In: Nádia Maria Weber Santos, Newton Pinto da Silva, Rodrigo Cássio Oliveira (Orgs.). Comunicação Pública no Brasil. Editora Fi , Porto Alegre (RS), 2019
A proposta deste texto é apresentar e discutir a experiência de construção de uma emissora de tel... more A proposta deste texto é apresentar e discutir a experiência de construção de uma emissora de televisão pública em Goiás, tendo como objeto de estudo específico a TV UFG, vinculada à Universidade Federal de Goiás (UFG). Na nossa abordagem, conciliamos o método da pesquisa documental com a análise de dados de pesquisa de opinião realizada no mês de outubro de 2018, a fim de produzir uma breve narrativa histórica da concepção e do desenvolvimento inicial da emissora, acompanhada de uma reflexão sobre os desafios apresentados a ela na atualidade.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
A partir daquele ano, numerosos projetos de inovação começaram a se apresentar com base nas possibilidades abertas pelo blockchain, indicando que as implicações dessa tecnologia para as formas de produção material e simbólica das sociedades modernas serão relevantes no longo prazo. Mas como toda inovação tecnológica em seus primeiros passos, o blockchain tanto provoca a nossa imaginação como suscita muitas dúvidas.
Não é raro que o seu potencial como tecnologia acabe sendo avaliado junto da volatilidade do próprio bitcoin. Quando começamos a idealizar este livro, em 2021, a moeda estava na sua máxima histórica, com uma impressionante valorização de 776.893% desde a sua criação. Entusiastas falavam com empolgação sobre a superação do mercado financeiro tradicional e anunciavam um novo renascimento cultural baseado na digitalização da economia. Obras de arte em NFT passaram a integrar grandes coleções, sendo negociadas no mesmo patamar de preço da arte convencional. Marcas líderes em diferentes setores começaram a explorar os tokens publicitários para o engajamento dos consumidores. Novas empresas organizaram-se como DAO, optando por um modelo de gestão societária articulado inteiramente por meio de blockchain.
No decorrer de 2022, porém, o bitcoin perdeu 75% do seu valor, acompanhando a deterioração da economia real. A crise refletiu as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia e uma guinada da inflação global, que há décadas não surpreendia os países desenvolvidos como vimos naquele ano. Embora o contexto tenha levado a um movimento de questionamento do dólar como moeda forte no mundo, o bitcoin não se sustentou como uma reserva de valor alternativa, e também perdeu força. Rapidamente, o entusiasmo do ano anterior deu lugar à visão pessimista dos que não veem um futuro brilhante para o blockchain. Os grandes prejuízos de quem havia apostado alto em criptoativos se tornaram notícias corriqueiras. O bitcoin havia morrido, mais uma vez - e o potencial da sua tecnologia de base parecia muito menor do que o previsto.
Enquanto trabalhávamos na finalização dessa obra, em abril de 2023, o preço do bitcoin havia subido novamente, e uma valorização de 80% o colocava no posto de investimento mais rentável do ano. Início de um novo ciclo de otimismo e entusiasmo? É cedo para saber. De todo modo, não precisamos realmente dessa resposta.
A volatilidade do preço do bitcoin não deveria ser confundida com o valor do blockchain, e nem mesmo ser tomada como o principal parâmetro para avaliar a tecnologia. Essa confusão rebate com frequência em embates ideológicos grandiloquentes, que colocam em perspectiva toda a economia, os hábitos e a configuração política das sociedades capitalistas. Talvez seja mais conveniente manter o espírito científico em alerta diante dos extremos de otimismo e pessimismo, e optar por investigar, com método e evidências, aquilo que as inovações em blockchain já ofereceram nos campos particulares de aplicação.
A prevalência de questões econômicas é inevitável, por se tratar de uma tecnologia surgida de dentro do mercado financeiro. No entanto, a diversidade de usos possíveis do blockchain é um dos fatores que fazem dele um objeto de estudo de notável interesse na atualidade. O objetivo deste livro é oferecer uma coletânea de investigações acadêmicas sobre blockchain no âmbito das pesquisas sobre comunicação e cultura digital. Quando elaboramos a chamada de trabalhos, sublinhamos que os autores deveriam se sentir livres para adotarem uma postura mais especulativa diante de seus temas específicos de análise.
Os textos reunidos são uma amostra do que tem ocupado a atenção dos pesquisadores, que representam um grupo ainda pequeno no Brasil, dada a raridade dos projetos que tematizam blockchain na nossa área. Destacam-se problemas de pesquisa sobre a natureza do blockchain e de seus produtos, sobre a realidade da propagação da tecnologia em diferentes lugares do mundo e sobre o potencial de validação de dados que pode fazer dela uma ferramenta relevante no combate à disseminação de mentiras em redes sociais digitais. Além dos textos acadêmicos, a edição conta com o ensaio fotográfico Futuro do pretérito, de Guilherme Ghisoni, artista convidado especialmente para compor o livro.
