Papers by Camila Rodrigues
Topoi (Rio de Janeiro), 2018
RESUMO Neste artigo propomos abordar o papel de João Guimarães Rosa na literatura de seu tempo, e... more RESUMO Neste artigo propomos abordar o papel de João Guimarães Rosa na literatura de seu tempo, examinando a obra Primeiras estórias (1962) e problematizando sua relação com a História a partir de seu conto inicial e também do final, que são protagonizados por Menino, o qual teria viajado ao local onde se edificava a grande cidade, remetendo à construção de Brasília e ao processo histórico de urbanização do Brasil, que ali é visto a partir do olhar de uma criança. Nossa análise centra-se na questão da ficção como mediadora engendradora dos discursos da Literatura e da História, que é ideia defendida por teóricos como Luiz Costa Lima e Carlo Ginzburg. Nossos resultados sublinham que a perspectiva literária rosiana, ao abordar a História, não reproduz o discurso da historiografia, mas aposta em uma criativa reapresentação.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Intelligere, 2017
O objetivo deste artigo é problematizar as relações entre História e Literatura a partir da propo... more O objetivo deste artigo é problematizar as relações entre História e Literatura a partir da proposta metodológica pensada por Carlo Ginzburg, que sugere ao historiador que, ao invés de apenas analisar o produto literário final, ele concentre-se em suas fases preparatórias. Para problematizar isso foram consultados manuscritos de Guimarães Rosa como fontes primárias, e ali encontramos registro de certo questionamento da História. Nossos resultados sublinham a peculiaridade da perspectiva rosiana sobre o processo histórico, especialmente ao ressignificar o conflito entre os letrados e os iletrados, que é um dos mais violentos e silenciosos de nossa História Cultural até hoje.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Com as estorias publicadas na decada de 1960, Joao Guimaraes Rosa assumiu um distanciamento da lo... more Com as estorias publicadas na decada de 1960, Joao Guimaraes Rosa assumiu um distanciamento da logica da Historia atraves de uma aproximacao da comicidade pela via da anedota. Para abordar como teria se composto esse questionamento foram consultados alguns de seus manuscritos literarios, mais especificamente os seus Cadernos de Anotacoes , nos quais encontramos um pequeno anedotario inspirador que nos permite acessar diferenciadas relacoes entre realidade e transcendencia por intermedio da graca , e sobre isso que trata este artigo. Os manuscritos rosianos consultados estao disponiveis para pesquisadores no arquivo do IEB, no Fundo de sua segunda esposa Aracy de Carvalho Guimaraes Rosa (IEB-ACGR) e tambem no acervo rosiano na Fundacao Casa Rui Barbosa (FCRB). Analisar estes documentos ineditos, alem de ser uma oportunidade de abordar o complexo processo de escrita rosiano, tambem abre caminhos para que se reflita sobre humor, tema que nao e usualmente abordado pela critica do autor,...
Bookmarks Related papers MentionsView impact
childhood & philosophy, 2018
Bookmarks Related papers MentionsView impact
História da Historiografia
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Círculo de Giz, 2021
No primeiro semestre de 2020, com a quarentena devido à pandemia de Covid19, o Cine África dispon... more No primeiro semestre de 2020, com a quarentena devido à pandemia de Covid19, o Cine África disponibilizou, no YouTube, uma seleção gratuita de onze filmes e debates com diretores e pesquisadores, com o objetivo de apresentar e ampliar nosso repertório sobre esta cinematografia. Essas questões são o assunto deste texto.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista de História
Na segunda metade do século XX, o médico foniatra e escritor Pedro Bloch (1914-2004) publicou liv... more Na segunda metade do século XX, o médico foniatra e escritor Pedro Bloch (1914-2004) publicou livros infantis e tratados sobre a voz e a fala de crianças. Bloch ouvia os pequenos e registrava suas interpretações do mundo, que soavam engraçadas. Neste artigo analisamos como fontes seus dois dicionários infantis (1998 e 2001), partindo da hipótese de que eles marcam o surgimento de uma nova posição da criança na cultura e na sociedade, na qual ela passa a exercer papel de interlocutora legítima. Metodologicamente nossa leitura se escora no ideário de autores como R. Darnton, J. Huizinga, R. Williams e, especialmente, da História cultural do humor de J. Bremmer e H. Roodenburg, que apostam na comicidade como chave para a compreensão de fenômenos históricos e culturais, o que concluímos ter ocorrido nesses volumes que consideram o posicionamento infantil e apontam a possibilidade de uma nova escrita da história da criança.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Manuscritica Revista De Critica Genetica, Dec 31, 2013
Bookmarks Related papers MentionsView impact
teses.usp.br
... meu lado constantemente, mesmo quando muito longe, quem ensinou o que é amizade verdadeira; B... more ... meu lado constantemente, mesmo quando muito longe, quem ensinou o que é amizade verdadeira; Bernardo Brayner rosiano que Guimarães Rosa me apresentou e que me ... meus piores suplícios; Juliana Serzedello, a preta chique que sempre bateu os ...
