Cátia Mourão
Universidade Nova de Lisboa, CHAM - Centro de Humanidades (Centre for the Humanities), Integrated Researcher
Cátia Mourão (ORCID ID 0000-0002-2359-7327) has been awarded a PhD and MSc in Art History of Antiquity and has a degree in History/History of Art, all from Faculdade de Ciências Sociais e Humanas of the Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL). Her research is focused on classical iconography and iconology, its origins and development in occidental art until our days. Her Doctoral thesis addressed the study of heteromorphic figurations (teratology, hybridism and metamorphosis in progress) in Roman Hispania's mosaics, and was passed with the highest classification by an international jury, recommended for publication and, therefore, the author¿s name was added to the Board of Honour (2010-2011). Her Master's thesis on water iconography in Roman mosaics in Portugal was supported by Science and Technology Foundation (FCT), passed with the highest classification by an international jury and published by EPAL (Lisboa, 2008). She is an Integrated Researcher of CHAM - Centro de Humanidades (FCSH-UNL) and a Collaborator Researcher of IHA - Instituto de História da Arte (FCSH-UNL); she is also a Cultural Adviser to the Portuguese Parliament, where she became the first Museum Director (2014-2017). In the academic years 2016-2017 and 2017-2018 she was an Invited Teacher (Lecturer) in Classical and Late Antique Art History in Portugal at the History of Art Department of FCSH-NOVA. She has organised scientific meetings on Art History of Antiquity, co-curated Art exhibitions and participated in free courses, academic seminars, symposia and scientific research teams in Portugal, Spain, France, Turkey, Italy and Perú with several publications.
Address: CHAM — Centro de Humanidades
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
Avenida de Berna, 26-C
1069-061 Lisboa
PORTUGAL
Address: CHAM — Centro de Humanidades
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
Avenida de Berna, 26-C
1069-061 Lisboa
PORTUGAL
less
InterestsView All (24)
Uploads
Books by Cátia Mourão
PALAVRAS-CHAVE
Arquitectura; azulejo; vitral; escultura; pintura; António Varela; Almada Negreiros; António Amaral Paiva; José Manuel Ferrão; Alquimia; Gnosticismo; Esoterismo ocidental.
SINOPSE
A moradia situada no N.º 28 da Rua de Alcolena (Restelo) foi concebida nos primórdios dos Anos 50 e resulta de uma concertação entre os seus proprietários – Maria da Piedade Mota Gomes e o poeta José Manuel Ferrão –, e três artistas seus amigos – o arquitecto António Varela, o pintor José de Almada Negreiros e o escultor António Amaral Paiva.
Esta verdadeira Mansão Filosofal constitui uma Obra de Arte única do Modernismo português, na medida em que congrega várias expressões artísticas de grande qualidade (arquitectura, azulejo, vitral e escultura), subordinadas a um coerente programa ideológico comprometido com a via gnóstica unitária da filosofia hermética.
O carácter excepcional deste conjunto foi logo reconhecido na sua época – merecendo, inclusive, destaque na Sétima Arte, na longa-metragem Perdeu-se um Marido (1956) –, e mais tarde justificou a sua integração no Inventário Municipal do Património em 1992, no Inventário DOCOMOMO Ibérico da Habitação em 2008 e a proposta de classificação como Imóvel de Interesse Municipal em 2009, malogradamente gorada pela aprovação do projecto de construção de um edifício geminado à direita.
Com este livro pretende-se não só reiterar a importância desta Grande Obra no panorama nacional, mas também contribuir para o melhor entendimento da sua Beleza intrínseca, pois tal como Almada Negreiros inscreveu no painel de azulejos da varanda inferior direita desta moradia «Todas as cousas são belas / para quem sabe entendê-las»."
PALAVRAS-CHAVE
Bestiário fantástico; híbridos; monstros; deformidades; metamorfoses; iconografia; mosaicos romanos.
RESUMO
Na presente dissertação de Doutoramento em História da Arte da Antiguidade são analisadas, do ponto de vista formal, compositivo, temático e simbólico, as figurações heteromórficas (teratologias, hibridismos, metamorfoses em progressão e algumas variantes decorativas) registadas num vasto conjunto de mosaicos da antiga Hispânia romana, território hoje correspondente a Portugal e Espanha.
Começando por distinguir as diferenças entre fenómenos reais e recriações míticas de excepção à norma morfológica de cada espécie, e por salientar as relações psicossomáticas das personagens representadas – numa correspondência entre integridade corporal e moralidade, ou corrupção física e imoralidade, e entre beleza, virtude e prémio, ou fealdade, vício e castigo, características que enfatizam o papel dos protagonistas como seres civilizados ou bárbaros e como coadjuvantes ou oponentes dos heróis na narrativa mitológica, em todo o caso promotores de uma noção de equilíbrio baseada na harmonia dos opostos –, o estudo permite não só reconhecer o valor destas criaturas como alegorias morais, mas também perceber a sua função didáctica na formação das mentalidades greco-romanas, e ainda aferir o grau de aculturação nas Províncias mais ocidentais do Império Romano.
