- Depois e durante muitos anos como professora de música e regente de coro infantil e juvenil, as pesquisas narrativas ... moreDepois e durante muitos anos como professora de música e regente de coro infantil e juvenil, as pesquisas narrativas com pé na escola se tornaram um caminho que levou a pesquisadora-colaboradora do GEPEC - Grupo de Estudos e Pesquisas e Educação Continuada - na UNICAMP, Campinas. As metodologias narrativas de pesquisa e formação na perspectiva da linguagem bakhtiniana são hoje minha maior fonte de produção de conhecimentos.edit
Composicoes musicais e co-envolvimento dos alunos, em atividade didatica musical, se configuram em textos e contextos intrigantes e conflituosos, levando uma professora de musica a investigacao da propria pratica. Criancas de 4o ano e... more
Composicoes musicais e co-envolvimento dos alunos, em atividade didatica musical, se configuram em textos e contextos intrigantes e conflituosos, levando uma professora de musica a investigacao da propria pratica. Criancas de 4o ano e jovens de 7° ano, do Ensino Fundamental, respectivamente em escola confessional (atendendo, em geral, classe economica media) e em organizacao nao governamental (atendendo, exclusivamente, classe economica baixa), pertencentes a rede privada de ensino, localizadas em dois grandes centros urbanos do estado de Sao Paulo, sao produtores das composicoes, "textos sem os quais nao ha pesquisa nas ciencias humanas" (M. M. Bakhtin). Como percurso metodologico, a pesquisa se baseia na narrativa docente (G. V. T. Prado) em tres movimentos: registro do cotidiano escolar; instrumento de (auto)formacao; genero textual da pesquisa. O locus privilegiado de formacao e investigacao e a escola basica, onde o ensino e a musica, areas diversas e especificas de estudo, constituem e se constituem de intertextualidades, simultaneidades em experiencias verbais e musicais, desde sua interferencia e ressonâncias mutuas nos sujeitos: alunos e professora. Na pesquisa, a opcao por um estudo dos signos que ai surge impoe, como "ato responsavel, sem alibi" (M. M. Bakhtin) da professora e pesquisadora de musica, o firme posicionamento semioetico (A. Ponzio e S. Petrilli) da divulgacao da capacidade humana de modelizacao, que nos permite criar "infinitos mundos possiveis" (T. A. Sebeok) nas mais diversas linguagens e da iconicidade, tida como a principal estrategia representacional humana. Considerando a expressao semiotica como produtora de pensamento (M. M. Bakhtin) e tendo no signo musical um dos mais caracteristicos signos de especie iconica, alem de ser o mais refratario a traducao (A. Ponzio, C. Caputo, S. Petrilli), de signo em signo, numa semiose infinita (C. S. Peirce), chega-se ao enorme potencial formativo da atividade didatica de composicao musical, para a crianca e jovem. Nao se pode deixar de assinalar que na base da interpretacao semioetica estao os principios bakhtinianos de escuta responsiva, alteridade e, portanto, de nao indiferenca e confianca em cada crianca/jovem aprendiz, como seres cognitivo-estetico-eticos, compositores de musicas e de relacoes humanas, na cultura escolar. Dentre as licoes mais marcantes da pesquisa, esta a compreensao de que o trabalho de composicao no ensino de musica pode iniciar-se precocemente na escola, desde que nao se espere da crianca/jovem um conhecimento simbolico/teorico convencional anterior ao proprio trabalho de criacao; a descoberta do outro enquanto alteridade, que se da no processo de criacao e escuta da composicao musical e da relacao da crianca/jovem compositora, com a outra crianca/jovem no processo de criacao e escuta de sua composicao musical e no coletivo de criancas/jovens compositoras e a professora, tambem aprendendo a escutar e a criar, a criar e a escutar, em seu ensino de musica para criancas/jovens. Abstract
Research Interests: Humanities and Art
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Research Interests: Philosophy and Humanities
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ResumoA partir de nossa docência, nasce o projeto de um subgrupo de estudosbakhtinianos da linguagem, filiado ao GEPEC – Grupo de Estudos ePesquisas em Educação Continuada. Nele, temos desenvolvido nossoconhecimento sobre a pesquisa... more
ResumoA partir de nossa docência, nasce o projeto de um subgrupo de estudosbakhtinianos da linguagem, filiado ao GEPEC – Grupo de Estudos ePesquisas em Educação Continuada. Nele, temos desenvolvido nossoconhecimento sobre a pesquisa narrativa como uma metodologia narrativade pesquisa em Educação. Foi este o contexto em que a “metanarrativabakhtiniana” surgiu: como um exercício autoformativo de compreensãorespondente e se tornou um instrumento narrativo de interpretaçãodos dados. Problematizamos a cisão dos mundos da vida e da cultura apartir do conflito epistemológico entre teoria e prática na esfera escolar.Trazemos uma narrativa pedagógica e a respectiva metanarrativa em buscade mostrar a potência desse instrumento para a formação de professores epara as pesquisas em formação.Palavras-chave: Formação docente, pesquisa narrativa, estudosbakhtinianos, metanarrativa, produção de conhecimento
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Este texto trata de uma pesquisa realizada por meio de metodologia narrativa e conta o processo de mudança de posicionamento axiológico da professora-pesquisadora a partir de um artifício estético-ético: a fofoca. Na metodologia narrativa... more
Este texto trata de uma pesquisa realizada por meio de metodologia narrativa e conta o processo de mudança de posicionamento axiológico da professora-pesquisadora a partir de um artifício estético-ético: a fofoca. Na metodologia narrativa todos os momentos produtivos da pesquisa são narrativos. Para narrar, é necessário um ponto de apoio fora de si mesma para que a escrita seja produtiva esteticamente, o que altera também a posição axiológica da pesquisadora, o modo como se posiciona em relação aos valores em cada momento de interpretação das teorias e das materialidades narrativas. A fofoca como conversa entre amigas assume este papel estético e possibilita que a pesquisadora assuma outro posicionamento axiológico diante da interpretação das narrativas pedagógicas. A pesquisa fundamenta-se na filosofia da linguagem bakhtiniana.
