[go: up one dir, main page]

Academia.eduAcademia.edu
SET 1993 NBR 7229 ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 1993, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Procedimento Origem: Projeto NBR 7229/1992 CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:009.07 - Comissão de Estudo de Instalação Predial de Fossas Sépticas NBR 7229 - Project, construction and operation of septic tank systems - Procedure Descriptor: Septic tank Esta Norma substitui a NBR 7229/1982 Válida a partir de 01.11.1993 Incorpora as Erratas de JAN 1994 e nº 2 de SET 1997 Lice nça de Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos Palavras-chave: Tanque séptico. Fossa séptica SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção ANEXO A - Figuras 15 páginas 3.1 Decantação Processo em que, por gravidade, um líquido se separa dos sólidos que continha em suspensão. 3.2 Despejo industrial Resíduo líquido de operação industrial. 3.3 Diâmetro nominal (DN) Esta Norma fixa as condições exigíveis para projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos, incluindo tratamento e disposição de efluentes e lodo sedimentado. Tem por objetivo preservar a saúde pública e ambiental, a higiene, o conforto e a segurança dos habitantes de áreas servidas por estes sistemas. Designação numérica de tamanho, que é comum a todos os componentes de um sistema de tubulação, exceto os componentes designados pelo diâmetro externo ou pelo tamanho da rosca. uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. 1 Objetivo 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 5626 - Instalações prediais de água fria - Procedimento NBR 8160 - Instalações prediais de esgoto sanitário - Procedimento Lice nça de NBR 13969 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação 3.4 Taxa de acumulação de lodo Número de dias de acumulação de lodo fresco equivalente ao volume de lodo digerido a ser armazenado no tanque, considerando redução de volume de quatro vezes para o lodo digerido. 3.5 Digestão Decomposição da matéria orgânica em substâncias progressivamente mais simples e estáveis. 3 Definições 3.6 Dispositivo de descarga de lodo Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.36. Instalação tubular para retirada, por pressão hidrostática, do conteúdo da zona de digestão. NBR 7229/1993 2 3.21 Lodo fresco Dispositivo interno destinado a orientar a entrada do esgoto no tanque séptico, prevenindo sua saída em curtocircuito. Lodo instável, em início de processo de digestão. 3.8 Dispositivo de saída Tempo médio de permanência da parcela líquida do esgoto dentro da zona de decantação do tanque séptico. de nça Lice 3.7 Dispositivo de entrada Dispositivo interno destinado a orientar a saída do efluente do tanque séptico, evitando curto-circuito, e a reter escuma. S.A. brás etro ra P a pa usiv excl uso 3.9 Efluente 3.22 Período de detenção do esgoto 3.23 Período de digestão Tempo necessário à estabilização da parcela orgânica do lodo. Parcela líquida que sai de qualquer unidade de tratamento. 3.24 Profundidade total 3.10 Efluente do tanque séptico Medida entre a face inferior da laje de fechamento e o nível da base do tanque. Efluente ainda contaminado, originário do tanque séptico. 3.11 Escuma Matéria graxa e sólidos em mistura com gases, que flutuam no líquido em tratamento. 3.12 Água residuária 3.25 Profundidade útil Medida entre o nível mínimo de saída do efluente e o nível da base do tanque. 3.26 Sedimentação Líquido que contém resíduo de atividade humana. Processo em que, por gravidade, sólidos em suspensão se separam do líquido que os continha. 3.13 Esgoto afluente 3.27 Sistema de esgotamento sanitário Água residuária que chega ao tanque séptico pelo dispositivo de entrada. Conjunto de instalações que reúne coleta, tratamento e disposição das águas residuárias. 