante (“GM-CSF”) (sargramostim (Leukine)).
[0066] Em algumas apresentações clínicas, o paciente pode ser beneficiado a partir da terapia de anticoagulação. Deste modo, em ainda algumas modalidades, os métodos compreendem administrar o heparinoide, que interage com PF4, em combinação com um ou mais agentes anticoagulantes, tais que um ou mais heparinoides anticoagulantes, de um modo preferido em quantidades tais, ou em razões tais, de um modo a que seja provida a anticoagulação sem o risco de induzir ou de disparar a trombocitopenia induzida por heparina, tal que a heparina não fracionada, e heparinas de baixo peso molecular, tais que dalteparina, enoxaparina, fondaparinux, reviparina, e tinzaperina. De um modo geral, o heparinoide, que interage com PF4, e o anticoagulante são administrados em razões, nas quais a quantidade em peso ou molar do heparinoide, que interage com PF4, excede a quantidade me peso ou molar do anticoagulante. Em ainda algumas modalidades, as razões molares de heparinoide, que interage com PF4, para a faixa de heparina anticoagulante estão em uma faixa de cerca de 1:2 a cerca de 10:1. As razões em peso equivalentes são também contempladas. Em ainda algumas modalidades, as razões em peso de heparinoide, que interage com PF4, para a faixa de heparina anticoagulante são de cerca de 1:1 cerca de 4:1.
[0067] Em ainda várias modalidades, o um ou mais agentes ou terapias aditivos adicionais é administrado em um modo concorrente, sequencial, ou separado com o heparinoide que interage com PF4. Em ainda algumas modalidades, o um ou mais agentes ou terapias adicionais é administrado, tanto em um modo concorrente, como sequencial, com o heparinoide que interage com PF4. 5.2. Método de promoção de trombopoiese
[0068] Foi agora descoberto que os heparinoides, que interagem com PF4, aumentam as contagens de plaqueta em pacientes humanos. Tal como descrito no Exemplo 3 abaixo, os pacientes tratados com ODSH tiveram contagens de plaqueta aumentadas no final de um primeiro ciclo de 4 semanas de um regime de quimioterapia para câncer pancreático, que teve um efeito colateral imunossupressivo substancial. Este efeito continuou durante ciclos sucessivos, os pacientes apresentando contagens de plaqueta acima dos níveis observados na varredura (isto é, antes do tratamento com ODSH), após dois, três ou até mesmo quatro ciclos de administração aditiva de ODSH e do regime de tratamento quimioterapêutico. Deste modo, em ainda um outro aspecto, são providos métodos para promover a trombopoiese em um paciente. Os métodos compreendem administrar uma quantidade efetiva de um heparinoide, que interaja com PF4, ao paciente. Os heparinoides, que interagem com PF4, para o uso nos métodos são descritos abaixo na Seção 5.6. Em ainda uma modalidade exemplar, o heparinoide, que interage com PF4, é ODSH. Os modos de administração e os regimes de dosagem adequados são adicionalmente descritos abaixo, na Seção 5.8. As dosagens efetivas e as quantidades terapeuticamente efetivas do heparinoide, que interage com PF4, são descritas adicionalmente abaixo, na Seção 5.9.
[0069] O método pode ser executado em um paciente trombocitopênico ou em um paciente não trombocitopênico.
[0070] Em modalidades, nas quais o paciente é trombocitopênico, a trombocitopenia pode ser de etiologia variável. Deste modo, em várias modalidades, a trombocitopenia é (1) trombocitopenia causada através de um regime de tratamento com um efeito colateral mielossupressivo, tal como descrito acima na Seção 5.1.1, e os pacientes podem ainda incluir aqueles acima descritos na Seção 5.1.2, (2) trombocitopenia causada pela produção prejudicada de plaquetas pela medula óssea, (3) trombocitopenia causada pelo sequestro de plaqueta no baço (baçoterapia), ou (4) trombocitopenia causada pela destruição aumentada de plaquetas na circulação periférica, opcionalmente devido a uma condição autoimune.
[0071] Em ainda várias modalidades, a contagem de plaqueta do paciente é reduzida como um resultado de - 1, opcionalmente, trombocitopenia causada por - uma doença ou condição. Deste modo, em ainda certas modalidades, o paciente está sofrendo de uma infeção. Em ainda algumas modalidades, a infeção resulta em sepsia, com ou sem coagulação intravascular disseminada. Em ainda algumas modalidades, os pacientes apresentam níveis de plasma elevados de PF4, por exemplo, mais do que cerca de 5 ng/ml, mais do que cerca de 6 ng/ml, mais do que cerca de 7 ng/ml, mais do que cerca de 8 ng/ml, mais do que cerca de 9 ng/ml, mais do que cerca de 10 ng/ml, mais do que cerca de 11 ng/ml, mais do que cerca de 12 ng/ml, mais do que cerca de 15 ng/ml, mais do que cerca de 17 ng/ml, mais do que cerca de 20 ng/ml, mais do que cerca de 22 ng/ml, mais do que cerca de 25 ng/ml, mais do que cerca de 27 ng/ml, mais do que cerca de 30 ng/ml, mais do que cerca de 40 ng/ml, até cerca de 45 ng/ml, até cerca de 50 ng/ml, ou mais. Lorenz at al., 1988, Infection 18(5): 273- 7 e o ensaio de PF4 neste. Em ainda algumas modalidades, os pacientes apresentam trombocitopenia que não é a trombocitopenia induzida por heparina.
[0072] Em ainda modalidades exemplares, a trombocitopenia é selecionada a partir de trombocitopenia induzida por radiação; trombocitopenia induzida por droga; trombocitopenia de consumo; trombocitopenia mediada pelo sistema imune, que inclui a trombocitopenia aloimune e a trombocitopenia autoimune, incluindo a púrpura trombocitopênica imune (ou ITP); trombocitopenia cíclica infecciosa; trombocitopenia mielofísica causada pela invasão neoplástica da medula óssea; trombocitopenia induzida superficialmente; trombocitopenia induzida por vacina; trombocitopenia induzida por transplante de célula-tronco ou de medula óssea (e trombocitopenia referente ao sistema imune (por exemplo, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico) ou distúrbio linfoproliferativo (por exemplo, leucemia linfocítica crônica). Em ainda algumas modalidades, a trombocitopenia não é outra que: trombocitopenia mediada pelo sistema imune, trombocitopenia devida a uma condição autoimune ou trombocitopenia causada pela destruição aumentada de plaquetas. Em ainda algumas modalidades, a trombocitopenia é outra que a trombocitopenia induzida por heparina.
[0073] Em ainda várias modalidades, os métodos de promoção de trombopoiese são úteis para tratar um paciente, que apresente trombocitopenia induzida por radiação, causada por terapia de radiação ou pela exposição não terapêutica à radiação ionizante, por exemplo um paciente que apresenta envenenamento por radiação ou doença radioativa, como um resultado de um acidente ou ataque radiologicado ou nuclear.
[0074] Em ainda várias modalidades, os pacientes adequados incluem pacientes, que iriam se beneficiar a partir de uma contagem de plaquetas aumentada, tal que anteriormente à cirurgia, transfusão, terapia com um regime de tratamento tendo um efeito colateral mielossupressivo, ou um outro procedimento ou tratamento, que fosse capaz de reduzir a contagem de plaquetas ou aumentar a necessidade de coagulação. Em ainda modalidades exemplares, o paciente é diagnosticado com câncer e/ou está em necessidade de cirurgia, transfusão, ou terapia, com um regime de tratamento que tenha um efeito mielossupressivo. Em algumas modalidades, o paciente está em risco de trombocitopenia induzida por radiação, devido a terapia de radiação ou a uma exposição não terapêutica à radiação ionizante, por exemplo, como um resultado de um acidente ou ataque radiológico ou nuclear. 5.2.1. Agentes e terapia adicionais
[0075] Em métodos para promover a trombopoiese, o heparinoide, que interage com PF4, pode ser administrado ou como um agente único ou em combinação aditiva com um ou mais agentes ou terapias adicionais. Em ainda algumas modalidades, o um ou mais agentes ou terapias adicionais são capazes de promover a trombopoiese. Em várias modalidades, o um ou mais agentes ou terapias adicionais é anticoagulante.
[0076] Terapias ou agentes adicionais, adequados para promover a trombopoiese, incluem agentes ou terapias, que agem de um modo a aumentar a contagem de plaquetas. Em ainda modalidades exemplares, o um ou mais agentes ou terapias adicionais é selecionado a partir de transfusão de plaqueta, esplenotomia, corticosteroides (por exemplo, prednisona e dexametasona), inibidores de eliminação de plaqueta (por exemplo, danazol), trombopoietina, agentes mímicos de trombopoietina, agonistas do receptor de trombopoietina (por exemplo, romiplostim e eltrombopag), interleucinas, por exemplo interleucinas humanas recombinantes (incluindo interleucina-1, interleucina- 3, interleucina-6, interleucina-11), carbonato de lítio e folato. Outros agentes e terapias adicionais são descritos na Seção 5.1.3.
[0077] Em algumas apresentações clínicas, o paciente pode ainda necessitar de uma terapia de anticoagulação, a despeito de requerer trombopoiese. Deste modo, em ainda algumas modalidades, o heparinoide, que interage com PF4, é administrado, de um modo aditivo, a um ou mais agentes de anticoagulação, de um modo preferido sem o risco de induzir ou disparar a trombocitopenia induzida por heparina. Os agentes de anticoagulação incluem heparinas, tais que heparina não fracionada, e heparinas de baixo peso molecular, tais que dalteparina, enoxaparina, fondaparinux, reviparina, tinzaperina. De um modo geral, o heparinoide, que interage com PF4, e o anticoagulante podem ser administrados em razões, nas quais a quantidade de heparinoide, que interage com PF4, excede à quantidade de anticoagulante. As razões molares de heparinoide, que interage com PF4, para a heparina anticoagulante, estão em uma faixa de cerca de 1:2 a cerca de 10:1. Razões em peso equivalentes são também contempladas. 5.3. Método de promoção de produção de neutrófilo
[0078] Foi agora descoberto, que os heparinoides, que interagem com PF4, podem aumentar as contagens de neutrófilo em pacientes humanos. Tal como descrito no Exemplo 3 abaixo, os pacientes tratados com ODSH possuíam contagens de neutrófilo aumentadas no final de um primeiro ciclo de quimioterapia de 4 semanas, a despeito de receber um tratamento concorrente com um regime quimioterapêutico tendo efeitos colaterais mielossupressivos, e mostrava consistentemente contagens de neutrófilo aumentadas no final de ciclos de 4 semanas sucessivos, em relação ao meio ciclo de contagens de neutrófilo. Em alguns casos, os pacientes apresentaram contagens de neutrófilo acima dos níveis observados na varredura (isto é, anteriormente ao tratamento com ODSH), após dois, três, ou até mesmo quatro ciclos de administração aditiva de ODSH e um regime de tratamento de quimioterapia. Deste modo, em ainda um outro aspecto, métodos para a promoção da produção de neutrófilos em um paciente são apresentados. Os métodos compreendem administrar uma quantidade efetiva de um heparinoide, que interage com PF4, tal como descrito adicionalmente na Seção 5.6 abaixo, ao paciente. Em ainda uma modalidade exemplar, o heparinoide, que interage com PF4, é ODSH. Os modos adequados de administração e os regimes de dosagem são descritos adicionalmente abaixo, na Seção 5.8. As dosagens efetivas, e as dosagens terapeuticamente efetivas, do heparinoide, que interage com PF4, são adicionalmente descritas abaixo, na Seção 5.9.
[0079] O método pode ser executado em um paciente neutropênico ou em um paciente não neutropênico. O paciente pode ser um adulto ou uma criança. Em ainda várias modalidades, os pacientes incluem aqueles descritos acima na Seção 5.1.2.
[0080] Nas modalidades, nas quais o paciente a ser tratado é neutropênico, a neutropenia pode ser crônica ou aguda. Em ainda várias modalidades, a neutropenia é congênita (por exemplo, causada pela Síndrome de Kostmann), cíclica ou idiopática. Em ainda algumas modalidades, a neutropenia é secundária a uma outra condição, tal que o câncer, infeção viral (por exemplo, a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS). Em ainda algumas modalidades, a neutropenia é autoimune. Em algumas modalidades, a neutropenia é causada pela infiltração e pela destruição da medula óssea devido à leucemia, mieloma, linfoma ou a um tumor sólido metastático, tal que, por exemplo, o câncer da mama ou da próstata. Em ainda algumas modalidades, a neutropenia é a neutropenia induzida por radiação, resultante a partir da exposição intencional ou não terapêutica à radiação ionizante, por exemplo, como um resultado de um acidente ou ataque radiológico ou nuclear.
[0081] A neutropenia pode ser um efeito colateral de agentes ou procedimentos. Deste modo, em ainda algumas modalidades, a neutropenia é causada por um regime de tratamento tendo um efeito colateral mielossupressivo, por exemplo, quimioterapia, terapia de radiação para o câncer, transplante de medula óssea associado com a terapia de câncer e tal como descrito acima na Seção 5.1.1.
[0082] Em ainda algumas modalidades, a neutropenia é mediada pelo sistema imune, incluindo o autoimune ou aloimune (por exemplo, causada por um não autoantígeno, que estimula a formação de anticorpos e causa uma reação hipersensitiva).
