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2021, Blog de Ciência da Universidade Estadual de Campinas - Mulheres na Vilosofia
Uma Rediscussão sobre as ondas feministas e sobre a utilidade da metáfora da onda.
O objetivo deste trabalho é analisar o fenômeno dos cuidados digitais a partir da perspectiva feminista da ética dos cuidados (Carol GILLIGAN, 1982, 2013) e seus desdobramentos no seio da teoria feminista. Tema emergente do feminismo em redes digitais, os cuidados em ambientes virtuais se manifestam na produção de manuais, sites com recomendações, cursos, oficinas e aplicativos. Estas ações emergem como resposta ao rastreamento e vigilância por meios digitais e pelas violências de gênero que se trasladam dos ambientes físicos para os virtuais e adquirem outras modalidades. Acreditamos que a semelhança e proximidade entre as práticas ciberfeministas em segurança digital e os debates sobre a ética do cuidado desenvolvidas pelas teóricas feministas merecem análise detalhado. A comunicação, as relações, as redes e os afetos - na ética do cuidado - adquirem relevância; as emoções são parte da conduta humana e do juízo moral, que não pode ser compreendido como objetivo e imparcial, senão localizado, situado e contextualizado.
2021
O fio condutor do artigo atravessa o tema da mulher no processo das mudanças de diversas ordens interagindo com a visão filosófico-educacional gestada desde a modernidade. Exploraremos, nos limites deste escrito, as representações elaboradas pelos filósofos sobre as mulheres em cujas discussões sustentavam na “natureza” os traços característicos de gênero e que alcança, especialmente, a figura da professora. Na chamada pós-modernidade, a ideia de liquidez das noções, antes absolutas, apontam para a defesa da “construção de gênero”, dentre outros temas. A vida passa a não ter o sentido antes passível de explicação pelas verdades e certeza dos conhecimentos, posto que na contemporaneidade predomina a crença na efemeridade, na valorização das experiências imediatas dos momentos únicos e fugazes, na busca incessante do prazer, o carpe diem. Apresentamos os traços distintivos de gênero na modernidade, tempo favorável a mudanças sobretudo para o universo feminino tal a transição ocorrida ...
Art Research Journal, 2019
Resumo O ensaio propõe a reconstrução do encontro presenciado pela autora entre Amelinha Teles, Cláudia Schapira e Fernanda Azevedo, promovido pelo SESC Belenzinho e ocorrido no bojo das comemorações de 08 de Março de 2016. A memória é empregada como método, inspirando-se no trabalho da socióloga alemã Frigga Haug (1992, 1996), em suas considerações sobre o trabalho detetivesco que toma como ponto de partida a experiência real das pessoas no mundo e a teoria marxista de exame das condicionantes materiais, discursivamente evocadas pelas mulheres. Observo, desse modo, as práticas de gênero na área do teatro brasileiro num enquadramento amplo, em que atuam as políticas de identidade, os papéis sociais, os feminismos e as modalidades de criação e produção teatrais, num arco histórico de cerca de 50 anos. A retomada do ano de 2016, portanto, lança mão do método de trabalho-da-memória a fim de aplica-lo ao exame da construção social de gênero feminino no teatro, assim como para convidar à revisão em ato, em 2018-19, desse processo e das estruturas históricas envolvidas, buscando apontar aqui as contradições que as tornam móveis e mutáveis. Palavras-chave: A(r)tivismo feminista. Teatro e feminismo. Teatro feminista brasileiro. Trabalho-de-memória. Frigga Haug.
A Família: Análises e questionamentos sobre o movimento feminista de Primeira Ondano Brasil, 2020
As feministas do movimento conhecido como primeira ondautilizaram as letras como estratégia de militância na luta pela conquista de direitos. Ao adentrar gradualmente no universo jornalístico tradicionalmente masculino, as mulheres ganharam visibilidade, força e espaço para suas lutas de gênero. Assim, buscou-se investigar e analisar a primeira ondado movimento feminista no Brasil através do jornal A Família, veiculado inicialmente em São Paulo e depois no Rio de Janeiro. Criando uma rede feminista que contava com a participação de mulheres de norte a sul do Brasil, o jornal criado por Josephina Álvares de Azevedofoi importante para incentivar a emancipação das mulheres do final do século XIX, lutar por direitos e divulgar as conquistas femininas ao redor do país.
