Revista COR LGBTQIA+, v. 1, n. 1, p. 208-256, jul, 2021
O conceito construído por Michelle Perrot em Os excluídos da história (1998) é um importante cons... more O conceito construído por Michelle Perrot em Os excluídos da história (1998) é um importante constructo para se pensar a homossexualidade. Perrot deu as margens, existem também os não-lugares. Essas categorias servem para os agentes que não compõem o status de dominância, seja qual atravessamento fazemos, o de raça, classe ou sexo. A homossexualidade teve sua trajetória de não-lugar e de não-ser durante muito tempo, finalizando esse legado a partir da retirada de status de doença de ordem mental na década de 70. Entretanto os seus guetos continuam a existir, seu status não médico não impede os atravessamentos violentos da vida cotidiana.
A história que usa a memória como seu objeto de análise é recheada de atravessamentos de pessoas relegadas a necropolíticas. Entretanto, Foucault nos presenteou com um conceito que serve muito além de falar sobre os não-seres, não-lugares, segundo sexo ou margem: nos ensinou sobre resistência. Resistir, nesse sentido, é o oposto da reação. Quando há reação existe uma resposta que o poder exige de nós, entretanto, quando resistimos, criamos outra possibilidade de existência para esse poder, como uma força alternativa.
Resistir indo de encontro a essa perspectiva foucaltiana é sinônimo de construir; criar a resistência é uma atividade de força, que se consolida como uma estratégia para alternar as relações no campo do poder, ou seja, lutar contra uma norma, uma imposição através da existência de outras possibilidades.
Dentro dessa premissa, podemos pensar a homossexualidade como resistência, principalmente se pensarmos as perspectivas e contextos de sua existência através da história. Apesar do seu forte ligamento com marcadores de violência, é mais forte ainda seu elo com a luta, com a resistência; e toda resistência é produtora de memória e espaços de vivências, construção de redes, afetos, produções. No Brasil, os movimentos homossexuais tomam sua forma, principalmente, no fim da década de 70, em pleno Estado de exceção, de barbárie militar. E, apesar do período de maior perseguição a homossexuais, foi também o período de maior resistência e construção de redes de enfrentamentos. A partir dessas presentificações, conceito de Hans Gumbrecht (2010), destacam se os atravessamentos do passado no presente, criando disputas de narrativas.
Assim, podemos, com os testemunhos e fontes, reescrever a história de uma forma que possamos ocupar os nãolugares, e nos tornarmos agentes da nossa própria história. Nossos entrevistados são exemplos das tomadas de espaços e do reconhecimento das suas identidades a partir da resistência. Sendo eles Edward Mcrae, Luma Nogueira de Andrade e Paula Évelyn Silveira Barbosa.
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internacional e da prioridade outorgada ao fortalecimento
das relações multilaterais, o Brasil participa de mais de 100
organizações internacionais, seja no âmbito regional, seja
no âmbito internacional, e nas mais diversificadas áreas.
Igualmente, essas organizações têm se tornado um relevante
instrumento de atuação externa no Brasil, coadunando-se com
a vocação universalista que tem norteado a política externa
brasileira ao longo dos anos.
É nesse cenário de dinamismo e de crescente importância
das organizações internacionais que se insere a criação e a
atuação da Organização Internacional do Trabalho, a OIT.
A Organização Internacional do Trabalho é um organismo
especializado da ONU, conforme os termos do art. 57 da Carta
das Nações Unidas. Embora esses organismos especializados
estejam vinculados à ONU, eles não são órgãos das Nações
Unidas, mantendo autonomia e independência jurídica em
relação a ONU.
Figuram, entre os objetivos precípuos da Organização
Internacional do Trabalho, o estabelecimento de padrões
mínimos nas relações do direito do trabalho e a promoção
de melhores condições de trabalho. Além disso, a OIT
busca a promoção e harmonização dos direitos trabalhistas,
estabelecendo, entre outras medidas, a definição de uma
duração máxima da jornada de trabalho, o combate ao
desemprego, garantia de um salário que permita uma condição
digna de vida, a liberdade sindical e a proteção dos trabalhos
contra diversas situações, incluindo a proteção contra a
violência e o assédio nas relações trabalhistas, conforme a
sua mais recente normativa, a Convenção 190.
