[go: up one dir, main page]

Academia.eduAcademia.edu
A2 Editor Jary Cardoso SALVADOR SEXTA-FEIRA 3/5/2013 OPINIÃO Participe desta página: e-mail: opiniao@grupoatarde.com.br/ Tel: 71 3340 8990/ Twitter: reporteratarde Cartas: Redação de A TARDE/Opinião/ R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900 opiniao@grupoatarde.com.br TEMPO PRESENTE Vida (dura!) de professor ESPAÇO DO LEITOR Aposentados querem respeito O envelhecimento populacional é uma realidade. Alguns países já vêm enfrentando essa questão há muito tempo. Outros, como o Brasil, ainda não estão se preparando com políticas públicas para assegurar e amparar a dignidade da pessoa idosa. “A Previdência Social não é de um partido, não é de um governo, é da sociedade, é patrimônio do povo brasileiro”. Essas foram às palavras do autor do projeto de criação da Primeira Lei de Caixas de Aposentadoria e Pensões do Brasil, deputado federal Eloy Chaves, em 1923. Uma pergunta ao governo: qual o débito de bilhões das prefeituras, clubes de futebol e de entidades filantrópicas e privadas no Brasil para com o INSS? E mais: A Previdência não é deficitária, a Previdência é mal gerida? Aposentados querem respeito aos seus direitos. ALDERICO SE- Levi Vasconcelos Jornalista tempopresente@grupoatarde.com.br JAC agita Camaçari O andamento da instalação da fábrica da JAC Motors em Camaçari vai ser debatida na Câmara local dia 16. Serão convidados o secretário estadual de Planejamento, José Sérgio Gabrieli, o prefeito Ademar Delgado e representantes da montadora. Em novembro passado, o governo lançou a pedra fundamental da JAC Motors com a promessa de que a obra estaria pronta no fim de 2014. Até agora, nada saiu do papel ou tudo está só na conversa. O secretário James Correia diz que não há razão para susto e nem alarido, está tudo dentro dos conformes. Explica que o atraso se dá apenas por um detalhe: inicialmente o capital chinês previsto seria de apenas 10%, mas a participação subiu para 35%. É esta documentação que falta para o Inema liberar a licença ambiental. Camaçari, que já tem trauma com montadoras que dão o bolo. Em 2000, Fernando Henrique presidente e Paulo Souto governador, protagonizaram solene festa para a coreana Kia lançar pedra fundamental em Camaçari, prometendo começar a produzir no fim de 2001. Nunca passou da pedra. James Correia diz que, no caso da JAC, esse receio não tem qualquer cabimento. OPERAÇÃO DE GUERRA — E por falar em Camaçari, a chegada dos equipamentos para a montagem da Basf (investimento de R$ 1,4 bilhão, para a produção de ácido acrílico) vai marcar a Região Metropolitana de Salvador. As primeiras peças chegarão 12 de maio, mas as mais pesadas no final de junho para serem transportadas início de julho. São peças tão grandes que se chegou a cogitar a derrubada de alguns viadutos para permitir a passagem. Novo roteiro está sendo traçado, mas haverá passarelas desmontadas e a Via Parafuso será fechada por um dia. Greve de fome A professora Ieda Leones, de Pojuca, arranjou uma fórmula complicada para protestar contra a demora na decisão da situação eleitoral no município: instalada na Câmara, entra hoje no quinto dia de greve de fome. Em outubro, Antônio Nunes (PDT) ganhou a eleição com mais de 60% dos votos, mas embaraçou-se na Lei Ficha Limpa. O caso está em julgamento no TSE com o placar de 3 a 3. Se Nunes ganhar, assume. Se perder, nova eleição será convocada. A presidente da Câmara, Ana Nunes (PDT), irmã de Antônio é a prefeita interina. A julgar pela celeridade da Justiça, a professora Ieda corre risco de morte. TENSÃO — Se a professora Ieda sensibilizou o TSE não se sabe, mas a estudantes e servidores públicos com certeza. Ontem eles decidiram ir às ruas em apoio a ela e houve um princípio de tumulto. O clima na cidade é de tensão. Souto reage Avesso a ficar na mídia dando pitacos sobre o governo de Jaques Wagner, o ex-governador Paulo Souto finalmente decidiu falar. Está indignado com a propaganda governamental sobre a seca, especialmente por dizer que nos últimos 30 anos pouco se fez para enfrentar o flagelo gerado pelas estiagens: — Escamotear a realidade e transferir responsabilidades não é a melhor forma de fazer publicidade governamental. Além de atingir injustamente homens públicos dos quais alguns são atualmente seus aliados, a propaganda revela total desapreço com realizações recentes, como as barragens e adutoras concluídas e iniciadas na administração passada, que atenuaram bastante os efeitos da seca. Pela metade Do deputado Félix Mendonça Jr (PDT), em entrevista ontem na Tudo FM, sobre a candidatura de Marcelo Nilo (PDT) ao governo: — Eu apoio. Só me preocupa nessa