[0083] Em ainda várias modalidades, os métodos de promoção da produção de neutrófilos são úteis para o tratamento de um paciente diagnosticado com neutropenia induzida por radiação, causada pela terapia de radiação ou pela exposição não terapêutica à radiação ionizante, por exemplo, como um resultado de um acidente ou ataque radiológico ou nuclear.
[0084] Os métodos de promoção da produção de neutrófilos são também úteis para o tratamento de pacientes não neutropênicos. Os pacientes adequados incluem aqueles acima descritos na Seção 5.1.2. Tais métodos são particularmente úteis quando o paciente seria beneficiado a partir de uma contagem de neutrófilos aumentada. Em ainda modalidades exemplares, o paciente foi diagnosticado com câncer, e/ou está em necessidade de cirurgia, ou terapia com um regime de tratamento tendo um efeito colateral mielossupressivo. Em ainda algumas modalidades, o paciente está em risco de neutropenia induzida por radiação devido à terapia de radiação ou à exposição não terapêutica à radiação ionizante, por exemplo, como um resultado de um acidente ou ataque radiológico ou nuclear. Em ainda algumas modalidades, o paciente está em risco aumentado de contrair uma infeção. 5.3.1. Agentes adicionais e terapia
[0085] Nos métodos de promoção de produção de neutrófilos, o heparinoide, que interage com PF4, pode ser ainda administrado ou como um agente único ou em uma combinação aditiva com um ou mais agentes adicionais ou terapias. Em ainda algumas modalidades, o um ou mais agentes adicionais ou terapia são capazes de promover a produção de neutrófilos. Em ainda várias modalidades, o um ou mais agentes adicionais ou terapias são anticoagulantes.
[0086] Terapias ou agentes adequados para promover a produção de neutrófilos incluem os agentes, que agem para aumentar a contagem de neutrófilos absoluta. Em ainda modalidades exemplares, o um ou mais agentes adicionais é selecionado a partir do fator estimulante da colônia de granulócito humano recombinante (“G-CSF”) filgrastim (Neupogen), perfilgrastin (Neulasta) e do fator estimulante da colônia de granulócito- macrófago humano (“GM-CSF”) (sargramostim (Leukine)).
[0087] Em ainda algumas situações clínicas, o paciente pode necessitar de terapia de anticoagulação. Deste modo, em ainda algumas modalidades, o heparinoide, que interage com PF4, é administrado, de um modo aditivo, a um ou mais agentes de anticoagulação, de um modo preferido sem induzir ou disparar a trombocitopenia induzida por heparina. Os agentes de anticoagulação para o uso em tais modalidades incluem, por exemplo, heparinas, tais que heparina não fracionada, e heparina de baixo peso molecular, tal que dalteparina, enoxaparina, fondaparinux, reviparina, tinzaperina. Em ainda várias modalidades, o heparinoide, que interage com PF4, e o anticoagulante são administrados em razões, nas quais a quantidade de heparinoide, que interage com PF4, excede à quantidade de anticoagulante. As razões molares de heparinoide, que interage com PF4, para a heparina anticoagulante, estão situadas em uma faixa de a partir de cerca de 1:2 a cerca de 10:1. Razões equivalentes são também contempladas.
[0088] Outros agentes adicionais e terapias adequados são descritos na Seção 5.1.3 acima. 5.4. Método para aumentar a eficácia de regimes de tratamento com efeitos colaterais mielossupressivos
[0089] Os efeitos colaterais mielossupressivos, tais que a trombocitopenia e a neutropenia, que são causados por regimes de tratamento do paciente podem ser limitantes de dose, limitantes ou da quantidade de dose, a frequência de administração, ou ambos, deste modo diminuindo a eficácia da quantidade de dose e/ou frequência de tratamento a ser mantida ou aumentada, que deve, por sua vez, conduzir a uma maior eficácia do regime de tratamento do paciente. Tal como mostrado no Exemplo 3 abaixo, o ODSH, um heparinoide, que interage com PF4, atenuou os efeitos colaterais mielossupressivos, causados por um regime de tratamento antineoplástico para o câncer pancreático; de um modo particular, a administração de ODSH, aditivamente com o tratamento de quimioterapia, aumentou tanto as contagens de plaqueta, como de neutrófilo, a acima daquelas antes do tratamento. Deste modo, a administração de um heparinoide, que interage com PF4, de um modo aditivo com um tal regime de tratamento, deveria permitir com que a quantidade da dose e/ou a frequência do tratamento fosse mantida ou aumentada, deste modo aumentando a eficácia do regime de tratamento do paciente.
[0090] Em consequência disto, em ainda um outro aspecto, são providos métodos para aumentar a eficácia de um regime de tratamento com um efeito mielossupressivo. Os métodos compreendem a administração de uma quantidade terapeuticamente efetiva de um heparinoide que interage com PF4 ao paciente em questão, como um aditivo ao regime de tratamento do paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo, tal que o regime ICE, sem que seja reduzida a frequência de dose e/ou dosagem do tratamento do paciente mielossupressivo, seguindo uma administração de tratamento de referência ou ciclo de tratamento. Em ainda algumas modalidades, a administração ou o ciclo de tratamento de referência é a primeira administração de tratamento ou ciclo de tratamento. Em ainda várias modalidades, a administração do tratamento de referência ou do ciclo de tratamento do regime de tratamento do paciente é subsequente à primeira administração de tratamento ou ciclo de tratamento.
[0091] Em ainda algumas modalidades, o método compreende ainda administrar uma dose mais alta do que aquela usada, de um modo típico, para uma tal administração ou ciclo, na ausência da administração aditiva de um heparinoide, que interage com PF4.
[0092] Em ainda algumas modalidades, os métodos compreendem ainda determinar uma contagem de plaquetas e/ou neutrófilos inicial em uma amostra de sangue a partir de um paciente.
[0093] Em ainda várias modalidades, o heparinoide, que interage com PF4, é administrado em uma quantidade, que seja efetiva para elevar a contagem de plaquetas e/ou de neutrófilos do paciente a acima de um nível limiar anteriormente determinado. Em ainda certas modalidades, o nível limiar anteriormente determinado é o nível, abaixo do qual a administração do regime de tratamento do paciente tendo um efeito colateral imunossupressor é contraindicado. Os modos adequados de administração e os regimes de dosagem são adicionalmente descritos abaixo, na Seção 5.8. As dosagens efetivas, e as dosagens terapeuticamente efetivas, de um heparinoide, que interage com PF4, são ainda descritas abaixo, na Seção 5.9.
[0094] Em ainda certas modalidades, os métodos compreendem determinar uma contagem de plaquetas inicial em uma amostra a partir de um paciente, e então administrar uma quantidade de um heparinoide, que interage com PF4, de um modo a elevar a contagem de plaquetas do paciente a acima de um nível limiar, abaixo do qual a terapia com um regime de tratamento de paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo é contraindicada. Em ainda várias modalidades, uma quantidade de um heparinoide, que interage com PF4, é administrada suficientemente para manter os níveis de plaqueta acima de níveis que indiquem trombocitopenia de grau 3 ou de grau 4. Em ainda várias modalidades, uma quantidade de um heparinoide, que interage com PF4, é administrada suficientemente para manter os níveis de plaqueta acima dos níveis, que indiquem trombocitopenia de grau 1 ou de grau 2. De um modo opcional, os métodos podem ainda compreender administrar, de um modo aditivo, ao heparinoide que interage com PF4, um ou mais agentes ou terapias, que sejam antitrombocitopênicos, antineutropênicos, anticoagulantes, ou que possuam ainda qualquer outra atividade terapêutica. Em ainda algumas modalidades, os métodos compreendem um outro estágio de administração de um regime de tratamento de paciente tendo um efeito mielossupressivo ao paciente, cuja contagem de plaquetas está acima de um nível, que contraindique uma tal terapia. De um modo opcional, a quantidade da dose e/ou a frequência do regime de tratamento do paciente podem ser aumentados.
[0095] Em ainda certas modalidades, os métodos compreendem determinar uma contagem de neutrófilos inicial em uma amostra de sangue a partir de um paciente e administrar uma quantidade de um heparinoide, que interage com PF4, efetiva para elevar a contagem de neutrófilos do paciente a acima de um nível limiar, abaixo do qual a terapia com o regime de tratamento do paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo é contraindicada. Em várias modalidades, uma quantidade de um heparinoide, que interage com PF4, é administrada suficientemente para manter os níveis de neutrófilo acima dos níveis, que indicam neutropenia de grau 3 ou de grau 4, isto é, acima de 1000 neutr0filos/μl de sangue e acima de cerca de 500 neutr0filos/μl de sangue. Em ainda várias modalidades, uma quantidade de um heparinoide, que interage com PF4, é administrada suficientemente para manter os níveis de neutrófilo acima de níveis, que indiquem neutropenia de grau 1 ou de grau 2. De um modo opcional, os métodos podem ainda compreender a administração, aditiva ao heparinoide que interage com PF4, de um ou mais agentes ou terapias, que sejam antineutropênicos, antitrombocitopênicos, anticoagulantes, ou que possuam uma outra atividade terapêutica. Em ainda algumas modalidades, os métodos compreendem ainda um outro estágio de administração de um regime de tratamento de paciente, tendo um efeito colateral mielossupressivo, ao paciente, cuja contagem de neutrófilos está acima de um nível, que contraindique uma tal terapia. De um modo opcional, a quantidade da dose e/ou a frequência do regime de tratamento do paciente podem ser ainda aumentadas. 5.5. Método para aumentar a eficácia de regimes de tratamento de paciente antineoplásticos
[0096] Foi descoberto que a administração aditiva de ODSH, um heparinoide que interage com PF4, aumenta a capacidade de regimes de tratamento antineoplásticos para inibir o crescimento de tumor. Tal como mostrado nos Exemplos 1 e 2 abaixo, a administração aditiva de ODSH resulta em uma maior inibição do crescimento de tumor em modelos de xenoenxerto de murino de câncer pancreático e ovariano, do que a administração ou de ODSH ou de um regime de tratamento quimioterapêutico isoladamente. Deste modo, em ainda um outro aspecto, são aqui providos métodos para aumentar a eficácia de um regime de tratamento antineoplástico. Os métodos compreendem a administração de uma quantidade terapeuticamente efetiva de um heparinoide, que interage com PF4, a um paciente em questão, como um aditivo a um regime de tratamento antineoplástico.
[0097] Os regimes de tratamento antineoplásticos são regimes de tratamento de pacientes, úteis no tratamento de câncer. Os regimes de tratamento antineoplásticos adequados incluem os regimes de tratamento quimioterapêuticos (incluindo a quimioterapia de indução e a quimioterapia de consolidação), regimes de tratamento de anticorpo, e as combinações dos mesmos, tal como descrito adicionalmente na Seção 5.1.1 acima.
[0098] O paciente a ser tratado pode ser qualquer animal, por exemplo um mamífero, de um modo preferido um ser humano. Em ainda certas modalidades, o paciente é um adulto. Em certas modalidades, o paciente é uma criança. Os pacientes a serem tratados são pacientes, que estejam em necessidade de um tratamento antineoplástico, de um modo particular pacientes que sofrem de, ou que são diagnosticados com, câncer. O câncer pode estar em qualquer órgão ou tecido, incluindo o câncer pancreático, câncer ovariano, câncer uterino, câncer de mama, câncer de mama metastático e câncer de mama resistente à quimioterapia (por exemplo, câncer de mama que é recorrente como uma reincidência, dentro de 6 meses de quimioterapia aditiva, com ou sem uma antraciclina), câncer de cabeça e de pescoço, câncer de bexiga, câncer urotelial, câncer de pulmão (que inclui o câncer de pulmão de célula não pequena), câncer colorretal, câncer gástrico, câncer esofágico, linfoma (incluindo os linfomas recorrentes, de Hodgkin, e de não Hodgkin), câncer de fígado, melanoma, câncer de próstata, osteossarcoma e leucemia (incluindo a leucemia mielógena aguda e a leucemia linfoblástica aguda pediátrica).
[0099] Os métodos aqui descritos são, de um modo particular, úteis para os cânceres, nos quais os níveis de PF4 são elevados, seja nas plaquetas ou no sangue. Deste modo, em ainda algumas modalidades, o paciente foi diagnosticado com um câncer, no qual os níveis de PF4 são elevados, ou nas plaquetas ou no sangue. Em ainda certas modalidades, o câncer é um câncer pancreático, câncer colorretal, osteossarcoma ou leucemia (incluindo a leucemia mielógena aguda e a leucemia linfoblástica aguda pediátrica).
