Diversos trabalhos comparativistas constatam a existência de diferenças quanto à colocação pronom... more Diversos trabalhos comparativistas constatam a existência de diferenças quanto à colocação pronominal dos clíticos átonos no que diz respeito ao Português Europeu (PE) e ao Português Brasileiro (PB), dados que diferenciam a gramática nacional da gramática lusitana. Diante disso e, em conformidade com os estudos linguísticos vigentes, as pesquisas variacionistas apontam que, a partir do século XIX, houve mudanças sintáticas importantes no PB. Nessa vertente, análises de língua escrita na região de Diamantina, Minas Gerais, já sinalizam uma alteração na gramática brasileira, distanciando-a da gramática lusitana. Este trabalho cotejou os resultados encontrados na região de Diamantina com os já computados na região de Ouro Preto (cf.Coelho e Paula (2011)), também no século XVIII. Com o intuito de contribuir com os estudos feitos sobre a constituição da gramática nacional, este trabalho investiga se a região de Diamantina, assim como Ouro Preto, já exibia uma sintaxe dos clíticos pronominais própria no período setecentista. A proposta foi, pois, verificar se a forma proclítica é mais frequente em Diamantina, fator que pode ser decorrente do encaixamento de outras mudanças linguísticas já latentes na região. Com essa análise, buscou-se averiguar a relevância das Minas setecentistas nesse processo de mudança que acabou por culminar com uma mudança na gramática nacional. A partir dos resultados obtidos, pôde-se avaliar que a sintaxe de ordem da região de Diamantina se assemelha à de Ouro Preto, espelhando, portanto, as normas contemporâneas.
Este estudo trata da opcionalidade de posicionamento do sujeito sintático de verbos monoargumenta... more Este estudo trata da opcionalidade de posicionamento do sujeito sintático de verbos monoargumentais inacusativos em posição pré-posta ou pós-posta ao verbo subcategorizador. Buscou-se examinar a hipótese de que essa opcionalidade gramatical pode divergir do ponto de vista do processamento sentencial, acarretando, no âmbito de implementação em desempenho linguístico, uma diferenciação das duas construções gramaticalmente possíveis. O exame baseou-se em um experimento psicolinguístico para o qual foi escolhida uma tarefa de grande precisão na localização dos eventos linguísticos que causam ônus diferencial no processamento, a maze task. Os resultados trazem evidências de que a posição de sujeito pós-posto aos verbos inacusativos acarreta facilitação sistemática do processamento de sentenças com verbos inacusativos para os falantes do português do Brasil.
Diversos trabalhos comparativistas constatam a existência de diferenças quanto à colocação pronom... more Diversos trabalhos comparativistas constatam a existência de diferenças quanto à colocação pronominal dos clíticos átonos no que diz respeito ao Português Europeu (PE) e ao Português Brasileiro (PB), dados que diferenciam a gramática nacional da gramática lusitana. Diante disso e, em conformidade com os estudos linguísticos vigentes, as pesquisas variacionistas apontam que, a partir do século XIX, houve mudanças sintáticas importantes no PB. Nessa vertente, análises de língua escrita na região de Diamantina, Minas Gerais, já sinalizam uma alteração na gramática brasileira, distanciando-a da gramática lusitana. Este trabalho cotejou os resultados encontrados na região de Diamantina com os já computados na região de Ouro Preto (cf.Coelho e Paula (2011)), também no século XVIII. Com o intuito de contribuir com os estudos feitos sobre a constituição da gramática nacional, este trabalho investiga se a região de Diamantina, assim como Ouro Preto, já exibia uma sintaxe dos clíticos pronominais própria no período setecentista. A proposta foi, pois, verificar se a forma proclítica é mais frequente em Diamantina, fator que pode ser decorrente do encaixamento de outras mudanças linguísticas já latentes na região. Com essa análise, buscou-se averiguar a relevância das Minas setecentistas nesse processo de mudança que acabou por culminar com uma mudança na gramática nacional. A partir dos resultados obtidos, pôde-se avaliar que a sintaxe de ordem da região de Diamantina se assemelha à de Ouro Preto, espelhando, portanto, as normas contemporâneas.
Este estudo trata da opcionalidade de posicionamento do sujeito sintático de verbos monoargumenta... more Este estudo trata da opcionalidade de posicionamento do sujeito sintático de verbos monoargumentais inacusativos em posição pré-posta ou pós-posta ao verbo subcategorizador. Buscou-se examinar a hipótese de que essa opcionalidade gramatical pode divergir do ponto de vista do processamento sentencial, acarretando, no âmbito de implementação em desempenho linguístico, uma diferenciação das duas construções gramaticalmente possíveis. O exame baseou-se em um experimento psicolinguístico para o qual foi escolhida uma tarefa de grande precisão na localização dos eventos linguísticos que causam ônus diferencial no processamento, a maze task. Os resultados trazem evidências de que a posição de sujeito pós-posto aos verbos inacusativos acarreta facilitação sistemática do processamento de sentenças com verbos inacusativos para os falantes do português do Brasil.
Uploads
Papers by Telma AlmNas