Carolina Ruoso
Carolina Ruoso, sou mãe. Trago comigo as águas do Rio Jaguaribe e o vento do Aracati. Minha árvore preferida é o cajueiro. Aprendi a ler o mundo à nordeste. Fiz ensino médio na ETFCE, curso técnico de Turismo, desde lá me encontro com as questões do patrimônio cultural. Cursei graduação em História na Universidade Federal do Ceará (UFC) e neste período participei do Laboratório de Museologia do Museu do Ceará (LAMU). Fiz o Mestrado no Programa de Pós-Graduação em História do Norte e Nordeste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) onde desenvolvi a pesquisa que resultou no livro “O Museu do Ceará e a linguagem Poética das coisas, (1971-1990)” publicado pela Coleção “Outras Histórias” editado pelo Museu do Ceará em 2009. No ano de 2009 atuei como diretora da Galeria Antônio Bandeira. Conclui o doutorado em História da Arte na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne em 2016, com orientação do professor Dr. Dominique Poulot, bolsa CAPES modalidade doutorado pleno no exterior, defendendo a tese intitulada: “Casa de Marimbondos. Nove tempos para nove atlas. História de um museu de arte brasileiro (1961 -2011)”. Atuei como coordenadora de curadoria do Museu do Homem do Nordeste da FUNDAJ (2014- 2015 - Recife) e, curadora do Museu de Arte Sobrado Dr. José Lourenço, Secult-Ce ( 2016 - 2017 Fortaleza). E, atualmente sou professora de Teoria e História da Arte da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Coordeno a Rede de Pesquisa e Formação em Curadoria de Exposições, a partir das ações do Programa de Extensão Laboratório de Curadoria de Exposições Bisi Silva (Cenex/EBA) em articulação com a pesquisa "Teorias e Metodologias de Curadoria de Exposição" que desenvolvo no Grupo de Pesquisa ESTOPIM/CNPQ. Sou membro do grupo de Pesquisa GEPPM/CNPQ do Curso de História da UFC.
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O presente ensaio reflexivo pretende apresentar as ideias iniciais do começo de uma pesquisa, elas nascem de uma proposta de articulação dos usos das fichas de Paulo Freire, das palavras, imagens, objetos geradores como dispositivos das metodologias participativas de patrimonialização.
Em um primeiro momento situamos o debate a partir de experiências da autora nos estudos, pesquisas e trabalho, logo depois, partimos para um relato dos trabalhos desenvolvidos nas disciplinas de Arte e Musealização I e II para chegarmos às fichas de Paulo Freire como dispositivos que possibilitam a compreensão do repertório de uma comunidade de valores criadas a partir das referências culturais que poderão constituir em um repertório de vocabulários dedicados e que nomeiem critérios e valores de patrimonialização contrahegemônicos e, buscando construir uma abordagem em defesa da justiça epistêmica como prática nas negociações e códigos que norteiam as ações dos membros cooperadores nos mundos das artes, dos museus e do patrimônio cultural.
Em outubro deste ano, um grande desafio nos bateu à porta. Precisávamos pensar numa pequena formação em curadoria para jovens participantes do Projeto Bomserá, realizado pelo IA - Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto. Os jovens, estudantes do 1º e 2º ano do Ensino Médio, por sua vez, participavam da formação oferecida pelo Programa Educativo no curso Agente de Memória e Patrimônio.
A formação fazia parte do terceiro e último módulo dos alunos, que tiveram encontros que versavam sobre história, memória, patrimônio, diversidade cultural, conservação, restauração e curadoria de acervos. O módulo com o título “Como contar uma história - e para quê?” – nos apontava para um tema riquíssimo e “um prato cheio” para historiadoras que somos. Após nos inteirarmos sobre as ações do Programa Educativo, bem como de outras frentes do Projeto, nos encantamos com a possibilidade de ministrar a formação. Assim, tendo a restauração das casas como mote inicial, precisaríamos pensar de que maneira, a partir do acervo de imagens das casas e dos objetos arqueológicos encontrados nesse processo, poderíamos sensibilizar os participantes para as formas de se fazer curadoria e como, por meio desse exercício, seria possível criar narrativas e apontar caminhos possíveis para o diálogo entre o patrimônio material - as casas e os objetos, e o imaterial - as memórias contidas em cada um desses elementos. Assim, criamos a oficina de pesquisa curatorial em torno dos temas ``morar’’, “moradia” e “casa” e definimos que a curadoria mais apropriada a ser feita com o grupo seria a “curadoria de caleidoscópio”.