[00100] Os heparinoides, que interagem com PF4, adequados para o uso nos métodos, são descritos abaixo na Seção 5.6. Em ainda uma modalidade exemplar, o heparinoide, que interage com PF4, é ODSH. Os modos adequados de administração e os regimes de dosagem são adicionalmente descritos abaixo, na Seção 5.8. As dosagens efetivas e as quantidades terapeuticamente efetivas do heparinoide, que interage com PF4, são adicionalmente descritas abaixo, na Seção 5.9. 5.6. Heparinoides que interagem com PF4
[00101] Os heparinoides para o uso nos métodos aqui descritos são heparinoides, que são capazes de interagir com PF4, e que contrabalançam a capacidade de PF4 de suprimir a produção de plaquetas e de neutrófilos. Tais como aqui usados, os heparinoides que interagem com PF4 incluem os heparinoides que se ligam a PF4 e os heparinoides que competem com PF4 para a ligação a células progenitoras na linhagem celular mieloide, por exemplo, os megacariócitos. Um ensaio específico para a ligação de um heparinoide a PF4 é provido em Joglekar et al., 2012, Thromb Haemost 107(4): 717-725, cuja descrição é incorporada a este, a título referencial. Em ainda algumas modalidades, um heparinoide, que interage com PF4, é um heparinoide que compete para a ligação a PF4 com uma heparina não fracionada, tal como determinado por um ensaio de competição, vide, por exemplo, Stringer et al., 1997, J. Biol. Chem. 272 (33) 20508- 20514, cuja descrição é incorporada a este, a título referencial.
[00102] Os heparinoides, que interagem com PF4, são polímeros de glicosaminoglicano lineares, constituídos de unidades de ácido idurônico e de glicosamina, alternadas ou repetidas, contendo substituições O-sulfato, N- sulfato, e N-acetila. De um modo preferido, os heparinoides, que interagem com PF4 para o uso nos métodos aqui descritos são polímeros tendo um peso molecular médio de pelo menos cerca de 8 kDa, por exemplo tendo um peso molecular médio em uma faixa de cerca de 8 kDa a cerca de 15 kDa. Em ainda certas modalidades, os heparinoides que interagem com PF4 possuem um peso molecular médio de mais do que cerca de 8 kDa. De um modo ainda mais preferido, os heparinoides que interagem com PF4 para o uso nos métodos aqui descritos possuem um peso molecular médio, que está situado em uma faixa de tamanho de a partir de cerca de 11 kDa a cerca de 13 kDa. O peso molecular dos heparinoides pode ser determinado através de cromatografia de exclusão de tamanho de alto desempenho, tal como é conhecido na arte. Vide, por exemplo, Lapierre et al., 1996, Glycobiology 6 (3): 355-366, à página 363; Fryer et al., 1997, J. Pharmacol. Exp. Ther. 282: 208-219, à página 209.
[00103] De um modo opcional, o heparinoide que interage com PF4 não causa a ativação de plaqueta e a trombocitopenia induzida por heparina (HIT), e é, deste modo, útil para tratar pacientes que estejam em risco de trombocitopenia induzida por heparina, incluindo os pacientes com anticorpos contra um complexo de PF4/heparina. Deste modo, em ainda várias modalidades, o heparinoide que interage com PF4 não dispara a ativação de plaqueta, que conduz à trombocitopenia induzida por heparina; a ativação de plaqueta pode ser ainda determinada por meio do uso de um ensaio de liberação de serotonina, tal como descrito na Pat. U.S. N° 7.468.358 e Sheridan et al., 1986, Blood 67: 27-30. Em ainda algumas modalidades, o heparinoide que interage com PF4 se liga à PF4 mas não é reconhecido pelos anticorpos do complexo anti-heparina-PF4, mesmo quando complexados com PF4.
[00104] Em ainda várias modalidades preferidas, o heparinoide que interage com F4 é substancialmente não anticoagulante. A atividade de anticoagulação pode ser então determinada por meio do uso de ensaios conhecidos na arte, por exemplo, tempo de tromboplastina parcial ativado (aPTT), tempo de protrombina, coagulação anti-Xa e ensaios amidolíticos. Vide, por exemplo, a Pat. U.S. N° 5.668.118, Exemplo IV; Fryer et al., 1997, J. Pharmacol. Exp. Ther. 282; 208- 219, à página 209; Rao et al., 2010, Am. J. Physiol. 299: C97-C110, à página 98; United States Pharmacopeial Convention 1995 (para ensaio anticoagulante e ensaio amidolítico USP).
[00105] Em ainda modalidades típicas, os heparinoides que interagem com PF4 são parcialmente dessulfatados. De um modo preferido, os heparinoides que interagem com PF4 são substancialmente dessulfatados na posição 2-O de um ácido a-L-idurônico (aqui referido como a “posição 2-O”) e/ou dessulfatados na posição 3-O de D-glicosamina-N- sulfato (6- sulfato) (aqui referido como a “posição 3-O”). Em ainda algumas modalidades, os heparinoides que interagem com PF4 são pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, ou pelo menos 99% dessulfatados na posição 2-O. Em ainda algumas modalidades preferidas, os heparinoides que interagem com PF4 são pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, ou pelo menos 99% dessulfatados na posição 3-O. Em ainda algumas modalidades referidas, os heparinoides que interagem com PF4 são pelo menos 99% dessulfatados na posição 3-O. Em ainda algumas modalidades, os heparinoides que interagem com PF4 são pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 99% dessulfatados na posição 2-O e na posição 3-O. Em ainda algumas modalidades preferidas, os heparinoides que interagem com PF4 são pelo menos 99% dessulfatados na posição 2-O e na posição 3-O.
[00106] Em ainda algumas modalidades típicas, o heparinoide que interage com PF4 compreende, de um modo substancial, D-glicosamina N- sulfatada e 6- O-sulfatada. Em ainda algumas modalidades, os carboxilatos nos açúcares do ácido a-L-idurônico do heparinoide que interage com PF4 estão substancialmente intatos.
[00107] Um heparinoide que interage com PF4 exemplar é heparina substancialmente 2-O, 3-O dessulfatada, aqui referida como ODSH. ODSH para o uso nos métodos acima descritos pode ser preparado a partir de heparina bovina ou porcina. Em ainda um método exemplar para a preparação de ODSH a partir de heparina porcina, o ODSH é sintetizado através de hidrólise alcalina fria de heparina intestinal porcina USP, que remove os sulfatos 2-O e 3-O, deixando os sulfatos N- e 6-O nos açúcares de D- glicosamina e os carboxilatos nos açúcares do ácido L-idurônico substancialmente intatos. Fryer, et al., 1997, J. Pharmacol. Exp. Ther., 282: 208-219. Por meio do uso deste método, o ODSH pode ser então produzido com um peso molecular médio de cerca de 11,7 ± 0,3 kDa.
[00108] Em contraste com a heparina não fracionada, o ODSH é substancialmente não anticoagulante: administrado a um paciente em uma dose, que é equivalente a uma dose totalmente anticoagulante de heparina não fracionada, o tempo de coagulação medido em um ensaio de aPTT não sendo maior do que 45 segundos, e de um modo típico em uma faixa superior à normal, em que o tempo de coagulação normal está situado em uma faixa de a partir de cerca de 27 a 35 segundos. Por comparação, a heparina não fracionada é administrada a um paciente em uma dose totalmente anticoagulante causando com que o tempo para a coagulação esteja situado em de cerca de 60 a cerca de 85 segundos em um ensaio de aPTT. Uma outra medida da atividade anticoagulante de ODSH é a sua atividade anti-Xa/mg (por exemplo, 1,9 ± 0,1 U/mg) e menos do que 2 U de antividade anti-IIa/mg (por exemplo, de 1,2 ± 0,1 U/mg) (comparar à heparina não fracionada, que possui uma atividade de 165- 190 U/mg em todos os três ensaios). Vide Rao et al., 2010, Am. J. Physiol. 299: C97- C110, página C101. Se um heparinoide é substancialmente não anticoagulante pode ser determinado por meio do uso dos ensaios acima. Além disso, o ODSH possui uma baixa atividade para antitrombina III (kd ~339 μM ou 4 mg/ml contra 1, 56 μm ou 22 μg/ml para heparina não fracionada), consistente com o baixo nível observado de atividade anticoagulante, medido tal como descrito em Rao et al., supra, à página C98.
[00109] Métodos para a preparação de heparina 2-O, 3-O dessulfatada podem ser encontrados, por exemplo, nas Patentes U.S. N°s 5.668.118, 5.912.237, e 6.489.311, e WO 2009/015183, cujos conteúdos, que são incorporados a este em sua totalidade, e nas Patentes U.S n°s 5.296.471, 5.969.100, e 5. 808.021. 5.7. Composições farmacêuticas e formas de dosagem unitárias
[00110] Em ainda modalidades típicas, o heparinoide que interage com PF4 deverá ser administrado sob a forma de uma formulação ou composição farmacêutica. As composições farmacêuticas, adequadas para a administração a pacientes podem ainda incluir, de um modo opcional, uma substância ativa e/ou agentes terapêuticos, tal como é conhecido na arte. Vide Remington: The Science and Practice of Pharmacy, 21a Ed. (2005), Lippinicott Williams & Wilkins, incorporado a este a título referencial. As formulações deverão, de um modo típico, incluir um ou mais veículos, excipientes, ou diluentes farmaceuticamente aceitáveis. Os veículos, excipientes e/ou diluentes específicos irão ainda depender do modo de administração desejado.
[00111] Em várias modalidades, as composições farmacêuticas estão sob a forma de uma composição fluida, não pirogênica, estéril.
[00112] As composições farmacêuticas podem ser ainda formuladas para a administração a pacientes através de uma variedade de vias, incluindo a via intranasal, através de inalação, intramuscular, intraperitonial, e parenteral, incluindo intravenosa ou subcutânea. As composições farmacêuticas podem ser ainda formuladas em volumes e concentrações adequados para a administração de bolo, para a infusão contínua, ou para a administração subcutânea.
[00113] As composições farmacêuticas podem, de um modo conveniente, ser apresentadas em formas de dosagem unitárias, que contêm uma quantidade predeterminada do heparinoide que interage com PF4. Em ainda várias modalidades, as formas de dosagem unitárias do heparinoide que interage com PF4 contêm de 1 mg a 1 g, ou de 5 mg a 500 mg de heparinoide que interage com PF4. 5.8. Modos de administração
[00114] Os heparinoides que interagem com PF4 podem ser administrados nos métodos aqui descritos através de uma variedade de vias, tal como acima citado. Nas modalidades presentemente preferidas, o heparinoide que interage com PF4 é administrado por via intravenosa, seja como um ou mais bolos, como uma infusão continua, ou como um ou mais bolos seguidos por infusão contínua.
[00115] Em ainda uma variedade de modalidades, o heparinoide que interage com PF4 é administrado durante um período de 1 dia a indefinidamente, durante um período de 1 semana a 6 meses, durante um período de 3 meses a 5 anos, durante um período de 6 meses a 1 ou 2 anos, ou os similares. De um modo opcional, a administração do heparinoide, que interage com PF4, é repetida; por exemplo, em ainda certas modalidades, o heparinoide que interage com PF4 é administrado uma vez ao dia, duas vezes ao dia, três vezes ao dia, quatro vezes ao dia, cinco vezes ao dia, a cada dois dias, a cada três dias, a cada cinco dias, uma vez por semana, uma vez a cada duas semanas, uma vez ao mês, em meses alternados, semianualmente, ou anualmente. Em ainda certas modalidades, o heparinoide que interage com PF4 é administrado em intervalos regulares, durante um período de várias semanas, seguido por um período de descanso, durante o qual nenhum heparinoide que interage com PF4 é administrado. Por exemplo, em ainda certas modalidades, o heparinoide, que interage com PF4, é administrado durante uma, duas, três, ou mais semanas, seguido por uma, duas, três, ou mais semanas sem a administração do heparinoide que interage com PF4. A administração repetida pode ser na mesma dose ou em doses diferentes. O heparinoide que interage com PF4 pode ser administrado em uma ou mais injeções de bolo, uma ou mais infusões, ou uma ou mais injeções de bolo, seguidas ou precedidas por infusão.
[00116] Em ainda algumas modalidades, nas quais o heparinoide que interage com PF4 é administrado, de um modo aditivo, a um regime de tratamento de paciente tendo um regime mielossupressivo, e/ou aditivamente à administração de um ou mais agente(s) ou terapia(s) adicional (ais) tendo atividade antitrombocitopênica, pró-trombopoiética, antineutropênica, e/ou pró-granulopoiética, o heparinoide que interage com PF4 é administrado em uma proximidade temporal, terapeuticamente efetiva para o regime de tratamento tendo um efeito colateral mielossupressivo e/ou um agente ou terapia adicional. A administração do heparinoide que interage com PF4 pode ser concorrente com (ao mesmo tempo), sequencial a (em um período de tempo diferente mas no mesmo dia, por exemplo, durante a mesma visita do paciente), ou uma administração separada de (em um dia diferente) do regime de tratamento do paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo ou um outro agente ou terapia. Em ainda várias modalidades, o heparinoide que interage com PF4, administrado de um modo aditivo, é administrado de um modo concorrente, sequencial e/ou separado do regime de tratamento do paciente tendo um efeito colateral mielossupressivo ou um outro agente ou terapia sendo administrado. Quando administrado de um modo sequencial ou separado, o heparinoide que interage com PF4 pode ser administrado antes, após, ou ambos, antes e após o outro tratamento.