3.14 Esgoto doméstico 3.28 Sistema de tanque séptico Água residuária de atividade higiênica e/ou de limpeza. Conjunto de unidades destinadas ao tratamento e à disposição de esgotos, mediante utilização de tanque séptico e unidades complementares de tratamento e/ou disposição final de efluentes e lodo. 3.15 Esgoto sanitário 3.29 Sumidouro ou poço absorvente de nça Lice Água residuária composta de esgoto doméstico, despejo industrial admissível a tratamento conjunto com esgoto doméstico e água de infiltração. Poço seco escavado no chão e não impermeabilizado, que orienta a infiltração de água residuária no solo. Unidade destinada ao tratamento de esgoto, mediante afogamento do meio biológico filtrante. 3.30 Tanque séptico 3.17 Intervalo entre limpezas Período de tempo entre duas operações consecutivas e necessárias de remoção do lodo do tanque séptico. 3.18 Lodo S.A. brás etro ra P a pa usiv excl uso 3.16 Filtro anaeróbio Unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo horizontal, para tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão (ver Figura 1 do Anexo A). 3.31 Tanque séptico de câmara única Material acumulado na zona de digestão do tanque séptico, por sedimentação de partículas sólidas suspensas no esgoto. Unidade de apenas um compartimento, em cuja zona superior devem ocorrer processos de sedimentação e de flotação e digestão da escuma, prestando-se a zona inferior ao acúmulo e digestão do lodo sedimentado. 3.19 Lodo desidratado 3.32 Tanque séptico de câmaras em série Lodo com baixo teor de umidade. Unidade com dois ou mais compartimentos contínuos, dispostos seqüencialmente no sentido do fluxo do líquido e interligados adequadamente, nos quais devem ocorrer, conjunta e decrescentemente, processos de flotação, sedimentação e digestão. 3.20 Lodo digerido Lodo estabilizado por processo de digestão. 3 NBR 7229/1993 Sistema de tratamento biológico do efluente do tanque séptico, que consiste em um conjunto ordenado de caixa de distribuição, caixas de inspeção, tubulações perfuradas superiores, para distribuir o efluente sobre leito biológico filtrante, e tubulações perfuradas inferiores, para coletar o filtrado e encaminhá-lo à disposição final. 3.34 Vala de infiltração Sistema de disposição do efluente do tanque séptico, que orienta sua infiltração no solo e consiste em um conjunto ordenado de caixa de distribuição, caixas de inspeção e tubulação perfurada assente sobre a camada-suporte de pedra britada. 3.35 Volume total 4.3 Restrições ao uso do sistema 4.3.1 O sistema em funcionamento deve preservar a quali- dade das águas superficiais e subterrâneas, mediante estrita observância das restrições desta Norma, relativas à estanqueidade e distâncias. 4.3.2 É vedado o encaminhamento ao tanque séptico de: uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. 3.33 Vala de filtração a) águas pluviais; b) despejos capazes de causar interferência negativa em qualquer fase do processo de tratamento ou a elevação excessiva da vazão do esgoto afluente, como os provenientes de piscinas e de lavagem de reservatórios de água. Volume útil acrescido de volume correspondente ao espaço destinado à circulação de gases no interior do tanque, acima do nível do líquido. 4.4 Abrangência do projeto 3.36 Volume útil tados de forma completa, incluindo disposição final para efluente e lodo (ver Figura 2 do Anexo A), bem como, sempre que necessário, tratamento complementar destes conforme a NBR 13969. 4 Condições gerais 4.1 Aplicação do sistema Lice nça de Espaço interno mínimo necessário ao correto funcionamento do tanque séptico, correspondente à somatória dos volumes destinados à digestão, decantação e armazenamento de escuma. 4.4.1 Os sistemas de tanques sépticos devem ser proje- 4.4.2 Os projetos dos sistemas de tratamento comple- mentar e disposição final de efluente e de lodo digerido devem atender ao disposto nas NBR 5626 e NBR 8160 e nas normas a elas relacionadas. 4.1.1 O sistema de tanques sépticos aplica-se primordial- 5 Condições específicas mente ao tratamento de esgoto doméstico e, em casos plenamente justificados, ao esgoto sanitário. 