Books
A obra foi elaborada pelo Grupo de pesquisa do professor Serau, contando com a participação luxuosa de docentes e pesquisadores de diversas instituições nacionais de prestígio (UFPR, USP, USP/RP, FURG, UFMG, UFOP, FIAP)
Em se tratando de uma publicação voltada às produções em torno das temáticas de gêneros e sexualidades, acreditamos que não haveria outra maneira de apresentarmos nossa edição. Durante muitos séculos, fomos considerados corpos e identidades desviantes que deveriam estar localizadas à margem. Ou melhor, escondidas após ela. Anos mais tarde, fruto das batalhas travadas, derrubamos o “muro” construído sobre os limítrofes sociais, mas ainda continuamos lá, periféricos, constituindo pequenas bolhas sociais.
Agora, indagamos: onde está a liberdade em tudo isso? Existe algum tipo de “condição livre” dentro deste panorâma? Independente de sua resposta, nós acreditamos que não e justificamos nossa afirmativa com base em diversos cenários. Partindo daquele mais a fim à nós, a academia, questionamos onde estão nossos corpos? Quantas identidades desviantes que atuam como docentes no ensino superior, seja ele público ou privado? Quantas dissidências que estão na gestão das instituições de ensino de nosso país? Quantas pesquisas lideradas por pessoas não-cisheterossexuais? Ou ainda, quantas produções “marginais” que figuram nas páginas de revistas científicas e periódicos de prestígio nacional e internacional? Tais reflexões são só para iniciarmos.
Se ocupamos um espaço, perguntamos: que espaço é esse?
Se estamos nesse espaço, queremos saber: somos livres nele?
Acesse a 3ª edição da Revista: https://corlgbti.wordpress.com/2022/07/29/revista-cor-lgbtqia-curitiba-v-1-n-3-jul-2022-tema-livre/
Leia a Revista: https://issuu.com/corlgbtqia/docs/revista_cor_lgbtqia_curitiba_v._1_n._3_jul._2
Curadoria: HELOISA PANCOTTI | ISABEL CECCON IANTAS | KLEIRE ANNY PIRES DE SOUZA | NIZAR AMIN SHIHADEH | RAPHAEL DE ANDRADE RIBEIRO | WILLIAM ROSLINDO PARANHOS
Desde as eleições de 2018, o Brasil enfrenta uma derrocada rápida dos Direitos LGBTI+, fazendo com que ideais que se acreditavam ter ficado no passado, voltassem a assombrar nossa comunidade. Com parte da população clamando pelo retorno da repressão e declarando abertamente o ódio a todos àqueles que não pertencem à uma elite branca cis heteronormativa, ficou mais do que evidente que a luta pela conquista e, principalmente, a permanência de direitos é uma guerra constante, não uma batalha.
Diante desse cenário, nossa atitude não poderia ser diferente: a Revista COR LGBTI+ está de volta para mais uma edição de enfrentamento, luta e resistência. Composta por alunas(os), pesquisadoras (os), professoras (os), militantes e artistas LGBTI+, em um esforço coletivo para a sobrevivência de espaços livres de qualquer retrocesso, a 2ª Edição tem como tema “Conservadorismo e Retrocessos Sociais”. A intenção, com essa publicação, segue a mesma: proporcionar um espaço de liberdade para que todos aqueles que desejam se posicionar contra a onda conservadora, o ódio e o preconceito, tenham voz.
Curadoria: ANABELLA PAVÃO | ANDREI DOMINGOS FONSECA | HELOISA PANCOTTI | ISABEL CECCON IANTAS | KLEIRE ANNY PIRES DE SOUZA | MARINA DE FÁTIMA DA SILVA | NIZAR AMIN SHIHADEH | PÉRICLES DE SOUZA MACEDO | WEZELLEY CAMPOS FRANÇA
Edições da Revista
Em se tratando de uma publicação voltada às produções em torno das temáticas de gêneros e sexualidades, acreditamos que não haveria outra maneira de apresentarmos nossa edição. Durante muitos séculos, fomos considerados corpos e identidades desviantes que deveriam estar localizadas à margem. Ou melhor, escondidas após ela. Anos mais tarde, fruto das batalhas travadas, derrubamos o “muro” construído sobre os limítrofes sociais, mas ainda continuamos lá, periféricos, constituindo pequenas bolhas sociais.