[00117] Em modalidades, nas quais o heparinoide que interage com PF4 é administrado de um modo aditivo, o heparinoide que interage com PF4 pode ser administrado através da mesma ou de uma via diferente do que o outro tratamento, administrado em uma proximidade temporal. Em ainda várias modalidades, o heparinoide que interage com PF4 é administrado de um modo concorrente ou sequencial, através da mesma via. Por exemplo, em ainda certas modalidades, o heparinoide que interage com PF4 e o outro tratamento são administrados por via intravenosa, seja de um modo concorrente ou sequencial. De um modo opcional, como parte de um regime de tratamento, o heparinoide que interage com PF4 pode ser ainda administrado separadamente (em um dia diferente) do outro tratamento, através de uma via diferente, por exemplo, por via subcutânea. Em ainda modalidades específicas, o heparinoide que interage com PF4 é administrado, por via intravenosa, no mesmo dia, seja ao mesmo tempo (de um modo concorrente), em um período de tempo diferente (sequencialmente), ou ambos de um modo concorrente e sequencial com o outro tratamento, e é também administrado, por via subcutânea, em um ou mais dias, quando o paciente não estiver recebendo o outro tratamento. Em ainda várias modalidades, o heparinoide, que interage com PF4, é administrado de um modo concorrente ou sequencial, através de uma via diferente. De um modo opcional, como parte de um regime de tratamento, o heparinoide, que interage com PF4, pode ser ainda administrado separadamente (em um dia diferente) do outro tratamento, através da mesma ou de uma via diferente, do que aquela pela qual o outro tratamento está sendo administrado.
[00118] Em ainda uma outra modalidade, o heparinoide, que interage com PF4, é administrado nos dias 1, 8 e 15 de um ciclo de quimioterapia de 28 dias, como um bolo inicial, seguido por uma infusão contínua de 48 horas. O curso do tratamento pode ainda incluir a administração de um ou mais agentes quimioterapêuticos, de um modo sequencial, antes ou após o heparinoide que interage com PF4. De um modo opcional, o heparinoide, que interage com PF4, é administrado, por via subcutânea, no dia 21 e/ou um, várias ou todos os dias 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26 e 27. 5.9. Dosagens efetivas
[00119] O heparinoide que interage com PF4 é administrado ao paciente em uma quantidade suficiente ou efetiva, de um modo a que seja provido um benefício terapêutico, isto é, uma quantidade terapeuticamente efetiva. A quantidade terapeuticamente efetiva depende do benefício que é buscado - por exemplo, a atenuação dos efeitos colaterais mielossupressivos, tais que a trombocitopenia e a neutropenia e/ou a promoção de trombopoiese, e/ou a promoção de granulopoiese, e/ou o aumento do efeito antineoplástico.
[00120] Nos métodos, nos quais o heparinoide que interage com PF4 é administrado para atenuar um efeito colateral mielossupressivo de um regime de tratamento do paciente, uma quantidade mieloprotetora do heparinoide que interage com PF4 é administrada, ou seja, uma quantidade suficiente, em modalidades típicas, de um modo a que seja alcançado um ou mais dos seguintes, quando comparados a dados históricos sobre um regime de tratamento do paciente idêntico, sem a administração aditiva do heparinoide que interage com PF4: (a) a trombocitopenia é melhorada em pelo menos um grau (por exemplo, a partir do grau 4 para o grau 3, 2, 1 ou 0; do grau 3 para o grau 2, 1 ou 0; do grau 2 para o grau 1 ou 0; ou do grau 1 para o grau 0); (b) a contagem de plaquetas é aumentada em pelo menos 10%, pelo menos 20%, pelo menos 30%, pelo menos 40%, pelo menos 50%, pelo menos 100%, pelo menos 200%; (c) a contagem de plaquetas é aumentada em pelo menos 5.000, pelo menos 10.000, pelo menos 15.000, pelo menos 20.000, pelo menos 25.000, pelo menos 30.000 plaquetas por μl de sangue; (d) a neutropenia é melhorada em pelo menos um grau (por exemplo, do grau 4 para o grau 3, 2, 1 ou 0; do grau 3 para o grau 2, 1, ou 0; do grau 2 para o grau 1 ou 0; ou do grau 1 para o grau 0); (f) a contagem de neutrófilos absoluta é aumentada em pelo menos 10%, pelo menos 20%, pelo menos 30%, pelo menos 40%, pelo menos 50%, pelo menos 100%, pelo menos 200%; (d) a contagem de neutrófilos aumentou em pelo 500, pelo menos 1000, pelo menos 1500, pelo menos 2000, pelo menos 2500, pelo menos 3000 neutrófilos por μl de sangue.
[00121] Em ainda modalidades particulares, uma quantidade de heparinoide, que interage com PF4, é administrada suficientemente para que sejam alcançados um ou mais dos efeitos acima descritos, quando comparados a níveis de pré-tratamento.
[00122] Nos métodos, nos quais o heparinoide, que interage com PF4, é administrado para promover a trombopoiese, uma quantidade trombopoieticamente efetiva de um heparinoide, que interage com PF4, é, em modalidades típicas, uma quantidade efetiva para causar um aumento mensurável em uma contagem de plaquetas do paciente, quando comparada a níveis de pré-tratamento.
[00123] Em ainda métodos, nos quais o heparinoide, que interage com PF4, é administrado de um modo a promover uma produção de neutrófilos, uma quantidade granulopoieticamente efetiva de um heparinoide, que interage com PF4, é, em modalidades típicas, uma quantidade efetiva para causar um aumento mensurável em uma contagem de neutrófilos absoluta do paciente, quando comparada a níveis de pré- tratamento.
[00124] Em métodos, nos quais o heparinoide, que interage com PF4, é administrado de um modo a aumentar a eficácia de um regime de tratamento antineoplástico, uma quantidade terapeuticamente efetiva de um heparinoide que interage com PF4 é uma quantidade efetiva ou suficiente para que seja provido um benefício terapêutico. No contexto do aumento da eficácia de um regime de tratamento antineoplástico, em várias modalidades, um benefício terapêutico é o de que sejam alcançados um ou mais dos seguintes: detenção ou retardo do crescimento de tumores, redução do tamanho e/ou do número de tumores dentro de um paciente, aumento da expectativa de vida, redução nos efeitos colaterais constitucionais do tratamento antineoplástico (por exemplo, perda de peso, perda de apetite, náusea, vômitos, fadiga), permitindo a redução na dosagem e na frequência de dosagem do regime de tratamento antineoplástico sem eficácia reduzida, e/ou melhorando a qualidade de vida do paciente. Uma cura completa, quando desejável, não é requerida para que o benefício terapêutico exista. Em ainda alguns contextos, um benefício terapêutico pode estar correlacionado com um ou mais pontos terminais substitutivos, de acordo com o conhecido daquele de habilidade ordinária na arte. A título de exemplo, e não limitativo, o aumento da eficácia de um regime de tratamento antineoplástico pode ser medido in vivo. Ensaios in vivo exemplares para medir a inibição do crescimento do tumor são descritos abaixo para dois cânceres diferentes e para dois regimes de tratamento antineoplásticos diferentes nos Exemplos 1 e 2 abaixo.
[00125] A quantidade de heparinoide, que interage com PF4, irá depender de vários fatores, que incluem se o paciente é trombocitopênico e/ou neutropênico, a severidade de quaisquer tais trombocitopenia e/ou neutropenia, se o heparinoide que interage com PF4 está sendo administrado, de um modo aditivo, a um regime de tratamento do paciente, e a idade e a condição do paciente sendo tratado, dentre outros. A dosagem apropriada pode ser prontamente determinada por aquele versado na arte. Na prática, um médico deverá determinar as dosagens apropriadas a serem usadas. Esta dosagem pode ser então repetida, com tanta frequência quanto apropriado. A quantidade e/ou a frequência da dosagem podem ser alteradas, aumentadas, ou reduzidas, dependendo da resposta do paciente e de acordo com a prática clínica convencional. A dosagem apropriada e o regime de tratamento podem ser ainda estabelecidos através da monitoração do progresso da terapia, por meio do uso de técnicas convencionais, conhecidas daqueles habilitados na arte.
[00126] Em ainda algumas modalidades, o heparinoide, que interage com PF4, é administrado em uma dose ou quantidade por quilograma do peso corpóreo do paciente, em uma faixa de cerca de 1 mg/kg a cerca de 25 mg/kg para doses de bolo intravenosas, e de cerca de 0,1 mg/kg/hora a cerca de 2,5 mg/kg/hora para infusões intravenosas. Em ainda uma modalidade específica, o heparinoide que interage com PF4 é administrado como um bolo intravenoso, em uma dose de cerca de 4 mg/kg, opcionalmente seguido por uma infusão intravenosa de heparinoide que interage com PF4, em uma dose de cerca de 0,375 mg/kg/hora durante 48 horas. Em ainda modalidades típicas, uma dose de bolo é administrada durante menos do que um minuto, durante cerca de um minuto, durante cerca de 2 minutos, cerca de 3 minutos, cerca de 4 minutos, ou cerca de 5 minutos. Para a administração subcutânea, o heparinoide que interage com PF4 pode ser administrado em doses, que estão em uma faixa de a partir de cerca de 25 mg a cerca de 400 mg, em volumes de 2,0 ml ou menos, por sítio de injeção.
[00127] Composições farmacêuticas do heparinoide que interage com PF4 podem ser formuladas em uma quantidade, que permita a administração intravenosa de bolo e/ou a infusão intravenosa contínua, em tais doses. Em ainda uma modalidade, a composição farmacêutica compreende o heparinoide que interage com PF4 em um frasco estéril, em uma concentração de 50 mg/ml. Quando formuladas para a administração subcutânea, as composições farmacêuticas podem ainda conter o heparinoide que interage com PF4 em uma faixa de concentração de a partir de 50 mg/ml a 350 mg/ml, adequada para a administração em doses em uma faixa de a partir de 25 a cerca de 400 mg, em volumes de 2,0 ml, ou menos, por sítio de injeção. 6. EXEMPLOS 6.1. Exemplo 1: ODSH, um heparinoide que interage com PF4, aumenta a eficácia de gencitabina em um modelo de xenoenxerto de murino IN VIVO de câncer pancreático humano e demonstra um efeito antineoplástico quando administrado isoladamente
[00128] Este experimento demonstra que a administração aditiva de ODSH aumenta a eficácia de gencitabina contra tumores pancreáticos humanos, que crescem como xenoenxertos em camundongos nus atímicos, e demonstra que ODSH inibe o crescimento de tumor quando administrado isoladamente.
[00129] Materiais & Métodos. Os compostos testados no experimento foram tais como se seguem. ODSH foi produzido por Pyramid Laboratoires, Inc. (Costa Mesa, CA). ODSH foi provido como uma concentração de massa de 50 mg/ml e armazenado em temperatura ambiente até o uso. ODSH foi então diluído em uma solução de NaCl a 0,9% (B. Braun Medical Inc., Irvine, CA) a uma concentração de 2,4 mg/ml, de um modo a fornecer 24 mg/kg, em um volume de dose de 10 ml/kg, quando administrado por via intravenosa. Uma concentração de 4,8 mg/ml foi então formulada, de um modo a que fosse fornecida uma dose de 24 mg/kg em um volume de dose de 5 ml/kg, quando administrada por via intravenosa. ODSH foi formulado fresco, antes de cada dose.
[00130] Os agentes quimioterapêuticos oxaliplatina, gencitabina, e nab-paclitaxel foram também testados. Oxiplatina foi manufaturada por Sanofi-Aventis (Bridgewater, NJ) e diluída em uma solução de NaCl a 0,9%, em uma concentração de 1 mg/ml, de um modo a fornecer 10 mg/kg, em um volume de dose de 10 ml/kg. Gencitabina foi manufaturada por Eli Lully and Co. (Indianopolis, IN) e diluída em uma solução de NaCl a 0,9%, a uma concentração de 8 mg/ml, de um modo a fornecer 80 mg/kg, em um volume de dose de 10 ml/kg. Nab-paclitaxel foi manufaturado por Abraxis BioScience LLC (Bridgewater, NJ) e diluído em uma solução de NaCl a 0,9%, a uma concentração de 1,5 mg/ml, de um modo a fornecer 15 mg/kg, em um volume de dose de 10 ml/kg. Todas as preparações de agente convencionais foram produzidas frescas, antes de sua administração.
[00131] Células BxPC-3 foram obtidas e preparadas como se segue. A linhagem celular de tumor do pâncreas BxPC-3 foi recebida de American Type Culture Collection (ATCC, Manassas, VA). As culturas foram então mantidas em um meio RPMI 1640 (Hyclone, Logan, UT) suplementadas com 5% de soro bovino fetal. As células foram então alojadas em uma atmosfera de 5% de CO2. As culturas foram então expandidas em frascos de cultura de tecido em uma razão de divisão de 1:3, até que uma quantidade suficiente de células tivesse sido coletada.
[00132] Todos os experimentos foram conduzidos em camundongos nus atímicos fêmeas (Hsd:Athymic Nue-Foxn1nu) suprido por Harlan (Indianapolis, IN). Os camundongos foram recebidos com quatro semanas de idade, 12-15 gramas de peso, e foram então aclimatados durante sete dias, antes da manipulação. Os camundongos foram então alojados em gaiolas de microisolamento (Lab Products, Seaford, DE) e mantidos sob condições isentas de patógeno específicas. Todos os procedimentos foram então executados sob normas institucionais apropriadas para o cuidado animal.
