Miguel dos Santos Filho
Doutorando em Antropologia pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social - Universidade de Brasília. Possui licenciatura plena em Ciências Sociais, bacharelado em Antropologia e mestrado em Antropologia Social (Universidade de Brasília). Tem interesse nas áreas de antropologia do direito e das relações de gênero, sociologia das conflitualidades e violência e temas relacionados à cidadania e aos direitos humanos.
http://lattes.cnpq.br/8046565642326485
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Palabras clave: ASEAN; elecciones; cambios sociales; relaciones internacionales; juicios.
dissidentes das do direito positivo.
doméstica no Brasil e em Timor-Leste, apresentando as demandas dos
movimentos sociais para que isso fosse possível e narrando algumas
dinâmicas transcorridas nos tribunais de ambos os países. Argumento
que as demandas por reconhecimento que possibilitaram o acionamento do direito penal para administrar esses conflitos levaram a cenários
onde os pleitos por justiça e garantia dos direitos das mulheres se veem
confrontados pelas lógicas próprias das instituições judiciais destes países. Concluo que a análise da administração judicial destes conflitos
permite observar outros fenômenos, como aspectos civilizatórios e potenciais processos de novas subjetivações para as partes envolvidas,
promovidos pelos operadores do direito e outros atores que seguem
na defesa pelo acionamento das instituições judiciais.
membros de ONGs, sediados sobretudo em Dili, capital do país, apresento alguns contrastes que se estabelecem entre estes e as representações e condutas conduzidas por autoridades locais pelo interior do país (lideranças tradicionais, chefes de aldeia e chefes de suku). As investidas
teóricas que se propõem aqui voltam-se para a compreensão das relações e interações estabelecidas entre diferentes agentes das esferas formais de justiça – e aqueles que as defendem, como o fazem as ONGs – e aqueles que advogam pelo funcionamento dos mecanismos locais de mediação de conflito e que, ao mesmo tempo, defendem sensibilidades
jurídicas (GEERTZ, 1997) dissidentes das do direito positivo.
de elaboração de parentesco e/ou de relações familiares em paisagens sociais contemporâneas e diversas.
violence in East-Timor, discussing the victimization and individualization of these
conflicts which emerge in relational contexts. On an ethnographical approach of
institutional care practices with women sheltered, I reflect on their trajectories facing the discourses and practices of a local NGO, resorting to the literature of Brazilian anthropology. My argument is that domestic violence can be better understood
both critically and analytically if we consider the communicational aspect of physical power in the (re)production of engendered representations of subjects and their
social fantasies.
combate à violensia domestika e que são responsáveis por formar um campo organizacional e institucional (junto com setores do Estado leste-timorense) em torno de tal questão naquele país. A atuação deste campo, formado pelas ONGs comprometidas com a eliminação desta violência e com a propagação das ideias da igualdade de gênero, se dá por meio de atividades e projetos que visam promover os direitos das mulheres, sua autonomização, a defesa e a aplicação da lei que coíbe
atos de violensia domestika e a reorientação de comportamentos considerados como violentos. Argumenta-se que, ao empreenderem tais atividades e projetos, essas organizações atuam enquanto mediadoras de sentidos modernos ao mesmo tempo em que permitem reconhecer a consolidação de uma esfera de participação política entendida como sociedade civil em Timor-Leste.
an East Timorese non-governmental organization (NGO) that
provides support to women who experience intimate-partner
violence, FOKUPERS (Forum Komunikasi Untuk Perempuan
Lorosa’e, Communication Forum for Eastern Women). It discusses
the profile of these women, the pedagogy underlying support
practices and the effects they intend to produce. Based on
ethnographic fieldwork carried out between 2015 and 2016, I argue
that the weakening or rupture of kin relations, manifested in the
absence of practices of care, accountability and mutual obligation,
has turned these women into the main targets for the efforts of state
and civil society. I also bring to light the legal pedagogies such an
institution resorts to in order to modify domestic-violence survivors’
conceptions and attitudes towards themselves, their rights and even
their understanding of what domestic violence is.
Books
Palabras clave: ASEAN; elecciones; cambios sociales; relaciones internacionales; juicios.
dissidentes das do direito positivo.
doméstica no Brasil e em Timor-Leste, apresentando as demandas dos
movimentos sociais para que isso fosse possível e narrando algumas
dinâmicas transcorridas nos tribunais de ambos os países. Argumento
que as demandas por reconhecimento que possibilitaram o acionamento do direito penal para administrar esses conflitos levaram a cenários
onde os pleitos por justiça e garantia dos direitos das mulheres se veem
confrontados pelas lógicas próprias das instituições judiciais destes países. Concluo que a análise da administração judicial destes conflitos
permite observar outros fenômenos, como aspectos civilizatórios e potenciais processos de novas subjetivações para as partes envolvidas,
promovidos pelos operadores do direito e outros atores que seguem
na defesa pelo acionamento das instituições judiciais.
membros de ONGs, sediados sobretudo em Dili, capital do país, apresento alguns contrastes que se estabelecem entre estes e as representações e condutas conduzidas por autoridades locais pelo interior do país (lideranças tradicionais, chefes de aldeia e chefes de suku). As investidas
teóricas que se propõem aqui voltam-se para a compreensão das relações e interações estabelecidas entre diferentes agentes das esferas formais de justiça – e aqueles que as defendem, como o fazem as ONGs – e aqueles que advogam pelo funcionamento dos mecanismos locais de mediação de conflito e que, ao mesmo tempo, defendem sensibilidades
jurídicas (GEERTZ, 1997) dissidentes das do direito positivo.
de elaboração de parentesco e/ou de relações familiares em paisagens sociais contemporâneas e diversas.
violence in East-Timor, discussing the victimization and individualization of these
conflicts which emerge in relational contexts. On an ethnographical approach of
institutional care practices with women sheltered, I reflect on their trajectories facing the discourses and practices of a local NGO, resorting to the literature of Brazilian anthropology. My argument is that domestic violence can be better understood
both critically and analytically if we consider the communicational aspect of physical power in the (re)production of engendered representations of subjects and their
social fantasies.
combate à violensia domestika e que são responsáveis por formar um campo organizacional e institucional (junto com setores do Estado leste-timorense) em torno de tal questão naquele país. A atuação deste campo, formado pelas ONGs comprometidas com a eliminação desta violência e com a propagação das ideias da igualdade de gênero, se dá por meio de atividades e projetos que visam promover os direitos das mulheres, sua autonomização, a defesa e a aplicação da lei que coíbe
atos de violensia domestika e a reorientação de comportamentos considerados como violentos. Argumenta-se que, ao empreenderem tais atividades e projetos, essas organizações atuam enquanto mediadoras de sentidos modernos ao mesmo tempo em que permitem reconhecer a consolidação de uma esfera de participação política entendida como sociedade civil em Timor-Leste.
an East Timorese non-governmental organization (NGO) that
provides support to women who experience intimate-partner
violence, FOKUPERS (Forum Komunikasi Untuk Perempuan
Lorosa’e, Communication Forum for Eastern Women). It discusses
the profile of these women, the pedagogy underlying support
practices and the effects they intend to produce. Based on
ethnographic fieldwork carried out between 2015 and 2016, I argue
that the weakening or rupture of kin relations, manifested in the
absence of practices of care, accountability and mutual obligation,
has turned these women into the main targets for the efforts of state
and civil society. I also bring to light the legal pedagogies such an
institution resorts to in order to modify domestic-violence survivors’
conceptions and attitudes towards themselves, their rights and even
their understanding of what domestic violence is.