Papers by Cristian Bianchini de Athayde
Tempo, ontologia e escrita: notas sobre história e literatura a partir da Paixão segundo G.H. (1964), de Clarice Lispector, e O Som do rugido da onça (2021), de Micheliny Verunschk, 2023
Neste artigo, analisamos duas obras distintas e de contextos díspares. Tratam-se dos romances A P... more Neste artigo, analisamos duas obras distintas e de contextos díspares. Tratam-se dos romances A Paixão Segundo G.H. (Clarice Lispector) e O Som do Rugido da Onça (Micheliny Verunschk). Dado que são narrativas diferentes entre si, buscamos refletir acerca de eixos em comum, mobilizando elementos em torno do tempo, da ontologia e da escrita, sendo que tais eixos serão pensados mediante a relação entre História e Literatura. Interessa-nos a potência do literário e do ficcional em sua capacidade de desestabilização do tempo instituído, e isso por meio da linguagem e de suas estratégias discursivas, questões que se apresentam, dissonantemente, em ambos os textos selecionados.
In this paper we analyze two distinct works from disparate contexts. They are the novels “A Paixão Segundo G.H.” (Clarice Lispector) and “O Som do Rugido da Onça” (Micheliny Verunschk). Since they are different narratives, we seek to reflect on common axes, mobilizing elements around time, ontology, and writing. We are interested in the power of the literary and the fictional in their capacity to destabilize the established time, and this through language and its discursive strategies, issues that present themselves, dissonantly, in both selected texts.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Ágora
Neste artigo, analisamos duas obras distintas e de contextos díspares. Tratam-se dos romances A P... more Neste artigo, analisamos duas obras distintas e de contextos díspares. Tratam-se dos romances A Paixão Segundo G.H. (Clarice Lispector) e O Som do Rugido da Onça (Micheliny Verunschk). Dado que são narrativas diferentes entre si, buscamos refletir acerca de eixos em comum, mobilizando elementos em torno do tempo, da ontologia e da escrita, sendo que tais eixos serão pensados mediante a relação entre História e Literatura. Interessa-nos a potência do literário e do ficcional em sua capacidade de desestabilização do tempo instituído, e isso por meio da linguagem e de suas estratégias discursivas, questões que se apresentam, dissonantemente, em ambos os textos selecionados.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Ágora - Periódico do Programa de Pós-Graduação em História da UFES, 2023
Artigo publicado na Revista Ágora, v. 34 n. 1 (2023), Dossiê Temático "História e literatura: lim... more Artigo publicado na Revista Ágora, v. 34 n. 1 (2023), Dossiê Temático "História e literatura: limites e aberturas para o pensamento historiográfico".
Neste artigo, analisamos duas obras distintas e de contextos díspares. Tratam-se dos romances A Paixão Segundo G.H. (Clarice Lispector) e O Som do Rugido da Onça (Micheliny Verunschk). Dado que são narrativas diferentes entre si, buscamos refletir acerca de eixos em comum, mobilizando elementos em torno do tempo, da ontologia e da escrita, sendo que tais eixos serão pensados mediante a relação entre História e Literatura. Interessa-nos a potência do literário e do ficcional em sua capacidade de desestabilização do tempo instituído, e isso por meio da linguagem e de suas estratégias discursivas, questões que se apresentam, dissonantemente, em ambos os textos selecionados.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Anais da XII Semana de História: Por um Brasil democrático: Ensino de História, Trabalho e Gênero da UFRPE, 2023
Resumo expandido publicado nos Anais da XII Semana de História: Por um Brasil democrático: Ensino... more Resumo expandido publicado nos Anais da XII Semana de História: Por um Brasil democrático: Ensino de História, Trabalho e Gênero da UFRPE (2023), p. 35-36.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Investigação da experiência do tempo via hermenêutica ricoeuriana a partir da obra A Peste (1947) de Albert Camus (1913-1960), 2021
Resumo expandido publicado em: V Encontro discente de História UFRGS: Múltiplas vozes, múltiplas ... more Resumo expandido publicado em: V Encontro discente de História UFRGS: Múltiplas vozes, múltiplas histórias: teorias, lutas e resistências para adiar o fim do mundo. Porto Alegre: Aedos - Revista do corpo discente do Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS, 2021. v. 13. p. 747-760.
Neste estudo, investigo a experiência do tempo na obra “A Peste” (1947), de autoria do filósofo e escritor franco-argelino Albert Camus (1913-1960).
