Anais do(a) Anais do Colóquio Latino-americano sobre Insurgências Decoloniais, Psicologia e os Povos Tradicionais
O presente artigo compõe os resultados parciais da pesquisa realizados no Núcleo Takinahakỹ de Fo... more O presente artigo compõe os resultados parciais da pesquisa realizados no Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Neste trabalho, busca-se investigar e refletir acerca das experiências e enfrentamentos dos professores indígenas para a manutenção de uma educação intercultural, que valorize suas tradições, crenças e línguas, mesmo estando dentro de um espaço acadêmico ainda eurocêntrico e baseado nas bases epistemológicas ocidentais. Deste modo, a partir de suas histórias de resistência, propõe-se analisar como a constituição de um curso de formação de professores indígenas pode contribuir para a efetivação de uma educação escolar decolonial. Portanto, objetiva-se compreender como a licenciatura para indígenas dá oportunidade para a construção de novas bases epistemológicas para o ensino, sendo desta forma, um caminho importante para a decolonização do conhecimento e para a formação de professores. Para tanto, faz-se necessário dialogar com autores do “Grupo Modernidade/ Colonialidade” – Enrique Dussel (1993), Quijano (2005) e Catherine Walsh (2009) – que discutem a respeito da decolonialidade, interculturalidade, colonialidades do poder, ser e saber e críticas ao conhecimento eurocêntrico constituído nas academias. Para a efetivação desta pesquisa, será realizada uma análise documental a partir do Projeto PolíticoPedagógico da Licenciatura Intercultural e os programas de Temas Contextuais que compõem a ementa do curso. Com a abertura do espaço acadêmico para a formação de professores indígenas, o processo de construção do conhecimento pode considerar os saberes destes sujeitos, como também suas próprias resistências e suas próprias trajetórias para a ocupação deste ambiente da intelectualidade como é o ensino superior. Considera-se que trazer a história da resistência e fortalecimento da autonomia de povos indígenas no âmbito acadêmico é essencial para mobilizar representativamente diferentes dimensões de movimentos populares que reivindicam uma educação intercultural e diferenciada. Além do mais, pode ser o caminho para a possibilidade de uma efetivação da educação decolonial.
II Colóquio Latino-Americano sobre Insurgências Decoloniais, Psicologia e os Povos Tradicionais, 2023
O presente artigo compõe os resultados parciais da pesquisa realizados no Núcleo Takinahakỹ de
F... more O presente artigo compõe os resultados parciais da pesquisa realizados no Núcleo Takinahakỹ de
Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Neste trabalho, busca-se investigar e
refletir acerca das experiências e enfrentamentos dos professores indígenas para a manutenção de uma educação
intercultural, que valorize suas tradições, crenças e línguas, mesmo estando dentro de um espaço acadêmico
ainda eurocêntrico e baseado nas bases epistemológicas ocidentais. Deste modo, a partir de suas histórias de
resistência, propõe-se analisar como a constituição de um curso de formação de professores indígenas pode
contribuir para a efetivação de uma educação escolar decolonial. Portanto, objetiva-se compreender como a
licenciatura para indígenas dá oportunidade para a construção de novas bases epistemológicas para o ensino,
sendo desta forma, um caminho importante para a decolonização do conhecimento e para a formação de
professores. Para tanto, faz-se necessário dialogar com autores do “Grupo Modernidade/ Colonialidade” –
Enrique Dussel (1993), Quijano (2005) e Catherine Walsh (2009) – que discutem a respeito da decolonialidade,
interculturalidade, colonialidades do poder, ser e saber e críticas ao conhecimento eurocêntrico constituído nas
academias. Para a efetivação desta pesquisa, será realizada uma análise documental a partir do Projeto PolíticoPedagógico da Licenciatura Intercultural e os programas de Temas Contextuais que compõem a ementa do
curso. Com a abertura do espaço acadêmico para a formação de professores indígenas, o processo de construção
do conhecimento pode considerar os saberes destes sujeitos, como também suas próprias resistências e suas
próprias trajetórias para a ocupação deste ambiente da intelectualidade como é o ensino superior. Considera-se
que trazer a história da resistência e fortalecimento da autonomia de povos indígenas no âmbito acadêmico é
essencial para mobilizar representativamente diferentes dimensões de movimentos populares que reivindicam
uma educação intercultural e diferenciada. Além do mais, pode ser o caminho para a possibilidade de uma
efetivação da educação decolonial.
