O presente trabalho é um desdobramento da dissertação de mestrado intitulada “Tiros, lâmpadas, mapas e medo: cartografias da homofobia como dispositivo de biopoder”, defendida no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro em março de 2012. Memórias produzidas a partir de uma viagem, gravadas em pequenos fragmentos, como fotografias, anotações, materiais informativos, cartões-postais. Este texto traz algumas questões sobre a construção de uma cartografia que acompanhe a homofobia na fabricação de corpos, performances de gênero e do próprio espaço urbano. Para tanto, o caminho metodológico precisa se haver com critérios políticos, levando em conta as possibilidades e criações, para analisar os processos produtivos em curso, deixando de lado um juízo transcendente (DELEUZE, 1990). A escolha de uma metodologia produz mundos, e está sempre implicada com relações de poder.