[00133] Modelo de Xenoenxerto de Tumor do Pâncreas Humano: Camundongos nus atímicos fêmeas por condição de tratamento foram então inoculados, por via subcutânea, no flanco direito, com 0,1 ml de uma mistura de 50% de RPMI 1640/50% de MatrigelTM (BD Biosciences, Bedford, MA) contendo uma suspensão de células de tumor BxPC-3 (aproximadamente 5 x 106 células/camundongo).
[00134] Sete dias seguindo-se à inoculação, os tumores foram então medidos por meio do uso de compasso de calibre e o peso do tumor foi então calculado por meio do uso de software de controle de estudo animal, Study Director V.1.7.54k (Study Log). Vide Britten CD, et al. “Enhanced antitumor activity of 6-hydroxymethylacylfulvene in combination with irinotecan and 5- fluorouracil in the HT29 human colon tumor xenograft model”, Cancer Res 59: 1049 - 1053, 1999. Oitenta camundongos com tamanhos de tumor de 93172 mg foram colocados em oito grupos de dez camundongos através de equilíbrio aleatório (Dia 1). Os pesos corpóreos foram registrados quando os camundongos foram distribuídos aleatoriamente e foram tomados, duas vezes por semana, depois disso, em conjunção com as medições de tumor, em cada um dos Dias 1, 4, 8, 11, 15, 18, 22, 26, 30, 33 e 36.
[00135] ODSH, um controle de veículo (solução de NaCl a 0,9%, referida como a solução salina), oxaliplatina, gencitabina, e nab-paclitaxel foram então administrados de acordo com o regime de dosagem descrito na Tabela 1. O estudo foi terminado quando o veículo de controle alcançou um ponto terminal de 1500 mg, no Dia 36. A Tabela 1, abaixo, provê detalhes adicionais sobre os oito grupos de tratamento. Tabela 1
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Os agentes foram administrados por uma das três vias: intravenosa (IV), subcutânea (SC), ou intraperitonial (IP).
[00136] O tratamento para os Grupos 7 e 8 foi interrompido no Dia 8, devido a efeitos adversos, resultantes do tratamento. A via de dosagem de ODSH foi modificada a partir de intravenosa para subcutânea no Dia 12, como um resultado da intumescência e contusão da cauda. Gemcitabina e nab-paclitaxel foram introduzidos no regime de dosagem dos Grupos 3 e 5 no Dia 26.
[00137] Os dados e as análises estatísticas foram efetuados como se segue. A inibição do crescimento de tumor média (TGI) foi calculada por meio da utilização da Fórmula A abaixo (as mortes não foram incluídas nos cálculos de TGI). Os cálculos de TGI foram realizados comparando os pesos do tumor do Dia 26 com o Dia 1, que captura os dados antes da adição de gencitabina e nab-paclitaxel a vários grupos, e o Dia 36 (dia final do estudo) com o Dia 1. Fórmula A:
Figure img0002
[00138] Todas as análises estatísticas no estudo de xenoenxerto foram efetuadas com o software GraphPad Prism® v4. As diferenças entre os pesos do tumor no Dia 26 e no Dia 36 foram confirmadas usando a Análise de Variância (ANOVA) com o Teste de Comparação Múltiplo de Tukey.
[00139] Resultados. Os efeitos antitumor de ODSH administrado como um agente único ou em várias combinações com um ou mais de oxaliplatina, gencitabina, e nab-paclitaxel foram avaliados.
[00140] Os pesos do tumor registrados para os grupos de tratamento experimental 1 a 8 são providos abaixo nas Tabelas 2 a 9. Vide também a FIGURA 1. Tabela 2
Figure img0003
*: ODSH dosado por via intravenosa nos Dias 1-11; por dose subcutânea nos Dias 12 até o final Tabela 3
Figure img0004
*: ODSH dosado por via intravenosa nos Dias 1-11; por dose subcutânea nos Dias 12 até o final Tabela 4
Figure img0005
A: Iniciando no Dia 26, os grupos 3 e 5 foram retirados do regime de dosagem inicial e o seguinte regime de dosagem foi iniciado: Gr. 3: Gemcitabina (80 mg/kg IP, Q 3 x 4 iniciando no Dia 26 + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no dia 26 Gr 5: ODSH (24 mg/kg, BID IV) + Gemcitabina (80 mg /kg IP, Q 3 x 4 iniciando no Dia 26) + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no dia 26). Tabela 5
Figure img0006
Tabela 6
Figure img0007
A: Iniciando no Dia 26, os grupos 3 e 5 foram retirados do regime de dosagem inicial e o seguinte regime de dosagem foi iniciado: Gr. 3: Gemcitabina (80 mg/kg IP, Q 3 x 4 iniciando no Dia 26) + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no Dia 26) Gr 5: ODSH (24 mg/kg, BID IV) + Gemcitabina (80 mg /kg IP, Q3d x 4 iniciando no Dia 26) + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no dia 26). *: ODSH dosado por via intravenosa nos Dias 1-11; dosado por via subcutânea nos Dias 12 até o final MS = Sacrifício do Moribundo FD = Encontrado Morto Tabela 7
Figure img0008
*: ODSH dosado por via intravenosa nos Dias 1-11; dosado por via subcutânea nos Dias 12 até o final Tabela 8
Figure img0009
MS = Sacrifício de Moribundo FD = Encontrado Morto Tabela 9
Figure img0010
FD = Encontrado Morto MS = Sacrifício de Moribundo A: ODSH dosado por via intravenosa nos Dias 1-11; dosado por via subcutânea nos Dias 12 até o final A: Iniciando no Dia 26, os grupos 3 e 5 foram retirados do regime de dosagem inicial e o seguinte regime de dosagem foi iniciado: Gr 3: Gemcitabina (80 mg/Kg IP, Q 3 x 4 iniciando Dia 26) + Nab- paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana iniciando no Dia 26) Gr. 5: ODSH (24 mg/kg, BID IV) + Gemcitabina (80 mg/kg IP, Q 3 d x 4 iniciando Dia 26) + Nab- paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no dia 26)
[00141] As Tabelas 10 a 13 abaixo mostram os pesos corpóreos registrados para os grupos de tratamento 1 a 8, ao longo do curso do experimento. Vide também a FIG. 3. Tabela 10
Figure img0011
*: ODSH dosado intravenosamente nos Dias 1-11; dosado subcutaneamente nos Dias 12 até o final. Tabela 11
Figure img0012
A: Iniciando no Dia 26, os grupos 3 e 5 foram retirados do regime de dosagem inicial e os seguintes regimes de dosagem foram iniciados: Gr. 3: Gemcitabina (80 mg/kg IP, Q 3d x 4 iniciando Dia 26) + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no Dia 26) Gr. 5: ODSH (24 mg/kg, BID IV) + Gemcitabina (80 mg/kg IP, Q3d x 4 iniciando no Dia 26) + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no dia 26)*:/ODSH dosado intravenosamente nos Dias 1-11; dosado subcutaneamente nos Dias 12 até o final. Tabela 12
Figure img0013
A: Iniciando no Dia 26, os grupos 3 e 5 foram retirados do regime de dosagem inicial e os seguintes regimes de dosagem foram iniciados: Gr. 3: Gemcitabina (80 mg/kg IP, Q 3d x 4 iniciando Dia 26) + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no Dia 26) Gr. 5: ODSH (24 mg/kg, BID IV) + Gemcitabina (80 mg/kg IP, Q3d x 4 iniciando no Dia 26) + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no dia 26)*:/ODSH dosado intravenosamente nos Dias 1-11; dosado subcutaneamente nos Dias 12 até o final Tabela 13
Figure img0014
A: Iniciando no Dia 26, os grupos 3 e 5 foram retirados do regime de dosagem inicial e os seguintes regimes de dosagem foram iniciados: Gr. 3: Gemcitabina (80 mg/kg IP, Q 3d x 4 iniciando Dia 26) + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no Dia 26) Gr. 5: ODSH (24 mg/kg, BID IV) + Gemcitabina (80 mg/kg IP, Q3d x 4 iniciando no Dia 26) + Nab-paclitaxel (15 mg/kg IV, 2 x por semana, iniciando no dia 26)*: /ODSH dosado intravenosamente nos Dias 1-11; dosado subcutaneamente nos Dias 12 até o final
[00142] A eficácia foi determinada através da comparação dos pesos do tumor no Dia 26 e 36, contra o Dia 1. O Dia 26 foi selecionado de um modo a que os dados fossem avaliados antes da adição de gencitabina e nab- paclitaxel aos grupos 3 e 5. O Dia 36 foi determinado como o último dia do estudo.
[00143] As Tabelas 14 e 15, abaixo, mostram o peso do tumor e a inibição do crescimento do tumor percentual (% de TGI) para todos os grupos de tratamento em relação ao Grupo 1 (grupo de controle de veículo) no Dia 26 e no Dia 36. Vide também a FIGURA 1 e a FIGURA 2. Tabela 14
Figure img0015
1 Tratamento administrado até o Dia 26 2Mortes totais no ou antes do Dia 26 Tabela 15:
Figure img0016
1 Tratamento administrado até o Dia 35 2 Mortes totais no ou antes do Dia 36
[00144] O peso do tumor médio no grupo de controle de veículo (Grupo 1) alcançou 679,8 mg no Dia 26 e 1524,2 mg no Dia 36. Seis dos dez tumores demonstraram algum nível de necrose; no entanto, isto é atribuído à progressão normal deste modelo de xenoenxerto de tumor. A necrose do tumor foi primeiramente observada no Dia 30. Uma perda de peso máxima de 3,6% foi observada no Dia 15. Os camundongos recuperaram o seu peso no Dia 26. Dois dos dez camundongos demonstraram caudas ligeiramente contundidas, primeiramente observadas no Dia 11.
[00145] O peso médio do tumor no grupo que recebeu ODSH em 24 mg/kg (Grupo 2) alcançou 616,2 mg no Dia 26 e 1270,1 mg no Dia 36. Este tratamento resultou em uma TGI de 11,5% no Dia 26 e de 18,2% no Dia 36, em relação ao Dia 1. Nenhuma diferença significativa no peso do tumor foi observada no Dia 26, quando comparada ao controle de veículo, no entanto, no Dia 26, uma diferença significativa no peso do tumor foi então observada, no Grupo 2, em relação ao grupo de controle de veículo. Três dos dez tumores demonstraram algum nível de necrose; no entanto, isto é atribuído à progressão normal deste modelo de xenoenxerto de tumor. A necrose de tumor foi primeiramente observada no Dia 30. Uma perda de peso máxima de 2,7% foi então alcançada no Dia 11. O camundongo recuperou o seu peso no Dia 22. Todos os dez camundongos neste grupo demonstraram contusão das caudas ou do abdômen, no sítio de injeção. Isto foi primeiramente observado no Dia 8 para as caudas e no Dia 15 para os abdomens. Um dos dez camundongos também demonstrou a intumescência da cauda, primeiramente observada no Dia 11.
[00146] Oxaliplatina 10 mg/kg ou gencitabina 80 mg/kg e nab- paclitaxel 15 mg/kg (Grupo 3): O regime inicial de oxaliplatina isoladamente alcançou um peso médio de tumor de 635,0 mg no Dia 26, antes da adição de gencitabina e de nab-paclitaxel ao regime de dosagem. Este grupo produziu uma TGI de 8,0% no Dia 26, quando comparado ao controle do veículo. Nenhuma diferença significativa no peso do tumor no Dia 26 foi observada quando comparada ao controle do veículo. Um camundongo exibiu uma cauda contundida, primeiramente observada no Dia 11. Três dos dez tumores demonstraram algum nível de necrose; no entanto, isto é atribuído à progressão normal deste modelo de xenoenxerto de tumor. A necrose do tumor foi primeiramente observada no Dia 26.
[00147] Seguindo-se à coleta de dados no Dia 26, o regime de tratamento combinado de gencitabina e de nab-paclitaxel foi então iniciado. Este regime demonstrou ser tóxico, seguindo-se ao tratamento isolado de oxaliplatina inicial. Nenhum dado de eficácia poderia ser relatado para a combinação tripla.
[00148] Gemcitabina 80 mg/kg (Grupo 4) alcançou um peso de tumor médio de 594,7 mg no Dia 26 e de 1288,8 mg no Dia 36. Este tratamento resultou em uma TGI de 15,3% no Dia 26 e de 16,8% no Dia 36, quando comparado ao controle do veículo. Nenhuma diferença significativa no peso do tumor foi observada no Dia 26 ou no Dia 36, quando comparada ao controle do veículo. Quatro dos dez tumores demonstraram algum nível de necrose; no entanto, isto é atribuído à progressão normal deste modelo de xenoenxerto de tumor. A necrose do tumor foi primeiramente observada no Dia 26. Uma perda de peso máxima de 8,7% foi então alcançada no Dia 11. O camundongo recuperou o seu peso no Dia 18.