This article seeks to examine the potential impact of training indigenous teacher-researchers, pa... more This article seeks to examine the potential impact of training indigenous teacher-researchers, particularly in the context of the Takinahakỹ Nucleus for Indigenous Higher Education at the Federal University of Goiás, as a catalyst for the decolonizing research approaches. The work aims to deepen the understanding of how Intercultural Education not only questions the dominant structures in knowledge production, but also acts as a point of convergence for dialogue among different academic disciplines, offering new methodological opportunities for research with comprehensive, decolonized, and intercultural application. The proposed discussions aim to contribute to the reflection on how education systems, academic training and indigenous research can trigger the revision of conventional methodological practices, potentially inducing changes in research methods in predominant areas of knowledge. The degree in intercultural education and the training of indigenous researchers emerge as crucial elements in this process, paving the way for the coexistence of knowledge and the transformation of research methodologies into emancipatory and decolonized tools.
O presente artigo discute a importância da Revista "Articulando e Construindo Saberes",... more O presente artigo discute a importância da Revista "Articulando e Construindo Saberes", publicada pelo Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Goiás. A Revista proporciona espaço para estudantes e pesquisadores indígenas publicarem seus trabalhos e compartilharem suas perspectivas, conhecimentos e vivências. A publicação abrange diversas áreas do conhecimento, refletindo a riqueza e a pluralidade das culturas dos povos originários. A Revista desempenha importante papel na visibilidade dos saberes indígenas, combatendo estereótipos e promovendo diálogos interculturais. Além disso, estabelece pontes entre os conhecimentos tradicionais com o pensamento ocidental, enriquecendo ambas as perspectivas. O artigo também aborda o impacto do colonialismo e da modernidade nos grupos tradicionais e destaca a presença de professores e pesquisadores indígenas como uma forma de posicionamento e resistência epistêmica. A análise incluirá uma reflexão crít...
Anais do(a) Anais do Colóquio Latino-americano sobre Insurgências Decoloniais, Psicologia e os Povos Tradicionais
O presente artigo compõe os resultados parciais da pesquisa realizados no Núcleo Takinahakỹ de Fo... more O presente artigo compõe os resultados parciais da pesquisa realizados no Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Neste trabalho, busca-se investigar e refletir acerca das experiências e enfrentamentos dos professores indígenas para a manutenção de uma educação intercultural, que valorize suas tradições, crenças e línguas, mesmo estando dentro de um espaço acadêmico ainda eurocêntrico e baseado nas bases epistemológicas ocidentais. Deste modo, a partir de suas histórias de resistência, propõe-se analisar como a constituição de um curso de formação de professores indígenas pode contribuir para a efetivação de uma educação escolar decolonial. Portanto, objetiva-se compreender como a licenciatura para indígenas dá oportunidade para a construção de novas bases epistemológicas para o ensino, sendo desta forma, um caminho importante para a decolonização do conhecimento e para a formação de professores. Para tanto, faz-se necessário dialogar com autores do “Grupo Modernidade/ Colonialidade” – Enrique Dussel (1993), Quijano (2005) e Catherine Walsh (2009) – que discutem a respeito da decolonialidade, interculturalidade, colonialidades do poder, ser e saber e críticas ao conhecimento eurocêntrico constituído nas academias. Para a efetivação desta pesquisa, será realizada uma análise documental a partir do Projeto PolíticoPedagógico da Licenciatura Intercultural e os programas de Temas Contextuais que compõem a ementa do curso. Com a abertura do espaço acadêmico para a formação de professores indígenas, o processo de construção do conhecimento pode considerar os saberes destes sujeitos, como também suas próprias resistências e suas próprias trajetórias para a ocupação deste ambiente da intelectualidade como é o ensino superior. Considera-se que trazer a história da resistência e fortalecimento da autonomia de povos indígenas no âmbito acadêmico é essencial para mobilizar representativamente diferentes dimensões de movimentos populares que reivindicam uma educação intercultural e diferenciada. Além do mais, pode ser o caminho para a possibilidade de uma efetivação da educação decolonial.