Torna-se igualmente possível determinar as incidências de cada figura por tema e área geográfica, definir as preferências dos encomendantes e avaliar os conhecimentos dos artesãos sobre os modelos, constatar a proximidade ou o afastamento em relação a outros mosaicos extra-peninsulares e a outras formas artísticas e literárias coevas, assim como entender a evolução diacrónica e sincrónica da iconografia dos seres com morfologias imaginárias até à Idade Média.
---
KEYWORDS
Fantastic bestiary; hybrids; monsters; deformities; metamorphosis; iconography; roman mosaics.
ABSTRACT
In this doctor's degree thesis in Art History of Antiquity we analyse the formal, compositional, thematic and symbolic dimensions of the heteromorphic figurations (teratologies, hybridisms, metamorphosis in progress and some decorative variations) registered in a vast range of mosaics found in roman Hispania, nowadays corresponding to Portugal and Spain.
Beginning with a distinction between real and mythical exceptions to the morphological pattern of each specie and with an enhancement of the psychosomatic manifesttations in these figures – in a correspondence between body integrity and morality, or physical corruption and immorality, and between beauty, virtue and prize, or ugliness, vice and punishment, characteristics that emphasise the role of the protagonists as civilized or barbarian and as adjuvants or opponents to the heroes in the myths, in any case promoters of a sense of balance based on the harmony of opposites –, the study allows us not only to recognize the value of this creatures as moral allegories, but also to understand their didactical function in educational training of greco-roman ethical awareness, and even determine the degree of acculturation in the most occidental Provinces of the Roman Empire.
It is also possible to check the incidence of each figure by subject and geographical area, to know the commissioners’ preferences and assess the craftsmen’s knowledge of the models, to point out the similarities and differences from other foreign mosaics, the compliance or deviation from other coeval art and literature, and to track the diachronic and synchronic evolution of the iconography of the mythological creatures with unreal morphologies until the Middle Ages.
PALAVRAS-CHAVE
Vitral; Almada Negreiros; Eros e Psique; Apuleio; Modernismo
RESUMO
O presente ensaio constitui um novo contributo para a análise iconográfica do único vitral concebido por Almada Negreiros para uma residência particular e sobre a arquitectura deste edifício modernista sito no nº 28 da Rua de Alcolena.
. Partindo uma vez mais da dúbia representação das figuras que o compõem (o casal mitológico Eros e Psique), oferece uma leitura alternativa às anteriores – que no entanto permite chegar exactamente à mesma conclusão – e explora com maior detalhe os aspectos subjacentes à produção da obra, evidenciando a forte intervenção do encomendante e a relação simbólica entre a peça e a casa que originalmente integrou.
Para além das interpretações complementares, apresenta também um desenho inédito do artista, que embora seja anterior à obra em foco é subordinado ao mesmo tema, e mais dois estudos igualmente inéditos para o vitral, que documentam a evolução do desenho, das formas e dos sentidos. Inclui ainda algumas fotografias antigas e actuais do interior e do exterior da moradia, que evidenciam um conjunto artístico extraordinariamente rico, onde se revela a admirável unidade simbiótica entre diferentes expressões plásticas (vitral, azulejo e escultura adossada, de vulto pleno e placas incisas) reunidas e articuladas – ab initio – numa arquitectura única, de fruição duplamente privada e pública, funcional e estética, racional e emotiva, que permite uma interessante abordagem do ponto de vista da psicologia da habitação e da afirmação da residência enquanto obra de expressão cultural e social, ultrapassando claramente o próprio conceito modernista de obra arquitectónica utilitária ornamentada.
VERSÃO INTEGRAL
A versão integral deste livro, produzido pela Divisão de Edições da Assembleia da República, está disponível em formato digital nos seguintes sítios da internet:
- Fluid Design: http://www.fluid.pt/pdf/LIVROErosePsique_fluid.pdf
- Revista Artes & Leilões: http://www.arteseleiloes.com/uploads/docs/Eros_e_Psique_Catia_Mourao.pdf
DIVULGAÇÃO
A divulgação pública da obra foi feita no sítio oficial da Ordem dos Arquitectos (Secção Regional Sul - SRS), a 22 de Julho de 2009, em:
http://www.oasrs.org/conteudo/agenda/noticias-detalhe.asp?noticia=1777
PALAVRAS-CHAVE
Antiguidade; mosaicos; aquáticos; ictiográficos; Portugal.
RESUMO
O presente livro constitui a publicação da tese de Mestrado da autora e versa sobre a expressão do imaginário das águas em mosaicos da Antiguidade produzidos no limes mais ocidental da Hispânia, correspondentes ao Portugal de hoje, e intitula-se Mirabilia Aquarum em alusão às propriedades termais referidas por Plínio-o-Velho no Livro XXXI da História Natural.