questão é ele ficar dizendo que só será candidato se o governador Jaques Wagner o apoiar. Eu gostaria mesmo era de vê-lo dizer: sou candidato para o que der e vier. . . A vereadora Tia Eron (PRB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara de Salvador, apresentou o projeto de indicação a ACM Neto para incluir na grade curricular das escolas municipais o combate à violência doméstica. . O PR vai homenagear César Borges pela ascensão dele ao cargo de ministro dos Transportes dia 9 de maio (12h30) em almoço no Boi Preto. O deputado José Rocha, presidente do partido na Bahia, trará a Salvador o deputado federal e ex-governador carioca Anthony Garotinho, que na fase de negociações, resistiu à indicação de César. COLABOROU: DONALDSON GOMES NA, ALDERICOSENA@HOTMAIL.COM Pão e circo no 1º de maio Nelson Pretto Professor associado da Faculdade de Educação/Ufba nelson@pretto.info A labuta diária do professor foi sendo dificultada pelo excesso de demandas e cobranças, intensificadas pelo modelo neoliberal que trouxe para a educação palavras antes distantes do nosso campo, como produtividade, produtivismo, performance, ranking, qualidade total, entre tantas outras. Mas nós, professores, somos uns otimistas por natureza! Vivemos e trabalhamos com uma dedicação que nos faz confundir os momentos de lazer com os momentos de trabalho. Com estas palavras iniciei a apresentação do livro Trabalho docente e saúde: efeitos do modelo neoliberal, de Carlos Freitas (Editora da Uefs). A educação ocupa cada vez mais as páginas dos jornais e a agenda dos políticos, no entanto, parece-me importante explicitar que o trabalho do professor tem que ser compreendido para além da ideia de missão. Essa tem sido ideia constante no discurso de colegas que, compreendendo (ou apenas sentindo!) a dureza da profissão e, ao mesmo tempo, a sua importância, a associam a uma dimensão quase que espiritual, externa às motivações profissionais, algo que não teria relação com a necessária profissionalização do seu trabalho. Por isso, com muita frequência, surge a ideia de missão ou, muito pior e também bastante comum, a ideia do magistério como um sacerdócio. Penso ser necessário superar essa perspectiva do trabalho docente e compreender que nossas condições de trabalho pioram dia a dia, em todos os níveis e esferas. O trabalho docente na rede particular foi precarizado, com rotinas intensificadas pelo formato de remuneração centrada na hora-aula e, obviamente, com a insegurança no emprego ao final de cada ano. Difícil situação a dos mestres, que precisam resgatar sua dimensão intelectual enquanto lideranças acadêmicas e políticas junto aos jovens, estes também fragilizados pela fragilidade dos laços familiares, como bem afirmou Freitas. Mestres que, agora mais do que nunca, precisam estar antenados às velozes transformações do mundo contemporâneo, principalmente as tecnológicas, que trazem mais e novas demandas para o próprio trabalho docente. Mestres que, como nós das universidades públicas, vivemos um “trabalho intensificado”, como muito bem apontaram Waldemar Sguissardi e João dos Reis Silva Junior (Editora Xamã). Portanto, estamos todos no mesmo barco. O barco neoliberal que transforma radicalmente o trabalho dos professores, já não fazendo mais tanta diferença se do setor privado ou público. No caso das universidades públicas, estamos assolados por editais, projetos, relatórios e prestações de contas que nos afastam daquilo que é o fundamental do ser universidade: pensar e estabelecer a crítica. Passamos a atuar numa correia de transmissão de políticas gestadas externamente e que, literalmente, nos empurram para um fazer, fazer, fazer, sem o devido tempo para o pensar. Acrescentem-se a isso as dificuldades burocráticas da legislação que trata a pesquisa científica da mesma maneira que a construção de pontes ou estádios, estes, aliás, já tratados de forma diferenciada! No caso da rede privada, Freitas identifica na sua pesquisa a existência de um “mal-estar docente”, a partir da constatação de que o próprio tema da saúde passou a fazer parte da agenda sindical dos professores. O que constatamos é que, literalmente, os professores – em sua maioria comprometidos e lutadores – efetivamente “dão sangue” no seu cotidiano e este “dar sangue” também pode ser entendido como uma metáfora para as condições laborais com consequência para a sua saúde. Educação é tema atual que demanda uma leitura atenta do momento histórico, exigindo de todos, especialmente dos mestres, um comprometimento acadêmico, político e sindical que lhes possibilite engrossar o caldo ativista daqueles que, como eu, consideram a educação