II Colóquio Latino-Americano sobre Insurgências Decoloniais, Psicologia e os Povos Tradicionais, 2023
O presente artigo compõe os resultados parciais da pesquisa realizados no Núcleo Takinahakỹ de
F... more O presente artigo compõe os resultados parciais da pesquisa realizados no Núcleo Takinahakỹ de
Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Neste trabalho, busca-se investigar e
refletir acerca das experiências e enfrentamentos dos professores indígenas para a manutenção de uma educação
intercultural, que valorize suas tradições, crenças e línguas, mesmo estando dentro de um espaço acadêmico
ainda eurocêntrico e baseado nas bases epistemológicas ocidentais. Deste modo, a partir de suas histórias de
resistência, propõe-se analisar como a constituição de um curso de formação de professores indígenas pode
contribuir para a efetivação de uma educação escolar decolonial. Portanto, objetiva-se compreender como a
licenciatura para indígenas dá oportunidade para a construção de novas bases epistemológicas para o ensino,
sendo desta forma, um caminho importante para a decolonização do conhecimento e para a formação de
professores. Para tanto, faz-se necessário dialogar com autores do “Grupo Modernidade/ Colonialidade” –
Enrique Dussel (1993), Quijano (2005) e Catherine Walsh (2009) – que discutem a respeito da decolonialidade,
interculturalidade, colonialidades do poder, ser e saber e críticas ao conhecimento eurocêntrico constituído nas
academias. Para a efetivação desta pesquisa, será realizada uma análise documental a partir do Projeto PolíticoPedagógico da Licenciatura Intercultural e os programas de Temas Contextuais que compõem a ementa do
curso. Com a abertura do espaço acadêmico para a formação de professores indígenas, o processo de construção
do conhecimento pode considerar os saberes destes sujeitos, como também suas próprias resistências e suas
próprias trajetórias para a ocupação deste ambiente da intelectualidade como é o ensino superior. Considera-se
que trazer a história da resistência e fortalecimento da autonomia de povos indígenas no âmbito acadêmico é
essencial para mobilizar representativamente diferentes dimensões de movimentos populares que reivindicam
uma educação intercultural e diferenciada. Além do mais, pode ser o caminho para a possibilidade de uma
efetivação da educação decolonial.
This article seeks to examine the potential impact of training indigenous teacher-researchers, pa... more This article seeks to examine the potential impact of training indigenous teacher-researchers, particularly in the context of the Takinahakỹ Nucleus for Indigenous Higher Education at the Federal University of Goiás, as a catalyst for the decolonizing research approaches. The work aims to deepen the understanding of how Intercultural Education not only questions the dominant structures in knowledge production, but also acts as a point of convergence for dialogue among different academic disciplines, offering new methodological opportunities for research with comprehensive, decolonized, and intercultural application. The proposed discussions aim to contribute to the reflection on how education systems, academic training and indigenous research can trigger the revision of conventional methodological practices, potentially inducing changes in research methods in predominant areas of knowledge. The degree in intercultural education and the training of indigenous researchers emerge as crucial elements in this process, paving the way for the coexistence of knowledge and the transformation of research methodologies into emancipatory and decolonized tools.
O presente artigo discute a importância da Revista "Articulando e Construindo Saberes",... more O presente artigo discute a importância da Revista "Articulando e Construindo Saberes", publicada pelo Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Goiás. A Revista proporciona espaço para estudantes e pesquisadores indígenas publicarem seus trabalhos e compartilharem suas perspectivas, conhecimentos e vivências. A publicação abrange diversas áreas do conhecimento, refletindo a riqueza e a pluralidade das culturas dos povos originários. A Revista desempenha importante papel na visibilidade dos saberes indígenas, combatendo estereótipos e promovendo diálogos interculturais. Além disso, estabelece pontes entre os conhecimentos tradicionais com o pensamento ocidental, enriquecendo ambas as perspectivas. O artigo também aborda o impacto do colonialismo e da modernidade nos grupos tradicionais e destaca a presença de professores e pesquisadores indígenas como uma forma de posicionamento e resistência epistêmica. A análise incluirá uma reflexão crít...