Em função disso, procurei elaborar uma reflexão teórico-hermenêutica, sobretudo a partir das contribuições do filósofo e teórico Paul Ricoeur, “Tempo e Narrativa” (1983-1985). Essa reflexão, portanto, visa compreender a ação humana no tempo passado como força existencial da temporalização da temporalidade (historicidade), e isso mediante a produção de sentidos. Com efeito, ressalto a importância da hermenêutica para o campo da teoria da história, especialmente no que concerne ao reconhecimento da ação temporal através da dialética entre experiência e linguagem pela via da construção narrativa.
Ao investigar Camus, interpreto sua reflexão existencial com ênfase na constatação sobre a condição humana absurda reunir, contingencial e temporalmente, liberdade e tragédia, sendo essa a base ontológica a partir da qual fundamentamos as possibilidades de sentido de nossa existência. Enquanto para Camus o ser humano possui uma experiência sempre incompleta e finita da realidade, entendo “A Peste” como uma ilustração ficcional-filosófica pertinente de sentidos e significados, ou seja, uma composição narrativa que procede ao reconhecimento da experiência vivida sob dupla influência: social e política, em virtude do impacto da experiência dos regimes totalitários; intelectual, em razão de diálogo junto à filosofia da existência, com destaque ao filósofo Jean-Paul Sartre.
Desse modo, essa obra é apresentada como representante significativa da interlocução do pensamento camusiano com a época conturbada e incerta em que viveu. Por fim, esse estudo ressalta a dimensão ontológico-existencial da experiência da ação humana na história, desvelada pelo estudo da experiência do tempo através do diálogo entre os campos da história, literatura e filosofia.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Monografia de conclusão de curso defendida em vista do título de Licenciado em História pela UFRG... more Monografia de conclusão de curso defendida em vista do título de Licenciado em História pela UFRGS (2021).
Neste estudo, investigo a experiência do tempo na obra “A Peste” (1947), de autoria do filósofo e escritor franco-argelino Albert Camus (1913-1960).
Em função disso, procurei elaborar uma reflexão teórico-hermenêutica, sobretudo a partir das contribuições do filósofo e teórico Paul Ricoeur, “Tempo e Narrativa” (1983-1985). Essa reflexão, portanto, visa compreender a ação humana no tempo passado como força existencial da temporalização da temporalidade (historicidade), e isso mediante a produção de sentidos. Com efeito, ressalto a importância da hermenêutica para o campo da teoria da história, especialmente no que concerne ao reconhecimento da ação temporal através da dialética entre experiência e linguagem pela via da construção narrativa.
Ao investigar Camus, interpreto sua reflexão existencial com ênfase na constatação sobre a condição humana absurda reunir, contingencial e temporalmente, liberdade e tragédia, sendo essa a base ontológica a partir da qual fundamentamos as possibilidades de sentido de nossa existência. Enquanto para Camus o ser humano possui uma experiência sempre incompleta e finita da realidade, entendo “A Peste” como uma ilustração ficcional-filosófica pertinente de sentidos e significados, ou seja, uma composição narrativa que procede ao reconhecimento da experiência vivida sob dupla influência: social e política, em virtude do impacto da experiência dos regimes totalitários; intelectual, em razão de diálogo junto à filosofia da existência, com destaque ao filósofo Jean-Paul Sartre.
Desse modo, essa obra é apresentada como representante significativa da interlocução do pensamento camusiano com a época conturbada e incerta em que viveu. Por fim, esse estudo ressalta a dimensão ontológico-existencial da experiência da ação humana na história, desvelada pelo estudo da experiência do tempo através do diálogo entre os campos da história, literatura e filosofia.
“Mas o que quer dizer isso, a peste? É a vida, nada mais” (CAMUS, A Peste, p. 285).
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Papers by Cristian Bianchini de Athayde
In this paper we analyze two distinct works from disparate contexts. They are the novels “A Paixão Segundo G.H.” (Clarice Lispector) and “O Som do Rugido da Onça” (Micheliny Verunschk). Since they are different narratives, we seek to reflect on common axes, mobilizing elements around time, ontology, and writing. We are interested in the power of the literary and the fictional in their capacity to destabilize the established time, and this through language and its discursive strategies, issues that present themselves, dissonantly, in both selected texts.