Agora, indagamos: onde está a liberdade em tudo isso? Existe algum tipo de “condição livre” dentro deste panorâma? Independente de sua resposta, nós acreditamos que não e justificamos nossa afirmativa com base em diversos cenários. Partindo daquele mais a fim à nós, a academia, questionamos onde estão nossos corpos? Quantas identidades desviantes que atuam como docentes no ensino superior, seja ele público ou privado? Quantas dissidências que estão na gestão das instituições de ensino de nosso país? Quantas pesquisas lideradas por pessoas não cisheterossexuais? Ou ainda, quantas produções “marginais” que figuram nas páginas de revistas científicas e periódicos de prestígio nacional e internacional? Tais reflexões são só para iniciarmos.
Se ocupamos um espaço, perguntamos: que espaço é esse?
Se estamos nesse espaço, queremos saber: somos livres nele?
Link: https://corlgbti.wordpress.com/2022/07/29/revista-cor-lgbtqia-curitiba-v-1-n-3-jul-2022-tema-livre/
Leitura: https://issuu.com/corlgbtqia/docs/revista_cor_lgbtqia_curitiba_v._1_n._3_jul._2
Diante desse cenário, nossa atitude não poderia ser diferente: a Revista COR LGBTI+ está de volta para mais uma edição de enfrentamento, luta e resistência. Composta por alunas(os), pesquisadoras (os), professoras (os), militantes e artistas LGBTI+, em um esforço coletivo para a sobrevivência de espaços livres de qualquer retrocesso, a 2ª Edição tem como tema “Conservadorismo e Retrocessos Sociais”. A intenção, com essa publicação, segue a mesma: proporcionar um espaço de liberdade para que todos aqueles que desejam se posicionar contra a onda conservadora, o ódio e o preconceito, tenham voz.
Link: https://corlgbti.wordpress.com/2022/01/28/revista-cor-lgbtqia-curitiba-n-2-v-1-jan-2022-conservadorismos-e-retrocessos-sociais/
Leitura: https://issuu.com/corlgbtqia/docs/revista_cor
Link: https://corlgbti.wordpress.com/2021/07/27/revista-cor-lgbtqia-curitiba-v-1-n-1-jul-2021-universidades-e-movimento-estudantil/
Leitura: https://issuu.com/corlgbtqia/docs/revista_cor_lgbtqia_curitiba_v._1_n_5b6ed5630e8f8b
internacional e da prioridade outorgada ao fortalecimento
das relações multilaterais, o Brasil participa de mais de 100
organizações internacionais, seja no âmbito regional, seja
no âmbito internacional, e nas mais diversificadas áreas.
Igualmente, essas organizações têm se tornado um relevante
instrumento de atuação externa no Brasil, coadunando-se com
a vocação universalista que tem norteado a política externa
brasileira ao longo dos anos.
É nesse cenário de dinamismo e de crescente importância
das organizações internacionais que se insere a criação e a
atuação da Organização Internacional do Trabalho, a OIT.
A Organização Internacional do Trabalho é um organismo
especializado da ONU, conforme os termos do art. 57 da Carta
das Nações Unidas. Embora esses organismos especializados
estejam vinculados à ONU, eles não são órgãos das Nações
Unidas, mantendo autonomia e independência jurídica em
relação a ONU.
Figuram, entre os objetivos precípuos da Organização
Internacional do Trabalho, o estabelecimento de padrões
mínimos nas relações do direito do trabalho e a promoção
de melhores condições de trabalho. Além disso, a OIT
busca a promoção e harmonização dos direitos trabalhistas,
estabelecendo, entre outras medidas, a definição de uma
duração máxima da jornada de trabalho, o combate ao
desemprego, garantia de um salário que permita uma condição
digna de vida, a liberdade sindical e a proteção dos trabalhos
contra diversas situações, incluindo a proteção contra a
violência e o assédio nas relações trabalhistas, conforme a
sua mais recente normativa, a Convenção 190.
A obra foi elaborada pelo Grupo de pesquisa do professor Serau, contando com a participação luxuosa de docentes e pesquisadores de diversas instituições nacionais de prestígio (UFPR, USP, USP/RP, FURG, UFMG, UFOP, FIAP)
Em se tratando de uma publicação voltada às produções em torno das temáticas de gêneros e sexualidades, acreditamos que não haveria outra maneira de apresentarmos nossa edição. Durante muitos séculos, fomos considerados corpos e identidades desviantes que deveriam estar localizadas à margem. Ou melhor, escondidas após ela. Anos mais tarde, fruto das batalhas travadas, derrubamos o “muro” construído sobre os limítrofes sociais, mas ainda continuamos lá, periféricos, constituindo pequenas bolhas sociais.
