Eliete V Gonçalves
Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Ciências da Educação pela Universidade de Coimbra. Mestre em Processos Criativos pela UFRJ (2017). Pós-graduada em Arteterapia com especialização em saúde e educação (2011). Graduada em Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2003). Professora de Música da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
less
Uploads
Papers
Em tal movimento, nosso arquivo de pesquisa foi constituindo pelos seguintes documentos/monumentos: Decreto 19.890 de 1931; Lei n° 5.692 de 1971; Lei 11.769 de 2008; Lei 13.278 de 2016 e a Base Nacional Comum Curricular, 2019. Na análise, percebemos a Educação Musical em meio a movimentos contingentes de inclusão e exclusão dos currículos escolares, no âmbito de contextos históricos diversos, com efeitos nos modos de conceber a escola, seus conhecimentos e sujeitos. Ora contribuindo para a manutenção do status quo, ora participando de lutas sociais mais amplas, ela veio se disciplinarizando em meio aos históricos embates em torno da consolidação das formas ‘validadas’ e ‘legitimadas’ do conhecimento escolar. Assim, ao invés de buscar somente descrever os movimentos de entrada e de saída dos currículos, estivemos mais centralmente interessadas na compreensão dos jogos historicamente instituídos que, em meio a um sistema de pensamento cosmopolita – no sentido proposto por Thomas Popkewitz –, confinam a Educação Musical em um espaço a ser habitado pelos conhecimentos ‘menores’. Assumimos que tais conhecimentos, ainda que sejam historicamente vistos em posição subalternizada frente a outros componentes curriculares de maior prestígio, tem um papel importante na definição dos currículos escolares. Afinal, é na relação com eles que os demais conhecimentos se estabelecem como ‘maiores’, em um movimento no qual a política vai se construindo discursivamente. Entender esse processo nos auxilia a participar do jogo político percebendo a Educação Musical produzindo efeitos em todas as posições que veio historicamente ocupando na educação brasileira, potencializando a positividade dos mesmos nas lutas por significar aquilo que conta como conhecimento no mundo cosmopolita.
Em tal movimento, nosso arquivo de pesquisa foi constituindo pelos seguintes documentos/monumentos: Decreto 19.890 de 1931; Lei n° 5.692 de 1971; Lei 11.769 de 2008; Lei 13.278 de 2016 e a Base Nacional Comum Curricular, 2019. Na análise, percebemos a Educação Musical em meio a movimentos contingentes de inclusão e exclusão dos currículos escolares, no âmbito de contextos históricos diversos, com efeitos nos modos de conceber a escola, seus conhecimentos e sujeitos. Ora contribuindo para a manutenção do status quo, ora participando de lutas sociais mais amplas, ela veio se disciplinarizando em meio aos históricos embates em torno da consolidação das formas ‘validadas’ e ‘legitimadas’ do conhecimento escolar. Assim, ao invés de buscar somente descrever os movimentos de entrada e de saída dos currículos, estivemos mais centralmente interessadas na compreensão dos jogos historicamente instituídos que, em meio a um sistema de pensamento cosmopolita – no sentido proposto por Thomas Popkewitz –, confinam a Educação Musical em um espaço a ser habitado pelos conhecimentos ‘menores’. Assumimos que tais conhecimentos, ainda que sejam historicamente vistos em posição subalternizada frente a outros componentes curriculares de maior prestígio, tem um papel importante na definição dos currículos escolares. Afinal, é na relação com eles que os demais conhecimentos se estabelecem como ‘maiores’, em um movimento no qual a política vai se construindo discursivamente. Entender esse processo nos auxilia a participar do jogo político percebendo a Educação Musical produzindo efeitos em todas as posições que veio historicamente ocupando na educação brasileira, potencializando a positividade dos mesmos nas lutas por significar aquilo que conta como conhecimento no mundo cosmopolita.
Os caminhos que a música tomou ou toma nas suas diferentes realizações implicam numa significação e ressignificação de seu fazer. Investigar, analisar e discutir esses caminhos foi a forma que a autora encontrou para compreender a relação que a sociedade atual tem com a música.
Essa sociedade e tem buscado funcionalidade para tudo, mas será que a música, algo que possui valor em si mesma pode ter sua significância reduzida a um utensílio, como um abridor de latas tem a sua utilidade?
Nesse sentido a autora refaz alguns caminhos temporais da música compreendendo a sua não serventia, ou a sua "inutilidade" na educação.
Conhecimento deve ser público.
Bons estudos!
