Cassiana Lopes Stephan
Atualmente, pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação, na linha de pesquisa Currículo, Ensino e Diferença da UFRJ, com a pesquisa intitulada "No espelho de Medusa: pensar a teoria de currículo desde diferenças monstruosas" (FAPERJ). De 2021 a 2023, atuou como professora substituta no Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ministrando as matérias de Ética, Estética, Filosofia Política e Prática de ensino em Filosofia. De junho de 2021 a junho de 2022, realizou estágio de pesquisa pós-doutoral pelo Programa Pós-Doutorado Júnior do CNPq, na Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com o projeto intitulado "Filosofias do amor: sobre a relação entre espiritualidade, melancolia e ambivalência". No ano de 2020, defendeu a tese intitulada "Amor pelo avesso: de Afrodite a Medusa. Estética da existência entre antigos e contemporâneos" (CAPES DS), premiada pela Rede de Mulheres Filósofas (RBMF) em parceria com a Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) na categoria Tese de Destaque Acadêmico 2020. Entre 2018 e 2019, participou do Programa de Doutorado Sanduíche da CAPES no Laboratoire Savoirs, Textes, Langage, na École Doctorale de Sciences de l'Homme et de la Société da Université de Lille, sob a supervisão do Prof. Dr. Philippe Sabot. Entre julho de 2019 e setembro de 2019, esteve em estágio de pesquisa no Institut Mémoires de l'Édition Contemporaine em pareceria com o Centre Michel Foucault, em razão da primeira bolsa Michel Foucault. No ano de 2015, defendeu a Dissertação de Mestrado intitulada “Michel Foucault e Pierre Hadot: um diálogo contemporâneo sobre a concepção estoica de si mesmo”, premiada pela ANPOF como melhor dissertação de mestrado 2016.
Supervisors: Orientador: Prof. Dr. André de Macedo Duarte (UFPR), Coorientadora: Profa. Dra. Inara Zanuzzi (UFRGS), Supervisor CAPES/PSDE: Philippe Sabot (Université de Lille), and Supervisor FAPERJ/Pós doc Nota 10: Thiago Ranniery (UFRJ)
Address: Curitiba - Paraná/Brasil
Supervisors: Orientador: Prof. Dr. André de Macedo Duarte (UFPR), Coorientadora: Profa. Dra. Inara Zanuzzi (UFRGS), Supervisor CAPES/PSDE: Philippe Sabot (Université de Lille), and Supervisor FAPERJ/Pós doc Nota 10: Thiago Ranniery (UFRJ)
Address: Curitiba - Paraná/Brasil
less
InterestsView All (16)
Uploads
Papers by Cassiana Lopes Stephan
feminilidade medúsica. Finalmente, no intuito de dar ensejo à reflexão acerca da ambivalência da subjetividade afirmativa, analisamos de forma breve o conto "Tigrela" de Lygia Fagundes Telles.
explica, ao problematizar a relação entre a psicanálise e a matriz heterossexual, que o amor é melancólico e que o mecanismo da melancolia constitui a identidade de gênero. Conforme Butler, a
melancolia parece ter duas disposições, uma estruturada e outra desviante. A melancolia estruturada garantiria a “cura” dos desvios sexuais mediante a aplicação dos códigos fálicos ao desejo do sujeito.
Inversamente, a melancolia desviante estaria ligada à subversão da heteronormatividade. A partir disso, interessa-nos interrogar em que medida a interpretação foucaultiana do prazer concernente às
transgressões amorosas se articularia à disposição desviante da melancolia butleriana; e, finalmente, gostaríamos de indicar algumas convergências entre a melancolia criativa e a ética antiga do cuidado
de si.
moral cristã, a qual vincula a austeridade ascética à repressão ou ao constrangimento dos desejos, (2) da lógica jurídica do Estado e (3) das leis do mercado. Logo, para Foucault a ética perde potencialidade estética no momento em que a boa vida deixa de ser considerada como uma vida autarquicamente bela e passa a ser concebida em relação à pureza que se adquire pela submissão da vontade ao dever. Nesse sentido, nossa intenção é problematizar o apanágio estético pertinente
à arte de viver, tal como interpretado por Michel Foucault, através da
caracterização da relação entre o esforço ético concernente à atitude crítica e a constituição de uma vida libertariamente bela. Sendo assim, desenvolveremos a hipótese de que a beleza da vida do esteta não se estabelece através do sacrifício relativo à depuração do corpo e da carne ou à padronização dos desejos, pois, para Michel Foucault, a vida estética seria rigorosamente ética na medida em que concerniria
a um esforço crítico e libertário em torno da transfiguração de si mesmo.
Books by Cassiana Lopes Stephan
feminilidade medúsica. Finalmente, no intuito de dar ensejo à reflexão acerca da ambivalência da subjetividade afirmativa, analisamos de forma breve o conto "Tigrela" de Lygia Fagundes Telles.
explica, ao problematizar a relação entre a psicanálise e a matriz heterossexual, que o amor é melancólico e que o mecanismo da melancolia constitui a identidade de gênero. Conforme Butler, a
melancolia parece ter duas disposições, uma estruturada e outra desviante. A melancolia estruturada garantiria a “cura” dos desvios sexuais mediante a aplicação dos códigos fálicos ao desejo do sujeito.
Inversamente, a melancolia desviante estaria ligada à subversão da heteronormatividade. A partir disso, interessa-nos interrogar em que medida a interpretação foucaultiana do prazer concernente às
transgressões amorosas se articularia à disposição desviante da melancolia butleriana; e, finalmente, gostaríamos de indicar algumas convergências entre a melancolia criativa e a ética antiga do cuidado
de si.
moral cristã, a qual vincula a austeridade ascética à repressão ou ao constrangimento dos desejos, (2) da lógica jurídica do Estado e (3) das leis do mercado. Logo, para Foucault a ética perde potencialidade estética no momento em que a boa vida deixa de ser considerada como uma vida autarquicamente bela e passa a ser concebida em relação à pureza que se adquire pela submissão da vontade ao dever. Nesse sentido, nossa intenção é problematizar o apanágio estético pertinente
à arte de viver, tal como interpretado por Michel Foucault, através da
caracterização da relação entre o esforço ético concernente à atitude crítica e a constituição de uma vida libertariamente bela. Sendo assim, desenvolveremos a hipótese de que a beleza da vida do esteta não se estabelece através do sacrifício relativo à depuração do corpo e da carne ou à padronização dos desejos, pois, para Michel Foucault, a vida estética seria rigorosamente ética na medida em que concerniria
a um esforço crítico e libertário em torno da transfiguração de si mesmo.
Modos de escrever, modos de viver
Objetivo: pensar a escrita acadêmica como produção de modos de existência, como parte da poética do viver junto.