About sound and echo
The purpose of this book derived from the need for a
publication in visual arts that was not a catalog or an artist’s notebook. From the beginning, the idea was to gather critical texts
on a given section of my production. It is known that this type of
content about the work of an artist is commonly produced posthumously, and that in this way much of the debate is lost with the
absence of the author.
Decentralization was another important point. Considering criticism that also differs from the common names of the
national scene and that almost always are present in the commissions of art salons, galleries or even in front of renowned public
institutions, turns this book into an unusual place and this is due to
the choices I made from the beginning: going for a book about my
work that prioritizes not images but texts and, above all, the choice
of who would make them. This search was based on authors who
have always had some relation with my work and, mainly, with
local production, but always connected with what is been done in
the country and in the world. The number of pages also limited
this choice, since the wish is always to include more authors.
107
Each author sought to present a plural view of my work
from the years 2012 to 2020. They are lantern texts from an era,
dealing with current issues that cover different realities. They do
not limit themselves by exclusively talking about what I do, but
they create bridges, connecting a world through my work. It seeks
the “off-axis”, even because I work with the theme of migrants,
the invisible, the feminine, environmental issues and also because
I recognize myself as outside the art scene, the art system, galleries, fairs, biennials conventions or important national conferences. It is in the depths of the system that artists like me across the
country act, because it is in the margins that we exist. But I also
understand that it is on the periphery of the system that a breach
opens up for tension, debate, creation, since in this place the work
grows and creates a non-existent space, an imagined place where
the possibilities for invention are endless. Therefore, this work is
about sound and echo, it is about me, and it is about you who are
reading me at this moment, it is about dreams and desires turned
into reality. I tried very carefully to set up a publication that would
give rise to research, information and dissemination of what I do
and the current moment.
Thus, with the purpose of creating dialogues between
artist and researchers, I started this project, which had as its starting point an exhibition that took place at Sobrado Dr. José Lou-
108
renço, located in Fortaleza, and which was supported by Secultfor
(Fortaleza’s department of culture) with its VII Edital das Artes
program. To that end, I invited the critic and curator Aldonso Paláco, the architect and urbanist Chico Cavalcante Porto, the photographer and thinker Silas de Paula, the professor and photographer
Osmar Gonçalves, the curator and journalist Ana Cecília Soares,
the historian Carolina Ruoso and the professor with a focus on
classical studies Luciana Sousa. Therefore, the set of texts brings
a plural result, varying between essays and academic articles, an
interesting play of what each one sees of themselves from a work.
Maíra Ortins
Bilingual edition
foi elaborado no Curso de Extensão: A Festa de Iemanjá e os trabalhos de
patrimônio, realizado no período de isolamento social, nos meses de julho
até setembro de 2021. O Curso teve duração de 40 horas-aula, realizado
em formato online, distribuídas em nove encontros que trataram dos
temas relacionados à patrimonialização, tendo como referência a matriz
de gestão museológica elaborada por Manuelina Maria Duarte Cândido
(2013): documentação, conservação-restauração, exposição e educação
para o patrimônio cultural.
O Curso de Extensão ministrado por Carolina Ruoso, Fernanda Cristina
de Oliveira e Silva de Oliveira e Jean dos Anjos, foi realizado pelo CENEX/
EBA/UFMG e contou com o apoio do Laboratório de Antropologia e Imagem
(LAI/UFC) e da Sociomuseologia Cátedra da Unesco “Educação, Cidadania
e Diversidade Cultural” de Lisboa. Realizamos uma chamada pública,
apresentando a proposta do curso aos interessados e como resposta
recebemos mais de 150 inscrições. Selecionamos aproximadamente 80
participantes, em sua maioria Povos de Terreiro, das cidades de Fortaleza e Belo Horizonte, prioritariamente, mas contamos com presença de pessoas de diferentes Estados brasileiros.
abordarão os rituais de escuta dos ancestrais e dos encantados e as criações contemporâneas de esculturas públicas e performances que debatem os temas étnicos-raciais, de gênero e de classe, a partir de uma perspectiva decolonial, ou ainda, contra-colonial.
