Sandra Caponi
Professora Titular do Departamento de Sociologia e Ciência Política da da Universidade Federal de SantaCatarina. Possui graduação em Filosofia - Universidad Nacional de Rosário (Argentina), mestrado em Lógica eFilosofia da Ciência pela UNICAMP, doutorado em Lógica e Filosofia da Ciência pela UNICAMP, realizou Pós-doutorado Sênior na EHESS(Paris- França). Coordenadora do Projeto Capes- Cofecub, convenio com Paris -8. Pesquisadora de CNpq e do Medical Anthropology ResearchCentre (MARC)- Departamento de Antropología, Filosofía y Trabajo Social (DAFITS)-Universitat Rovira i Virgili (Espanha)
less
InterestsView All (28)
Uploads
Books by Sandra Caponi
Offers a reflection on the impacts of new technologies on disability studies and bioethics
Offers a broad range of themes in bioethics and disability using critically-assessed theoretical references
Paulo Amarante
A obra de Sandra Caponi é muito conhecida, e reconhecida, como uma produção potente e consistente acerca dos saberes ‘psis’, especialmente da psiquiatria. “Uma sala tranquila” vem somar-se a outras pesquisas da autora, assim como a um conjunto de obras de outros autores, também consagrados no tema da questão dos medicamentos, a medicalização e patologização da vida e das relações políticas e sociais. Sandra Caponi se une, assim, a Marcia Angell, Peter Conrad, Joanna Montcrieff, Ian Hacking, dentre outros, em particular a Robert Whitaker, que nos abrilhanta com o prefácio do presente livro.
Sandra Caponi nos faz ver, com notável fundamentação teórica e convincente e coerente argumentação política, o que está verdadeiramente em jogo no embate entre uma política de saúde e uma política de mercado em sintonia com o hiperliberalismo e o projeto biopolítico de gestão, disciplinarização e adestramento das vidas, das subjetividades, dos corpos e das relações sociais e políticas.
Além do caráter científico substancial, anteriormente destacado, “Uma sala tranquila” é um dispositivo de ousadia e coragem, que nos instiga a refletir e a reagir quanto às estratégias que nos imputam controle e mortificação. É um dispositivo para a defesa da vida, da cidadania, da liberdade. Para que não aceitemos a tranquilidade imposta nos hospitais psiquiátricos e nas salas de aula, nem a psicofarmacologização de adultos e crianças, que querem impor a todos nós.
Offers a reflection on the impacts of new technologies on disability studies and bioethics
Offers a broad range of themes in bioethics and disability using critically-assessed theoretical references
Paulo Amarante
A obra de Sandra Caponi é muito conhecida, e reconhecida, como uma produção potente e consistente acerca dos saberes ‘psis’, especialmente da psiquiatria. “Uma sala tranquila” vem somar-se a outras pesquisas da autora, assim como a um conjunto de obras de outros autores, também consagrados no tema da questão dos medicamentos, a medicalização e patologização da vida e das relações políticas e sociais. Sandra Caponi se une, assim, a Marcia Angell, Peter Conrad, Joanna Montcrieff, Ian Hacking, dentre outros, em particular a Robert Whitaker, que nos abrilhanta com o prefácio do presente livro.
Sandra Caponi nos faz ver, com notável fundamentação teórica e convincente e coerente argumentação política, o que está verdadeiramente em jogo no embate entre uma política de saúde e uma política de mercado em sintonia com o hiperliberalismo e o projeto biopolítico de gestão, disciplinarização e adestramento das vidas, das subjetividades, dos corpos e das relações sociais e políticas.
Além do caráter científico substancial, anteriormente destacado, “Uma sala tranquila” é um dispositivo de ousadia e coragem, que nos instiga a refletir e a reagir quanto às estratégias que nos imputam controle e mortificação. É um dispositivo para a defesa da vida, da cidadania, da liberdade. Para que não aceitemos a tranquilidade imposta nos hospitais psiquiátricos e nas salas de aula, nem a psicofarmacologização de adultos e crianças, que querem impor a todos nós.
on the effectiveness of the use of antidepressants in childhood and the arguments presented to support this criticism. We explain how the resort to ignorance and strategic certainty operates to defend the prescription of these drugs, mainly in post-pandemic times; and we discuss the silencing and disqualification that biological psychiatry has made of the critical studies on its procedures. Biological psychiatry has invalidated these studies by inappropriately labeling them as a manifestation of denialism.
Palabras clave: género; psiquiatría; feminismo; diagnósticos; psicofármacos.
condições de produção de vulnerabilidade e vulneração dos
povos indígenas no Brasil no enfrentamento da coronavirus
disease (Covid-19). Iniciamos por um panorama dos
processos de negação de direitos e vulnerabilização que se
intensificaram no governo Bolsonaro. Por fim, destacamos
os componentes da vulnerabilidade e vulneração que
afetam os povos indígenas brasileiros no enfrentamento da
Covid-19. Os resultados mostraram que os povos indígenas
têm múltiplas vulnerabilidades relacionadas aos seus
contextos sócio-históricos e culturais que, no Brasil, são
agravadas por uma política neocolonialista e autoritária.
Concluímos que os povos indígenas brasileiros não estão
apenas expostos à condição de vulnerabilidade, mas à
vulneração frente à Covid-19. O estudo contribui para a
compreensão das implicações da ausência de condições
equitativas de proteção contra o coronavírus em relação à
alta mortalidade dos indígenas devido à Covid-19.