Resumo: Este artigo aborda a omissão das teorias políticas tradicionais sobre os acordos e práticas sociais que delimitam as agentes e as atividades de cuidado ao âmbito do doméstico. Para tanto, o contrato de casamento é evocado, estabelecendo uma relação entre o mesmo e o baixo poder político atribuído às mulheres assim como a exploração de suas atividades para a produção de privilégios concedidos a certos grupos e, em especial, para os homens. O paradigma distributivo das teorias da justiça contemporâneas também é questionado e defende-se a necessidade de incluir discussões sobre gênero, poder e dominação no escopo destas teorias. Por fim, elementos oriundos das teorias do cuidado são apresentados para evidenciar o elevado grau de injustiça resultante da organização desigual das atividades de cuidado bem como de seus benefícios, tanto no doméstico quanto no espaço público. O intuito geral do artigo é o de prover elementos que apontem para a importância da da temática do cuidado para questões políticas e de justiça social.
2021
Talvez esse livro Filósofas seja uma reação à famosa coleção “Os Pensadores”, que não contém nenhuma pensadora em seus 52 volumes de 25 séculos de filosofia. Mas talvez seja mais do que isso. Talvez seja a expressão de que nós, filósofas brasileiras, estamos ganhando cada vez mais consciência de que o que já se produziu em filosofia pelas mulheres é extremamente profundo e transformador e que o que nós queremos é uma completa revisão feminista da história da filosofia. Uma história que não apenas inclua mulheres filósofas, mas que se abra para novos objetos, questões e temas e novas formas de argumentar, imaginar e produzir conhecimento. A pergunta que não quer calar diante desse tipo de produção de conhecimento feito por homens filósofos é a seguinte: uma filosofia que justifica as desigualdades sociais existentes e naturaliza opressões não seria ela mesma opressiva? Esse tipo de filosofia falocrática ou de bases misóginas e racistas não produziria graves consequências epistemológicas e éticas?
2020
"O título de “Filosofia por Elaes” pode causar estranhamento aos mais conservadores. Com a palavra “Elaes” não se trata evidentemente de um erro de digitação, nem de um mero neologismo que integre de modo artificial homens e mulheres em uma idealização atual que visa esconder a divisão real do trabalho ao qual serve essa separação sempre com maior carga de sofrimento para as mulheres. Do mesmo modo, não se quer, por meio dessa expressão, apenas reunir gêneros como formas discursivas, como produtos sociais ou sexuais. A perspectiva de criar uma palavra para integrar pronomes, que em si mesmos excluem o outro aponta, evidentemente, para mais longe. Com “Elaes” se trata, sobretudo, de uma provocação, gesto no qual se pode dizer que reside o sentido do que se pode em qualquer época chamar de filosofia." -- Marcia Tiburi
Filosofia por elaes, 2020
Considerando a epistemologia social feminista de Donna Haraway, de que diferenças experienciais levam a diferenças de perspectiva e essas diferenças carregam consequências epistêmicas, o objetivo é mostrar de que modo sua proposta de objetividade corporificada se intercala com o conceito suado de Sara Ahmed, com vistas a pensar uma epistemologia afetiva, na qual o conhecimento é compreendido como algo que fazemos através do envolvimento com os outros. Isto é, contempla uma dimensão ética do conhecimento. Conceitos suados são gerados em experiências práticas que procuram transformar o mundo e são, na verdade, uma descrição de como me sinto no mundo e como poderia me sentir mais nele. Sentir que se fortalece ocupando o lugar de fala, apresentando diferentes narrativas, criando políticas de afinidades, capazes de alargar os ainda limitados espaços do conhecimento. Espaços que insistem em ignorar o papel crucial das emoções no processo de deliberação racional e na orientação da atividade intelectual.