Para acessar o artigo completo: http://www.museologia-portugal.net/apresentacao/sociomuseologia-leitura-critica-mundo
para comprar o livro: https://www.amazon.com/-/es/Judite-Primo/dp/B09P28F4TD
Résumé
Pour cet article, nous avons choisi de nous pencher sur l'expérience de voyage, datant de l'année 1961, de Lívio Xavier Júnior et Sérvulo Esmeraldo, lors d'un parcours de visite de différents musées européens en quête d'apprentissage d'un modèle moderne de musée. Cet article présente une partie des résultats d'une recherche qui a cherché à identifier les acteurs qui ont collaboré au long de cinquante années à la fabrication du programme du MAUC de l'Université fédérale du Ceará (UFC). Nous comprenons que la description et l'analyse des actions de ce musée d'art dans la ville de Fortaleza (État du Ceará au Brésil) reposent sur un travail de compréhension et d'explication des notions de collaboration et de pluralité pour la muséologie contemporaine.
Dos bastidores da organização do Patrimônio Cultural ao encontro dos autores desse artigo.
Nosso artigo apresenta os processos de Registro da Festa de Iemanjá como Patrimônio Imaterial em âmbito municipal nas cidades de Fortaleza e Belo Horizonte procurando discutir as implicações das chamadas referências culturais nas metodologias participativas a partir da noção de Autorregistro. Antes de nos desdobrarmos a respeito do tema central do artigo, entendemos que se faz necessário contarmos um pouco aos(as) leitores(as), como nos conhecemos, nós os autores desse artigo: Carolina Ruoso, Fernanda de Oliveira e Jean dos Anjos. Esse artigo foi elaborado por nós três: Carolina ficou responsável por apresentar uma reflexão do ponto de vista da sua experiência como trabalhadora da cultura, que atuou como gestora das políticas de patrimônio cultural no Ceará. Fernanda ficou responsável por apresentar a sua experiência e reflexões como antropóloga pertencente às afrorreligiões da Umbanda e do Candomblé na coordenação dos trabalhos para o Registro da Festa de Iemanjá como Patrimônio Imaterial em Belo Horizonte e, Jean dos Anjos, por apresentar a sua experiência e reflexões como antropólogo pertencente à religião afroameríndia, Umbanda, na coordenação dos trabalhos para o Registro da Festa de Iemanjá como Patrimônio Imaterial em Fortaleza.
São textos franceses e um original em português não publicado ainda no Brasil, selecionados por já estarem em uso em nossos cursos de Museologia ou poderem trazer discussões instigantes para esta formação a partir deste esforço de torná-los acessíveis aos estudantes brasileiros, por meio de um verdadeiro mutirão de traduções.
O livro resulta do encontro entre as organizadoras, os diversos autores e pesquisadores envolvidos no trabalho de tradução dos textos, mas também do reencontro e renovada parceria entre o Museu do Homem do Nordeste da Fundação Joaquim Nabuco e o Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás.
O livro está à venda na Editora Massangana, em Recife
Papers
Por meio de personagens como Sol Moufer e Juliana Capibaribe, artistas realizadoras do projeto, e da fotógrafa Maria Marítima, que tece conceitos ao colocar a cidade em exposição – suas casas, monumentos, pontes, mercados, pessoas nas calçadas, grafites, entre outros elementos recortados da paisagem urbana –, apresentamos e analisamos a performance que juntamente com outras iniciativas artísticas realizadas no bairro do Serviluz, periferia de Fortaleza, buscaram ressignificar este espaço e estabelecer novas relações e olhares com/para esta parte da cidade.
O presente ensaio reflexivo pretende apresentar as ideias iniciais do começo de uma pesquisa, elas nascem de uma proposta de articulação dos usos das fichas de Paulo Freire, das palavras, imagens, objetos geradores como dispositivos das metodologias participativas de patrimonialização.