Acreditamos que, desse modo, o livro cobre uma parte ainda tímida de questões relacionadas aos usos de blockchain na comunicação. Provavelmente, nos próximos anos, as iniciativas de investigação devem se amplificar, seguindo de perto a renovação das ferramentas metodológicas e perspectivas teóricas da área. Nessa condição, esperamos ter oferecido uma contribuição significativa, ainda que incipiente, sobre como a pesquisa em comunicação vem compreendendo o blockchain em meados dos anos 2020. Fazemos votos de que os leitores desfrutem da leitura e se sintam estimulados pelas ideias e abordagens movimentadas na obra, e experimentem assim a mesma satisfação que tivemos ao organizá-la.
O livro foi organizado por Rodrigo Cássio Oliveira, Daniel Christino e Eliseu Vieira Jr. e contém trabalhos de pesquisadores de diferentes áreas e origens sobre temas de comunicação no contexto da pandemia de Covid-19.
Obra completa publicada pelo Cegraf-UFG. Produção do curso de Publicidade e Propaganda da UFG.
Assim, de modo amplo, o livro traz à tona questões relacionadas aos estudos de performance que implicam o cinema, o audiovisual, as mediações performáticas da cultura e as noções de mídia e tecnologia. De modo mais específico, os trabalhos se organizam em três blocos temáticos: Cinema, encenação e performances; Corpos plurais em performances mediadas pelo cinema e vídeo; e Performances, mídia e tecnologia.
Kitsch had an important role in aesthetic and communication theories of 20th century, and now requires an update approach. This work reviews some of these theories to analyze three videos published on the official channels of Havan and its owner Luciano Hang on YouTube. Our goal is to demonstrate the usefulness of kitsch to study the relationship between Havan's advertising and the political context in Brazil currently. Our conclusion shows that the brand positioning of Havan is in line with Jair Bolsonaro's political view. Kitsch works as a link between the corporate identity of Havan and the political identity of bolsonarism.
A partir daquele ano, numerosos projetos de inovação começaram a se apresentar com base nas possibilidades abertas pelo blockchain, indicando que as implicações dessa tecnologia para as formas de produção material e simbólica das sociedades modernas serão relevantes no longo prazo. Mas como toda inovação tecnológica em seus primeiros passos, o blockchain tanto provoca a nossa imaginação como suscita muitas dúvidas.
Não é raro que o seu potencial como tecnologia acabe sendo avaliado junto da volatilidade do próprio bitcoin. Quando começamos a idealizar este livro, em 2021, a moeda estava na sua máxima histórica, com uma impressionante valorização de 776.893% desde a sua criação. Entusiastas falavam com empolgação sobre a superação do mercado financeiro tradicional e anunciavam um novo renascimento cultural baseado na digitalização da economia. Obras de arte em NFT passaram a integrar grandes coleções, sendo negociadas no mesmo patamar de preço da arte convencional. Marcas líderes em diferentes setores começaram a explorar os tokens publicitários para o engajamento dos consumidores. Novas empresas organizaram-se como DAO, optando por um modelo de gestão societária articulado inteiramente por meio de blockchain.
No decorrer de 2022, porém, o bitcoin perdeu 75% do seu valor, acompanhando a deterioração da economia real. A crise refletiu as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia e uma guinada da inflação global, que há décadas não surpreendia os países desenvolvidos como vimos naquele ano. Embora o contexto tenha levado a um movimento de questionamento do dólar como moeda forte no mundo, o bitcoin não se sustentou como uma reserva de valor alternativa, e também perdeu força. Rapidamente, o entusiasmo do ano anterior deu lugar à visão pessimista dos que não veem um futuro brilhante para o blockchain. Os grandes prejuízos de quem havia apostado alto em criptoativos se tornaram notícias corriqueiras. O bitcoin havia morrido, mais uma vez - e o potencial da sua tecnologia de base parecia muito menor do que o previsto.
Enquanto trabalhávamos na finalização dessa obra, em abril de 2023, o preço do bitcoin havia subido novamente, e uma valorização de 80% o colocava no posto de investimento mais rentável do ano. Início de um novo ciclo de otimismo e entusiasmo? É cedo para saber. De todo modo, não precisamos realmente dessa resposta.
A volatilidade do preço do bitcoin não deveria ser confundida com o valor do blockchain, e nem mesmo ser tomada como o principal parâmetro para avaliar a tecnologia. Essa confusão rebate com frequência em embates ideológicos grandiloquentes, que colocam em perspectiva toda a economia, os hábitos e a configuração política das sociedades capitalistas. Talvez seja mais conveniente manter o espírito científico em alerta diante dos extremos de otimismo e pessimismo, e optar por investigar, com método e evidências, aquilo que as inovações em blockchain já ofereceram nos campos particulares de aplicação.
A prevalência de questões econômicas é inevitável, por se tratar de uma tecnologia surgida de dentro do mercado financeiro. No entanto, a diversidade de usos possíveis do blockchain é um dos fatores que fazem dele um objeto de estudo de notável interesse na atualidade. O objetivo deste livro é oferecer uma coletânea de investigações acadêmicas sobre blockchain no âmbito das pesquisas sobre comunicação e cultura digital. Quando elaboramos a chamada de trabalhos, sublinhamos que os autores deveriam se sentir livres para adotarem uma postura mais especulativa diante de seus temas específicos de análise.