5.1 Distâncias mínimas 4.1.2 O emprego de sistemas de tanque séptico para o tra- uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. tamento de despejos de hospitais, clínicas, laboratórios de análises clínicas, postos de saúde e demais estabelecimentos prestadores de serviços de saúde deve ser previamente submetido à apreciação das autoridades sanitárias e ambiental competentes, para a fixação de eventuais exigências específicas relativas a pré e pós-tratamento. 4.1.3 Mesmo nos casos em que seja admitido o tratamento de esgoto sanitário com presença de substâncias tóxicas, nos termos das seções precedentes, cuidados especiais devem ser tomados na disposição do lodo. Os tanques sépticos devem observar as seguintes distâncias horizontais mínimas: a) 1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltração e ramal predial de água; b) 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água; c) 15,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza. 4.1.4 O sistema deve ser dimensionado e implantado de forma a receber a totalidade dos despejos, com exceção dos despejos especificados em 4.3.2. 4.2 Indicações do sistema O uso do sistema de tanque séptico somente é indicado para: Lice nça de a) área desprovida de rede pública coletora de esgoto; b) alternativa de tratamento de esgoto em áreas providas de rede coletora local; c) retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede coletora com diâmetro e/ou declividade reduzidos para transporte de efluente livre de sólidos sedimentáveis. Nota: As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa mais próxima aos elementos considerados. 5.2 Materiais Os materiais empregados na execução dos tanques sépticos, tampões de fechamento e dispositivos internos devem atender às seguintes exigências: a) resistência mecânica adequada às solicitações a que cada componente seja submetido; b) resistência ao ataque químico de substâncias contidas no esgoto afluente ou geradas no processo de digestão. NBR 7229/1993 4 b) faixas de temperatura ambiente (média do mês mais frio, em graus Celsius); 5.3 Contribuição de despejos No cálculo da contribuição de despejos, deve ser considerado o seguinte: a) número de pessoas a serem atendidas; c) intervalo entre limpezas, em anos. 5.6.2 As taxas resultantes são as da Tabela 3. Para acu- de nça Lice b) 80% do consumo local de água. Em casos plenamente justificados, podem ser adotados percentuais diferentes de 80% e, na falta de dados locais relati-vos ao consumo, são adotadas as vazões e contri-buições constantes na Tabela 1; S.A. brás etro ra P a pa usiv excl uso c) nos prédios em que haja, simultaneamente, ocupan-tes permanentes e temporários, a vazão total de contribuição resulta da soma das vazões corres-pondentes a cada tipo de ocupante. 5.4 Período de detenção dos despejos mulação em períodos superiores a cinco anos, devem ser estudadas as condições particulares de contribuição, acu-mulação e adensamento do lodo em cada caso. 5.7 Dimensionamento do tanque séptico O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula: V = 1000 + N (CT + K Lf) Onde: Os tanques sépticos devem ser projetados para períodos mínimos de detenção, conforme a Tabela 2. 5.5 Contribuição de lodo fresco A contribuição de lodo fresco é estimada conforme a Tabela 1. Para os casos de esgotos não-domésticos, de acordo com 4.1.2, a contribuição deve ser fixada a partir de observações de campo ou em laboratório, pelos indicado-res menos favoráveis. 