Farmville

Nobel laureate Niko Tinbergen coined the term ‘supernormal stimulus’ after discovering that birds who lay small, pale blue eggs speckled with grey prefer to sit on larger, bright blue eggs with black polka-dots. He found that he could exaggerate the key qualities of any natural stimulus to produce a stronger reaction yet--be it nurturance, courtship, fear or aggression.
    Animals encounter supernormal stimuli mostly when experimenters build them.  Humans can generate their own and media are awash with them: friendly smiling faces more consistently welcoming than ones own friends, animated cartoon characters with wider eyes than any real child’s, seductive bodies exceeding any proportions found in nature, and a huge array of supernatural menaces.
    This chapter examines film, television, spectator sports, video games, and social websites as well as more traditional media such as print and musical performance in terms of the concept of supernormal stimuli.

While social games such as Zynga’s FarmVille are often positioned as poor gaming experiences or as disguised financial and data-extraction processes (Bogost, 2010; Rossi, 2009), this article considers social games as part of a wider regime of social interaction and creative identity work. By definition, social games are located within extensive online social networks. Gameplay is thus situated within a number of overlapping contexts: the game, the broader social network and the material conditions of access, including different devices (mobile or desktop) and different locations. Moreover, given widely discussed differences between social game players and console- and PC-based game players (Wohn, 2011: 199), and game-play mechanics, these broader contexts further a reading of social gameplay as part of the diverse millieux of everyday life. The article argues that social games are spaces of creative expression, social dynamics and identity co-creation that cannot be understood without considering their broader contexts.

This paper explores some of the ways in which social games –  games played with others through social network sites such as Facebook - are situated within the everyday. It argues that social games are more than just games; they perform a range of interactive and integrative functions across and within people’s lives and therefore need to be investigated as such. Social games enable spaces for and practices of creative expression, and identity management. They also form a mechanism through which relations can be enacted and maintained across and outside of the game environment. This argument requires the researcher to consider the panoply of ways in which people integrate social games within their lives and everyday practices. Part of a larger project, this paper explores some findings from an exploratory survey of Australian game players about their management and integration of game play within the everyday with a particular focus on gender.

O artigo tem por finalidade compreender como as dinâmicas sociais de competição, conflito e cooperação existente nos social network games operam no processo de constituição identitária dos sujeitos no ciberespaço. A partir da participação do usuário no processo lúdico desses jogos, pensa-se que estas dinâmicas podem favorecer a visualização de processos identitários do indivíduo da atualidade. Para isso, parte-se de uma análise netnográfica focada no game Farmville do Facebook (centrando-se em uma observação participante e em 37 entrevistas semi-estruturadas). Os resultados iniciais apontam para uma compreensão de que o processo de constituição identitária dos sujeitos no universo virtual tem ligação com o coletivo do jogo e com as funcionalidades e valores sociais provenientes das dinâmicas propostas pelo social network game Farmville.

A presente tese parte do reconhecimento de que os social network games oferecem espaços para que os seus participantes exercitem a reflexão de suas identidades. Neles, sujeitos identificam-se e moldam seus perfis para serem reconhecidos e interagirem com os demais jogadores. O objetivo centra-se em compreender como são configuradas estas identidades do gamer nos seus jogos. A discussão teórica incluiu a problematização dos conceitos-chaves de identidade e de jogos online, questões relacionadas à visualização das identidades no Ciberespaço e a forma adquirida nos jogos online e mediações culturais, midiáticas, competências tecnológicas e relacionadas aos jogos. Os social network games foram contextualizados a partir de aspectos históricos, situação atual, ambientes suportes, possibilidades e dinâmicas sociais. A pesquisa empírica parte de uma construção de tipos de games em termos das possibilidades para a construção identitária, que inclui os jogos de Construção de Mundos, que estimulam a personalização do ambiente e os de Participação em Mundos, que estimulam a competição com atores da rede social. Optou-se pela realização da metodologia netnográfica desenvolvida em um jogo dentro de cada uma destas categorias: o Farmville e o SongPop (respectivamente), além de entrevistas com uma amostra de jogadores. Os resultados apontam a existência de elementos no jogo capazes de oferecerem lugares para o desenvolvimento de apropriações sociais (avatar, bens virtuais, interações sociais e território virtual), indicadoras de facetas identitárias destes sujeitos. Por meio deles, percebeu-se a existência de matrizes identitárias nos social network games (aleatórias, competitivas, representativas e valorativas) capazes de direcionar o modo de construção individual e coletivo destes indivíduos antes mesmo de terem contato com estes lugares de apropriação nos jogos. As implicações deste estudo revelam a existência de uma dupla via de afetação oriunda não apenas da estrutura dos jogos, mas, principalmente, dos espaços criativos que os sujeitos encontram para manifestarem suas identidades. Por meio deles, os social gamers não apenas revelam traços de si, como também parecem incorporar novas facetas identitárias oriundas destas construções no game ao seu self, o que sugere um importante papel destes ambientes lúdicos e virtuais na constituição identitária do sujeito atual.

A presente tese parte do reconhecimento de que os social network games oferecem espacos para que os seus participantes exercitem a reflexao de suas identidades. Neles, sujeitos identificam-se e moldam seus perfis para serem reconhecidos e interagirem com os demais jogadores. O objetivo centra-se em compreender como sao configuradas estas identidades do gamer nos seus jogos. A discussao teorica incluiu a problematizacao dos conceitos-chaves de identidade e de jogos online, questoes relacionadas a visualizacao das identidades no Ciberespaco e a forma adquirida nos jogos online e mediacoes culturais, midiaticas, competencias tecnologicas e relacionadas aos jogos. Os social network games foram contextualizados a partir de aspectos historicos, situacao atual, ambientes suportes, possibilidades e dinâmicas sociais. A pesquisa empirica parte de uma construcao de tipos de games em termos das possibilidades para a construcao identitaria, que inclui os jogos de Construcao de Mundos, que estim...

In 2010, the game designer and cultural critic Ian Bogost released a Facebook-based social game called Cow Clicker. It was made in order to make apparent the mechanics of online ‘click-based’ social games, such as the hugely successful FarmVille franchise, which Bogost argued worked by dumbing down the user’s interactions in order to be more efficiently monetized. In this understanding, ‘click-based’ social games are games without the ‘play’ element: an industry that offers little to no gain for the player.

Cow Clicker was made to be fully-functional on Facebook. But Bogost employed Brechtian-type ‘alienation effects’ in order to introduce a parodic element: exaggerating and attempting to make plainly obvious the dumbness and essential vacuity of social gaming. However, Bogost’s game underestimated its technological support and Cow Clicker inadvertently achieved a level of success comparable to the games it sought to criticize. Players willingly and repeatedly participated in its fundamentally disappointing experience.

This paper will argue that the failure of Cow Clicker’s critique is symptomatic of its conditions of production. That is to say, an algorithmic system that is indifferent to critical intention. We might say that as long as it produced data (which it did), it was OK – it didn’t create any friction within Facebook’s apparatus nor with the expectations of its players. Nonetheless, I will claim that Cow Clicker reveals a truth regarding our interpellation by current technological apparatuses: that there is an emergent pleasure in disappointment; dissatisfaction; meaninglessness. This demands pause for thought on the efficacy of a critique based upon negative affect and its ability to act upon us in the current conditions of production.