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refletir acerca das experiências e enfrentamentos dos professores indígenas para a manutenção de uma educação
intercultural, que valorize suas tradições, crenças e línguas, mesmo estando dentro de um espaço acadêmico
ainda eurocêntrico e baseado nas bases epistemológicas ocidentais. Deste modo, a partir de suas histórias de
resistência, propõe-se analisar como a constituição de um curso de formação de professores indígenas pode
contribuir para a efetivação de uma educação escolar decolonial. Portanto, objetiva-se compreender como a
licenciatura para indígenas dá oportunidade para a construção de novas bases epistemológicas para o ensino,
sendo desta forma, um caminho importante para a decolonização do conhecimento e para a formação de
professores. Para tanto, faz-se necessário dialogar com autores do “Grupo Modernidade/ Colonialidade” –
Enrique Dussel (1993), Quijano (2005) e Catherine Walsh (2009) – que discutem a respeito da decolonialidade,
interculturalidade, colonialidades do poder, ser e saber e críticas ao conhecimento eurocêntrico constituído nas
academias. Para a efetivação desta pesquisa, será realizada uma análise documental a partir do Projeto PolíticoPedagógico da Licenciatura Intercultural e os programas de Temas Contextuais que compõem a ementa do
curso. Com a abertura do espaço acadêmico para a formação de professores indígenas, o processo de construção
do conhecimento pode considerar os saberes destes sujeitos, como também suas próprias resistências e suas
próprias trajetórias para a ocupação deste ambiente da intelectualidade como é o ensino superior. Considera-se
que trazer a história da resistência e fortalecimento da autonomia de povos indígenas no âmbito acadêmico é
essencial para mobilizar representativamente diferentes dimensões de movimentos populares que reivindicam
uma educação intercultural e diferenciada. Além do mais, pode ser o caminho para a possibilidade de uma
efetivação da educação decolonial.
Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Neste trabalho, busca-se investigar e
refletir acerca das experiências e enfrentamentos dos professores indígenas para a manutenção de uma educação
intercultural, que valorize suas tradições, crenças e línguas, mesmo estando dentro de um espaço acadêmico
ainda eurocêntrico e baseado nas bases epistemológicas ocidentais. Deste modo, a partir de suas histórias de
resistência, propõe-se analisar como a constituição de um curso de formação de professores indígenas pode
contribuir para a efetivação de uma educação escolar decolonial. Portanto, objetiva-se compreender como a
licenciatura para indígenas dá oportunidade para a construção de novas bases epistemológicas para o ensino,
sendo desta forma, um caminho importante para a decolonização do conhecimento e para a formação de
professores. Para tanto, faz-se necessário dialogar com autores do “Grupo Modernidade/ Colonialidade” –
Enrique Dussel (1993), Quijano (2005) e Catherine Walsh (2009) – que discutem a respeito da decolonialidade,
interculturalidade, colonialidades do poder, ser e saber e críticas ao conhecimento eurocêntrico constituído nas
academias. Para a efetivação desta pesquisa, será realizada uma análise documental a partir do Projeto PolíticoPedagógico da Licenciatura Intercultural e os programas de Temas Contextuais que compõem a ementa do
curso. Com a abertura do espaço acadêmico para a formação de professores indígenas, o processo de construção
do conhecimento pode considerar os saberes destes sujeitos, como também suas próprias resistências e suas
próprias trajetórias para a ocupação deste ambiente da intelectualidade como é o ensino superior. Considera-se
que trazer a história da resistência e fortalecimento da autonomia de povos indígenas no âmbito acadêmico é
essencial para mobilizar representativamente diferentes dimensões de movimentos populares que reivindicam
uma educação intercultural e diferenciada. Além do mais, pode ser o caminho para a possibilidade de uma
efetivação da educação decolonial.