Utilizados como meros elementos decorativos ou acrescidos de uma dimensão simbólica apotropaica ou iniciática, os motivos aquáticos integram composições pavimentais e parietais que revestem estruturas arquitectónicas privadas e públicas, de carácter utilitário (tanques, piscinas, impluuia) ou devocional (exedræ e templos).
A geografia do corpus ictiográfico é consideravelmente heterogénea, revelando-se mais concentrada na Estremadura e no Algarve, regiões onde a economia tinha uma estreita dependência com o mar (comércio, pesca e indústrias de salga de peixe e produção de garum). Com pontuais excepções, as representações da fauna marinha no litoral são mais verosímeis e naturalistas do que no interior, onde se verificam resultados mais incipientes e fantasiosos.
As mais antigas figurações aquáticas são datáveis de finais do século II e inícios do século III d.C. Caracterizam-se pela bicromia (tesselas pretas e brancas), por um certo arcaísmo formal (planificação e contorno definido) e pela simplicidade compositiva (geométrica ou em campo livre).
De meados do século III d.C. – quando nas províncias hispânicas se trilhavam já tardiamente os novos caminhos da actividade artística – e de todo o maduro século IV d.C., chegam-nos as melhores, mais variadas, mais naturalistas e mais extensas composições com temas aquáticos, onde predomina a policromia e o ilusionismo volumétrico. Nelas são claras as influências estéticas e técnicas dos grandes centros de produção musiva norte africanos, chegadas ao nosso território pela actual região algarvia, via Mar Mediterrâneo – meio privilegiado de transporte de pessoas e bens comerciais, culturais e artísticos –, e difundidas de Sul para Norte.
Da época paleocristã estão documentados apenas dois fragmentos que no entanto se revestem de particular importância, na medida em que ilustram especificidades conceptuais e estéticas da produção artística desse período, tais como o menor primor técnico, o menor classicismo e maior grau de empirismo formal, e a alteração do valor simbólico dos elementos representados.
Se o percurso estético e técnico desde o século II até ao século IV d.C. se caracterizou pela aproximação à mimesis physeus, pela definição dos cânones clássicos de harmonia, beleza e proporção, pelo talhamento mais regular de cada tessela (sendo geralmente mais padronizado nos fundos e mais versátil no interior das figuras) e pela cuidada preparação dos pavimentos (seguindo preferencialmente os preceitos vitruvianos), a partir de então o trajecto da arte musiva foi pautado por um afastamento relativamente a esses ideais e procedimentos anteriores. Este fenómeno de aparente retrocesso explica-se mormente pela recusa dos valores da cultura pagã por parte do cristianismo, que se afirmava num contexto de decadência religiosa, política, social, económica e cultural do Império Romano. Todavia, a reutilização de símbolos pagãos em contextos litúrgicos, depois de convertidos os seus significados, atesta a continuidade das representações e indica que não houve uma verdadeira ruptura vocabular com o mundo romano, embora a interacção semântica tenha originado novos sentidos.
---
KEYWORDS
Antiquity; mosaics; aquatic; icthyographic; Portugal.
ABSTRACT
This book publishes the autor's master's degree thesis about the expression of the waters imaginary in the mosaics of Late Antiquity produced in the occidental limes of Hispania, nowadays corresponding to the Portuguese territory, and is entitled Mirabilia Aquarum in reference to the thermal properties mentioned by Plini The Elder, in the Book XXXI of Natural History. Merely used as decorative elements or having an added apotropaic or initiatic symbolic dimension, the water motives integrate pavimental and parietal compositions which cover private and public architectural structures, of useful (tanks, swimming pools, impluuia) or devotional character (exedræ and temples).
The geography of the ictiographic musive corpus is considerably heterogeneous, with a stronger concentration in the Estremadura and in the Algarve, regions where economy held a narrow dependence with the sea (commerce, fishing and industries of fish salting and garum production). Apart from occasional exceptions, the representations of sea fauna in the coast are more liable and naturalist than the ones in inland, where results tend to look somewhat incipient and inventive.
The most ancient water figurations date back from the end of the 2nd century and beginnings of the 3rd A.D. They are characterized by the two-colour print (black and white tessellæ), a certain formal archaism (planning and definite outline) and compositional simplicity (geometrical or in free-field).
From the middle of the 3rd century A.D. - when new ways in the artistic activity began rather lately to tread on in the Province of Lusitania - and during the whole ripe 4th century A.D., emerge the best, the most varied, the most naturalist and the most extensive compositions with water subjects, where polychromy and volumetrical illusionism dominate. In these compositions, the aesthetic and technical influences of the great centres of North African musive production become apparent, reaching the current region of Algarve through the Mediterranean – privileged means of transport of people and commercial, cultural and artistic goods –, and spreading all the way from South to North.
There are only two documented fragments of the Paleochristian era; however, they have special significance in so far as they illustrate conceptual and aesthetic specificities of the artistic production of that period, such as a minor technical excellence, a minor degree of formal classicism and the modification of the symbolic value of the elements represented.