Agora, indagamos: onde está a liberdade em tudo isso? Existe algum tipo de “condição livre” dentro deste panorâma? Independente de sua resposta, nós acreditamos que não e justificamos nossa afirmativa com base em diversos cenários. Partindo daquele mais a fim à nós, a academia, questionamos onde estão nossos corpos? Quantas identidades desviantes que atuam como docentes no ensino superior, seja ele público ou privado? Quantas dissidências que estão na gestão das instituições de ensino de nosso país? Quantas pesquisas lideradas por pessoas não-cisheterossexuais? Ou ainda, quantas produções “marginais” que figuram nas páginas de revistas científicas e periódicos de prestígio nacional e internacional? Tais reflexões são só para iniciarmos.
Se ocupamos um espaço, perguntamos: que espaço é esse?
Se estamos nesse espaço, queremos saber: somos livres nele?
Acesse a 3ª edição da Revista: https://corlgbti.wordpress.com/2022/07/29/revista-cor-lgbtqia-curitiba-v-1-n-3-jul-2022-tema-livre/
Leia a Revista: https://issuu.com/corlgbtqia/docs/revista_cor_lgbtqia_curitiba_v._1_n._3_jul._2
Curadoria: HELOISA PANCOTTI | ISABEL CECCON IANTAS | KLEIRE ANNY PIRES DE SOUZA | NIZAR AMIN SHIHADEH | RAPHAEL DE ANDRADE RIBEIRO | WILLIAM ROSLINDO PARANHOS
Desde as eleições de 2018, o Brasil enfrenta uma derrocada rápida dos Direitos LGBTI+, fazendo com que ideais que se acreditavam ter ficado no passado, voltassem a assombrar nossa comunidade. Com parte da população clamando pelo retorno da repressão e declarando abertamente o ódio a todos àqueles que não pertencem à uma elite branca cis heteronormativa, ficou mais do que evidente que a luta pela conquista e, principalmente, a permanência de direitos é uma guerra constante, não uma batalha.
Diante desse cenário, nossa atitude não poderia ser diferente: a Revista COR LGBTI+ está de volta para mais uma edição de enfrentamento, luta e resistência. Composta por alunas(os), pesquisadoras (os), professoras (os), militantes e artistas LGBTI+, em um esforço coletivo para a sobrevivência de espaços livres de qualquer retrocesso, a 2ª Edição tem como tema “Conservadorismo e Retrocessos Sociais”. A intenção, com essa publicação, segue a mesma: proporcionar um espaço de liberdade para que todos aqueles que desejam se posicionar contra a onda conservadora, o ódio e o preconceito, tenham voz.
Curadoria: ANABELLA PAVÃO | ANDREI DOMINGOS FONSECA | HELOISA PANCOTTI | ISABEL CECCON IANTAS | KLEIRE ANNY PIRES DE SOUZA | MARINA DE FÁTIMA DA SILVA | NIZAR AMIN SHIHADEH | PÉRICLES DE SOUZA MACEDO | WEZELLEY CAMPOS FRANÇA
Em se tratando de uma publicação voltada às produções em torno das temáticas de gêneros e sexualidades, acreditamos que não haveria outra maneira de apresentarmos nossa edição. Durante muitos séculos, fomos considerados corpos e identidades desviantes que deveriam estar localizadas à margem. Ou melhor, escondidas após ela. Anos mais tarde, fruto das batalhas travadas, derrubamos o “muro” construído sobre os limítrofes sociais, mas ainda continuamos lá, periféricos, constituindo pequenas bolhas sociais.
Agora, indagamos: onde está a liberdade em tudo isso? Existe algum tipo de “condição livre” dentro deste panorâma? Independente de sua resposta, nós acreditamos que não e justificamos nossa afirmativa com base em diversos cenários. Partindo daquele mais a fim à nós, a academia, questionamos onde estão nossos corpos? Quantas identidades desviantes que atuam como docentes no ensino superior, seja ele público ou privado? Quantas dissidências que estão na gestão das instituições de ensino de nosso país? Quantas pesquisas lideradas por pessoas não cisheterossexuais? Ou ainda, quantas produções “marginais” que figuram nas páginas de revistas científicas e periódicos de prestígio nacional e internacional? Tais reflexões são só para iniciarmos.