[00149] ODSH 24 mg/kg e oxaliplatina 10 mg/kg ou ODSH 24 mg/kg, gencitabina 80 mg/kg, e nab-paclitaxel 15 mg/kg (Grupo 5); A combinação do tratamento inicial de ODSH e oxaliplatina alcançou um peso de tumor médio de 586,6 mg no Dia 26. Este tratamento resultou em uma TGI de 16, 7% no Dia 26, quando comparado ao controle do veículo. Nenhuma diferença significativa no peso do tumor foi observada no Dia 26, quando comparada ao controle do veículo, ODSH (Grupo 2), ou oxaliplatina (Grupo 3). Todos os dez camundongos neste grupo demonstraram uma contusão aumentada nas caudas ou no abdômen, no sítio de injeção. Isto foi primeiramente observado no Dia 4 para as caudas e no Dia 15 para os abdomens. Dois dos dez camundongos também demonstraram a intumescência da cauda, primeiramente observada no Dia 4. Três dos dez camundongos demonstraram alguma descoloração da pele, primeiramente observada no Dia 11.
[00150] A combinação tripla de ODSH, gencitabina, e nab-paclitaxel, iniciada no Dia 26, resultou em uma toxicidade aumentada, seguindo-se ao regime de tratamento inicial de ODSH e oxaliplatina. Nenhuma análise estatística poderia ser efetuada no Dia 36, devido ao fato de que apenas um camundongo permaneceu neste grupo até o Dia 36 com um tamanho de tumor de 827,5 mg (TGI = 51,4%).
[00151] ODSH 24 mg/kg e gencitabina 80 mg/kg (Grupo 6) alcançou um peso de tumor médio de 508,9 mg no Dia 26 e de 993,9 mg no Dia 36. Este tratamento resultou em uma TGI de 30,7% no Dia 26 e de 37,9% no Dia 36, quando comparada ao controle do veículo. Nenhuma diferença significativa no peso do tumor foi observada no Dia 26, quando comparada ao controle do veículo, ODSH (Grupo 2), ou gencitabina (Grupo 4). Um decréscimo significativo no peso do tumor foi então observado no Dia 36 (P < 0,05) quando comparado ao veículo do controle; no entanto, nenhuma diferença significativa nos pesos dos tumores resultou quando comparada a ODSH (Grupo 2) ou a gencitabina (Grupo 4). Um dos dez tumores apresentou algum nível de necrose; no entanto, isto é atribuído à progressão normal deste modelo de xenoenxerto de tumor. A necrose do tumor foi primeiramente observada no Dia 30. Uma perda de peso máxima de 13,4% foi então alcançada no Dia 11. Os camundongos recuperaram o seu peso no Dia 22. Todos os dez camundongos neste grupo demonstraram contusão das caudas ou do abdômen, no sítio de injeção. Isto foi primeiramente observado no Dia 4 para as caudas e no Dia 15 para os abdomens. Dois dos dez camundongos também demonstraram uma intumescência da cauda, primeiramente observada no Dia 4. Um dos dez camundongos demonstrou a descoloração da pele, primeiramente observada no Dia 9. Dois dos dez camundongos demonstraram pele seca, primeiramente observada no Dia 9.
[00152] Oxaliplatina 10 mg/kg e gencitabina 80mg /kg (Grupo 7) alcançaram um peso de tumor médio de 612,4 no Dia 26 e de 1227,7 mg no Dia 36. Este grupo produziu uma TGI de 15, 5% no Dia 26 (n= 3) e de 22, 5% no Dia 36 (n= 3), quando comparado ao controle do veículo. Nenhuma diferença significativa no peso do tumor foi observada no Dia 26, quando comparada com o controle do veículo, oxaliplatina (Grupo 3), ou gencitabina (Grupo 4). Nenhuma diferença significativa no peso do tumor foi observada no Dia 36, quando comparada ao controle do veículo de gencitabina (Grupo 4). Um dos dez tumores apresentou algum nível de necrose; isto é atribuído à progressão natural do modelo de xenoenxerto. A necrose do tumor foi primeiramente observada no Dia 30. Uma perda de peso máxima de 16,6% foi então alcançada no Dia 8. Os camundongos recuperaram o seu peso no Dia 15, seguindo-se à cessação do tratamento com gencitabina. Este regime de tratamento comprovou ser tóxico. Os camundongos foram encontrados mortos nos Dias 10, 1 1 e 14 e os moribundos sacrificados nos Dias 11 e 12. Dois dos dez camundongos neste grupo apresentaram contusão nas caudas. Isto foi primeiramente observado no Dia 4.
[00153] ODSH 24 mg/kg, oxaliplatina 10 mg/kg, e gencitabina 80 mg/kg (Grupo 8) não puderam ser avaliados quanto à eficácia, devido à toxicidade do regime produzida pelas doses de oxaliplatina e gencitabina.
[00154] O tratamento com ODSH isoladamente foi bem tolerado, embora alguma contusão e intumescência tivesse ocorrido no sítio das injeções. Deste modo, a via de dosagem foi alterada para a injeção subcutânea no Dia 12. Os tratamentos combinados de ODSH e de gencitabina e de ODSH e oxaliplatina foram tolerados. De um modo inverso, os regimes de combinação de tratamento, que incluíram gencitabina com oxaliplatina ou gencitabina e nab-paclitaxel resultaram em toxicidade.
[00155] A combinação de ODSH e de gencitabina resultou na melhor eficácia no Dia 26 e no Dia 36. Em ambos os dias de comparação, a combinação de ODSH e de gencitabina resultou em pesos de tumor notavelmente mais baixos do que com gencitabina isoladamente. Os pesos de tumor dos camundongos tratados com ODSH e com gencitabina foram estatisticamente significativamente mais baixos do que os pesos de tumor no grupo de controle (solução salina isoladamente) no Dia 36. Vide FIGURA 2.
[00156] A adição, no Dia 26 do estudo, de gencitabina e de nab- paclitaxel ao regime de oxaliplatina nos Grupos 3 e 5 demonstrou uma severa toxicidade, o que conduziu à morte de muitos animais. Não está claro se estas toxicidades foram devidas ao tratamento combinado com oxaliplatina, gencitabina e nab-paclitaxel, ou se à toxicidade residual, relacionada à administração de oxaliplatina. 6.2. Exemplo 2: ODSH, um heparinoide que interage com PF4, aumenta a eficácia de carboplatina em um modelo de xenoenxerto de murino IN VIVO de câncer ovariano humano
[00157] Este exemplo demonstra que a administração aditiva de ODSH aumenta a eficácia de carboplatina contra tumores ovarianos humanos, que crescem como xenoenxertos em camundongos nus atímicos.
[00158] Materiais & métodos. ODSH (concentração de massa de 50 mg/ml) foi produzido por Pyramid Laboratoires, Inc., e armazenado, em temperatura ambiente, até o uso. Tal como descrito abaixo, ODSH foi administrado ou por via intravenosa (IV), em uma dose de 48 mg/kg e em um volume de 10 ml/kg, ou por via subcutânea (SC) em uma dose de 24 mg/kg e em um volume de 5 ml/kg. A carboplatina obtida a partir de um fornecedor clínico foi então armazenada a 4°C até o uso. A carboplatina foi então administrada através de injeção intraperitonial (IP), em uma dose de 80 mg/kg e em um volume de 10 ml/kg. Uma solução salina (NaCl a 0,9%) foi então usada como o controle do veículo para ODSH e administrada através das mesmas vias e dos mesmos volumes que o ODSH.
[00159] A linhagem celular de câncer ovariano humano A 2780 foi usada nos experimentos de xenoenxerto de murino, tal como se segue. Aproximadamente 5 x 106 células A2780 foram usadas por camundongo, injetadas por via subcutânea ao interior do flanco direito, em 0,1 ml de 50% de Matrigel/50% de meio. O estudo foi então iniciado quando os tumores alcançaram um tamanho de 90-130 mg. 40 camundongos foram então usados, 10 por regime de tratamento. Os camundongos eram camundongos fêmeas atímicos normais, com idade de 6-7 semanas, alojados em gaiolas de microisolamento e mantidos sob condições isentas de patógeno. Os pesos do tumor e do corpo foram medidos três vezes por semana.
[00160] ODSH, oxaliplatina, e o controle do veículo (NaCl a 0,9%) foram administrados de acordo com a programação de dosagem descrita na tabela abaixo. Quatro grupos de tratamento foram estudados. Tabela A: Regimes de tratamento
Figure img0017
* IV = intravenoso, SC = subcutâneo, IP= intraperitonial
[00161] Resultados. Tal como mostrado na FIGURA 4, o ODSH não reduz ou contrabalança o efeito antineoplástico de carboplatina. Pelo contrário, a administração aditiva de ODSH com carboplatina (FIGURA 4, triângulos) causou uma redução significativa nos pesos dos tumores de células de câncer ovarianas humanas, tais que comparados à redução nos pesos do tumor, observados em camundongos, que recebem apenas carboplatina (FIGRA 4, quadrados). Além disso, os camundongos tratados com ODSH, em adição à carboplatina, obtiveram um aumento no peso corpóreo, comparados a camundongos que receberam apenas a carboplatina. Vide FIGURA 6, triângulos contra quadrados. Deste modo, o ODSH não apenas aumentou a eficácia de carboplatina, mas também contribuiu para a melhora dos pesos corpóreos, o que é indicativo de um efeito positivo nos efeitos colaterais constitucionais (por exemplo, perda de apetite, perda de peso) frequentemente observados em regimes de tratamento quimioterapêuticos.
[00162] Os pesos de tumor registrados (em mg) para os camundongos nos grupos experimentais 1 a 4 são providos nas tabelas abaixo. Os pesos de tumor foram medidos nos dias 1, 4, 6, 8, 11, 14, 18, 21, 25, e 28, tal como indicado. Tabela:
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Figure img0019
FD = Encontrac TS = Sacrifício o Morto Terminal
[00163] Os pesos corpóreos individuais registrados (em gramas) para os camundongos nos grupos de tratamento experimental 1 a 4 são providos nas tabelas abaixo. Os pesos corpóreos são medidos nos dias 1, 4, 6, 8, 11, 14, 18, 21, 15 e 28, tal como indicado.
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Figure img0021
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6.3. Exemplo 3: ODSH, um heparinoide que interage com PF4, atenua a trombocitopenia e a neutropenia, induz a trombopoiese e a produção de neutrófilos, e reduz os sintomas constitucionais em pacientes, que recebem um regime de tratamento de quimioterapia tendo efeitos colaterais mielossupressivos
[00164] Pacientes diagnosticados com câncer pancreático metastático foram tratados com ODSH como um aditivo ao tratamento com gencitabina e nab-paclitaxel (Abraxane®, paclitaxel ligado a albumina) em um ensaio clínico não cego.
[00165] Critérios de inclusão. Pacientes do sexo masculino e do sexo feminino que não estão grávidas, nem amamentando, com idade de 18 a 75 anos, com adenocarcinoma metastático histologicamente confirmado do pâncreas foram cadastrados no ensaio. Critérios de inclusão adicionais foram: a presença de pelo menos um tumor metastático (mensurável através de técnicas convencionais ou de varredura de CT) medição de soro CA 19-9 de mais do que 2 vezes o limite superior ao normal, sem terapia de radiação ou quimioterapia para doença localizadamente avançada dentro de seis meses de cadastramento no ensaio, contagem de neutrófilos absoluta de pelo menos 1,5 X 109 L, contagem de plaquetas de pelo menos 100.000 /mm3 (ou 100 X 109 L), nível de hemoglobina de pelo menos 9 g/dl, protrombina e períodos de tempo de tromboplastina parciais dentro dos limites normais (+/- 15%) no momento da varredura, estado de desempenho do Eastern Cooperative Oncology Group de 1 ou mais. Em adição, os pacientes foram pesquisados quanto a níveis de química sanguínea, incluindo os níveis de creatinina no soro, dentro dos limites normais, níveis de transaminase no soro 2,5 ou maiores do que o limite superior ao normal, e níveis de bilirrubina de 1,5 vezes o limite superior do normal ou mais.
[00166] Regime de dosagem. O tratamento consistiu de uma série de ciclos de 28 dias, em que o último dia de um ciclo (por exemplo, dia 28, ciclo 1) foi imediatamente seguido pelo primeiro dia do próximo ciclo (por exemplo dia 1, ciclo 2). Em cada ciclo de 28 dias de tratamento, os pacientes receberam a dosagem nos dias 1, 8 e 15 (três semanas de mediação seguida por uma semana de descanso), tal como se segue. Primeiramente, nab- paclitaxel a 125 mg/m2 foi administrado como uma infusão intravenosa durante um período de 30 minutos. A seguir, gencitabina foi administrada a 100 mg/m2, como uma infusão intravenosa, durante um período de 30 minutos. A terapia de nab-paclitaxel e de gencitabina foi fornecida, tal como descrito na informação prescritiva para Abraxane® e Gemzar®. Vide também, Von Hoff et al., 2011, J. Clinical Oncology 29: 1-7).
[00167] ODSH foi administrado, imediatamente após a administração de gencitabina, como se segue: uma dose de carga inicial foi administrada como um bolo de 4 mg/kg, durante 5 minutos, seguido por uma infusão intravenosa contínua durante 48 horas, em uma dose de 0, 375 mg/kg/h. Estas doses são, respectivamente, 9 vezes mais altas e 3,75 vezes mais altas do que as doses de bolo e de manutenção de heparina não fracionada, rotineiramente usadas para conferir uma anticoagulação total, em um ajuste clínico (0,44 mg/kg para a injeção de bolo, e 0,1 mg/kg/h para a manutenção). Como um heparinoide substancialmente não anticoagulante, ODSH pode ser então administrado em uma dose, que é maior do que a dose inteiramente anticoagulante de heparina não fracionada, sem a preocupação quanto a um efeito anticoagulante, tal momo mostrado nos resultados abaixo.