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Caderno Espaço Feminino
Resumo Na década de 1960, a representação de crianças na obra literária de João Guimarães Rosa so... more Resumo Na década de 1960, a representação de crianças na obra literária de João Guimarães Rosa sofreu modificação e nela, além de tratar dos meninos, o autor passou a escrever estórias em que protagonistas são as meninas. Esse destaque da mulher quando criança pode esboçar um desenho do novo papel social assumido pelo feminino na década seguinte. Palavras-chave: Meninas. Guimarães Rosa. Protagonismo feminino. NEW FEMALE REPRESENTATIONS OF CHILDREN IN GUIMARÃES ROSA In the 1960s the representation of children in the literary work of João Guimarães Rosa suffered modification and in it, in addition to treating the boys, the author started to write stories whose protagonists are the girls. This highlight of the woman as a child can draw a design of the new social role played by women in further decade. Keywords: Girls. Guimarães Rosa. Female Protagonists.Â
Bookmarks Related papers MentionsView impact
III Congresso Internacional de Literatura e Leitura Infantil e Infanto Juvenil PUCRS , 2012
A forma da escritura de João Guimarães Rosa lidar com a oralidade – respeitando sempre os aspecto... more A forma da escritura de João Guimarães Rosa lidar com a oralidade – respeitando sempre os aspectos sonoros - nos permite observar alguns de seus processos que visam reavivar os vocábulos escritos para transformá-los em verdadeiras palavras-mágicas. Isso porque, mesmo sendo escritas, suas palavras só adquirem sentido se observados seus aspectos de enunciação, como o ritmo. Lidar com a palavra escrita desta forma, resgatando o que nela ainda resta da linguagem do corpo (voz), é algo bastante semelhante ao observado na comunicação de crianças que começam sua aventura pelo verbal. Estes modos de mesclar a fala e a escrita também nos ajudam a refletir sobre um dos mais importantes conflitos da História Cultural do Brasil, aquele estabelecido entre a cultura letrada (aqui representada pela escrita rosiana) e a iletrada (aqui simbolizada como linguagem infantil). Testamos como isso se processa em oficinas com crianças e é sobre esta experiência que tratará minha comunicação.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Congresso da Sociedade Internacional de Estudo de Humor Luso-Hispânicos, 2016
A partir da segunda metade do século XX, o médico foniatra, jornalista e
escritor Pedro Bloch (19... more A partir da segunda metade do século XX, o médico foniatra, jornalista e
escritor Pedro Bloch (1914 -2004), acostumado a dialogar com a meninada em seu
consultório, manteve nas revistas Manchete e Pais & Filhos uma série de textos curtos e
divertidos sobre a percepção que as crianças constroem do mundo, o que ele chamou de
“anedotas de criança”, e que depois compilou em livros e até mesmo em dicionários
infantis. Nas antologias destes textos cômicos publicadas por ele, que chamamos de
anedotários, flagramos ricos momentos nos quais o humorista convoca a gurizada para
compor anedotas, numa parceria que resulta em um afastamento do gênero “humor
infantil” - aquele no qual a personagem principal da piada é invariavelmente uma
criança – e se constrói uma mediação cultural mais complexa, onde a comicidade
aparece como um filtro interventor que regula o movimento entre as percepções infantis
e as adultas.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Seminário sobre Humor e História, 2018
Nesta conferência apresentei e propus discussões sobre o conteúdo de uma seleção de anedotários ... more Nesta conferência apresentei e propus discussões sobre o conteúdo de uma seleção de anedotários infantis publicados por Pedro Bloch entre 1962 e 1968. Este conteúdo e discsssão foram retrabalhados no relatório final da pesquisa de Pós Doutorado "Anedotas Infantis de Pedro Bloch: Narrativas de História Cultural do Humor e da criança (1960-2002)" (2017) e também no capítulo "Anedotários de Pedro Bloch uma história de humor, livros e crianças" (2021).
Bookmarks Related papers MentionsView impact
GT História da Infância e da Juventude SP, 2014
Nesta conferência apresentei e propus discussões sobre os postais desenhados que Guimarães Rosa e... more Nesta conferência apresentei e propus discussões sobre os postais desenhados que Guimarães Rosa enviou às suas netas mais novas ente setembro de 1966 e novembro de 1967, e que em 2003 foram publicados no livro "Ooó do vovô – Correspondência de João Guimarães Rosa, vovô Joãozinho, com Vera e Beatriz Helena Tess" Esse conteúdo foi retrabalhad em trecho da tese "Escrevendo a lápis de cor: infância e história na escritura de Guimarães Rosa" (2014) e no artigo "Vovô Joãozinho de chupeta" (2015).