5.6 Taxa de acumulação total de lodo 5.6.1 A taxa de acumulação total de lodo, em dias, é obtida em função de: a) volumes de lodo digerido e em digestão, produzidos por cada usuário, em litros; V = volume útil, em litros N = número contribuição de pessoas ou unidades de C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1) T = período de detenção, em dias (ver Tabela 2) K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco (ver Tabela 3) Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1) Tabela 1 - Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de ocupante Unid.: L 1. Ocupantes permanentes - residência padrão alto padrão médio padrão baixo - hotel (exceto lavanderia e cozinha) - alojamento provisório pessoa pessoa pessoa pessoa pessoa 2. Ocupantes temporários - fábrica em geral - escritório - edifícios públicos ou comerciais - escolas (externatos) e locais de longa permanência - bares - restaurantes e similares - cinemas, teatros e locais de curta permanência - sanitários públicos(A) (A) pessoa pessoa pessoa pessoa pessoa refeição lugar bacia sanitária Contribuição de esgotos (C) e lodo fresco (Lf) 160 130 100 100 80 1 1 1 1 1 S.A. brás etro ra P a pa usiv excl uso Unidade de nça Lice Prédio 70 50 50 0,30 0,20 0,20 50 6 25 0,20 0,10 0,10 2 480 0,02 4,0 Apenas de acesso aberto ao público (estação rodoviária, ferroviária, logradouro público, estádio esportivo, etc.). 5 NBR 7229/1993 Tabela 2 - Período de detenção dos despejos, por faixa de contribuição diária Tempo de detenção Tabela 4 - Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil Volume útil Contribuição diária (L) (m3) Profundidade útil mínima (m) Profundidade útil máxima (m) 1,20 2,20 Horas Até 1500 1,00 24 Até 6,0 De 1501 a 3000 0,92 22 De 6,0 a 10,0 1,50 2,50 De 3001 a 4500 0,83 20 Mais que 10,0 1,80 2,80 De 4501 a 6000 0,75 18 5.10 Número de câmaras De 6001 a 7500 0,67 16 De 7501 a 9000 0,58 14 Mais que 9000 0,50 12 O emprego de câmaras múltiplas em série é recomendado especialmente para os tanques de volumes pequeno a médio, servindo até 30 pessoas. Para observância de melhor desempenho quanto à qualidade dos efluentes, recomendam-se os seguintes números de câmaras: Intervalo entre limpezas (anos) Valores de K por faixa de temperatura ambiente (t), em °C t ≤ 10 10 ≤ t ≤ 20 t > 20 1 94 65 57 2 134 105 97 3 174 145 137 4 214 185 177 5 254 225 217 uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. 5.8 Geometria dos tanques Os tanques sépticos podem ser cilíndricos ou prismáticos retangulares. Os cilíndricos são empregados em situações onde se pretende minimizar a área útil em favor da profundidade; os prismáticos retangulares, nos casos em que sejam desejáveis maior área horizontal e menor profundidade. 5.9 Medidas internas mínimas (ver Figuras 3 e 4 do Anexo A) As medidas internas dos tanques devem observar o que segue: Lice nça de a) profundidade útil: varia entre os valores mínimos e máximos recomendados na Tabela 4, de acordo com o volume útil obtido mediante a fórmula de 5.7; b) diâmetro interno mínimo: 1,10 m; c) largura interna mínima: 0,80 m; d) relação comprimento/largura (para tanques prismáticos retangulares): mínimo 2:1; máximo 4:1. a) tanques cilíndricos: três câmaras em série; b) tanques prismáticos retangulares: duas câmaras em série. Lice nça de Tabela 3 - Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por intervalo entre limpezas e temperatura do mês mais frio uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. Dias 5.11 Proporção entre as câmaras (ver Figura 4 do Anexo A) Conforme sua conformação, cilíndrica ou prismática, os tanques têm as seguintes proporções entre câmaras: a) tanques cilíndricos: 2:1 em volume, da entrada para a saída; b) tanques prismáticos retangulares: 2:1 em volume, da entrada para a saída. 5.12 Intercomunicação entre as câmaras As câmaras devem comunicar-se mediante aberturas com área equivalente a 5% da seção vertical útil do tanque no plano de separação entre elas. As seguintes relações de medida devem ser observadas para as aberturas (ver Figura 4 do Anexo A): a) distância vertical mínima da extremidade ou geratriz superior da abertura ao nível do líquido: 0,30 m; b) distância vertical mínima da extremidade inferior da abertura à soleira do tanque: metade da altura útil para tanques dimensionados para limpeza a intervalos de até três anos, e dois terços da altura útil