Neste artigo, analisamos duas obras distintas e de contextos díspares. Tratam-se dos romances A Paixão Segundo G.H. (Clarice Lispector) e O Som do Rugido da Onça (Micheliny Verunschk). Dado que são narrativas diferentes entre si, buscamos refletir acerca de eixos em comum, mobilizando elementos em torno do tempo, da ontologia e da escrita, sendo que tais eixos serão pensados mediante a relação entre História e Literatura. Interessa-nos a potência do literário e do ficcional em sua capacidade de desestabilização do tempo instituído, e isso por meio da linguagem e de suas estratégias discursivas, questões que se apresentam, dissonantemente, em ambos os textos selecionados.
Neste estudo, investigo a experiência do tempo na obra “A Peste” (1947), de autoria do filósofo e escritor franco-argelino Albert Camus (1913-1960).
Em função disso, procurei elaborar uma reflexão teórico-hermenêutica, sobretudo a partir das contribuições do filósofo e teórico Paul Ricoeur, “Tempo e Narrativa” (1983-1985). Essa reflexão, portanto, visa compreender a ação humana no tempo passado como força existencial da temporalização da temporalidade (historicidade), e isso mediante a produção de sentidos. Com efeito, ressalto a importância da hermenêutica para o campo da teoria da história, especialmente no que concerne ao reconhecimento da ação temporal através da dialética entre experiência e linguagem pela via da construção narrativa.
Ao investigar Camus, interpreto sua reflexão existencial com ênfase na constatação sobre a condição humana absurda reunir, contingencial e temporalmente, liberdade e tragédia, sendo essa a base ontológica a partir da qual fundamentamos as possibilidades de sentido de nossa existência. Enquanto para Camus o ser humano possui uma experiência sempre incompleta e finita da realidade, entendo “A Peste” como uma ilustração ficcional-filosófica pertinente de sentidos e significados, ou seja, uma composição narrativa que procede ao reconhecimento da experiência vivida sob dupla influência: social e política, em virtude do impacto da experiência dos regimes totalitários; intelectual, em razão de diálogo junto à filosofia da existência, com destaque ao filósofo Jean-Paul Sartre.
Desse modo, essa obra é apresentada como representante significativa da interlocução do pensamento camusiano com a época conturbada e incerta em que viveu. Por fim, esse estudo ressalta a dimensão ontológico-existencial da experiência da ação humana na história, desvelada pelo estudo da experiência do tempo através do diálogo entre os campos da história, literatura e filosofia.
Neste estudo, investigo a experiência do tempo na obra “A Peste” (1947), de autoria do filósofo e escritor franco-argelino Albert Camus (1913-1960).
Em função disso, procurei elaborar uma reflexão teórico-hermenêutica, sobretudo a partir das contribuições do filósofo e teórico Paul Ricoeur, “Tempo e Narrativa” (1983-1985). Essa reflexão, portanto, visa compreender a ação humana no tempo passado como força existencial da temporalização da temporalidade (historicidade), e isso mediante a produção de sentidos. Com efeito, ressalto a importância da hermenêutica para o campo da teoria da história, especialmente no que concerne ao reconhecimento da ação temporal através da dialética entre experiência e linguagem pela via da construção narrativa.
Ao investigar Camus, interpreto sua reflexão existencial com ênfase na constatação sobre a condição humana absurda reunir, contingencial e temporalmente, liberdade e tragédia, sendo essa a base ontológica a partir da qual fundamentamos as possibilidades de sentido de nossa existência. Enquanto para Camus o ser humano possui uma experiência sempre incompleta e finita da realidade, entendo “A Peste” como uma ilustração ficcional-filosófica pertinente de sentidos e significados, ou seja, uma composição narrativa que procede ao reconhecimento da experiência vivida sob dupla influência: social e política, em virtude do impacto da experiência dos regimes totalitários; intelectual, em razão de diálogo junto à filosofia da existência, com destaque ao filósofo Jean-Paul Sartre.
Desse modo, essa obra é apresentada como representante significativa da interlocução do pensamento camusiano com a época conturbada e incerta em que viveu. Por fim, esse estudo ressalta a dimensão ontológico-existencial da experiência da ação humana na história, desvelada pelo estudo da experiência do tempo através do diálogo entre os campos da história, literatura e filosofia.
“Mas o que quer dizer isso, a peste? É a vida, nada mais” (CAMUS, A Peste, p. 285).
In this paper we analyze two distinct works from disparate contexts. They are the novels “A Paixão Segundo G.H.” (Clarice Lispector) and “O Som do Rugido da Onça” (Micheliny Verunschk). Since they are different narratives, we seek to reflect on common axes, mobilizing elements around time, ontology, and writing. We are interested in the power of the literary and the fictional in their capacity to destabilize the established time, and this through language and its discursive strategies, issues that present themselves, dissonantly, in both selected texts.