If the aesthetical and technical evolution from the 2nd to the 4th century A.D. was characterized by the approximation to the mimesis physeus, the definition of classic canons of harmony, beauty and proportion, the most regular cutting of each tessellæ (more standardized in the bases and more versatile in the interior of the forms) and the cautious preparation of pavements (for the most part, following vitruvian precepts), from then on the course of musive art was dictated by a subtraction of those ideals and previous procedures. This phenomenon of apparent retreat is mainly explained by the rejection of the values of pagan culture by the Christianism that began to establish itself in the context of religious, political, social, economical and cultural decadence of the Roman Empire. However, the reuse of pagan symbols in liturgical contexts, after converting their significances, attests the continuity of the representations and indicates that there was no real verbal rupture with the Roman world, though the semantic interaction has given rise to new meanings.
PALAVRAS-CHAVE
Parlamento; Mosteiro; Arquitectura; Neoclassicismo; Portugal.
RESUMO
Trata-se do catálogo da exposição homónima, patente ao público no Palácio de São Bento (sede do Parlamento de Portugal desde 1834) entre 9 de Outubro e 30 de Dezembro de 2003, por ocasião das Comemorações do Centenário do Hemiciclo (projectado pelo Arq. Miguel Ventura Terra em 1895, após o incêncio da anterior Sala das Sessões, adaptada pelo Arq. Joaquim Possidónio da Silva, em 1834).
Nesta obra são divulgados numerosos documentos inéditos (entre manuscritos, plantas, cortes e alçados) encontrados em diversos arquivos e bibliotecas (Arquivo Histórico Parlamentar, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivo do Arco do Cego, Arquivo Histórico do Ministrério das Obras Públicas, Arquivo da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Biblioteca Nacional de Portugal), que constituem fontes preciosas para o conhecimento da História e da História da Arte deste edifício, cujas origens remontam ao antigo Mosteiro de São Bento da Saúde (cenóbio beneditino desactivado e nacionalizado em 1833, 1 ano antes do Édito da Extinção das Ordens Religiosas).
Book chapters by Cátia Mourão
PALAVRAS-CHAVE
Arquitectura; azulejo; vitral; escultura; pintura; António Varela; Almada Negreiros; António Amaral Paiva; José Manuel Ferrão; Alquimia; Gnosticismo; Esoterismo ocidental.
SINOPSE
A moradia situada no N.º 28 da Rua de Alcolena (Restelo) foi concebida nos primórdios dos Anos 50 e resulta de uma concertação entre os seus proprietários – Maria da Piedade Mota Gomes e o poeta José Manuel Ferrão –, e três artistas seus amigos – o arquitecto António Varela, o pintor José de Almada Negreiros e o escultor António Amaral Paiva.
Esta verdadeira Mansão Filosofal constitui uma Obra de Arte única do Modernismo português, na medida em que congrega várias expressões artísticas de grande qualidade (arquitectura, azulejo, vitral e escultura), subordinadas a um coerente programa ideológico comprometido com a via gnóstica unitária da filosofia hermética.
O carácter excepcional deste conjunto foi logo reconhecido na sua época – merecendo, inclusive, destaque na Sétima Arte, na longa-metragem Perdeu-se um Marido (1956) –, e mais tarde justificou a sua integração no Inventário Municipal do Património em 1992, no Inventário DOCOMOMO Ibérico da Habitação em 2008 e a proposta de classificação como Imóvel de Interesse Municipal em 2009, malogradamente gorada pela aprovação do projecto de construção de um edifício geminado à direita.
Com este livro pretende-se não só reiterar a importância desta Grande Obra no panorama nacional, mas também contribuir para o melhor entendimento da sua Beleza intrínseca, pois tal como Almada Negreiros inscreveu no painel de azulejos da varanda inferior direita desta moradia «Todas as cousas são belas / para quem sabe entendê-las»."
PALAVRAS-CHAVE
Bestiário fantástico; híbridos; monstros; deformidades; metamorfoses; iconografia; mosaicos romanos.
RESUMO
Na presente dissertação de Doutoramento em História da Arte da Antiguidade são analisadas, do ponto de vista formal, compositivo, temático e simbólico, as figurações heteromórficas (teratologias, hibridismos, metamorfoses em progressão e algumas variantes decorativas) registadas num vasto conjunto de mosaicos da antiga Hispânia romana, território hoje correspondente a Portugal e Espanha.
Começando por distinguir as diferenças entre fenómenos reais e recriações míticas de excepção à norma morfológica de cada espécie, e por salientar as relações psicossomáticas das personagens representadas – numa correspondência entre integridade corporal e moralidade, ou corrupção física e imoralidade, e entre beleza, virtude e prémio, ou fealdade, vício e castigo, características que enfatizam o papel dos protagonistas como seres civilizados ou bárbaros e como coadjuvantes ou oponentes dos heróis na narrativa mitológica, em todo o caso promotores de uma noção de equilíbrio baseada na harmonia dos opostos –, o estudo permite não só reconhecer o valor destas criaturas como alegorias morais, mas também perceber a sua função didáctica na formação das mentalidades greco-romanas, e ainda aferir o grau de aculturação nas Províncias mais ocidentais do Império Romano.