para tanques dimensionados para limpeza a intervalos superiores a três anos; c) menor dimensão de cada abertura: 3 cm. 5.13 Dispositivos de entrada e saída Os dispositivos de entrada e saída, constituídos por três sanitários ou septos, devem observar as seguintes relações de medidas (ver Figura 3 do Anexo A): a) dispositivo de entrada: parte emersa, pelo menos 5 cm acima da geratriz superior do tubo de entrada, e parte imersa aprofundada até 5 cm acima do nível correspondente à extremidade inferior do dispositivo de saída; NBR 7229/1993 6 b) dispositivo de saída: parte emersa nivelada, pela extremidade superior, ao dispositivo de entrada, e parte imersa medindo um terço da altura útil do tanque a partir da geratriz inferior do tubo de saída; de nça Lice c) as geratrizes inferiores dos tubos de entrada e saída são desniveladas em 5 cm; S.A. brás etro ra P a pa usiv excl uso d) entre a extremidade superior dos dispositivos de entrada e saída e o plano inferior da laje de cobertura do tanque, deve ser preservada uma distância mínima de 5 cm. 5.14 Aberturas de inspeção (ver Figura 5 do Anexo A) As aberturas de inspeção dos tanques sépticos devem ter número e disposição tais que permitam a remoção do lodo e da escuma acumulados, assim como a desobstrução dos dispositivos internos. As seguintes relações de distribuição e medidas devem ser observadas: a) todo tanque deve ter pelo menos uma abertura com a menor dimensão igual ou superior a 0,60 m, que permita acesso direto ao dispositivo de entrada do esgoto no tanque; 5.15.2 Para tanques sépticos de uso doméstico, individuais e coletivos, na faixa de até, aproximadamente, 6,0 m3, os requisitos de estabilidade são, em geral, atendidos por construções em alvenaria de tijolo inteiro (espessura de 20 cm a 22 cm, fora revestimento) ou por concreto armado, moldado no local, com espessura de 8 cm a 10 cm. É admissível também o uso de outros materiais e componentes pré-fabricados, como anéis de concreto armado, componentes de poliéster armado com fibra de vidro e chapas metálicas revestidas. Nestes casos, a resistência especificada pode ser atingida mediante espessuras inferiores às indicadas para construção convencional. 5.15.3 A laje de fundo deve ser executada antes da cons- trução das paredes, exceto nos casos plenamente justificados. 5.15.4 Os tanques devem ser estanques; os construídos em alvenaria devem ser revestidos, internamente, com material de desempenho equivalente à camada de argamassa de cimento e areia no traço 1:3 e espessura de 1,5 cm (ver Figura 6 do Anexo A). 5.16 Identificação b) o máximo raio de abrangência horizontal, admissível para efeito de limpeza, é de 1,50 m, a partir do qual nova abertura deve ser necessária; Os tanques devem conter uma placa de identificação com as seguintes informações, gravadas de forma indelével, em lugar visível (ver Figura 7 do Anexo A): c) a menor dimensão das demais aberturas, que não a primeira, deve ser igual ou superior a 0,20 m; a) identificação: nome do fabricante ou construtor e data de fabricação; d) os tanques executados com lajes removíveis em segmentos não necessitam de aberturas de inspeção, desde que as peças removíveis que as substituam tenham área igual ou inferior a 0,50 m2; b) tanque dimensionado conforme a NBR 7229; e) os tanques prismáticos retangulares de câmaras múltiplas devem ter pelo menos uma abertura por câmara; d) condições de utilização: tabela associando números de usuários e intervalos de limpeza permissíveis, conforme os exemplos da Figura 7 do Anexo A. de nça Lice f) os tanques cilíndricos podem ter uma única abertura, independentemente do número de câmaras, desde que seja observado o raio de abrangência disposto em 5.14-b) e que a distância entre o nível do líquido e a face inferior do tampão de fechamento seja igual ou superior a 0,50 m. c) temperatura de referência: conforme o critério de dimensionamento adotado; indicação da faixa de temperatura ambiente. Para