Papers by Daniel Dinato
Trabalho de conclusão de curso, submetido ao curso de Ciências Sociais do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Sociais., 2014
Este trabalho surgiu de uma ida à exposição “Mira! Artes Visuais Indígenas
Contemporâneas”, a qua... more Este trabalho surgiu de uma ida à exposição “Mira! Artes Visuais Indígenas
Contemporâneas”, a qual pude visitar em duas ocasiões: quando em Belo Horizonte, no ano de 2013, e quando em Brasília, no ano de 2014. Ao entrar em contato com as obras, me surgiram algumas inquietações e dúvidas quanto à melhor forma de olhá-las. Esse trabalho, portanto, visa a busca de um arcabouço teórico tendo em vista melhor compreender as obras artísticas expostas em “Mira!” e tem como um de seus objetivos esclarecer alguns aspectos-chave dessas obras. Trabalhará com autores que se debruçaram sobre a arte indígena, tais como Els Lagrou e Lúcia Van
Velthem, e com autores que estudaram as formas ameríndias de vida, entre eles Carlos Fausto e Renato Sztutman. Além destes, o trabalho conta com auxílio fundamental das entrevistas realizadas com alguns dos próprios artistas, entre eles Jaider Esbell e Benjamín Jacaminoy Tisoy. Por fim, utiliza-se nesse estudo a contribuição essencial de um dossiê sobre a exposição trabalhada, além do catálogo desta, gentilmente cedidos pelas organizadoras Maria Inês de Almeida e Beatriz Matos.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
2022
Texto para catálogo da exposição Nakoada, estratégias para a arte moderna
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Estado da Arte, 2022
Como uma tentativa de resposta à questão levantada por Jaider Esbell, "O que vem a ser o Txa´ísmo... more Como uma tentativa de resposta à questão levantada por Jaider Esbell, "O que vem a ser o Txa´ísmo?", busco, nesse artigo, formular o conceito de curador-txai. Trata-se de uma prática curatorial a longo prazo que venho estabelecendo com o MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin) e que visa, sobretudo, cuidar de relações: aquelas vivas nas obras do coletivo e as que me unem aos artistas do MAHKU. Trata-se, também, de uma prática que vai além da organização de eventos específicos, tais como exposições, embora estas possam eventualmente ser o resultado de nosso diálogo. Finalmente, é uma prática sustentada pela aliança, baseada na etnografia e que procura levar a sério as especificidades das práticas artísticas da MAHKU.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Arte & Ensaios, 2021
Neste artigo explicito algumas formas de atuação política do Movimento dos Artistas Huni Kuin (M... more Neste artigo explicito algumas formas de atuação política do Movimento dos Artistas Huni Kuin (MAHKU). Partindo de um evento ocorrido em 2014, a compra por parte do MAHKU de dez hectares de terra no Acre com recursos obtidos com a venda de uma pintura, reflito sobre os caminhos abertos, as conexões possibilitadas e a agência causada pelas imagens-pontes produzidas pelo coletivo no contato entre mundos.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
A curiosidade das crianças em mim, nawa, e em minhas coisas é gritante. A minha curiosidade nelas... more A curiosidade das crianças em mim, nawa, e em minhas coisas é gritante. A minha curiosidade nelas e em seus mundos, também. Esbarramos, porém, na língua. Elas, muito generosas, falam um pouco de português. São tímidas e firmes, ao mesmo tempo. Querem me devorar, tocam em mim, pedem, perguntam, ficam felizes e bravas. Eu pouco consigo dizer. Não domino o mínimo de hatxa kuin, a língua dos Huni Kuin. Viro criança, então. As nossas curiosidades fazem superar as dificuldades linguísticas. Conversamos com mímica, jogamos sem falar, apontamos, sorrimos, ficamos atentos aos sinais não-verbais. Em certo momento, alívio, a câmera do meu celular e ele próprio vira mediação. Crianças e tecnologia se encontram das formas mais inesperadas, sempre. Lá, na foz do Rio Jordão, não é diferente. Elas querem aprender, mexer, dominar uma técnica criativamente, e assim o fazem. As fotos aqui expostas são instantes da minha relação com as crianças no município de Jordão e na aldeia Chico Curumim, Acre. As imagens não pretendem ser registros etnográficos de um povo, mas registros das nossas curiosidades mútuas. São fotos que mostram a mediação, a timidez e as várias formas de ser criança. Não posso, desejo, nem conseguiria teorizar esse gesto de interesse recíproco. A última foto, em que aparece o meu rosto pintado, retrato de um eu já criança, foi tirada por uma das muitas crianças que lá vivem, a qual muito rapidamente aprendeu como manejar o celular e sua câmera.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Texto da exposição "Turismo Exótico Espiritual". Espaço SARACVRA, de 25/11/17 até 16/12/17.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Book Reviews by Daniel Dinato
