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Mauro Condé
  • Universidade Federal de Minas Gerais
    Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
    Scientia - Grupo de Teoria e História da Ciência - Sala 2051
    Av. Antonio Carlos, 6627
    Belo Horizonte - MG
    31270-901
    Brasil
Sobre Kuhn e Fleck
Research Interests:
Sobre ciência, tecnologia e humanismo no mundo moderno
Research Interests:
Sobre ciência, tecnologia e a condição do homem moderno
Research Interests:
Projeto genoma, alimentos transgênicos e clonagem são expressões já comuns no nosso cotidiano, embora nem sempre tais expressões sejam tecnicamente explicitadas, e muito menos, historicamente contextualizadas. Discute-se, por exemplo,... more
Projeto genoma, alimentos transgênicos e clonagem são expressões já comuns no nosso cotidiano, embora nem sempre tais expressões sejam tecnicamente explicitadas, e muito menos, historicamente contextualizadas. Discute-se, por exemplo, entre cientistas, na mídia e até mesmo entre as pessoas comuns, se a ciência deve ou não clonar o ser humano, reproduzi-lo artificialmente através de técnicas sofisticadas, ou ainda se deve utilizar dessas mesmas técnicas para prolongar a vida humana. Essas novas possibilidades vislumbradas pela ciência geram expectativas quanto ao que podem realizar, criam um fértil terreno para a ficção (vide filmes, romances e novelas) e também um impasse onde importantes discussões éticas se afloram. Em que medida é ético reproduzir artificialmente o ser humano e, o que soa mais estranho, reproduzir partes do ser humano. Para responder questões como essas, antes é necessário compreender alguns aspectos da história da própria ciência. Não é a primeira vez que a ciência nos coloca im-passes. Pelo contrário, a história da ciência moderna é em grande medida marcada por contraposições entre o que a sociedade aceita e o que a ciência propõe de inovador. Com efeito, todo e qualquer julgamento que possamos fazer acerca do que a ciência nos apresenta poderá ser muito mais satisfatório se levarmos em consideração essa trajetória da própria ciência nas suas relações com a sociedade. Em primeiro lugar, deve-se salientar algo óbvio, mas que, no entanto, parece ser muitas vezes ignorado: a ciência também é um produto cultural. Ela é feita pelos mesmos homens que constituem os valores éticos, políticos e culturais, isto é, é produzida na mesma sociedade que tem dificuldades de incorporar o que de inovação a ciência apresenta. Em outras palavras, se por um lado a sociedade tende a manter seus valores sociais, culturais e éticos de modo estático, por outro, a ciência a obriga freqüentemente a repensar tais valores. É o que ocorre agora com a questão da clonagem do ser humano. Assim, nesse momento, antigas questões ressurgem. Em que medida a ciência é livre para
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