tanques dimensionados para condições mais rigorosas (T ≤ 10oC), indicar "todas"; 6 Inspeção 6.1 Verificação de estanqueidade dos tanques 5.15.1 Os tanques sépticos e respectivos tampões devem ser resistentes a solicitações de cargas horizontais e verticais, em dimensões suficientes para garantir a estabilidade em face de: a) cargas rodantes (veículos) e reaterro, no caso de os tanques estarem localizados em área pública, mesmo que não diretamente na via carroçável; b sobrecargas aplicadas no dimensionamento das respectivas edificações, no caso de os tanques estarem localizados internamente aos lotes; S.A. brás etro ra P a pa usiv excl uso 5.15 Procedimentos construtivos 6.1.1 Antes de entrar em funcionamento, o tanque séptico deve ser submetido ao ensaio de estanqueidade, realizado após ele ter sido saturado por no mínimo 24 h. 6.1.2 A estanqueidade é medida pela variação do nível de água, após preenchimento, até a altura da geratriz inferior do tubo de saída, decorridas 12 h. Se a variação for superior a 3% da altura útil, a estanqueidade é insuficiente, devendo-se proceder à correção de trincas, fissuras ou juntas. Após a correção, novo ensaio deve ser realizado. 6.2 Manutenção c)pressões horizontais de terra; 6.2.1 Procedimento de limpeza dos tanques d) carga hidráulica devida à sobrelevação de lençol freático, em zonas suscetíveis a esse tipo de ocorrência. 6.2.1.1 O lodo e a escuma acumulados nos tanques devem ser removidos a intervalos equivalentes ao período de limpeza do projeto, conforme a Tabela 3 (ver 5.6.2). 7 NBR 7229/1993 6.2.1.2 O intervalo pode ser encurtado ou alongado quanto aos parâmetros de projeto, sempre que se verificarem alterações nas vazões efetivas de trabalho com relação às estimadas. outros materiais de revestimento pode ser executado sobre as tampas, desde que sejam preservadas as juntas entre estas e o restante do piso. 6.2.3 Disposição de lodo e escuma 6.2.1.3 Quando da remoção do lodo digerido, aproximada- 6.2.1.4 A remoção periódica de lodo e escuma deve ser feita 6.2.3.1 O lodo e a escuma removidos dos tanques sépticos em nenhuma hipótese podem ser lançados em corpos de água ou galerias de águas pluviais. uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. mente 10% de seu volume devem ser deixados no interior do tanque. por profissionais especializados que disponham de equipamentos adequados, para garantir o não-contato direto entre pessoas e lodo. É obrigatório o uso de botas e luvas de borracha. Em caso de remoção manual, é obrigatório o uso de máscara adequada de proteção. 6.2.3.2 O lançamento do lodo digerido, em estações de tra- 6.2.1.5 No caso de tanques utilizados para o tratamento de 6.2.3.3 No caso de tanques sépticos para atendimento esgotos não exclusivamente domésticos, como em estabelecimentos de saúde e hotéis, é obrigatória a remoção por equipamento mecânico de sucção e caminhão-tanque. a comunidades isoladas, deve ser prevista a implantação de leitos de secagem, projetados de acordo com a normalização específica. Estes devem estar localizados em cota adequada à disposição final ou ao retorno dos efluentes líquidos para os tanques. realizada no interior dos tanques, as tampas devem ser mantidas abertas por tempo suficiente à remoção de gases tóxicos ou explosivos (mínimo: 5 min). 6.2.3.4 O lodo seco pode ser disposto em aterro sanitário, Lice nça de 6.2.1.6 Anteriormente a qualquer operação que venha a ser tamento de esgotos ou em pontos determinados da rede coletora de esgotos, é sujeito à aprovação e regulamentação por parte do órgão responsável pelo esgotamento sanitário na área considerada. 6.2.2 Acesso à limpeza dos tanques usina de compostagem ou campo agrícola, sendo que, neste último, só quando ele não é voltado ao cultivo de hortaliças, frutas rasteiras e legumes consumidos crus. 6.2.2.1 Os tampões de fechamento dos tanques devem ser 6.2.3.5 Quando a comunidade não dispuser de rede cole- diretamente acessíveis para manutenção. tora de esgoto, os órgãos responsáveis pelo meio ambiente, saúde e saneamento básico devem ser consultados sobre o que fazer para os lodos coletados dos tanques sépticos poderem ser tratados, desidratados e dispostos sem prejuízos à saúde e ao meio ambiente. 