Em um primeiro momento situamos o debate a partir de experiências da autora nos estudos, pesquisas e trabalho, logo depois, partimos para um relato dos trabalhos desenvolvidos nas disciplinas de Arte e Musealização I e II para chegarmos às fichas de Paulo Freire como dispositivos que possibilitam a compreensão do repertório de uma comunidade de valores criadas a partir das referências culturais que poderão constituir em um repertório de vocabulários dedicados e que nomeiem critérios e valores de patrimonialização contrahegemônicos e, buscando construir uma abordagem em defesa da justiça epistêmica como prática nas negociações e códigos que norteiam as ações dos membros cooperadores nos mundos das artes, dos museus e do patrimônio cultural.
Em outubro deste ano, um grande desafio nos bateu à porta. Precisávamos pensar numa pequena formação em curadoria para jovens participantes do Projeto Bomserá, realizado pelo IA - Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto. Os jovens, estudantes do 1º e 2º ano do Ensino Médio, por sua vez, participavam da formação oferecida pelo Programa Educativo no curso Agente de Memória e Patrimônio.
A formação fazia parte do terceiro e último módulo dos alunos, que tiveram encontros que versavam sobre história, memória, patrimônio, diversidade cultural, conservação, restauração e curadoria de acervos. O módulo com o título “Como contar uma história - e para quê?” – nos apontava para um tema riquíssimo e “um prato cheio” para historiadoras que somos. Após nos inteirarmos sobre as ações do Programa Educativo, bem como de outras frentes do Projeto, nos encantamos com a possibilidade de ministrar a formação. Assim, tendo a restauração das casas como mote inicial, precisaríamos pensar de que maneira, a partir do acervo de imagens das casas e dos objetos arqueológicos encontrados nesse processo, poderíamos sensibilizar os participantes para as formas de se fazer curadoria e como, por meio desse exercício, seria possível criar narrativas e apontar caminhos possíveis para o diálogo entre o patrimônio material - as casas e os objetos, e o imaterial - as memórias contidas em cada um desses elementos. Assim, criamos a oficina de pesquisa curatorial em torno dos temas ``morar’’, “moradia” e “casa” e definimos que a curadoria mais apropriada a ser feita com o grupo seria a “curadoria de caleidoscópio”.
About sound and echo
The purpose of this book derived from the need for a
publication in visual arts that was not a catalog or an artist’s notebook. From the beginning, the idea was to gather critical texts
on a given section of my production. It is known that this type of
content about the work of an artist is commonly produced posthumously, and that in this way much of the debate is lost with the
absence of the author.
Decentralization was another important point. Considering criticism that also differs from the common names of the
national scene and that almost always are present in the commissions of art salons, galleries or even in front of renowned public
institutions, turns this book into an unusual place and this is due to
the choices I made from the beginning: going for a book about my
work that prioritizes not images but texts and, above all, the choice
of who would make them. This search was based on authors who
have always had some relation with my work and, mainly, with
local production, but always connected with what is been done in
the country and in the world. The number of pages also limited
this choice, since the wish is always to include more authors.
107
Each author sought to present a plural view of my work
from the years 2012 to 2020. They are lantern texts from an era,
dealing with current issues that cover different realities. They do
not limit themselves by exclusively talking about what I do, but
they create bridges, connecting a world through my work. It seeks
the “off-axis”, even because I work with the theme of migrants,
the invisible, the feminine, environmental issues and also because
I recognize myself as outside the art scene, the art system, galleries, fairs, biennials conventions or important national conferences. It is in the depths of the system that artists like me across the
country act, because it is in the margins that we exist. But I also
understand that it is on the periphery of the system that a breach
opens up for tension, debate, creation, since in this place the work
grows and creates a non-existent space, an imagined place where
the possibilities for invention are endless. Therefore, this work is
about sound and echo, it is about me, and it is about you who are
reading me at this moment, it is about dreams and desires turned
into reality. I tried very carefully to set up a publication that would
give rise to research, information and dissemination of what I do
and the current moment.