um importante espaço para a formação da cidadania e não apenas um local para consumo de informações. São enormes os desafios, mas enorme é também o potencial de mudança, desde que compreendamos a educação como um direito e não apenas mais um serviço a ser ofertado à população. Penso ser necessário superar a ideia do magistério como um sacerdócio e compreender que nossas condições de trabalho pioram dia a dia, em todos os níveis e esferas Edilson Lima / Ag. A TARDE DESTAQUES DO PORTAL A TARDE ENÉAS ESTRÊLA, SALVADOR - BA Funcionário público O barnabé está apreensivo. Refiro-me ao cidadão funcionário comum e não ao sindicalista profissional. Alerta diante esta dança entre compadres e comadres, enquanto encenam um debate tardio sobre o aumento do funcionalismo publico – data-base em janeiro – que deve esticar até o meio do ano. As classes privilegiadas do serviço público já foram premiadas. Para eles não teve crise certa. Exemplo do aumento imoral dos deputados. Muita falta faz o PT pobre de antigamente. Novas lideranças precisam emergir e dar o troco em 2014. JOÃO C. FILHO, SALVADOR - BA, JOÃO7655@YAHOO.COM.BR Voto secreto Quero me valer deste espaço para felicitar o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, edil Paulo Câmara, pela feliz iniciativa de apresentar projeto de lei extinguindo com a famigerada votação secreta. Ao meu juízo, votação secreta é uma forma de evitar que o povo tenha conhecimento de algo. Votação secreta é uma maneira de ludibriar os munícipes. Tudo que é público, necessariamente terá publicização. Assim não há razão e nem espaço para votação secreta. Assim, quero repudiar todos aqueles vereadores que votaram contra. A população, mais do nunca estará alerta. MATHEUS VERNECK, SALVADOR - BA, MATHEUSVERNECK@YAHOO.COM Poluição sonora Gostaria de saber até quando os vizinhos mal-educados do Costa Azul vão sambar na cara da prefeitura. Na Rua Professor Clóvis Veiga, acaba de despontar um novo estabelecimento irregular; mais um bar ilegal para causar poluição sonora! A prefeitura (a Sucom) não está vendo nada disso acontecer? Os bares se multiplicam e seus clientes infernizam a vida das pessoas com som alto. Até quando a prefeitura vai fazer vistas grossas? A bagunça está instalada na região de um bar sem nome que fica próximo ao Bar do Luiz e do Colégio Estadual Tobias Neto. Nos feriados tem som alto, nos finais de semana, e até no domingo de Páscoa! Tem dia que parece festa de largo! ANA FERNANDO PEIXOTO, SALVADOR - BA, ANA.FERNANDA.PEIXOTO@GMAIL.COM Mutirão da inadimplência O Estado de São Paulo tem hoje o maior número de inadimplentes do País. Não me venham com essa de dizer porque é a maior capital da nação; não é isto, não, é a situação financeira do povo. Não bastou a Serasa fazer um mutirão de limpeza de nome. O Procon e o Tribunal de Justiça firmaram convênio e estão realizando, desde a semana passada, mutirão com objetivo de acabar ou baixar o índice de inadimplentes. O que não dá para entender é por que a Serasa, o Procon e os tribunais de Justiça dos estados não estendem esses projetos aos demais. Uma pergunta bastante singular, quem deve tomar a iniciativa para que esse mutirão venha para a Bahia. WILSON CAMURUGI, SALVADOR-BA, WILSONCAMURUGI@GMAIL.COM Resposta da Embasa Com relação à reclamação do leitor Luciano Monteiro, publicada na edição de ontem (2), informamos que o abastecimento na Alameda Catânia, na Pituba, será totalmente regularizado no prazo de até 24 horas. O desabastecimento foi decorrente de uma parada no reservatório que atende à localidade, visando possibilitar correção de um vazamento, serviço que já foi finalizado. Até a regularização completa do abastecimento, a Embasa disponibiliza carros-pipa, que podem ser solicitados pelo telefone. COMUNICAÇÃO EM- Repórter aponta buracos perigosos nas ruas de Salvador atarde.com.br/bahia Cartuns e caricaturas na mostra ‘Fora Feliciano’, do GGB atarde.com.br/cultura As centrais sindicais deixaram de fazer o papel do qual eram atores principais: conduzir os trabalhadores para cobrar dos patrões e governantes melhores condições de trabalho, mais emprego e salários dignos. Hoje, no dia 1º de maio, as lideranças das centrais, assim como faziam os antigos imperadores romanos, anestesiam os trabalhadores com sorteio de brindes e shows, muitos doados por patrões. Foi-se o tempo em que as centrais sindicais levavam à conscientização dos trabalhadores. No dia 2 de maio, os trabalhadores discutem os brindes sorteados e o palco da central que tinha o melhor show. Desde o tempo dos césares o pão e o circo continua. Buracos na Ligação Iguatemi-Paralela BASA, COMUNICACAO@EMBASA.BA.GOV.BR