Papers by Diego Fernandes
Revista Estudos Avançados, 2024
O corrente texto visa historicizar a memória enaltecedora da missão francesa na antiga Faculdade ... more O corrente texto visa historicizar a memória enaltecedora da missão francesa na antiga Faculdade de Filosofi, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), conforme diversos historiadores e historiadoras desse centro de ensino superior expressaram ao longo da segunda metade do século passado. Após uma rápida introdução à
temática, dois grandes momentos dividem a proposta: inicialmente, analisa-se a emergência de um relato fundador da memória pró mestres franceses no Departamento de História da USP; em seguida, cotejando esse documento inaugural com outros textos e outras ações, aponta-se para o processo de monumentalização da referida memória. Assim,
baseando-se em fontes historiográfias e inspirando-se em reflxões sobre história e memória, procura-se mostrar quando e como o legado dos professores franceses tornou-se uma tópica memorialística forte entre os partícipes do curso de história uspiano.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Galo, 2023
Resumo. O corrente texto analisa a maneira como dois historiadores, nos idos dos anos 1950-1960, ... more Resumo. O corrente texto analisa a maneira como dois historiadores, nos idos dos anos 1950-1960, construíram passados para a historiografia brasileira, no momento em que este saber passava por um processo de disciplinarização em bases universitárias. Astrogildo Rodrigues de Melo e Pedro Moacyr Campos, no alvorecer da segunda metade do século passado, arquitetaram um passado disciplinar para a história no Brasil, de modo que se pretende discutir justamente tal fabricação pretérita. Palavras-chave. Passado disciplinar. Universidade. Historiografia Brasileira.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
In the early 1970's, both scholars wrote their doctoral thesis in which they took a past from the... more In the early 1970's, both scholars wrote their doctoral thesis in which they took a past from the 19th century to temporalize the brazilian historiography, so that such works are taken as sources of investigation in this paper. How this past temporalization happened? Starting from this question and analyzing together those two productions, a nationalization and disciplinarization of the past of Brazilian historiography is discussed, highlighting some gender issues related not only to these points, but also about to the professional trajectory of historians.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
O corrente artigo investiga a experiência que historiadores e historiadoras universitário(a)s tiv... more O corrente artigo investiga a experiência que historiadores e historiadoras universitário(a)s tiveram de sua própria disciplina – a história – na conjuntura problemática da década de 1970. Trata-se de discutir a vivência de um presente disciplinar experimentado sob o signo da crise social e cultural, conforme a percepção daquele grupo de intelectuais. O foco maior direciona-se para a maneira como profissionais de Clio viram, pensaram e sentiram o momento vigente de sua área de saber durante parte importante da Ditadura Militar, perfazendo, assim, uma dada experiência do tempo presente.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista ArtCultura, 2019
Este artigo discute o texto “A escola
uspiana de história”, de Maria Helena
Rolim Capelato, Raque... more Este artigo discute o texto “A escola
uspiana de história”, de Maria Helena
Rolim Capelato, Raquel Glezer e Vera
Lucia Amaral Ferlini, publicado em
1994 na revista Estudos Avançados, a
partir de uma articulação entre memória e identidade. Objetiva-se analisar a
maneira como essas três historiadoras
uspianas enunciaram uma identidade
historiográfica em profunda ligação
com uma memória disciplinar e institucional vinculada à Universidade de
São Paulo, em especial à Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
Dividido em três grandes momentos,
o trabalho relaciona ainda tal enunciação identitária com a historiografia
brasileira das últimas décadas do século passado. Como uma identidade
historiográfica uspiana foi produzida,
escrita e enunciada? Eis a questão
orientadora do artigo.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Introdução O teórico alemão da história Horst Walter Blanke, em seu texto "Por uma nova história ... more Introdução O teórico alemão da história Horst Walter Blanke, em seu texto "Por uma nova história da historiografia", lista dez tipos de história da historiografia. Trabalhando a partir da historiografia alemã, tal autor identifica várias maneiras de se praticar uma história da história, todas elas relativamente independentes. Mais do que esmiuçar as dez modalidades de escrita da história, podemos nos contentar com o princípio epistemológico que sustenta a análise de Blanke: a história da historiografia é plena de historicidade. Variabilidade, parece ser a palavra chave aqui. 3 Em vez de uma única maneira, ou de modos relativamente semelhantes, temos o fato de que a escrita da história é uma ação intelectual extremamente plural. Desde seu nascimento disciplinar, entre os séculos XIX e XX, tal gênero assumiu diferentes facetas. A forma de apresentação oscila, os objetivos metamorfoseiam e os autores variam também. Nesse sentido, tal princípio epistemológico abre a possibilidade de pensarmos como em uma determinada época, a partir de um dado grupo social, praticou-se uma história da historiografia. Como todo fenômeno histórico, esta prática intelectual também varia conforme a época. Se tal princípio vale para a escrita da história de eventos, sociedades e épocas passadas, por que não valeria também para a história da própria disciplina histórica? Ou esta não precisaria também de passado? A história da historiografia, quando surgiu em fins do século XIX, na esteira do processo de cientificização da história, adotou uma escriturística própria à época oitocentista. 