Torna-se igualmente possível determinar as incidências de cada figura por tema e área geográfica, definir as preferências dos encomendantes e avaliar os conhecimentos dos artesãos sobre os modelos, constatar a proximidade ou o afastamento em relação a outros mosaicos extra-peninsulares e a outras formas artísticas e literárias coevas, assim como entender a evolução diacrónica e sincrónica da iconografia dos seres com morfologias imaginárias até à Idade Média.
---
KEYWORDS
Fantastic bestiary; hybrids; monsters; deformities; metamorphosis; iconography; roman mosaics.
ABSTRACT
In this doctor's degree thesis in Art History of Antiquity we analyse the formal, compositional, thematic and symbolic dimensions of the heteromorphic figurations (teratologies, hybridisms, metamorphosis in progress and some decorative variations) registered in a vast range of mosaics found in roman Hispania, nowadays corresponding to Portugal and Spain.
Beginning with a distinction between real and mythical exceptions to the morphological pattern of each specie and with an enhancement of the psychosomatic manifesttations in these figures – in a correspondence between body integrity and morality, or physical corruption and immorality, and between beauty, virtue and prize, or ugliness, vice and punishment, characteristics that emphasise the role of the protagonists as civilized or barbarian and as adjuvants or opponents to the heroes in the myths, in any case promoters of a sense of balance based on the harmony of opposites –, the study allows us not only to recognize the value of this creatures as moral allegories, but also to understand their didactical function in educational training of greco-roman ethical awareness, and even determine the degree of acculturation in the most occidental Provinces of the Roman Empire.
It is also possible to check the incidence of each figure by subject and geographical area, to know the commissioners’ preferences and assess the craftsmen’s knowledge of the models, to point out the similarities and differences from other foreign mosaics, the compliance or deviation from other coeval art and literature, and to track the diachronic and synchronic evolution of the iconography of the mythological creatures with unreal morphologies until the Middle Ages.
PALAVRAS-CHAVE
Vitral; Almada Negreiros; Eros e Psique; Apuleio; Modernismo
RESUMO
O presente ensaio constitui um novo contributo para a análise iconográfica do único vitral concebido por Almada Negreiros para uma residência particular e sobre a arquitectura deste edifício modernista sito no nº 28 da Rua de Alcolena.
. Partindo uma vez mais da dúbia representação das figuras que o compõem (o casal mitológico Eros e Psique), oferece uma leitura alternativa às anteriores – que no entanto permite chegar exactamente à mesma conclusão – e explora com maior detalhe os aspectos subjacentes à produção da obra, evidenciando a forte intervenção do encomendante e a relação simbólica entre a peça e a casa que originalmente integrou.
Para além das interpretações complementares, apresenta também um desenho inédito do artista, que embora seja anterior à obra em foco é subordinado ao mesmo tema, e mais dois estudos igualmente inéditos para o vitral, que documentam a evolução do desenho, das formas e dos sentidos. Inclui ainda algumas fotografias antigas e actuais do interior e do exterior da moradia, que evidenciam um conjunto artístico extraordinariamente rico, onde se revela a admirável unidade simbiótica entre diferentes expressões plásticas (vitral, azulejo e escultura adossada, de vulto pleno e placas incisas) reunidas e articuladas – ab initio – numa arquitectura única, de fruição duplamente privada e pública, funcional e estética, racional e emotiva, que permite uma interessante abordagem do ponto de vista da psicologia da habitação e da afirmação da residência enquanto obra de expressão cultural e social, ultrapassando claramente o próprio conceito modernista de obra arquitectónica utilitária ornamentada.
VERSÃO INTEGRAL
A versão integral deste livro, produzido pela Divisão de Edições da Assembleia da República, está disponível em formato digital nos seguintes sítios da internet:
- Fluid Design: http://www.fluid.pt/pdf/LIVROErosePsique_fluid.pdf
- Revista Artes & Leilões: http://www.arteseleiloes.com/uploads/docs/Eros_e_Psique_Catia_Mourao.pdf
DIVULGAÇÃO
A divulgação pública da obra foi feita no sítio oficial da Ordem dos Arquitectos (Secção Regional Sul - SRS), a 22 de Julho de 2009, em:
http://www.oasrs.org/conteudo/agenda/noticias-detalhe.asp?noticia=1777
PALAVRAS-CHAVE
Antiguidade; mosaicos; aquáticos; ictiográficos; Portugal.
RESUMO
O presente livro constitui a publicação da tese de Mestrado da autora e versa sobre a expressão do imaginário das águas em mosaicos da Antiguidade produzidos no limes mais ocidental da Hispânia, correspondentes ao Portugal de hoje, e intitula-se Mirabilia Aquarum em alusão às propriedades termais referidas por Plínio-o-Velho no Livro XXXI da História Natural.