Kant e-prints, 2011
This work seeks to understand some of the statements of Immanuel Kant on the nature of women and the feminine in his writings in anthropology from a pragmatic point of view. In dealing with the character of sex, Kant presents what, in contemporary language, is called "gender differences" (between men and women, male and female) and develops his main argument for the belief in women's "natural weakness": the preservation of the species. To introduce the theme of gender difference, Kant speaks of "production machines" based on different strength levels and nature's desire. Nature is described as responsible for "female weakness". In a similar way, he claims that the allocation of more or less strength, according to the gender of each individual, has the purpose of allowing for physical, rational, and lasting unions between men and women, for the good of mankind. The focus is on theories of the nature and legal incapacity of women in the eighteenth century resulting, to a great extent, from a long debate among different groups within European society in the previous centuries. This article also discusses some of the literary sources that may have influenced the thinking of Kant on this subject and a possible Kantian stance regarding the role of women in Western society.
Ces vingt dernières années, les estudios de género ont peu à peu pris le pas au Mexique – comme dans toute l’Amérique latine ‒ sur les estudios de la mujer. Cette transformation conceptuelle et méthodologique doit beaucoup à la proximité des Etats-Unis mais aussi au fort degré d’implication des anthropologues féministes mexicaines dans les préparations des conférences internationales du Caire (1994, population) et Beijing (Femmes, 1995) qui ont consacré l’utilisation internationale du concept de genre dans les politiques publiques. De cette production considérable de « genre » dans un contexte latino-américain résultent une profusion de courants de pensée mais aussi des questionnements politiques et éthiques au sein des féminismes universitaires comme des univers à la militance plus radicale. L’entrée du genre dans le champ du discours et de la pensée féministe au Mexique a constitué à la fois un traumatisme et un défi à des savoirs militants produits dans un contexte politique largement allogène à celui des productions théoriques des universités nord-américaines. La création d’ONG « de genre » ‒ essentiellement centrées sur la santé reproductive ‒ par ces mêmes anthropologues accentua de même l’emprise du vocable género dans les secteurs de la santé et de l’action sociale. Le concept de género est rapidement devenu un succédané politiquement correct pour signifier les « femmes » en tant que groupe ciblé de l’action sociale, évolution que les institutions internationales ont largement contribué à entretenir. La relative neutralisation scientifique de la question des sexes et des femmes par le genre, a permis une transversalisation du questionnement dans les années 1990 et a donné lieu à une pléthore de nouveaux objets scientifiques (migrations, revenues, santé, identité ethnique, participation politique). Cette paradoxale euphémisation scientifique a fait entrer le genre et la question des rapports sociaux de sexe dans les sciences sociales mexicaines, ce que les études féministes et sur les femmes n’avaient pas obtenu, ayant été largement méprisées et rejetées dans la sphère militante. Nous verrons également que le genre institutionnellement produit reconduit la tendance à inclure uniquement les femmes dans celui-ci et que ce même genre est largement construit depuis une position conservatrice – lié à l’inertie de l’habitus viridominant – qui omet les hommes des rapports sociaux de sexe, reconduisant les femmes dans leurs manques et leurs « tares sociales » (Tain, 2003 : 174-176). Le genre est devenu objet complexe de discours et de pratiques institutionnelles qui n’impliquent pas seulement le monde universitaire au Mexique mais également un nombre considérable d’institutions publiques, d’ONG et d’agents qui produisent du « genre ». Dans l’enseignement secondaire depuis une série de réformes qui en a également fait un élément de morale civique et un élément de réflexion des classes de sciences , le genre s’impose comme une catégorie d’analyse largement socialisée dans l’espace pédagogique et se nourrit de signifiés toujours plus nombreux.
Osmanlı Türkçesi Tenkitli Neşir Kursu 5, 2023
Teatro e Storia, n. 41. https://www.teatroestoria.it/indici.php?id_volume=106, 2020
Analele Putnei, 2023
The encyclopedia of migration and minorities in Europe. From the 17th century to the present, 2011
REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG, 2018
International Journal of Bonorowo Wetlands
ICOFOM Study Series
ResearchGate, 2024
Conscience in Veritatis Splendor, 2022
De Medio Aevo, 2021
Global Biogeochemical Cycles, 2008
Journal of Geoscience and Environment Protection, 2021
Sensors and Actuators B: Chemical, 2020
ILARD International Journal of Economics and Business Management, 2021
Journal of Head Trauma Rehabilitation, 2015
Edukacja Międzykulturowa, 2022