Bookmarks Related papers MentionsView impact
FFLCH USP, 2017
Propomos coletar e problematizar as anedotas infantis recolhidas, escritas e publicadas pelo médi... more Propomos coletar e problematizar as anedotas infantis recolhidas, escritas e publicadas pelo médico foniatra, escritor e dramaturgo Pedro Bloch (1914 -2004) em seus livros de histórias curtas; tratados sobre a voz e a fala de crianças; contribuições para jornais e revistas entre 1952 - quando participou da criação da revista Manchete – e 2002, quando publicou seu último volume sobre a comunicação entre crianças e adultos. Esse material é importante, pois ali flagramos registros de quando a prática médica com crianças passou a fornecer material para que fossem escritos textos sobre a criança, os quais buscavam uma aproximação da perspectiva delas e desta forma podem ser considerados como uma contribuição peculiar para a historiografia da criança, registrando uma mudança na forma de considerar os pequenos que foi paulatinamente percebida no decorrer do século XX. Também observamos que aquelas narrativas curtas (anedotas), reunidas em antologias cômicas sobre crianças, podem ser lidas como uma contribuição para a história cultural do humor no Brasil no século XX, pois marcam o período em que a criança deixou de ser um mero expectador e passou a ser enxergada como um ser com desejos, um sujeito capaz de expressar suas próprias elocuções verbais, e participar da construção da cultura em que vive. Nesse contexto, o Dr. Pedro Bloch militou para que os adultos criassem o hábito de ouvir os pequenos e, assim, experimentassem o contato revelador como a percepção daqueles seres que sempre estão ao redor, mas apreendem o entorno de modo diverso.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
FFLCH USP, 2003
A proposta desta pesquisa é a de ler “Memorial do Convento - Romance” de José Saramago como uma o... more A proposta desta pesquisa é a de ler “Memorial do Convento - Romance” de José Saramago como uma obra de ficção que, ao utilizar-se da história, não o faz pretendendo obter dela apenas verossimilhança, mas sim uma leitura legítima do processo histórico no século XVIII, o qual diferencia-se da história de Portugal tida como oficial não apenas pelo uso da ficção, mas por uma possível aproximação de algumas idéias desenvolvidas pela corrente historiográfica conhecida como “Nova História”. Esta aproximação estaria ligada, através de um projeto ideológico do autor, ao contexto histórico de Portugal após o Estado Novo.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
FFLCH USP, 2009
Em 1967 João Guimarães Rosa publica Tutaméia: Terceiras Estórias, livro em que a
história é ques... more Em 1967 João Guimarães Rosa publica Tutaméia: Terceiras Estórias, livro em que a
história é questionada desde o início, quando o autor define seu texto como estória, uma
forma narrativa mais próxima à anedota e contrária às “grandes narrações” da
historiografia. Em Tutaméia, o sertão mineiro não é apenas um cenário de carências
que só pode ser expresso por discursos míticos, pois também possui a sua história, que é contada nestes textos literários extremamente herméticos, que se sustentam na temática da memória e da invenção. Para interpretar estas estórias e situá-las no contexto da modernização do sertão, partimos de pesquisas arquivísticas, filológicas e empíricas, com o objetivo de encontrar um lugar legítimo para a história na obra rosiana.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Klepsidra, 2006
Neste breve artigo problematizamos o debate de ideias sobre o Estado de Natureza desenvolvido pel... more Neste breve artigo problematizamos o debate de ideias sobre o Estado de Natureza desenvolvido pelos pensadores iluministas Thomas Hobbes e John Locke.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Klepsidra, 2006
A história que aprendemos nos manuais escolares aponta o Renascimento como o movimento inaugural ... more A história que aprendemos nos manuais escolares aponta o Renascimento como o movimento inaugural do período que chamamos de Modernidade. Esse, teria ocorrido por volta do século XV, primeiramente na Itália e depois em toda a Europa ocidental, bem como indicava uma nova visão do homem e do mundo a partir dos moldes da Antigüidade. No entanto, a historiografia vem colocando uma série de questões em relação à problemática e à periodização da Renascença, as quais variam de acordo com a concepção da época em que a obra historiográfica for produzida.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Papers by Camila Rodrigues
escritor Pedro Bloch (1914 -2004), acostumado a dialogar com a meninada em seu
consultório, manteve nas revistas Manchete e Pais & Filhos uma série de textos curtos e
divertidos sobre a percepção que as crianças constroem do mundo, o que ele chamou de
“anedotas de criança”, e que depois compilou em livros e até mesmo em dicionários
infantis. Nas antologias destes textos cômicos publicadas por ele, que chamamos de
anedotários, flagramos ricos momentos nos quais o humorista convoca a gurizada para
compor anedotas, numa parceria que resulta em um afastamento do gênero “humor
infantil” - aquele no qual a personagem principal da piada é invariavelmente uma
criança – e se constrói uma mediação cultural mais complexa, onde a comicidade
aparece como um filtro interventor que regula o movimento entre as percepções infantis
e as adultas.