Utilizados como meros elementos decorativos ou acrescidos de uma dimensão simbólica apotropaica ou iniciática, os motivos aquáticos integram composições pavimentais e parietais que revestem estruturas arquitectónicas privadas e públicas, de carácter utilitário (tanques, piscinas, impluuia) ou devocional (exedræ e templos).
A geografia do corpus ictiográfico é consideravelmente heterogénea, revelando-se mais concentrada na Estremadura e no Algarve, regiões onde a economia tinha uma estreita dependência com o mar (comércio, pesca e indústrias de salga de peixe e produção de garum). Com pontuais excepções, as representações da fauna marinha no litoral são mais verosímeis e naturalistas do que no interior, onde se verificam resultados mais incipientes e fantasiosos.
As mais antigas figurações aquáticas são datáveis de finais do século II e inícios do século III d.C. Caracterizam-se pela bicromia (tesselas pretas e brancas), por um certo arcaísmo formal (planificação e contorno definido) e pela simplicidade compositiva (geométrica ou em campo livre).
De meados do século III d.C. – quando nas províncias hispânicas se trilhavam já tardiamente os novos caminhos da actividade artística – e de todo o maduro século IV d.C., chegam-nos as melhores, mais variadas, mais naturalistas e mais extensas composições com temas aquáticos, onde predomina a policromia e o ilusionismo volumétrico. Nelas são claras as influências estéticas e técnicas dos grandes centros de produção musiva norte africanos, chegadas ao nosso território pela actual região algarvia, via Mar Mediterrâneo – meio privilegiado de transporte de pessoas e bens comerciais, culturais e artísticos –, e difundidas de Sul para Norte.
Da época paleocristã estão documentados apenas dois fragmentos que no entanto se revestem de particular importância, na medida em que ilustram especificidades conceptuais e estéticas da produção artística desse período, tais como o menor primor técnico, o menor classicismo e maior grau de empirismo formal, e a alteração do valor simbólico dos elementos representados.
Se o percurso estético e técnico desde o século II até ao século IV d.C. se caracterizou pela aproximação à mimesis physeus, pela definição dos cânones clássicos de harmonia, beleza e proporção, pelo talhamento mais regular de cada tessela (sendo geralmente mais padronizado nos fundos e mais versátil no interior das figuras) e pela cuidada preparação dos pavimentos (seguindo preferencialmente os preceitos vitruvianos), a partir de então o trajecto da arte musiva foi pautado por um afastamento relativamente a esses ideais e procedimentos anteriores. Este fenómeno de aparente retrocesso explica-se mormente pela recusa dos valores da cultura pagã por parte do cristianismo, que se afirmava num contexto de decadência religiosa, política, social, económica e cultural do Império Romano. Todavia, a reutilização de símbolos pagãos em contextos litúrgicos, depois de convertidos os seus significados, atesta a continuidade das representações e indica que não houve uma verdadeira ruptura vocabular com o mundo romano, embora a interacção semântica tenha originado novos sentidos.
---
KEYWORDS
Antiquity; mosaics; aquatic; icthyographic; Portugal.
ABSTRACT
This book publishes the autor's master's degree thesis about the expression of the waters imaginary in the mosaics of Late Antiquity produced in the occidental limes of Hispania, nowadays corresponding to the Portuguese territory, and is entitled Mirabilia Aquarum in reference to the thermal properties mentioned by Plini The Elder, in the Book XXXI of Natural History. Merely used as decorative elements or having an added apotropaic or initiatic symbolic dimension, the water motives integrate pavimental and parietal compositions which cover private and public architectural structures, of useful (tanks, swimming pools, impluuia) or devotional character (exedræ and temples).
The geography of the ictiographic musive corpus is considerably heterogeneous, with a stronger concentration in the Estremadura and in the Algarve, regions where economy held a narrow dependence with the sea (commerce, fishing and industries of fish salting and garum production). Apart from occasional exceptions, the representations of sea fauna in the coast are more liable and naturalist than the ones in inland, where results tend to look somewhat incipient and inventive.
The most ancient water figurations date back from the end of the 2nd century and beginnings of the 3rd A.D. They are characterized by the two-colour print (black and white tessellæ), a certain formal archaism (planning and definite outline) and compositional simplicity (geometrical or in free-field).
From the middle of the 3rd century A.D. - when new ways in the artistic activity began rather lately to tread on in the Province of Lusitania - and during the whole ripe 4th century A.D., emerge the best, the most varied, the most naturalist and the most extensive compositions with water subjects, where polychromy and volumetrical illusionism dominate. In these compositions, the aesthetic and technical influences of the great centres of North African musive production become apparent, reaching the current region of Algarve through the Mediterranean – privileged means of transport of people and commercial, cultural and artistic goods –, and spreading all the way from South to North.
There are only two documented fragments of the Paleochristian era; however, they have special significance in so far as they illustrate conceptual and aesthetic specificities of the artistic production of that period, such as a minor technical excellence, a minor degree of formal classicism and the modification of the symbolic value of the elements represented.