4 Assim, na virada do século XIX para o XX, foi muito comum historicizar a história a partir de abordagens que hoje rotulamos de simplistas, como o mero catálogo de livros e autores, o elogio interessado à obra, a explicitação de ideias, correntes e tendências políticas etc. Nada mais anti-histórico-portanto anacrônico-do que cobrar de uma época específica uma escrita da história cujas condições de possibilidade não estavam colocadas no momento. Cada comunidade historiográfica desenvolve, a partir de variados instrumentos intelectuais (teorias, métodos e estilos narrativos), sua própria forma de autohistoricização. Quando se analisa a história da historiografia em diferentes momentos, não podemos perder de vista o princípio basilar da historicidade das formas disciplinares. Analisando a década de 1970 no Brasil, momento em que a discussão sobre a história da historiografia brasileira estava em alta, podemos identificar uma maneira particular de se historicizar a história. Se hoje nos estudos de história da historiografia é comum observamos noções como discurso, lugar social, escrita, autoria, campo, invenção, ficção, há 40 anos partia-se de uma outra gramática acadêmica para se estudar a historiografia. A diferença de termos é sintomática de uma mudança mais profunda.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Resumo: O presente trabalho visa apresentar o debate sobre a história da historiografia brasileir... more Resumo: O presente trabalho visa apresentar o debate sobre a história da historiografia brasileira que houve nos anos 1970, adotando uma abordagem geral e panorâmica que prioriza a identificação dos autores, obras e instituições que marcaram tal discussão. Esboça-se ainda uma reflexão a respeito do significado e do sentido deste debate, no contexto setentista do último século. Abstract: The present paper aims to introduce the discussion on the history of Brazilian historiography that occurred in the 1970s, adopting a general approach that prioritizes the identification of the authors, works and institutions that marked such discussion. It is still outlined a reflection on the meaning and sense of this debate, in the context of the 70s of the last century.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Espacialidades – Em Do cabaré ao Lar e Os prazeres da noite, a senhora analisou temáticas ligadas... more Espacialidades – Em Do cabaré ao Lar e Os prazeres da noite, a senhora analisou temáticas ligadas ao espaço urbano no final do século XIX e décadas iniciais do século XX. Pensando a cidade de São Paulo nesta época, que espaços do prazer, isto é, locais que permitem a seus praticantes desfrutarem de algum deleite, a senhora identificou no meio urbano? Seria o " gerar prazer " uma das marcas distintivas da cidade moderna
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Neste texto discutimos a defesa das árvores presente nos primeiros artigos jornalísticos de Gilbe... more Neste texto discutimos a defesa das árvores presente nos primeiros artigos jornalísticos de Gilberto Freyre, publicados no Diário de Pernambuco. Objetivamos lançar uma nova perspectiva acerca dessa apologia, destacando a dimensão saudosa dessa militância freyreana pelo arvoredo recifense. Situando-nos no campo da história ambiental, procuramos identificar os diversos sentidos e significados mobilizados por Gilberto Freyre, a partir de sua escrita jornalística, para fazer sua defesa das árvores na cidade do Recife.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
O presente texto tem por objetivo maior analisar a produção de uma alteridade espacial no romance... more O presente texto tem por objetivo maior analisar a produção de uma alteridade espacial no romance O moleque Ricardo (1935), de autoria do romancista paraibano José Lins do Rego (1901-1957). Partindo de algumas contribuições teóricas de Edward Said, almeja-se discutir de que modo a representação da cidade do Recife, espaço onde se passa a história, contribui para constituir a identidade de um outro espaço, o engenho. Trata-se, pois, de um trabalho que investiga a relação de alteridade entre as espacialidades Recife e engenho Santa Rosa, situando-se no campo das representações e identidades espaciais.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Resumo: O presente texto se ocupará da imagem que Joaquim Na-buco (1849-1910) teceu, a partir de ... more Resumo: O presente texto se ocupará da imagem que Joaquim Na-buco (1849-1910) teceu, a partir de sua escrita, do engenho Massan-gana. Entendemos imagem como uma representação visual, oriun-da também de textos, de palavras, da linguagem escrita. Assim, objetiva-se analisar a representação visual da espacialidade banguê, presente no livro Minha Formação (1900). Abstract: Writing images, images writing: sugar plantation visu-alizations in My Formation (1900). The present text will deal with the image that Joaquim Nabuco (1849-1910) has created through his writing through Massangana sugar plantation. We understand image as a visual representation, also derived from texts, words and written language. Therefore, we have the objective to analyze the visual representation present in the book My Formation (1900).