história é questionada desde o início, quando o autor define seu texto como estória, uma
forma narrativa mais próxima à anedota e contrária às “grandes narrações” da
historiografia. Em Tutaméia, o sertão mineiro não é apenas um cenário de carências
que só pode ser expresso por discursos míticos, pois também possui a sua história, que é contada nestes textos literários extremamente herméticos, que se sustentam na temática da memória e da invenção. Para interpretar estas estórias e situá-las no contexto da modernização do sertão, partimos de pesquisas arquivísticas, filológicas e empíricas, com o objetivo de encontrar um lugar legítimo para a história na obra rosiana.
escritor Pedro Bloch (1914 -2004), acostumado a dialogar com a meninada em seu
consultório, manteve nas revistas Manchete e Pais & Filhos uma série de textos curtos e
divertidos sobre a percepção que as crianças constroem do mundo, o que ele chamou de
“anedotas de criança”, e que depois compilou em livros e até mesmo em dicionários
infantis. Nas antologias destes textos cômicos publicadas por ele, que chamamos de
anedotários, flagramos ricos momentos nos quais o humorista convoca a gurizada para
compor anedotas, numa parceria que resulta em um afastamento do gênero “humor
infantil” - aquele no qual a personagem principal da piada é invariavelmente uma
criança – e se constrói uma mediação cultural mais complexa, onde a comicidade
aparece como um filtro interventor que regula o movimento entre as percepções infantis
e as adultas.
história é questionada desde o início, quando o autor define seu texto como estória, uma
forma narrativa mais próxima à anedota e contrária às “grandes narrações” da
historiografia. Em Tutaméia, o sertão mineiro não é apenas um cenário de carências
que só pode ser expresso por discursos míticos, pois também possui a sua história, que é contada nestes textos literários extremamente herméticos, que se sustentam na temática da memória e da invenção. Para interpretar estas estórias e situá-las no contexto da modernização do sertão, partimos de pesquisas arquivísticas, filológicas e empíricas, com o objetivo de encontrar um lugar legítimo para a história na obra rosiana.
Por tudo isto, incluindo a meticulosa e sensível escrita da intérprete, o livro é uma contribuição inestimável não apenas à uma história cultural da linguagem das crianças, mas também porque, ao amealhar e dialogar com a extensa fortuna crítica do escritor, ensaia uma inédita interpretação das incríveis narrativas do autor de Tutaméia." Elias Thomé Saliba
na escritura de João Guimarães Rosa buscando identificar marcas de um dos conflitos mais fortes na História Cultural brasileira, que é o choque de poder estabelecido entre os letrados e os não-letrados. Nossa hipótese inicial é a de que esta tensão, muitas vezes,
pode aparecer na escritura rosiana sob a máscara do embate entre a forma dos adultos lidarem com a linguagem das crianças. Discutindo a problemática das linguagens, além de estarmos destacando um tema ainda pouco abordado pelos pesquisadores rosianos,
também tocamos em modalidades teóricas da História e em reflexões da História Cultural.
Resgatar a memória de uma tradição, que podemos ler como relacionada à racionalidade e cultura popular não letrada, ao ser articulada através da sua reinvenção, é o que Walter Benjamin chamou de forma legítima de contar a História, o que pode ser considerado como uma forma de Guimarães Rosa contar a História da modernização do Brasil, por meio da forma como ela aconteceu no sertão.
na escritura de João Guimarães Rosa buscando identificar marcas de um dos conflitos
mais fortes na História Cultural brasileira, que é o choque de poder estabelecido entre os
letrados e os não-letrados. Nossa hipótese inicial é a de que esta tensão, muitas vezes,
pode aparecer na escritura rosiana sob a máscara do embate entre a forma dos adultos
lidarem com a linguagem das crianças. Discutindo a problemática das linguagens, além
de estarmos destacando um tema ainda pouco abordado pelos pesquisadores rosianos,
também tocamos em modalidades teóricas da História e em reflexões da História
Cultural.