Mock-Heroic Poem

Una panoramica sul ricorso al proverbio nel poema eroicomico secentesco: sulla sua esplicita presenza già negli elementi paratestuali, sul suo impiego introdotto da marche di entrata, sulla tecnica di accumulazione di modi di dire all’interno di un’ottava, sulla rielaborazione e sul riadattamento della sua struttura formulare alle esigenze della versificazione, sulla sua non casuale ricorrenza negli ultimi due versi a rima baciata, ricorrenza legata alle modalità di espressione del comico proprie di questa produzione. In conclusione, una riflessione sulla dialettica tra presenza del proverbio nel poema eroicomico e sviluppi della paremiologia seicentesca. Con citazioni da Carlo de’ Dottori, Giovan Battista Lalli, Lorenzo Lippi, Alessandro Tassoni, Francesco Bracciolini, Giuseppe Berneri, Bartolomeo Corsini, Girolamo Nomi.

The warfare described in The Battle of the Frogs and Mice (ancient Greek poem of uncertain authorship and dating which we know to have been used as a school text in the Byzantine period) is commonly read as a parody of the Iliad, because it imitates by parody the warfare between Achaeans and Trojans warriors. However, an analytical reading allows us to conclude the existence of another argument besides the one related with war: the argument of the journeys, specifically the journeys of Odysseus celebrated by Homer in The Odyssey.
In this article I intent to analyze on how the journeys of Odysseus cross the universe of this mock-heroic poem, on how they are adulterated and transmuted through parodic imitation, remarking what kind of new interpretations they acquire in the new literary context. Odysseus’ adventures (from Troy to Ithaca) are twelve and all of them are mocked in this little poem, though some more explicitly than others. The encounter with the Cyclops, the descent into Hell and the sinking of Odysseus (after his departure from Ogygia) are examples of some Odyssey episodes recurrently imitated in The Battle of the Frogs and Mice.

Dopo alcune considerazioni metodologiche sulla prassi della "lectura" critica - nel senso di esegesi collettiva in cui ogni interprete esamina una parte di un testo letterario -, in anni recenti applicata ai grandi poemi cinque-seicenteschi ("Orlando furioso", "Gerusalemme liberata", "Adone"), l'intervento dà notizia di un'iniziativa similare in corso riguardante "La secchia rapita", e passa quindi a illustrare i principali risultati emersi dalla lettura del VI canto dell'opera del Tassoni. Due aspetti in particolare vengono indagati: le affinità che "La secchia" dimostra con l'importante tradizione comica del secolo precedente, rappresentata in primo luogo da Francesco Berni, Aretino, Annibal Caro; e il rapporto che intercorre fra le ottave del poema e le "Dichiarazioni del Signor Gasparo Salviani", ossia il commento redatto dallo stesso autore modenese

Os poemas homéricos integram no tecido narrativo evidências do processo oral de transmissão poética a que as suas origens estão associadas. Seria, pois, a voz hábil e poderosa do aedo o meio através do qual os heróis do passado alcançavam renome, passando à póstuma memória como protagonistas das mais notáveis façanhas. Contudo, enquanto a epopeia celebriza em tom solene e grave a memória de um passado glorioso, contrariamente a poesia herói-cómica, que se caracteriza pelo contraste entre a expressão elevada e o tema vulgar, torna objecto de canto incidentes triviais.
Neste capítulo, reflectirei sobre a subversão do valor encomiástico da poesia épica antiga n’ O Hissope de Cruz e Silva, poema herói-cómico português, que celebra, num estilo alto e sublimado, próprio da epopeia, uma das mais frívolas questiúnculas ocorridas na Sé de Elvas, na segunda metade de setecentos, entre o Deão José Lara e o Bispo D. Lourenço de Lancastro. Demonstrarei que o poema em causa glorifica, de forma paródica e satírica, acções grosseiras e insignificantes, inserindo a realidade social, não num passado heróico, mas num presente vicioso e ordinário. Assiste-se, assim, neste texto, a uma imitação dos recursos épicos não para imortalizar feitos gloriosos, mas para preservar a memória de bagatelas.
Significativo é o episódio (cuja análise dou especial atenção) em que Vidigal entretém o banquete em casa do deão, no canto VII de O Hissope. O padre cantor afirma categórico que deixará em silêncio os grandes sucessos “em mais remotos tempos celebrados”, optando por glorificar a memoranda Elvas com o relato musical de três incidentes triviais nela ocorridos.

The medieval narrative poem 'Asinarius' (late 12th – early 13th century) has commonly been considered a fairy tale ante litteram, predating the self-conscious development of the literary genre from Early Modern Times onward. Under influence of the deeply rooted notion that fairy tales have their origins in oral-folkloric traditions, scholars who have studied this text have tended to do so in terms of its supposed indebtedness to folktales, possibly even derived from Indian mythology. Meanwhile, its essential nature as a piece of Latin literature has been largely neglected. This article proposes a literary contextualizing approach to the text, situating it within the broader field of Latin literature. More specifically, it will argue how the 'Asinarius' poet playfully engages with epic texts, both ancient and contemporary, dealing with the matter of Troy. Thus, the reader is invited to a mock-epic reading of the poem, all too easily obfuscated today by an anachronistic 'Grimmian' perspective.