Thus, with the purpose of creating dialogues between
artist and researchers, I started this project, which had as its starting point an exhibition that took place at Sobrado Dr. José Lou-
108
renço, located in Fortaleza, and which was supported by Secultfor
(Fortaleza’s department of culture) with its VII Edital das Artes
program. To that end, I invited the critic and curator Aldonso Paláco, the architect and urbanist Chico Cavalcante Porto, the photographer and thinker Silas de Paula, the professor and photographer
Osmar Gonçalves, the curator and journalist Ana Cecília Soares,
the historian Carolina Ruoso and the professor with a focus on
classical studies Luciana Sousa. Therefore, the set of texts brings
a plural result, varying between essays and academic articles, an
interesting play of what each one sees of themselves from a work.
Maíra Ortins
Bilingual edition
foi elaborado no Curso de Extensão: A Festa de Iemanjá e os trabalhos de
patrimônio, realizado no período de isolamento social, nos meses de julho
até setembro de 2021. O Curso teve duração de 40 horas-aula, realizado
em formato online, distribuídas em nove encontros que trataram dos
temas relacionados à patrimonialização, tendo como referência a matriz
de gestão museológica elaborada por Manuelina Maria Duarte Cândido
(2013): documentação, conservação-restauração, exposição e educação
para o patrimônio cultural.
O Curso de Extensão ministrado por Carolina Ruoso, Fernanda Cristina
de Oliveira e Silva de Oliveira e Jean dos Anjos, foi realizado pelo CENEX/
EBA/UFMG e contou com o apoio do Laboratório de Antropologia e Imagem
(LAI/UFC) e da Sociomuseologia Cátedra da Unesco “Educação, Cidadania
e Diversidade Cultural” de Lisboa. Realizamos uma chamada pública,
apresentando a proposta do curso aos interessados e como resposta
recebemos mais de 150 inscrições. Selecionamos aproximadamente 80
participantes, em sua maioria Povos de Terreiro, das cidades de Fortaleza e Belo Horizonte, prioritariamente, mas contamos com presença de pessoas de diferentes Estados brasileiros.
abordarão os rituais de escuta dos ancestrais e dos encantados e as criações contemporâneas de esculturas públicas e performances que debatem os temas étnicos-raciais, de gênero e de classe, a partir de uma perspectiva decolonial, ou ainda, contra-colonial.
Para acessar o artigo completo: http://www.museologia-portugal.net/apresentacao/sociomuseologia-leitura-critica-mundo
para comprar o livro: https://www.amazon.com/-/es/Judite-Primo/dp/B09P28F4TD
Résumé
Pour cet article, nous avons choisi de nous pencher sur l'expérience de voyage, datant de l'année 1961, de Lívio Xavier Júnior et Sérvulo Esmeraldo, lors d'un parcours de visite de différents musées européens en quête d'apprentissage d'un modèle moderne de musée. Cet article présente une partie des résultats d'une recherche qui a cherché à identifier les acteurs qui ont collaboré au long de cinquante années à la fabrication du programme du MAUC de l'Université fédérale du Ceará (UFC). Nous comprenons que la description et l'analyse des actions de ce musée d'art dans la ville de Fortaleza (État du Ceará au Brésil) reposent sur un travail de compréhension et d'explication des notions de collaboration et de pluralité pour la muséologie contemporaine.
Dos bastidores da organização do Patrimônio Cultural ao encontro dos autores desse artigo.
Nosso artigo apresenta os processos de Registro da Festa de Iemanjá como Patrimônio Imaterial em âmbito municipal nas cidades de Fortaleza e Belo Horizonte procurando discutir as implicações das chamadas referências culturais nas metodologias participativas a partir da noção de Autorregistro. Antes de nos desdobrarmos a respeito do tema central do artigo, entendemos que se faz necessário contarmos um pouco aos(as) leitores(as), como nos conhecemos, nós os autores desse artigo: Carolina Ruoso, Fernanda de Oliveira e Jean dos Anjos. Esse artigo foi elaborado por nós três: Carolina ficou responsável por apresentar uma reflexão do ponto de vista da sua experiência como trabalhadora da cultura, que atuou como gestora das políticas de patrimônio cultural no Ceará. Fernanda ficou responsável por apresentar a sua experiência e reflexões como antropóloga pertencente às afrorreligiões da Umbanda e do Candomblé na coordenação dos trabalhos para o Registro da Festa de Iemanjá como Patrimônio Imaterial em Belo Horizonte e, Jean dos Anjos, por apresentar a sua experiência e reflexões como antropólogo pertencente à religião afroameríndia, Umbanda, na coordenação dos trabalhos para o Registro da Festa de Iemanjá como Patrimônio Imaterial em Fortaleza.
