Helena Pinto
CITCEM - Transdisciplinary Culture, Space and Memory Research Centre, Research Group: Educação e Desafios Societais, Integrated Researcher / Investigador Integrado
CITCEM - Transdisciplinary Culture, Space and Memory Research Centre, Research Group - Memory, Heritage and Identity Construction / Memória, Património e Construção de Identidades, Integrated Researcher / Investigador Integrado
Integrated Researcher / Investigador Integrado do CITCEM - Faculdade de Letras da Universidade do Porto
PhD in History and Social Sciences Education - University of Minho (Portugal) / Doutora em Educação em História e Ciências Sociais (IE-U.MInho)
MA in Heritage and Tourism - University of Minho (Portugal) / Mestre em Património e Turismo (ICS-U.Minho)
Tese de doutoramento disponível em / PhD thesis - see online:
http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/19745
Supervisors: Dr. Isabel Barca
PhD in History and Social Sciences Education - University of Minho (Portugal) / Doutora em Educação em História e Ciências Sociais (IE-U.MInho)
MA in Heritage and Tourism - University of Minho (Portugal) / Mestre em Património e Turismo (ICS-U.Minho)
Tese de doutoramento disponível em / PhD thesis - see online:
http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/19745
Supervisors: Dr. Isabel Barca
less
InterestsView All (11)
Uploads
Papers by Helena Pinto
com o uso do património cultural ou a problematização em torno do desenvolvimento
de atitudes de tolerância, de respeito pela diferença e cooperação
entre povos, necessitam de uma reflexão fundamentada e sistemática sobre
concepções de alunos e professores em áreas centrais para a Educação Histórica,
como a da interculturalidade. Com o objetivo de aprofundar, numa
abordagem essencialmente qualitativa, a compreensão dos sentidos atribuídos
por alunos e professores a fontes patrimoniais, em articulação com conceitos
ligados à consciência histórica, nomeadamente os de identidade e de património,
analisaram-se as concepções de alunos de 7.º ano e de 10.º ano de
várias escolas do norte de Portugal, acerca da forma como interpretam fontes
patrimoniais e, ainda, como os seus professores entendem o uso de fontes
patrimoniais no ensino e aprendizagem de História, dada a sua relação com a
interpretação como processo de construção de significado acerca do passado.
Neste estudo registaram-se diferentes perfis de identidade consoante o padrão
de pensamento, desde uma identidade local/nacional fundada nas origens, i.e.
exclusiva, até uma identidade mais inclusiva e europeia/global. Os resultados
do estudo permitem abrir possibilidades de novas formas de abordagem educativa
relacionadas com a utilização do património como evidência histórica,
contribuindo para o desenvolvimento da consciência histórica e patrimonial.
Tal como a Conferência original, o livro contém uma diversidade de perspetivas e temas. Os autores examinam programas de educação patrimonial e museal com públicos escolares em diferentes contextos, refletindo sobre uma grande diversidade de questões de modo a caraterizar paradigmas, abordagens e metodologias de trabalho, e identificando zonas de conflito, conexão ou experimentação. Os textos ancoram-se numa compreensão do museu como nó vital para a partilha, a criação, a liderança e a gestão de programas com públicos e comunidades com vista à produção de espaços de educação relacionais entre museus, coleções, educadores e visitantes. Os espaços de conversação que desenham procuram uma aproximação entre a teoria e a prática, ultrapassando fronteiras disciplinares, renegociando significados e práticas representacionais ou mesmo desafiando formas de ver de modo a abrir caminho a outras narrativas e novos modos (ou modos modificados) de ver, interpretar e sentir.
Na sua diversidade, os diferentes textos consideram tanto os significados e os valores que os diferentes programas de educação patrimonial e museal incorporam, como os processos e as implicações das suas ações. O livro inclui reflexões que procuram responder ao emaranhado de perguntas inicialmente proposto: “Como podemos trabalhar com os públicos escolares de maneira mais relevante?”, “Com que modelos de prática podemos aprender?”, “Como são concebidos, planeados, desenvolvidos e avaliados estes programas de educação patrimonial e museal? E para que fins?”, “Como programar/avaliar de maneira a transformar as nossas relações com as ecologias contemporâneas de maneira propositiva e justa?”, “Que práticas de programação/avaliação alternativas e experimentais têm surgido em resposta às crises sociais e ambientais do nosso presente?”, “Que linguagens comuns e práticas compartilhadas com os públicos escolares desenvolvemos?”, “E neste contexto: o que e como descolonizar?”, “Quem beneficia dos nossos esforços e que tipo de impacto temos?”, “Como programamos/avaliamos para tal?”, “Que ferramentas, nomeadamente tecnológicas, utilizamos ou melhor nos servem?”, “Que temas interpretativos, tópicos e técnicas interpretativas funcionam para diferentes públicos e porquê?”, “Qual o papel dos estudos de públicos neste contexto?”.
Na resposta a esta teia de questões, pressentem-se vários pulsares. Abre-se o livro com um grupo de quatro textos que, entre si, falam da possibilidade relacional, de apropriação lúdica e de formação de uma cidadania ativa e consciente da educação patrimonial centrada em vínculos pessoais e sociais, que se amplia e expande a partir de práticas criativas e na utilização da tecnologia digital. O último texto deste conjunto leva-nos diretamente ao âmago da questão fundamental, introduzindo e discutindo estratégias específicas de educação patrimonial expandida. Os quatro textos seguintes destacam experiências de envolvimento com a comunidade que visam a valorização das identidades e a apropriação e resignificação do património, ora realçando vivências e histórias pessoais, ora promovendo aprendizagens em contexto que promovem a tolerância, a inclusão social, o apreço pelos lugares e o desenvolvimento de sentidos de pertença.
Por fim, apresenta-se um grupo mais vasto de ensaios deste livro que, em particular, direciona o seu olhar para a relação “natural” entre escola e educação patrimonial e museal. Embora com enfoques diversos quando às tipologias patrimoniais abordadas e aos espaços patrimoniais explorados, propostas de aprendizagem cultural, estética e científica, ou análises em termos de perceção ou atribuição de significado, no seu todo, julgamos que a reflexão produzida por estes textos levanta questões que proporcionam a discussão sobre como a educação patrimonial e museal responde aos desafios de mudança do mundo e como as concetualizações teóricas se manifestam nos métodos de programação, avaliação e envolvimento dos públicos escolares.