Resenha de:
LIMULJA, Hanna. O desejo dos outros: Uma etnografia dos sonhos yanomami. São Paulo: ... more Resenha de:
LIMULJA, Hanna. O desejo dos outros: Uma etnografia dos sonhos yanomami. São Paulo: Ubu Editora, 2022.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Nesta resenha, busco descrever e analisar a exposição ReAntropofagia, ocorrida no Centro de Artes... more Nesta resenha, busco descrever e analisar a exposição ReAntropofagia, ocorrida no Centro de Artes da UFF (Niterói) de 24 de abril a 26 de maio de 2019, assim como cada uma das obras ali presentes. Trata-se da primeira exposição em solo brasileiro curada por um artista indígena e que contou apenas com artistas indígenas entre os participantes.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Drafts by Daniel Dinato
A Casa de Cultura do Parque, em parceria com a Carmo Johnson Projects, apresentou a primeira expo... more A Casa de Cultura do Parque, em parceria com a Carmo Johnson Projects, apresentou a primeira exposição do Movimento dos Artistas Huni Kuin (MAHKU) em território nacional. Parte do II Ciclo Expositivo 2022 da Casa, a exposição MAHKU – Cantos de imagens teve curadoria de Ibã Huni Kuin e Daniel Dinato, apresentando uma seleção de onze pinturas e uma grande instalação da artista Kássia Borges – MAHKU, que foi montada junto ao público durante a abertura da mostra. A exposição ficou em cartaz de 02 de julho à 18 de setembro de 2022.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Papers by Daniel Dinato
Contemporâneas”, a qual pude visitar em duas ocasiões: quando em Belo Horizonte, no ano de 2013, e quando em Brasília, no ano de 2014. Ao entrar em contato com as obras, me surgiram algumas inquietações e dúvidas quanto à melhor forma de olhá-las. Esse trabalho, portanto, visa a busca de um arcabouço teórico tendo em vista melhor compreender as obras artísticas expostas em “Mira!” e tem como um de seus objetivos esclarecer alguns aspectos-chave dessas obras. Trabalhará com autores que se debruçaram sobre a arte indígena, tais como Els Lagrou e Lúcia Van
Velthem, e com autores que estudaram as formas ameríndias de vida, entre eles Carlos Fausto e Renato Sztutman. Além destes, o trabalho conta com auxílio fundamental das entrevistas realizadas com alguns dos próprios artistas, entre eles Jaider Esbell e Benjamín Jacaminoy Tisoy. Por fim, utiliza-se nesse estudo a contribuição essencial de um dossiê sobre a exposição trabalhada, além do catálogo desta, gentilmente cedidos pelas organizadoras Maria Inês de Almeida e Beatriz Matos.
Book Reviews by Daniel Dinato
LIMULJA, Hanna. O desejo dos outros: Uma etnografia dos sonhos yanomami. São Paulo: Ubu Editora, 2022.
Drafts by Daniel Dinato
Contemporâneas”, a qual pude visitar em duas ocasiões: quando em Belo Horizonte, no ano de 2013, e quando em Brasília, no ano de 2014. Ao entrar em contato com as obras, me surgiram algumas inquietações e dúvidas quanto à melhor forma de olhá-las. Esse trabalho, portanto, visa a busca de um arcabouço teórico tendo em vista melhor compreender as obras artísticas expostas em “Mira!” e tem como um de seus objetivos esclarecer alguns aspectos-chave dessas obras. Trabalhará com autores que se debruçaram sobre a arte indígena, tais como Els Lagrou e Lúcia Van
Velthem, e com autores que estudaram as formas ameríndias de vida, entre eles Carlos Fausto e Renato Sztutman. Além destes, o trabalho conta com auxílio fundamental das entrevistas realizadas com alguns dos próprios artistas, entre eles Jaider Esbell e Benjamín Jacaminoy Tisoy. Por fim, utiliza-se nesse estudo a contribuição essencial de um dossiê sobre a exposição trabalhada, além do catálogo desta, gentilmente cedidos pelas organizadoras Maria Inês de Almeida e Beatriz Matos.
LIMULJA, Hanna. O desejo dos outros: Uma etnografia dos sonhos yanomami. São Paulo: Ubu Editora, 2022.