Bookmarks Related papers MentionsView impact
RESUMO O presente texto discute a relação entre história e literatura a partir da análise de duas... more RESUMO O presente texto discute a relação entre história e literatura a partir da análise de duas propostas de historicização dos romances de José Lins do Rego, exemplificada pela obra de dois historiadores e dois críticos literários. A primeira proposta discutida é a historicização discursiva e a segunda é a historcização biográfica. Objetiva-se enfatizar a historicidade da literatura, por meio de exemplos de historicização desta produção. Trata-se, assim, de discutir a historicidade de obras literárias. ABSTRACT This paper discuss the relation between history and literature based on the study of two historization propositions from the romances of José Lins do Rego which are exemplified by the work of two historians and two literature critics. The first discussed proposition is discursive historization and the second is biographical historization. The goal of this work is to emphasize the historicity of literature using historization examples from this kind of work. Therefore, this paper intends to discuss the historicity of literature works.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Drafts by Diego Fernandes
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Books by Diego Fernandes
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Papers by Diego Fernandes
temática, dois grandes momentos dividem a proposta: inicialmente, analisa-se a emergência de um relato fundador da memória pró mestres franceses no Departamento de História da USP; em seguida, cotejando esse documento inaugural com outros textos e outras ações, aponta-se para o processo de monumentalização da referida memória. Assim,
baseando-se em fontes historiográfias e inspirando-se em reflxões sobre história e memória, procura-se mostrar quando e como o legado dos professores franceses tornou-se uma tópica memorialística forte entre os partícipes do curso de história uspiano.
uspiana de história”, de Maria Helena
Rolim Capelato, Raquel Glezer e Vera
Lucia Amaral Ferlini, publicado em
1994 na revista Estudos Avançados, a
partir de uma articulação entre memória e identidade. Objetiva-se analisar a
maneira como essas três historiadoras
uspianas enunciaram uma identidade
historiográfica em profunda ligação
com uma memória disciplinar e institucional vinculada à Universidade de
São Paulo, em especial à Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
Dividido em três grandes momentos,
o trabalho relaciona ainda tal enunciação identitária com a historiografia
brasileira das últimas décadas do século passado. Como uma identidade
historiográfica uspiana foi produzida,
escrita e enunciada? Eis a questão
orientadora do artigo.
Drafts by Diego Fernandes
Books by Diego Fernandes
temática, dois grandes momentos dividem a proposta: inicialmente, analisa-se a emergência de um relato fundador da memória pró mestres franceses no Departamento de História da USP; em seguida, cotejando esse documento inaugural com outros textos e outras ações, aponta-se para o processo de monumentalização da referida memória. Assim,
baseando-se em fontes historiográfias e inspirando-se em reflxões sobre história e memória, procura-se mostrar quando e como o legado dos professores franceses tornou-se uma tópica memorialística forte entre os partícipes do curso de história uspiano.
uspiana de história”, de Maria Helena
Rolim Capelato, Raquel Glezer e Vera
Lucia Amaral Ferlini, publicado em
1994 na revista Estudos Avançados, a
partir de uma articulação entre memória e identidade. Objetiva-se analisar a
maneira como essas três historiadoras
uspianas enunciaram uma identidade
historiográfica em profunda ligação
com uma memória disciplinar e institucional vinculada à Universidade de
São Paulo, em especial à Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
Dividido em três grandes momentos,
o trabalho relaciona ainda tal enunciação identitária com a historiografia
brasileira das últimas décadas do século passado. Como uma identidade
historiográfica uspiana foi produzida,
escrita e enunciada? Eis a questão
orientadora do artigo.