Neste artigo, analisamos duas obras distintas e de contextos díspares. Tratam-se dos romances A Paixão Segundo G.H. (Clarice Lispector) e O Som do Rugido da Onça (Micheliny Verunschk). Dado que são narrativas diferentes entre si, buscamos refletir acerca de eixos em comum, mobilizando elementos em torno do tempo, da ontologia e da escrita, sendo que tais eixos serão pensados mediante a relação entre História e Literatura. Interessa-nos a potência do literário e do ficcional em sua capacidade de desestabilização do tempo instituído, e isso por meio da linguagem e de suas estratégias discursivas, questões que se apresentam, dissonantemente, em ambos os textos selecionados.
Neste estudo, investigo a experiência do tempo na obra “A Peste” (1947), de autoria do filósofo e escritor franco-argelino Albert Camus (1913-1960).
Em função disso, procurei elaborar uma reflexão teórico-hermenêutica, sobretudo a partir das contribuições do filósofo e teórico Paul Ricoeur, “Tempo e Narrativa” (1983-1985). Essa reflexão, portanto, visa compreender a ação humana no tempo passado como força existencial da temporalização da temporalidade (historicidade), e isso mediante a produção de sentidos. Com efeito, ressalto a importância da hermenêutica para o campo da teoria da história, especialmente no que concerne ao reconhecimento da ação temporal através da dialética entre experiência e linguagem pela via da construção narrativa.
Ao investigar Camus, interpreto sua reflexão existencial com ênfase na constatação sobre a condição humana absurda reunir, contingencial e temporalmente, liberdade e tragédia, sendo essa a base ontológica a partir da qual fundamentamos as possibilidades de sentido de nossa existência. Enquanto para Camus o ser humano possui uma experiência sempre incompleta e finita da realidade, entendo “A Peste” como uma ilustração ficcional-filosófica pertinente de sentidos e significados, ou seja, uma composição narrativa que procede ao reconhecimento da experiência vivida sob dupla influência: social e política, em virtude do impacto da experiência dos regimes totalitários; intelectual, em razão de diálogo junto à filosofia da existência, com destaque ao filósofo Jean-Paul Sartre.
Desse modo, essa obra é apresentada como representante significativa da interlocução do pensamento camusiano com a época conturbada e incerta em que viveu. Por fim, esse estudo ressalta a dimensão ontológico-existencial da experiência da ação humana na história, desvelada pelo estudo da experiência do tempo através do diálogo entre os campos da história, literatura e filosofia.
Neste estudo, investigo a experiência do tempo na obra “A Peste” (1947), de autoria do filósofo e escritor franco-argelino Albert Camus (1913-1960).
Em função disso, procurei elaborar uma reflexão teórico-hermenêutica, sobretudo a partir das contribuições do filósofo e teórico Paul Ricoeur, “Tempo e Narrativa” (1983-1985). Essa reflexão, portanto, visa compreender a ação humana no tempo passado como força existencial da temporalização da temporalidade (historicidade), e isso mediante a produção de sentidos. Com efeito, ressalto a importância da hermenêutica para o campo da teoria da história, especialmente no que concerne ao reconhecimento da ação temporal através da dialética entre experiência e linguagem pela via da construção narrativa.
Ao investigar Camus, interpreto sua reflexão existencial com ênfase na constatação sobre a condição humana absurda reunir, contingencial e temporalmente, liberdade e tragédia, sendo essa a base ontológica a partir da qual fundamentamos as possibilidades de sentido de nossa existência. Enquanto para Camus o ser humano possui uma experiência sempre incompleta e finita da realidade, entendo “A Peste” como uma ilustração ficcional-filosófica pertinente de sentidos e significados, ou seja, uma composição narrativa que procede ao reconhecimento da experiência vivida sob dupla influência: social e política, em virtude do impacto da experiência dos regimes totalitários; intelectual, em razão de diálogo junto à filosofia da existência, com destaque ao filósofo Jean-Paul Sartre.
Desse modo, essa obra é apresentada como representante significativa da interlocução do pensamento camusiano com a época conturbada e incerta em que viveu. Por fim, esse estudo ressalta a dimensão ontológico-existencial da experiência da ação humana na história, desvelada pelo estudo da experiência do tempo através do diálogo entre os campos da história, literatura e filosofia.
“Mas o que quer dizer isso, a peste? É a vida, nada mais” (CAMUS, A Peste, p. 285).