Se ocupamos um espaço, perguntamos: que espaço é esse?
Se estamos nesse espaço, queremos saber: somos livres nele?
Link: https://corlgbti.wordpress.com/2022/07/29/revista-cor-lgbtqia-curitiba-v-1-n-3-jul-2022-tema-livre/
Leitura: https://issuu.com/corlgbtqia/docs/revista_cor_lgbtqia_curitiba_v._1_n._3_jul._2
Diante desse cenário, nossa atitude não poderia ser diferente: a Revista COR LGBTI+ está de volta para mais uma edição de enfrentamento, luta e resistência. Composta por alunas(os), pesquisadoras (os), professoras (os), militantes e artistas LGBTI+, em um esforço coletivo para a sobrevivência de espaços livres de qualquer retrocesso, a 2ª Edição tem como tema “Conservadorismo e Retrocessos Sociais”. A intenção, com essa publicação, segue a mesma: proporcionar um espaço de liberdade para que todos aqueles que desejam se posicionar contra a onda conservadora, o ódio e o preconceito, tenham voz.
Link: https://corlgbti.wordpress.com/2022/01/28/revista-cor-lgbtqia-curitiba-n-2-v-1-jan-2022-conservadorismos-e-retrocessos-sociais/
Leitura: https://issuu.com/corlgbtqia/docs/revista_cor
Link: https://corlgbti.wordpress.com/2021/07/27/revista-cor-lgbtqia-curitiba-v-1-n-1-jul-2021-universidades-e-movimento-estudantil/
Leitura: https://issuu.com/corlgbtqia/docs/revista_cor_lgbtqia_curitiba_v._1_n_5b6ed5630e8f8b
Essas são as principais provocações que permearam esta entrevista. Na tentativa de refletir sobre as mesmas, a COR LGBTQIA+ convidou a Professora Sônia Maria Martins de Melo, pedagoga, mestra e doutora em educação, professora voluntária no Programa de PósGraduação em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina, líder do Grupo , de Pesquisa EDUSEX - Formação de Educadores e Educação Sexual (CNPq/UDESC), pesquisadora junto ao Círculo de Pesquisa em Educação Sexual e Sexualidade - CiPESS (CNPq/UEL), do Núcleo de Estudos da Sexualidade - NUSEX (CNPq/UNESP/Araraquara) e vice-coordenadora do LabTEIAS - Entrelaçando saberes e fazeres em educação sexual emancipatória.
A trajetória da resolução é marcada por contradições, sofrendo inúmeros ataques de grupos conservadores da sociedade, mas, também resistindo e criando possibilidades de enfrentamento e de afirmação de uma sociedade onde caibam todas as vidas. Ao mesmo tempo em que sua criação representou um avanço nas políticas de diversidade sexual e de gênero, também houve reiterados ataques, cujo enfrentamento se deu e se dá de forma sistematizada e coletiva por militantes de movimentos sociais e por entidades da psicologia brasileira.
A história que usa a memória como seu objeto de análise é recheada de atravessamentos de pessoas relegadas a necropolíticas. Entretanto, Foucault nos presenteou com um conceito que serve muito além de falar sobre os não-seres, não-lugares, segundo sexo ou margem: nos ensinou sobre resistência. Resistir, nesse sentido, é o oposto da reação. Quando há reação existe uma resposta que o poder exige de nós, entretanto, quando resistimos, criamos outra possibilidade de existência para esse poder, como uma força alternativa.
Resistir indo de encontro a essa perspectiva foucaltiana é sinônimo de construir; criar a resistência é uma atividade de força, que se consolida como uma estratégia para alternar as relações no campo do poder, ou seja, lutar contra uma norma, uma imposição através da existência de outras possibilidades.
Dentro dessa premissa, podemos pensar a homossexualidade como resistência, principalmente se pensarmos as perspectivas e contextos de sua existência através da história. Apesar do seu forte ligamento com marcadores de violência, é mais forte ainda seu elo com a luta, com a resistência; e toda resistência é produtora de memória e espaços de vivências, construção de redes, afetos, produções. No Brasil, os movimentos homossexuais tomam sua forma, principalmente, no fim da década de 70, em pleno Estado de exceção, de barbárie militar. E, apesar do período de maior perseguição a homossexuais, foi também o período de maior resistência e construção de redes de enfrentamentos. A partir dessas presentificações, conceito de Hans Gumbrecht (2010), destacam se os atravessamentos do passado no presente, criando disputas de narrativas.