Em Knowledge and Control: New Direction for the Sociology of Education (sem tradução para a língua portuguesa), Young, em conjunto com outros autores, como Pierre Bourdieu, Basil Bernstein, Geoffrey Esland e Neil Keddie, propõe uma discussão para além de questões centradas unicamente em um currículo técnico, cujo objetivo era quase exclusivamente refletir sobre os melhores métodos e técnicas para garantir uma eficiência na organização curricular e de ensino. Assim, a NSE introduz uma forma de analisar o currículo na sua origem, direcionando a reflexão sociológica sobre as escolhas, os jogos políticos e os agentes do campo educacional que definiam o quê deve ser ensinado e como.
Refletir sobre o humano, cultura, vida e música se constitui a proposta desse livro, e a partir daí toma-se diversos caminhos que tem um único fim: Educação, ou seja, os caminhos da formação humana que sempre atravessam necessariamente a via poética da música.
Os caminhos que a música tomou ou toma nas suas diferentes realizações implicam numa significação e ressignificação de seu fazer. Investigar, analisar e discutir esses caminhos foi a forma que a autora encontrou para compreender a relação que a sociedade atual tem com a música. E, a partir da sua experiência como educadora, propor uma reflexão sobre a música como base para educação, a música como início-meio-fim, isto é, inservível, inútil, desadjetivado, como um saber produtivo, poético, um fim em si mesmo.
humanidade. Analisar a relação que a escola tem com o significado de educação em seu sentido atual e compreender os motivos que
levaram ao modo de formação fragmentada que temos vivenciado atualmente em nosso sistema educacional. Dentro dessa proposta, a
pesquisa se iniciará a partir do entendimento do significado de Paidéia, uma expressão grega que trazia em seu conteúdo um ideal de viver em
sociedade que transcende a ideia de Educação enquanto se relaciona com expressões modernas como civilização, cultura, tradição,
literatura ou educação (JAEGER, 1995). E por fim analisar esta relação atual que nossa cultura estabeleceu entre educação e escola.
A partir dos modos de viver gregos conforme Jaeger investiga, passando pela concepção de educação Freiriana (FREIRE, 2005), bem como a lógica capitalista de Marx (MARX, 2004), essa pesquisa pretende suscitar indagações a respeito da eficácia da fragmentação de
conteúdos que experimentamos em todos os anos de formação escolar, suas causas e motivos e aclarar as causas que levaram a sociedade atual a considerar alguns conteúdos como dispensáveis ou opcionais em nossa educação atual.
fundamental premise we put into practice is that music is at the basis of all human knowledge. If there is no music, then there is no possible knowledge. In this article we present some contributions to thinking about the importance of music in Basic Education as a basis for knowing, knowing and learning.
O trabalho teve como objetivo expor ao leitor a influência que a música exerce sobre o desenvolvimento natural do indivíduo, sua socialização, como seu aprendizado acontece de forma espontânea, principalmente durante os anos de formação do seu caráter, bem como a importância de ser introduzida como prática comum desde os seus primeiros anos de vida.
Também aborda a problemática de como a música vem sendo desvalorizada através dos anos, analisando o motivo pelo qual o interesse pela música tem sofrido um decréscimo, e como isso tem afetado o desenvolvimento do indivíduo. Destaca pontos consideráveis sobre as quais a música vem exercendo influência para esclarecer a importância da música e evitar que sua desvalorização se dissemine. O trabalho se desenvolveu através de consulta a uma literatura específica. Foi possível verificar o grau de importância da música para a formação do indivíduo e a necessidade de se fazer uma conscientização coletiva da sua importância para que esta não venha a assumir papel de último lugar de importância na sociedade.
O trabalho teve como objetivo expor ao leitor a influência que a música exerce sobre o desenvolvimento natural do indivíduo, sua socialização, como seu aprendizado acontece de forma espontânea, principalmente durante os anos de formação do seu caráter, bem como a importância de ser introduzida como prática comum desde os seus primeiros anos de vida. Também aborda a problemática de como a música vem sendo desvalorizada através dos anos, analisando o motivo pelo qual o interesse pela música tem sofrido um decréscimo, e como
isso tem afetado o desenvolvimento do indivíduo. Destaca pontos consideráveis sobre as quais a música vem exercendo influência para esclarecer a importância da música e evitar que sua
desvalorização se dissemine. O trabalho se desenvolveu através de consulta a uma literatura específica. Foi possível verificar o grau de importância da música para a formação do indivíduo e a necessidade de se fazer uma conscientização coletiva da sua importância para
que esta não venha a assumir papel de último lugar de importância na sociedade.
A EROTIZAÇÃO MUSICAL E A DIVERSIDADE MUSICAL NAS
ESCOLAS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA O EDUCADOR