6.2.2.2 O eventual revestimento de piso executado na área Lice nça de uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. dos tanques sépticos não pode impedir a abertura das tampas. O recobrimento com azulejos, cacos de cerâmica ou /ANEXO A NBR 7229/1993 a ç n e Lic 8 a ç n e Lic ra a p a v i s u cl x e o s u de A. . S s á r b o Petr ra a p a v i s u cl x e o s u de A. . S s á r b o Petr NBR 7229/1993 ANEXO A - Figuras uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. Lice nça de Figura 1 - Funcionamento geral de um tanque séptico uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. Lice nça de 9 10 de nça Lice I Esgoto afluente .A. rás S trob I ra Pe a pa usiv excl uso Tanque séptico (circular ou prismático) Alternativas para tratamento complementar disposição final - Filtro anaeróbio Efluente líquido - Filtro aeróbio - Poço absorvente (sumidouro) - Filtro de areia - Vala de infiltração - Vala de filtração - Corpo de água - Escoamento superficial - Sistema público (simplificado) - Desinfecção .A. rás S trob ra Pe a pa usiv excl uso I - Leito de secagem de nça Lice - Digestor - Aterro sanitário - Campo agrícola - Estação de tratamento de esgoto Figura 2 - Sistema de tanque séptico - Esquema geral NBR 7229/1993 Nota: Pode haver combinação de alternativas. 11 uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. Lice nça de uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. NBR 7229/1993 a ≥ 5 cm b ≥ 5 cm c = 1/3 h h = profundidade útil H = altura interna total L = comprimento interno total Lice nça de W = largura interna total (≥ 80 cm) Relação L/W: entre 2:1 e 4:1 Figura 3 - Detalhes e dimensões de um tanque séptico de câmara única 12 de nça Lice Circular de câmara única Circular de câmara múltipla Prismática de câmara múltipla .A. rás S trob ra Pe a pa usiv excl uso de nça Lice 0,5 h para tanques com intervalo de limpeza de até quatro anos 2/3 h para tanques com intervalo de limpeza acima de cinco anos 0,05 . h . W (prismática retangular) 0,05 . h . D (cilíndrico de câmara dupla) 0,025 . h . D (cilíndrico de três câmaras) Figura 4 - Dimensões dos tanques sépticos NBR 7229/1993 g= n.d.f= .A. rás S trob ra Pe a pa usiv excl uso D = diâmetro interno (≥ 1,10 m) e ≥ 30 cm n = número de abertura em cada parede d = altura da abertura (≥ 3 cm) f = largura da abertura (≥ 3 cm) 13 NBR 7229/1993 Circular uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. Prismática a-1 Câmara única Lice nça de Circular a-2 Câmaras múltiplas Figura 5-(a) - Tanque com única abertura Circular uso excl usiv a pa ra P etro brás S.A. Prismática b-1 Câmara única Lice nça de Prismática b-2 Câmaras múltiplas Figura 5-(b) - Tanque com múltipla abertura Figura 5 - Disposição das aberturas NBR 7229/1993 14 de nça Lice S.A. brás etro ra P a pa usiv excl uso Procedimento inaceitável (vazamentos inevitáveis) de nça Lice Procedimento desejável (vazamentos pela junta quase impossíveis) Procedimento aceitável (vazamentos controlados se o revestimento interno for de boa qualidade) Nota: a = dimensão de acordo com dimensionamento para não-flutuação devido ao empuxo. S.A. brás etro ra P a pa usiv excl uso Figura 6 - Junção laje de fundo/paredes laterais uso excl usiv a pa ra Pe trob rás S .A. Nº VOLUME TOTAL: m3 Volume útil CAPACIDADE NORMAL: Lice nça de ENDEREÇO: Rua TEMPERATURA AMBIENTE: NBR 7229/1993 FABRICANTE/CONSTRUTOR: Cidade m3 Pessoas/un. °C a °C UF Vazão m3/d Data de fabricação: RECOMENDA-SE A LIMPEZA CONFORME TABELA ABAIXO Intervalo (anos) uso excl usiv a pa ra Pe trob rás S .A. Pessoa/un. - Este tanque séptico foi dimensionado e construído conforme a NBR 7229/1993. Lice nça de Figura 7 - Placa de identificação 15