[00168] Um período de corrida inicial foi então conduzido, no qual dez pacientes foram tratados com o regime de gencitabina, nab-paclitaxel, e ODSH acima descrito. Após todos os dez pacientes terem completado pelo menos um ciclo de 28 dias, os dados foram então revistos e o estudo aleatório de rótulo aberto foi iniciado, com dois braços (o braço de ODSH e o braço de Controle). No braço de ODSH, o regime de dosagem foi o mesmo que no período de corrida (gencitabina, nab-paclitaxel e ODSH). No braço de controle, foi fornecido o mesmo regime de gencitabina e de nab-paclitaxel que no período de corrida, mas sem ODSH.
[00169] Testes. O sangue foi extraído antes da administração do tratamento nos dias 1, 8 e 15 de cada ciclo de 28 dias. As contagens de plaqueta, as contagens de células sanguíneas vermelhas totais, e as contagens de neutrófilo absolutas foram então executadas. A graduação da trombocitopenia e/ou da neutropenia foi então executada de acordo com os padrões que se seguem:
Figure img0023
[00170] As amostras de sangue foram também testadas no dia 1 de cada ciclo de tratamento quanto ao nível de soro de CA19-9 (antígeno de carboidrato 19-9), um marcador usado para avaliar a eficácia dos agentes quimioterapêuticos no tratamento de câncer pancreático. Vide, por exemplo, Maeda, 2011, Int. J. Clin. Oncol. 16 (5): 539-45. A redução no nível de soro de CA 19-9 é indicativa da eficácia quimioterapêutica contra o câncer pancreático. A resposta do tumor e o estado da doença foram então medidos de acordo com o Response Evaluation Criteria in Solid Tumors (RECIST) Guidelines Version 1.1. Eur. J. Cancer, 2009, 45: 228 - 247. Uma redução de pelo menos 30% na soma dos diâmetros de lesões objetivadas (lesões mensuráveis presentes na varredura, até 2 lesões por órgão envolvido) foi avaliada como uma resposta parcial. Os pacientes foram avaliados como tendo uma doença estável quando a menor soma de diâmetros de lesão objetivados nem diminuiu, nem aumentou o suficiente para ser qualificada como uma resposta parcial ou como uma doença progressiva.
[00171] A falta de anticoagulação de ODSH foi confirmada através de monitoração do tempo de tromboplastina parcial (aPTT) durante a infusão de ODSH< nos dias 1, 3, 10 e 17 do ciclo de tratamento 1. A faixa normal de aPTT é de cerca de 27 a 35 segundos +/- 15%.
[00172] Os pacientes foram também avaliados quanto a outros efeitos colaterais da quimioterapia, incluindo o cansaço, a neuropatia sensória, náusea, vômitos, cada um dos quais foi graduado de acordo com a severidade. Os graus foram: 0 (normal, 1 (brando), 2 (moderado), 3 (severo) e 4 (risco de vida).
[00173] Resultados. As contagens de plaqueta são apresentadas na Tabela 16 abaixo. As contagens mostradas na coluna “Varredura” são as contagens anteriores à entrada no protocolo de ensaio clínico.
[00174] Dez de 10 pacientes, que completaram o primeiro ciclo de quimioterapia e que também haviam extraído sangue no início do segundo ciclo, tiveram contagens de plaqueta no início do segundo ciclo, que foram maiores do que as suas contagens de plaqueta no início do primeiro ciclo, antes que qualquer quimioterapia tivesse sido administrada. Oito de 9 pacientes, que completaram o segundo ciclo de quimioterapia e que também haviam extraído sangue no início do terceiro ciclo, tiveram contagens de plaqueta no início do terceiro ciclo, que foram maiores do que as suas contagens de plaqueta no início do primeiro ciclo, antes que quaisquer ciclos de quimioterapia tivessem sido administrados. Esta tendência foi robusta, continuando nos ciclos de quimioterapia subsequentes. Por exemplo, 9 de 10 pacientes, que completaram o terceiro ciclo de quimioterapia, e que também haviam extraído sangue no início do quarto ciclo, tiveram contagens de plaqueta no início do quarto ciclo, que foram maiores do que as suas contagens de plaqueta no início do primeiro ciclo, antes que qualquer quimioterapia tivesse sido administrada. Tabela 16- Contagem de Plaquetas (X 103/μl de sangue)
Figure img0024
[00175] A FIGURA 8 mostra uma representação gráfica das contagens de plaqueta para os pacientes individuais, tal como medida em amostras tomadas antes do tratamento nos dias indicados (D1 = dia 1, D8 = dia 8, e D15 = dia 15) dos ciclos indicados (C1 = ciclo 1; C2 = ciclo 2, etc.). Existe uma tendência clara quanto ao aumento da contagem de plaquetas no início de cada ciclo sucessivo de tratamento, em relação não apenas à contagem de plaqueta após duas semanas de tratamento em um ciclo prévio, mas também em relação à contagem de plaquetas no início do ciclo inicial de tratamento, isto é, antes que qualquer tratamento fosse administrado. Nenhum dos pacientes exibiu trombocitopenia no início do segundo ciclo e apenas um dos 8 pacientes exibiu trombocitopenia no início do terceiro ciclo.
[00176] A Tabela 17 mostra o percentual de pacientes com trombocitopenia após duas doses (dia 15, primeiro ciclo) ou após cinco ou mais doses (dia 15, segundo ciclo, ou dia 1, terceiro ciclo) de tratamento, com ODSH em adição à gencitabina e nab-paclitaxel. São também mostrados na Tabela 17, na linha 3, os dados históricos, que mostram os percentuais de pacientes com graus variáveis de trombocitopenia, que haviam sido tratados com gencitabina e nab-paclitaxel, nas mesmas quantidades e na mesma programação de dosagem que aqui descrito, mas sem a administração aditiva de ODSH. Os dados apresentados na linha 3 são reproduzidos a partir da Tabela 3 de Von Hoff et al., 2011, J. Clinical Oncology 29: 1-7, que provê o número total e o percentual de pacientes, que exibem efeitos adversos em todo o ensaio. O número de pacientes em cada categoria é mostrado em parênteses. Tabela 17-Toxicidade (% de pacientes com trombocitopenia de grau indicado)
Figure img0025
[00177] Tal como mostrado acima, após duas doses de tratamento, 40% dos pacientes tratados, de um modo aditivo, com ODSH, não apresentaram trombocitopenia, e 90% dos pacientes não apresentaram mais do que trombocitopenia branda. Após cinco doses de tratamento (dia 15 do ciclo 2), 7 de 10 pacientes não apresentavam trombocitopenia.
[00178] A Tabela 18 mostra as contagens de plaqueta para cada paciente, no dia 1 de ciclos de tratamento sucessivos (por exemplo, ciclo de tratamento 1, 2, 3, etc.). Tal como pode ser observado a partir das contagens de plaqueta no início dos ciclos 2 e 3, mesmo após receber um ou dois ciclos completos (igual a de três a seis doses) de gencitabina e de nab-paclitaxel, apenas um dos pacientes era trombocitopênico, exibindo trombocitopenia branda (Grau 1). Esta tendência continuou no Ciclo 4 para os pacientes 2001, 6002, 6003, 6004, 6006, 6007, 7001, 8001, e 9001. No total, as contagens de plaquetas em 10/10 pacientes eram mais altas no início do ciclo 2 do que no início do ciclo 1, e as contagens de plaquetas em 6/9 pacientes eram mais altas no início do ciclo 3 do que no início do ciclo 2. Tabela 18- Contagem de plaquetas no início do ciclo
Figure img0026
[00179] Tal como adicionalmente mostrado na FIGURA 10A, as contagens de plaqueta média e mediana em todas as amostras estavam consistentemente acima de 150.000 no primeiro dia de tratamento dos ciclos 2 e 3, mesmo quando os números estavam abaixo de 150.000 no dia 15 do primeiro ciclo de tratamento. De fato, nos ciclos de tratamento 2 e 3, as contagens de plaqueta média e mediana no dia 15 - quando as contagens de plaquetas eram esperadas estar em seu ponto mais baixo - elas permaneceram na faixa normal. Além disso, as contagens de plaquetas média e mediana no início do terceiro ciclo foram maiores do que no início do segundo ciclo e foram ainda maiores no início do segundo ciclo no que na medição de varredura e no início do primeiro ciclo (antes que qualquer quimioterapia fosse administrada).
[00180] No estágio aleatório do ensaio, uma diferença estatisticamente significativa nas contagens de plaquetas foi detectada entre o braço de ODSH e o braço de Controle do estudo, tal como mostrado na Tabela 19 abaixo, demonstrando que o ODSH atenua a trombocitopenia associada com regimes de tratamento mielossupressivos. Tabela 19
Figure img0027
[00181] A Tabela 20 abaixo fornece as contagens de neutrófilos absolutas para os pacientes tratados, de um modo aditivo, com ODSH. Oito de cada 10 pacientes, que completaram o primeiro ciclo de tratamento, demonstraram contagens de neutrófilos normais no primeiro dia do segundo ciclo de tratamento. Cinco de cada 10 pacientes, que completaram o primeiro ciclo, também tinham contagens de neutrófilos aumentadas ou inalteradas no primeiro dia do segundo ciclo de tratamento, quando comparados com o primeiro dia do primeiro ciclo (antes da quimioterapia). Além disso, 8 de 9 pacientes demonstraram contagens de neutrófilos normais no início do terceiro ciclo de tratamento e 10 de 10 pacientes demonstraram contagens de neutrófilos normais no início do quarto ciclo de tratamento. Tabela 20 - Valores de Neutrófilos (X 103/μl de sangue)
Figure img0028
[00182] A FIGURA 9 mostra uma representação gráfica da contagem de neutrófilos para os pacientes individuais, tal como medido em amostras tomadas antes do tratamento nos dias indicados (D1 = dia 1, D8 = Dia 8, D15 = Dia 15) dos ciclos indicados (C1 = Ciclo 1; C2 = Ciclo 2, etc.). Existe uma clara tendência quanto ao aumento da contagem de neutrófilos no início do segundo ciclo de tratamento, em relação à contagem de neutrófilos no início do ciclo inicial de tratamento, isto é, antes que qualquer tratamento fosse administrado.
[00183] A Tabela 21 mostra o percentual de pacientes com neutropenia após duas doses (dia 15, primeiro ciclo) ou após cinco ou mais doses (dia 15, segundo ciclo ou dia 15, terceiro ciclo) de tratamento, com ODSH, em adição a gencitabina e nab-paclitaxel. É também mostrado na Tabela 21, na coluna 3, os dados históricos, que mostram os percentuais de pacientes com graus variáveis de neutropenia, que haviam sido tratados com gencitabina e nab- paclitaxel, nas mesmas quantidades e na mesma programação de dosagem que aqui descrito, sem ODSH. Os dados apresentados na coluna 3 são reproduzidos a partir da Tabela 3 de Von Hoff et al., 2011, J. Clinical Oncology 29: 1-7, que fornece o número total e o percentual de pacientes que exibem eventos adversos ao longo de todo o ensaio. O número total de pacientes em cada categoria é mostrado entre parênteses. Tabela 21 Toxicidade (% de pacientes com neutropenia de grau indicado)
Figure img0029
[00184] Tal como mostrado acima, após duas doses de tratamento, 44% dos pacientes tratados, de um modo aditivo, com ODSH, não demonstraram não mais do que a neutropenia branda. Após cinco doses de tratamento (dia 15 do ciclo 2) ou oito doses de tratamento (dia 15 do ciclo 3) 7 de 10 pacientes não apresentaram mais do que neutropenia branda. Tal como mostrado adicionalmente na Figura 10B, as contagens de neutrófilos absolutas média e mediana em todas as amostras, estavam consistentemente acima de 2.000 no primeiro dia dos ciclos de tratamento 2 e 3, mesmo quando os números estavam abaixo de 2.000 no dia 15 do ciclo anterior. Com ciclos sucessivos e sem redução da dose, os pacientes com neutropenia grau 3 no ponto mais baixo do primeiro ciclo não possuíam mais do que neutropenia de grau 1 ou de grau 2 nos ciclos 2 e 3 (vide pacientes 6004, 6004 e 7001). Apenas um paciente (7001) de 10 foi tratado com G-CSF, recebendo uma dose única no ciclo 1.