If the aesthetical and technical evolution from the 2nd to the 4th century A.D. was characterized by the approximation to the mimesis physeus, the definition of classic canons of harmony, beauty and proportion, the most regular cutting of each tessellæ (more standardized in the bases and more versatile in the interior of the forms) and the cautious preparation of pavements (for the most part, following vitruvian precepts), from then on the course of musive art was dictated by a subtraction of those ideals and previous procedures. This phenomenon of apparent retreat is mainly explained by the rejection of the values of pagan culture by the Christianism that began to establish itself in the context of religious, political, social, economical and cultural decadence of the Roman Empire. However, the reuse of pagan symbols in liturgical contexts, after converting their significances, attests the continuity of the representations and indicates that there was no real verbal rupture with the Roman world, though the semantic interaction has given rise to new meanings.
PALAVRAS-CHAVE
Parlamento; Mosteiro; Arquitectura; Neoclassicismo; Portugal.
RESUMO
Trata-se do catálogo da exposição homónima, patente ao público no Palácio de São Bento (sede do Parlamento de Portugal desde 1834) entre 9 de Outubro e 30 de Dezembro de 2003, por ocasião das Comemorações do Centenário do Hemiciclo (projectado pelo Arq. Miguel Ventura Terra em 1895, após o incêncio da anterior Sala das Sessões, adaptada pelo Arq. Joaquim Possidónio da Silva, em 1834).
Nesta obra são divulgados numerosos documentos inéditos (entre manuscritos, plantas, cortes e alçados) encontrados em diversos arquivos e bibliotecas (Arquivo Histórico Parlamentar, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivo do Arco do Cego, Arquivo Histórico do Ministrério das Obras Públicas, Arquivo da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Biblioteca Nacional de Portugal), que constituem fontes preciosas para o conhecimento da História e da História da Arte deste edifício, cujas origens remontam ao antigo Mosteiro de São Bento da Saúde (cenóbio beneditino desactivado e nacionalizado em 1833, 1 ano antes do Édito da Extinção das Ordens Religiosas).
PALAVRAS-CHAVE
Arte, hermetismo, política, Regeneração, Séc. XIX.
RESUMO
A Sala D. Maria II, assim designada pelo retrato da soberana ali colocado durante o Estado Novo (1933-1974), foi concebida nos finais do Séc. XIX para servir de Sala de Conferência à Câmara dos Pares do Reino.
O aturado estudo do programa iconográfico subjacente à decoração deste espaço de uso restrito revelou a existência de uma linha ideológica intimamente relacionada com as correntes políticas da época - em especial com a Regeneração - e com uma esclarecida filosofia hermética, norteadora dos princípios éticos e morais que deveriam assistir à actuação da elite política desta época tão fortemente marcada pelos ideais desenvolvidos nas sociedades iniciáticas - sobretudo a Maçonaria e a Ordem Rosa Cruz. Com efeito, muitos dos Pares do Reino retratados nesta Sala foram adeptos de tais organizações e trabalharam para a Regeneração da vida política, para a Evolução e para o Progresso do País.
Servindo como referência iconológica, as figuras de Mercúrio, Vénus, Minerva e Justiça, que se conservam nos quatro cantos do tecto - em correspondência com os quatro pontos cardiais e com as Quatro Virtudes Cardiais da vida moral e política dos Pares - atestam não apenas a força do legado da Antiguidade na época Contemporânea, mas também a prevalência do seu acrescido simbolismo esotérico no seio político de finais do Séc. XIX.
---
KEYWORDS
Art, hermetism, politics, Regeneration, XIXth century.
ABSTRACT
The room today known as the Sala Dona Maria, because of the portrait of the Queen added during Estado Novo (1933-1974), was built in late XIXth century as a conference room for the Chamber of the Portuguese House of Peers.
Long and careful study of the imagery chosen for the decoration of this room has revealed the existence of an ideological content, closely related to the political currents of the time - specially with the Regeneration - and to a bright hermetic philosophy, defining a ethical and moral principals that should guide the proceedings of the political elite, strongly linked to the ideals developed by iniciatic societies, such as Masonry and Rosicross. In fact, many of the portraid speakers of the House of Peers represented in this room were members of these organizations and contributed to the regeneration of political life, to the advancement of the nation and to progress.
Working as an iconological reference, the figures of Mercury, Venus, Minerva and lady Justice, depicted on the four corners of the ceilling - according to their cardinal locations and alluding to the Four Cardinal Virtues of moral and political life of the Peers - confirm not only the strong legacy of Antiquity in Contemporary times, but also the prevalence of their esoteric symbolism within politics at the late XIXth century.
PALAVRAS-CHAVE
Arte, política, Pariato, Parlamento Português, Séc. XIX.
RESUMO
Em 1867 foi inaugurada a segunda Sala das Sessões da Câmara dos Dignos Pares do Reino no Palácio das Cortes, baseada no projecto que o arquitecto francês Jean-François Colson elaborou em 1856.
Entre 1897 e 1903, além do Pariato também os Deputados fizeram as suas sessões neste espaço, enquanto aguardavam a conclusão da sua nova sala, traçada pelo arquitecto português Miguel Ventura Terra.