Os textos reunidos são uma amostra do que tem ocupado a atenção dos pesquisadores, que representam um grupo ainda pequeno no Brasil, dada a raridade dos projetos que tematizam blockchain na nossa área. Destacam-se problemas de pesquisa sobre a natureza do blockchain e de seus produtos, sobre a realidade da propagação da tecnologia em diferentes lugares do mundo e sobre o potencial de validação de dados que pode fazer dela uma ferramenta relevante no combate à disseminação de mentiras em redes sociais digitais. Além dos textos acadêmicos, a edição conta com o ensaio fotográfico Futuro do pretérito, de Guilherme Ghisoni, artista convidado especialmente para compor o livro.
Acreditamos que, desse modo, o livro cobre uma parte ainda tímida de questões relacionadas aos usos de blockchain na comunicação. Provavelmente, nos próximos anos, as iniciativas de investigação devem se amplificar, seguindo de perto a renovação das ferramentas metodológicas e perspectivas teóricas da área. Nessa condição, esperamos ter oferecido uma contribuição significativa, ainda que incipiente, sobre como a pesquisa em comunicação vem compreendendo o blockchain em meados dos anos 2020. Fazemos votos de que os leitores desfrutem da leitura e se sintam estimulados pelas ideias e abordagens movimentadas na obra, e experimentem assim a mesma satisfação que tivemos ao organizá-la.
O livro foi organizado por Rodrigo Cássio Oliveira, Daniel Christino e Eliseu Vieira Jr. e contém trabalhos de pesquisadores de diferentes áreas e origens sobre temas de comunicação no contexto da pandemia de Covid-19.
Obra completa publicada pelo Cegraf-UFG. Produção do curso de Publicidade e Propaganda da UFG.
Assim, de modo amplo, o livro traz à tona questões relacionadas aos estudos de performance que implicam o cinema, o audiovisual, as mediações performáticas da cultura e as noções de mídia e tecnologia. De modo mais específico, os trabalhos se organizam em três blocos temáticos: Cinema, encenação e performances; Corpos plurais em performances mediadas pelo cinema e vídeo; e Performances, mídia e tecnologia.
Kitsch had an important role in aesthetic and communication theories of 20th century, and now requires an update approach. This work reviews some of these theories to analyze three videos published on the official channels of Havan and its owner Luciano Hang on YouTube. Our goal is to demonstrate the usefulness of kitsch to study the relationship between Havan's advertising and the political context in Brazil currently. Our conclusion shows that the brand positioning of Havan is in line with Jair Bolsonaro's political view. Kitsch works as a link between the corporate identity of Havan and the political identity of bolsonarism.
Esse texto procura responder a essa pergunta a partir da prática de pesquisa no Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Performances Culturais da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Português: Este trabalho analisa a videoinstalação Ilusión Urbana, de Eduardo Pla, realizada em 1997 e apresentada no Museo Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires. Ilusión Urbana é um exemplar do período digital na carreira do artista argentino, que se estendeu entre os anos de 1983 e 2001. Esse é justamente o momento em que Pla consolidou as suas pesquisas precursoras sobre a relação entre arte e tecnologia, incorporando ao seu trabalho novos suportes e técnicas que viriam a caracterizar a arte tecnológica nas décadas seguintes. Na obra que analisamos destacam-se questões relativas à diferença entre realidade e virtualidade, posicionando Pla em discussões teóricas proeminentes no final do século XX, e que hoje podem ser vistas como matrizes da problematização contemporânea no campo da comunicação e das novas tecnologias. Ilusión Urbana consiste em uma instalação concebida para 32 monitores de vídeo que, montados em formato retangular à altura do chão, compuseram uma tela na qual se imbricam a água, o corpo humano e a televisão. Esse conjunto de elementos simbolizados na instalação permite que os conceitos de realidade e virtualidade sejam relacionados em uma reflexão interessada pelos aspectos formais que produzem a experiência estética com a obra.
Abstract: Through an analysis of Mad Men's first season, the goal of this essay is to demonstrate how some of the fundamental principles of classical narrative are refined and even contradicted by this TV series due to its ingenious narrative complexity, as defined by Jason Mittel. Our analysis of Mad Men's first season follows three lines of investigation exemplifying its narratively complex plot construction: the issue of the protagonist's identity, the false turning points and the relationship between long and short plots following the model of a dramatic spiral.
[Artigo publicado no blog Estado da Arte do jornal Estadão em 28 de abril de 2017]
Procederemo con un’analisi delle opere in NFT commercializzate sul marketplace SuperRare, impiegando gli hashtag #baroque e #neobaroque come parole-chiave della ricerca. L’obiettivo è quello di spiegare come funzionano i riferimenti al barocco storico nel messaggio che queste opere trasmettono. Lungo l’analisi, useremo il concetto di parodia di Linda Hutcheon e la sua prospettiva secondo la quale le parodie contemporanee sono elaborate partendo da una poetica postmoderna che approfondisce l’auto-riflessività del modernismo (HUTCHEON, 1985, 1988).