Nossa experiência cotidiana em relação ao tempo parece estar dividida entre fatos já ocorridos, passados; fatos que estão acontecendo, presentes e outros que ainda não aconteceram, ou seja, fatos futuros. Essa divisão é tão introjetada em...
moreNossa experiência cotidiana em relação ao tempo parece estar dividida entre fatos já ocorridos, passados; fatos que estão acontecendo, presentes e outros que ainda não aconteceram, ou seja, fatos futuros. Essa divisão é tão introjetada em nossa relação com o mundo que qualquer situação que contradiga tal experiência produz estranhamen-tos. Lembramos do passado, mas não " lembramos " do futuro; poucos-ou ninguém-acreditam que uma ação presente pode afetar o passado, mas muitos possuem a im-pressão de que nossos atos presentes, deliberados livre e conscientemente, podem afetar o futuro; quando quebramos um copo não esperamos que seus pedaços rearrangem-se novamente no formato anterior sem nenhuma ação positiva (Feynman, 1967, p. 108). Todos esses indícios cotidianos parecem sugerir que a passagem do tempo possui uma direção. Em Filosofia, em Cosmologia, em Psicologia e outras ciências, em seus respec-tivos tratamentos, esses problemas são discutidos sob a égide do problema da seta do tempo (" arrow of time " ou " time's arrow "). Com esse nome, foi primeiramente discu-tido por Eddington em The Nature of the Physical World. Para Eddington (1928, p. 69) essa característica de assimetria do tempo pode ser descrita, sem apelos a estados psi-cológicos, pelo incremento progressivo da desordem de um sistema, fenômeno descrito pela segunda lei da Termodinâmica. Without any mystic appeal to consciousness it is possible to find a direction of time on the four-dimensional map by a study of organisation. Let us draw an arrow arbitrarily. If as we follow the arrow we find more and more of the random element in the state of the world, then the arrow is pointing towards the future; if the random element decreases the arrow points towards the past. That is the only distinction known to physics. This follows at once if our fundamental contention is admitted that the introduction of randomness is the only thing which cannot be undone. I shall use the phrase " time's arrow " to express this one-way property of time which has no analogue in space. It is a singularly interesting property from a philosophical standpoint. We must note that – (1) It is vividly recognised by consciousness. (2) It is equally insisted on by our reasoning faculty, which tells us that a reversal of the arrow would render the external world nonsensical. (3) It makes no appearance in physical science except in the study of organisation of a number of individuals.