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Page 1. V Seminário Fala outra Escola: Carregando Sonhos Outubro, 2010 Porque se chamavam homens Também se chamavam sonhos E sonhos não envelhecem [...] E lá se vai mais um dia Márcio Borges 21 de outubro ...
This paper aims to present the emergence of the concept of "writing-event" in the methodological context, in which the narrative practice throughout the scope of research sustains all knowledge relating to Education. This is the result of... more
This paper aims to present the emergence of the concept of "writing-event" in the methodological context, in which the narrative practice throughout the scope of research sustains all knowledge relating to Education. This is the result of a non-neutral and non-indifferent status taken by the researchers with respect to their research objects, and it is also connected to the understanding of the importance of the social context and to the valorization of the experienced event, which is always formative for all involved in the research. Human relations create a horizon of possibilities for the writing-event emergence in the materialization of language, described as the human-specific primary modeling device and encompassing any predetermined theory and/or methodology. By analyzing some of our studies, in particular the one in which the concept of writing-event emerged, we conclude that narrative inquiry's radicality promotes knowledge creation in the field of Education.
Propomos, neste texto, refletir sobre o ensinar e o aprender no contexto escolar como atos que se constroem com as criancas e nao para as criancas. Para isso, optamos por pensar no tema a partir das relacoes com turmas que estavam em... more
Propomos, neste texto, refletir sobre o ensinar e o aprender no contexto escolar como atos que se constroem com as criancas e nao para as criancas. Para isso, optamos por pensar no tema a partir das relacoes com turmas que estavam em processo de alfabetizacao, em primeiros anos do Ensino Fundamental. Faremos essa discussao a partir da perspectiva Bakhtiniana, atraves das materialidades produzidas pelas turmas em aula e mediadas por professoras de escolas publicas do interior do estado de Sao Paulo. Percebemos que quando o contexto extraverbal foi compartilhado, pois o que as criancas levaram para a escola foi considerado nas propostas desenvolvidas pelas turmas, as criancas pareceram se envolver mais e o ensinar e o aprender passaram a ser compartilhados por elas e as professoras, deixando de ser atos mecânicos para se constituirem como atos singulares. Defendemos, assim, a necessidade de uma escuta responsiva da vida e das culturas produzidas pelas educandas e pelos educandos, de m...
Numa pratica de ensino de musica no EF I e II, a atividade didatica de composicao musical, proporciona acontecimentos intrigantes, dos quais nasce um projeto de doutorado em Educacao, com foco na linguagem musical e verbal. Este artigo e... more
Numa pratica de ensino de musica no EF I e II, a atividade didatica de composicao musical, proporciona acontecimentos intrigantes, dos quais nasce um projeto de doutorado em Educacao, com foco na linguagem musical e verbal. Este artigo e uma narrativa (BENJAMIN) docente (PRADO) do percurso pedagogico ate a producao das composicoes. A partir dai, na relacao entre alunos/as, com a professora, com o conteudo das aulas e dela com cada um/a deles/as ha uma notavel alter-acao emotiva-volitiva reconhecida no vivenciamento da “escuta alteritaria” (BAKHTIN) como “ato responsavel” (BAKHTIN) do sujeito “cognitivo-estetico-etico”. O acontecimento da aula (GERALDI) favoresce a producao cultural, cognitiva (conhecimento) que gera o ato etico dos proprios alunos por meio do vivenciamento estetico estendido a si mesmos como “autores”, entre si, dentro da responsabilidade semiotica ou Semioetica (PONZIO; PETRILLI).
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No presente texto, partindo do paradigma da teoria histórico cultural de que os sujeitos se formam e se constituem na cultura, e dos estudos bakhtinianos, apresentamos uma discussão a respeito das narrativas pedagógicas, com apoio na... more
No presente texto, partindo do paradigma da teoria histórico cultural de que os sujeitos se formam e se constituem na cultura, e dos estudos bakhtinianos, apresentamos uma discussão a respeito das narrativas pedagógicas, com apoio na importância da palavra enunciada pelos sujeitos profissionais da escola. Não uma palavra qualquer, mas uma palavra reconhecida por seu valor ideológico e social. Inicialmente, propomos que as narrativas verbais, escritas por profissionais que atuam na escola, em diferentes áreas e contextos, são potentes como uma maneira de pensar a respeito do cotidiano profissional. Defendemos que o processo narrativo escrito pode ajudar a produzir uma paradoxal aproximação e distanciamento do vivido, vislumbrando alternativas de resistência e de construção de conhecimentos a partir da prática profissional. Na segunda parte do texto, discutimos a importância de uma metodologia narrativa para a pesquisa em educação e a formação dos profissionais da escola. Por fim, tra...