Assim, podemos, com os testemunhos e fontes, reescrever a história de uma forma que possamos ocupar os nãolugares, e nos tornarmos agentes da nossa própria história. Nossos entrevistados são exemplos das tomadas de espaços e do reconhecimento das suas identidades a partir da resistência. Sendo eles Edward Mcrae, Luma Nogueira de Andrade e Paula Évelyn Silveira Barbosa.
A história que usa a memória como seu objeto de análise é recheada de atravessamentos de pessoas relegadas a necropolíticas. Entretanto, Foucault nos presenteou com um conceito que serve muito além de falar sobre os não-seres, não-lugares, segundo sexo ou margem: nos ensinou sobre resistência. Resistir, nesse sentido, é o oposto da reação. Quando há reação existe uma resposta que o poder exige de nós, entretanto, quando resistimos, criamos outra possibilidade de existência para esse poder, como uma força alternativa.
Resistir indo de encontro a essa perspectiva foucaltiana é sinônimo de construir; criar a resistência é uma atividade de força, que se consolida como uma estratégia para alternar as relações no campo do poder, ou seja, lutar contra uma norma, uma imposição através da existência de outras possibilidades.
Dentro dessa premissa, podemos pensar a homossexualidade como resistência, principalmente se pensarmos as perspectivas e contextos de sua existência através da história. Apesar do seu forte ligamento com marcadores de violência, é mais forte ainda seu elo com a luta, com a resistência; e toda resistência é produtora de memória e espaços de vivências, construção de redes, afetos, produções. No Brasil, os movimentos homossexuais tomam sua forma, principalmente, no fim da década de 70, em pleno Estado de exceção, de barbárie militar. E, apesar do período de maior perseguição a homossexuais, foi também o período de maior resistência e construção de redes de enfrentamentos. A partir dessas presentificações, conceito de Hans Gumbrecht (2010), destacam se os atravessamentos do passado no presente, criando disputas de narrativas.
Assim, podemos, com os testemunhos e fontes, reescrever a história de uma forma que possamos ocupar os nãolugares, e nos tornarmos agentes da nossa própria história. Nossos entrevistados são exemplos das tomadas de espaços e do reconhecimento das suas identidades a partir da resistência. Sendo eles Edward Mcrae, Luma Nogueira de Andrade e Paula Évelyn Silveira Barbosa.
A história que usa a memória como seu objeto de análise é recheada de atravessamentos de pessoas relegadas a necropolíticas. Entretanto, Foucault nos presenteou com um conceito que serve muito além de falar sobre os não-seres, não-lugares, segundo sexo ou margem: nos ensinou sobre resistência. Resistir, nesse sentido, é o oposto da reação. Quando há reação existe uma resposta que o poder exige de nós, entretanto, quando resistimos, criamos outra possibilidade de existência para esse poder, como uma força alternativa.
Resistir indo de encontro a essa perspectiva foucaltiana é sinônimo de construir; criar a resistência é uma atividade de força, que se consolida como uma estratégia para alternar as relações no campo do poder, ou seja, lutar contra uma norma, uma imposição através da existência de outras possibilidades.
Dentro dessa premissa, podemos pensar a homossexualidade como resistência, principalmente se pensarmos as perspectivas e contextos de sua existência através da história. Apesar do seu forte ligamento com marcadores de violência, é mais forte ainda seu elo com a luta, com a resistência; e toda resistência é produtora de memória e espaços de vivências, construção de redes, afetos, produções. No Brasil, os movimentos homossexuais tomam sua forma, principalmente, no fim da década de 70, em pleno Estado de exceção, de barbárie militar. E, apesar do período de maior perseguição a homossexuais, foi também o período de maior resistência e construção de redes de enfrentamentos. A partir dessas presentificações, conceito de Hans Gumbrecht (2010), destacam se os atravessamentos do passado no presente, criando disputas de narrativas.
Assim, podemos, com os testemunhos e fontes, reescrever a história de uma forma que possamos ocupar os nãolugares, e nos tornarmos agentes da nossa própria história. Nossos entrevistados são exemplos das tomadas de espaços e do reconhecimento das suas identidades a partir da resistência. Sendo eles Edward Mcrae, Luma Nogueira de Andrade e Paula Évelyn Silveira Barbosa.