Mais tarde, quando em 1911 foi extinta a Câmara dos Pares e criada a dos Senadores pela 1ª República, este local foi rebaptizado como Sala do Senado, designação pela qual ainda hoje é conhecido.
O fim da 1ª República ditou a extinção do Senado e a criação da Câmara Corporativa, que ali reuniu até 1974.
A Constituição de 1975 instaurou um novo regime monocameral que determinou o fim da utilização regular desta sala, onde passaram a decorrer os mais diversos e aleatórios eventos.
KEYWORDS
Art, politics, Peers, Portuguese Parliament, XIXth Century.
ABSTRACT
The second Chamber of Peers at Palácio das Cortes was inaugurated in 1867, based on the project designed by the French architect Jean-François Colson in 1856.
Between 1897 and 1903, the deputies also started to use this room on a rotating basis with the peers, while waiting for the inauguration of their own new Chamber, designed by the Portuguese architect Miguel Ventura Terra.
Later on, when the First Republic abolished the House of Peers and created the Senate, in 1911 this room received the name by whitch it is still known.
The end of the Senate came with the end of the First Republic and in 1926 the Corporate Chamber was created.
In 1975, the new Constitution created a democratic parliamentary system based on a single Chamber and, as a result, the old Chamber of Peers/Senate fell out of regular use.
First noticed by the Franz Cumont and lately inventoried by Sabah Ferdi (Corpus des Mosaïques de Cherchell), this mosaic is an ex libris of Algeria and worth a mention in national literature by Assia Djebar (La femme sans sepulture) as well as a philatelic stamp.
Particularly recurrent in the literature and visual arts of Classical Antiquity, they reveal a practice that goes against mimesis praxeos physeos, because although they are based on references to real models of rule or exception, they involve a process of emphasizing and rearranging their parts, often mixed with elements from other species.
Rather than simple anatomical reconfigurations that demonstrate the fictional side of paganism, these anthropomorphised reinventions show a predisposition to expressive self-representations (caricatured or idealised) arising from self-criticism and promotion exercises (in a highly psychosomatic relationship). They decry Man's aspiration to be a demiurge of new forms and lives, and attest to his desire to overcome physical and cognitive limitations, and to surpass his mortal, earthly condition.
This text discusses these recreations in Roman mosaics in the Iberian Peninsula and highlights their value as key elements for knowing about culture at the time and for interpreting the metaphorical meaning of mythological narratives.
Presentation of the Chasuble conceived by the portuguese artisan Isabel Bordaleiro to the Pope Benedict XVI, in 2011, in the Vatican collections.
Neste breve texto da comunicação apresentada na Fundação Calouste Gulbenkian, a 11 de Julho de 2008, no âmbito do I Ciclo Internacional de Palestras promovido pela APECMA – Associação Portuguesa para o Estudo e Conservação do Mosaico Antigo e IHA, Instituto de História da Arte, UNL, versamos sobre a ideografia das águas em mosaicos elaborados no espaço do actual território português (correspondente a parte das Províncias romanas da Lusitânia e da Galécia) e destacamos as dimensões decorativas e simbólicas que os motivos ictiográficos assumem nos conjuntos mais significativos.
ENGLISH:
In this brief communication presented at the Fundação Calouste Gulbenkian, on 11 July 2008, during the First International Cycle of Speeches promoted by APECMA – Portuguese Association for the Study and Conservation of Antique Mosaics, we focus on the ideography of waters in mosaics produced in Portuguese territory (corresponding to a part of Roman Lusitania and Galæcia) and we highlight the decorative and symbolic dimensions assumed by ictiographic motifs in the most relevant examples.
O presente texto decorre da nossa participação no Xº Colóquio Internacional da AIEMA, que teve lugar no Museu Monográfico de Conimbriga em 2005, e refere-se aos mosaicos romanos com motivos aquáticos encontrados no actual território português até então, datáveis de finais do século II d.C. até meados do século VI d.C.
ENGLISH:
This text results from our participation in the Xth AIEMA International Colloquium, that took place at Conimbriga's Monographic Museum in 2005, and focuses on the roman mosaics found in the Portuguese territory until then, dating from late 2nd century A.D. to middle 6th century A.D.
O Julgamento das Almas do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) é uma pintura portuguesa concebida a óleo sobre madeira, na segunda metade do século XVI, com as dimensões de 2,145m por 1,765m. Não tendo sido assinada, o seu autor permanece ainda desconhecido, embora seja possível destrinçar mais do que uma mão, tratando-se, por conseguinte, de uma obra realizada em regime de "parceria", prática bastante comum, na época, por todas as escolas europeias.
ENGLISH:
The Trial of the Souls from the National Museum of Ancient Art (NMAA) is a Portuguese oil on wood painting, dating from the second half of the 16th century and measuring 2.145m x 1.765m. It's author remains unknown, for he did not sign the masterpiece. However, it seems to have been painted by more than one master, maybe as a "partnership" - a fairly common practice at the time by all European schools.