[00185] No estágio aleatório do ensaio, uma diferença estatisticamente significativa nas contagens de neutrófilos foi detectada entre o braço de ODSH e o braço de Controle no estudo, tal como mostrado na Tabela 22 abaixo, demonstrando que o ODSH atenua a neutropenia associada com regimes de tratamento mielossupressivos. Tabela 22
Figure img0030
[00186] As contagens de células sanguíneas brancas foram consistentes com as contagens de neutrófilos, tal como mostrado abaixo na Tabela 23. Tabela 23- Contagens de Células Sanguíneas Brancas (X 103/μ de sangue)
Figure img0031
[00187] Avaliação de fadiga, neuropatia sensória, náusea, e vômitos, todos os quais são efeitos colaterais comuns de quimioterapia, e notavelmente no regime de gencitabina-abraxano descrito em Von Hoff et al., revelou que os pacientes tratados, de um modo aditivo, com ODSH, experimentaram sintomas brandos a moderados, com mais do que 50% dos pacientes não experimentando mais do que efeitos colaterais de Grau 1. A Tabela 24 abaixo fornece o percentual de pacientes, que experimentaram graus diferentes de cada efeito colateral, quando comparados aos percentuais relatados em Von Hoff et al., 2011, J. Clinical Oncology, 29: 1-7. Tabela 24
Figure img0032
[00188] Um nível de soro CA 19-9, um marcador correlacionado com a extensão do tumor, e, deste modo, correlacionado com a eficácia do tratamento quimioterapêutico, diminuiu em 8 de 10 pacientes, demonstrando que a que a capacidade de ODSH para atenuar a trombocitopenia e a neutropenia e para induzir a trombopoiese e a produção de neutrófilos não interferiu com a eficácia da quimioterapia (indicado pelo decréscimo nos níveis do soro CA19-9), de um modo consistente com os resultados obtidos no modelo de animal de xenoenxerto pancreático descrito no Exemplo 1. Vide Tabela 25 abaixo. Tabela 25- Níveis do Soro CA19-9 (U/mL)
Figure img0033
[00189] Todos os dez pacientes demonstraram uma resposta ao tratamento, a despeito da doença metastática extensiva no início do ensaio clínico: 5 pacientes demonstraram uma resposta parcial e 5 pacientes demonstraram uma doença estável, tal como medido usando os critérios RECIST. Vide FIG. 12A. Após três ou quatro ciclos completos de tratamento, nenhum paciente demonstrou qualquer evidência clínica ou radiográfica de doença progressiva. Os pacientes 2001 e 6001 também exibiram uma redução no tamanho das metástases do fígado e do pulmão ou metástases nodais no quarto ciclo de tratamento. Tal como mostrado na FIGURA 11 A, as metástases de fígado no paciente 2001 haviam desaparecido e as lesões pulmonares haviam diminuído de tamanho, com sintomas clínicos mínimos de doença metastática, a despeito da elevação dos níveis de CA 19-9. O paciente 6002 demonstrou uma doença estável e uma redução no tamanho das lesões metastáticas no fígado e nos nodos linfáticos. Vide FIGURAS 11 B-C. O paciente 6003, que apresentou metástases de pulmão, também apresentou uma doença estável, tal como mostrado na FIGURA 11D. O paciente 6006 demonstrou uma doença estável e alguma redução no tamanho das lesões pancreáticas e metastáticas no fígado. Vide FIGURA 11E. O paciente 8001 demonstrou uma doença estável, com uma redução no tamanho do tumor pancreático no final do ciclo 2. Vide FIGURA 11F, FIGURAS 12B-F, que mostram que os pacientes 6004, 6007, 7001, 7002 e 9001 tiveram uma resposta parcial. O estado do desempenho do Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG) em 7 pacientes avaliáveis foi estável ou melhorado após 8 semanas no ensaio (no dia 1 do ciclo de tratamento 3).
[00190] O regime de tratamento também parece apresentar efeitos adversos mínimos sobre o peso, pois a maioria dos pacientes experimentou uma perda de peso mínima ou até mesmo algum ganho de peso. Vide a Tabela 26 abaixo. Tabela 26
Figure img0034
[00191] Tal como mostrado na Tabela 27 abaixo, a infusão de ODSH não resultou em anticoagulação, tal como determinado pelo tempo de tromboplastina parcial (aPTT) nos pacientes. Tabela 27-
Figure img0035
[00192] No ensaio aleatório de rótulo aberto, iniciado após o período da corrida, uma diferença significativa na contagem de plaquetas foi então observada entre o braço de ODSH e o braço de Controle (sem ODSH), tal como mostrado nas FIGURAS 13A e 13B. As contagens de plaqueta média e mediana, no dia 15 do primeiro ciclo de quimioterapia (após três doses de quimioterapia) foram significativamente mais altas nos pacientes, que recebem ODSH em adição a gencitabina e a nab-paclitaxel, do que nos pacientes que não recebem ODSH (p= 0,013 usando o teste t não emparelhado, 5 pacientes em cada braço de tratamento). Vide FIGURA
[00193] 13A. Este efeito manteve-se verdadeiro nos ciclos subsequentes 2 a 6 (p = 0,0003 após 6 ciclos em teste t não emparelhado). Vide a FIGURA 13B e a Tabela 28 abaixo. Além disso, a administração aditiva de ODSH aumentou a recuperação de plaquetas no dia 1 de um ciclo subsequente. A FIGURA 13 B e a Tabela 28 abaixo (compare o dia 1 de ciclos em pacientes de braço de controle contra pacientes de braço de ODSH, p = 0,0004 após 6 ciclos, teste t não emparelhado). Tabela 28
Figure img0036
[00194] Em conclusão, o ODSH atenuou os efeitos colaterais mielossupressivos do regime de gencitabina/Abraxano (quando comparado a pacientes relatados em Von Hoff et al., 2011, J. Clinical Oncology 29: 1-7 e quando comparados a pacientes distribuídos aleatoriamente para receber gemtabinina/Abraxano isoladamente, na porção aleatória deste ensaio), e aumentaram as contagens de plaquetas e de neutrófilos nos pacientes nos níveis acima observados antes do tratamento, ao mesmo tempo em que é preservada a eficácia do regime de quimioterapia. Além disso, uma redução nos efeitos colaterais, que se manifestam como sintomas constitucionais, tais que a fadiga, náusea, e vômitos, foi também observado. O ODSH e outros heparinoides, que interagem com PF4, atenuam os sintomas constitucionais, associados com a quimioterapia.
[00195] No total, os efeitos observados podem ainda permitir a intensificação do regime quimioterapêutico, com uma eficácia antienoplástica melhorada. 6.4. Exemplo 4: ODSH atenua a trombocitopenia associada com o tratamento de leucemia mielógena aguda (AML)
[00196] Um ensaio clínico é conduzido, de um modo a confirmar a vantagem terapêutica de ODSH, administrado de um modo aditivo à terapia de indução de consolidação e ao transplante de medula óssea alogênico ou autólogo no tratamento de leucemia mielógena aguda (AML). Os pacientes incluídos no ensaio são pacientes diagnosticados com AML, que estão sendo submetidos a uma terapia de indução e consolidação. Os pacientes são distribuídos, de um modo aleatório, ou a um grupo de controle (que recebe apenas a terapia de indução e de consolidação) ou a um grupo de tratamento (que recebe a administração aditiva de ODSH). O ODSH é administrado como uma infusão contínua (0,375 mg/kg/h). Os pacientes em cada braço do ensaio são avaliados quanto às contagens de plaqueta e à necessidade de transfusão plaquetária. Outros procedimentos métricos avaliados incluem a medição de níveis circulantes de PF4 e a taxa de recuperação de granulócito.
[00197] São obtidos resultados, que demonstram que a adição de ODSH à terapia de indução e de consolidação convencional atenua a trombocitopenia.
[00198] Um segundo ensaio clínico é conduzido, de um modo a confirmar a vantagem de ODSH administrado, de um modo aditivo, à quimioterapia de indução e de consolidação no tratamento de AML. O ensaio é um estudo piloto de rótulo aberto de dez pacientes, recém diagnosticados com AML, e ainda não previamente tratados quanto a AML. Os regimes de tratamento do paciente são os que se seguem. Durante uma fase de indução, 100 mg/m2/dia de citarabina são administrados, de um modo contínuo, através da infusão intravenosa, durante 7 dias (Dia 1-Dia 7) e 12 mg/m2/dia de idarubicina são administrados, através de injeção intravenosa, em cada Dia 1, Dia 2 e Dia 3. Quatro mg/kg de ODSH são administrados, por via intravenosa, como um bolo, no Dia 1, imediatamente após a idarubicina, e são então administrados em uma dose de 0,25 mg/kg/h, de um modo contínuo, através de infusão intravenosa no Dia 1 ao Dia 7. Para os pacientes com menos do que 60 anos de idade, a fase de indução é seguida por até quatro ciclos de quimioterapia de consolidação, cada ciclo consistindo de 3 g/m2 de citarabina administrada ao longo de um período de 3 horas, a cada 12 horas, nos Dias 1, 3, e 5 ou em um ciclo de 5 dias. Durante a fase de consolidação, 4 mg/kg de ODSH são administrados, por via intravenosa, como um bolo, no Dia 1, imediatamente após a citarabina, e é então administrado, em uma dose de 0,25 mg/kg/h, de um modo contínuo, através de infusão intravenosa, nos Dias 1 a 5. A quimioterapia de consolidação não é iniciada antes de 28 dias a partir do início da quimioterapia de indução. Os pacientes são então avaliados quando ao grau e duração de trombocitopenia, com base nas contagens de plaquetas e na necessidade de transfusão.
[00199] São obtidos resultados, que demonstram que a adição de ODSH à terapia de indução e de consolidação convencional atenua a trombocitopenia.
[00200] Todas as publicações, patentes, pedidos de patente e ainda outros documentos citados neste pedido são incorporados a este, a título referencial, em suas totalidades, para todos os propósitos, na mesma extensão que se cada publicação individual, patente, pedido de patente ou ainda um outro documento fosse individualmente indicado para ser incorporado a este, a título referencial, para todos os propósitos.
[00201] Embora várias modalidades específicas tenham sido aqui descritas e ilustradas, deverá ser ainda apreciado que várias alterações podem ser introduzidas neste, sem que haja afastamento a partir do espírito e do escopo da(s) invenção (ões).

Claims (30)

1. Uso de um heparinoide interagindo com fator de plaqueta 4 (heparinoide interagindo com PF-4), caracterizado pelo fato de que é para manufatura de um medicamento para atenuar um efeito colateral mielossupressor de um regime de tratamento antineoplásico, em que o heparinoide é dessulfatado nas posições 2-O e 3-O.
2. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o heparinoide é 90% dessulfatado em cada uma das posições 2-O e 3-O.
3. Uso de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o heparinoide é 95% dessulfatado em cada uma das posições 2-O e 3-O.
4. Uso de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o heparinoide tem um peso molecular médio de 8 kDa a 15 kDa.
5. Uso de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o heparinoide tem um peso molecular médio de 11 kDa a 13 kDa.
6. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o heparinoide é administrado por via intravenosa.
7. Uso de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o heparinoide é administrado como uma ou mais injeções em bolus.
8. Uso de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o heparinoide é administrado como uma infusão contínua.
9. Uso de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o heparinoide é administrado como um bolus intravenoso seguido por uma infusão intravenosa contínua.
10. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o heparinoide é administrado por via subcutânea.
11. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o efeito colateral mielossupressor é trombocitopenia.
12. Uso de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a quantidade de heparinoide é suficiente para manter os níveis de plaquetas acima dos níveis que indicam trombocitopenia de grau 3.
13. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o regime de tratamento antineoplásico compreende a administração de um ou mais agentes quimioterápicos.
14. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o regime de tratamento antineoplásico compreende radioterapia.
15. Uso de um heparinoide, caracterizado pelo fato de que é para manufatura de um medicamento para atenuar um efeito colateral mielossupressor de um regime de tratamento antineoplásico, em que o heparinoide é dessulfatado nas posições 2-O e 3-O, administrando de forma adjuvante um ou mais regimes de tratamento antineoplásico com efeito colateral mielossupressor a um paciente com câncer.
16. Uso de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o paciente tem um câncer selecionado do grupo que consiste em câncer pancreático, câncer de ovário, câncer uterino, câncer de mama, câncer metastático de mama, câncer de mama recorrente, câncer de cabeça e pescoço, câncer de bexiga, câncer urotelial, câncer de pulmão, câncer colorretal, câncer gástrico, câncer de esôfago, linfoma, câncer de fígado, melanoma, câncer de próstata, osteossarcoma, leucemia, leucemia mielóide aguda (LMA) e leucemia linfoblástica aguda pediátrica.
17. Uso de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que o câncer é câncer pancreático.
18. Uso de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que o câncer pancreático é metastático.
19. Uso de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que o regime de tratamento antineoplásico compreende a administração de gencitabina e nab-paclitaxel.
20. Uso de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que o câncer é leucemia mielóide aguda (AML).
21. Uso de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que o câncer é um linfoma.
22. Uso de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o câncer é um câncer pediátrico.
23. Uso de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o heparinoide tem menos atividade anticoagulante do que a heparina não fracionada.
24. Uso de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo fato de que o heparinoide tem afinidade reduzida para anti-trombina III em comparação com heparina não fracionada.
25. Uso de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo fato de que o heparinoide tem atividade anti-Xa reduzida em comparação com heparina não fracionada.
26. Uso de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo fato de que o heparinoide é não anticoagulante.
27. Uso de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o heparinoide é produzido por hidrólise alcalina de heparina não fracionada.
28. Uso de um heparinoide, caracterizado pelo fato de que é para manufatura de um medicamento para tratar ou prevenir trombocitopenia induzida por radiação, em que o heparinoide é dessulfatado nas posições 2-O e 3-O.
29. Uso de acordo com a reivindicação 28, caracterizado pelo fato de que a radiação faz parte de um regime de tratamento.
30. Uso de acordo com a reivindicação 28, caracterizado pelo fato de que a radiação não é parte de um regime de tratamento.
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