São textos franceses e um original em português não publicado ainda no Brasil, selecionados por já estarem em uso em nossos cursos de Museologia ou poderem trazer discussões instigantes para esta formação a partir deste esforço de torná-los acessíveis aos estudantes brasileiros, por meio de um verdadeiro mutirão de traduções.
O livro resulta do encontro entre as organizadoras, os diversos autores e pesquisadores envolvidos no trabalho de tradução dos textos, mas também do reencontro e renovada parceria entre o Museu do Homem do Nordeste da Fundação Joaquim Nabuco e o Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás.
O livro está à venda na Editora Massangana, em Recife
Por meio de personagens como Sol Moufer e Juliana Capibaribe, artistas realizadoras do projeto, e da fotógrafa Maria Marítima, que tece conceitos ao colocar a cidade em exposição – suas casas, monumentos, pontes, mercados, pessoas nas calçadas, grafites, entre outros elementos recortados da paisagem urbana –, apresentamos e analisamos a performance que juntamente com outras iniciativas artísticas realizadas no bairro do Serviluz, periferia de Fortaleza, buscaram ressignificar este espaço e estabelecer novas relações e olhares com/para esta parte da cidade.
O presente artigo apresenta o contexto da pesquisa a respeito de museus de artista na América Latina e na África. Inicialmente apresentamos o que compreendemos por museu de artista e sua relação com a museologia e a história da arte. Para depois analisarmos o Minimuseu Firmeza como obra de arte a partir da trajetória dos artistas Nice e Estrigas, descrevendo o trabalho realizado por eles na cidade de Fortaleza em defesa dos artistas e da história da arte no Ceará. Apresentamos uma análise das ações desenvolvidas relacionando-as a musealização da arte: salvaguarda e comunicação. Realização de ateliês, rodas de conversa, pesquisa, produção de fontes documentais, realização de exposições e publicações sobre arte. Argumentamos que todo esse trabalho de memória em defesa das artes acontece a partir de um museu comunitário que promove a escrita de uma história da arte contra-hegemônica, insurgente, que parte da chamada periferia das artes.
Palavras-chave: Museu de artista. Minimuseu Firmeza. Nice. Estrigas.
MINIMUSEUM FIRMEZA: ART/LIFE IN DEFENSE OF AN ART HISTORY IN CEARÁ
ABSTRACT
This article presents the context of research on artists' museums in Latin America and Africa. Initially we present what we understand by museum of artist and its relationship with museology and the history of art. To then analyze the Firmeza Minimuseum as a work of art from the trajectory of the artists Nice and Estrigas, describing the work carried out by them in the city of Fortaleza in defense of artists and the history of art in Ceará. We present an analysis of the actions developed relating them to the musealization of art: safeguarding and communication. Conducting workshops, conversation wheels, research, production of documentary sources, conducting exhibitions and publications on art. We argue that all this work of memory in defense of the arts takes place from a community museum that promotes the writing of a history of counter-hegemonic art, insurgent, which starts from the so-called periphery of the arts.
Keywords: Artist museum. Minimuseu Firmeza. Nice. Estrigas.
MINIMUSEO FIRMEZA: ARTE/VIDA EN DEFENSA DE UNA HISTORIA DEL ARTE EN CEARÁ
RESUMEN
Este artículo presenta el contexto de la investigación sobre museos de artistas en América Latina y Africa. Inicialmente presentamos lo que entendemos por el museo del artista y su relación con la museología y la historia del arte. Luego analizar el Minimuseo Firmeza como una obra de arte de la trayectoria de los artistas Nice y Estrigas, describiendo el trabajo realizado por ellos en la ciudad de Fortaleza en defensa de artistas e historia del arte en Ceará. Presentamos un análisis de las acciones desarrolladas en relación con la musealización del arte: la salvaguarda y la comunicación. Realización de talleres, ruedas de conversación, investigación, producción de fuentes documentales, realización de exposiciones y publicaciones sobre arte. Sostenemos que toda esta obra de memoria en defensa de las artes tiene lugar desde un museo comunitario que promueve la escritura de una historia de arte contrahegemónico, insurgente, que parte de la llamada periferia de las artes
Palabras clave: Museo del artista. Minimuseo Firmeza. Nice. Estrigas.
dos acontecimentos em torno da proposta de criação de um Museu de Artistas
Vivos na França para então abordamos como, em meados do século XX, com o
nascimento da profissão de curador de exposições, os artistas passam a
questionar o papel do curador como mediador entre artistas e público. Com
essa apresentação histórica sobre a presença de tal debate nos mundos da
arte, pretendemos situar a perspectiva apresentada na curadoria da 33ª Bienal
de São Paulo ao longo dessa relação entre os artistas e as instituições culturais,
em especial os museus de arte. Uma vez que este artigo integra uma pesquisa
mais ampla a respeito de teorias e metodologias de curadoria de exposição,
aprofundaremos nossa reflexão a respeito das definições que circularam na
imprensa nacional e internacional a respeito do modelo proposto por Gabriel
Pérez-Barreiro. A reflexão foi feita a partir deste corpus documental. Não
foram abordados somente os textos da assessoria de comunicação, mas
também conteúdo elaborado para as redes sociais, textos de catálogos e o
material educativo produzidos pela equipe da 33ª Bienal de São Paulo, assim
como as reportagens, matérias de jornalismo cultural e textos de crítica de
arte que circularam nacional e internacionalmente sobre a exposição. Para
desenvolver essa análise temos como referência o pensamento de Howard
Becker, Jérôme Glicenstein, J. Pedro Lorente, entre outros autores.
Este artículo cuenta el relato del itinerario de viaje Livio Xavier Jr. en Madrid y París para realizar una estancia de formación en Museología. Livio era un empleado de la Universidad Federal de Ceará cuando ganó una beca del Instituto de Cultura Hispánica para realizar estudios que pudieran contribuir al proceso de fundación del Museo de Arte de dicha universidad: el MAUC. Durante su estancia en Europa, conoció al artista Sérvulo Esmeraldo en París, con quien desarrolló un itinerario de visitas técnicas por museos de Europa. A través de sus notas de viajes descubrimos cosas sobre los museos y, sobre todo, sobre los profesionales con quienes establecieron contactos y constituyeron un modelo para la formación profesional en este campo.
Abstract:
This paper tells the narrative of the travel by Lívio Xavier Júnior in Madrid and Paris to perform a formative journey in Museology. Lívio was an employee from Universidade Federal do Ceará when he qualified for a grant from the Instituto Hispânico de Cultura to perform studies that could conttribute to the process of the founding of the art museum on that same university, the MAUC. During that stay in Europe, he met the artist Sérvulo Esmeraldo in Paris with whom he developed a journey of technical visits in museums across Europe. By his travel journal we get to know the museums and more importantly the professionals with whom they established contact and built a process for the professional education in the field.
Palabras clave castellano: museos, formación, Brasil
Palabras clave inglés: museums, training, Brasil
http://www.aacadigital.com/contenido.php?idarticulo=1270
http://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/view/2607
O presente artigo busca investigar na obra do artista Antônio Bandeira os indícios da sua imaginação museal. Analisa o pintor e a sua participação no fazer-se do mundo das artes em Fortaleza, antes da criação do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará. E procura interpretar o significado de cadinho, este objeto-conceito, presente de maneira marcante na vida e na obra do artista. Na relação com a sua história familiar: a fundição do pai, o conhecimento do conceito de cadinho de raças entre os artistas ligados ao Bandeira, bem como críticos de arte e nos escritos autobiográficos de Bandeira. O artigo procura historicizar o conceito de cadinho de raças e sua repercussão no Brasil, como argumento que fundamentou a invenção de uma identidade nacional Brasileira, baseada na homogeneidade cultural. Procurando estabelecer semelhanças e diferenças entre a apropriação de Bandeira do
cadinho e o projeto da nação brasileira. Para apontar algumas possíveis definições para o que viria a ser o museu-cadinho de Antônio Bandeira.