Diego Zilio graduated in Psychology from State University of São Paulo (UNESP) at Bauru. He has a Master's degree in Philosophy of Mind, Epistemology and Logic, from State University of São Paulo (UNESP) at Marília, and a Doctoral degree (Ph.D) in Experimental Psychology from University of São Paulo (USP) at São Paulo. He has published in Brazilian and international Journals. His book, called "The behavioral nature of mind: radical behaviorism and philosophy of mind" was published by Cultura Acadêmica Ed. (Unesp) in 2010. In 2012 he was a visiting scholar at Georgia Institute of Technology, in Atlanta, Georgia. He was a postdoctoral research fellow in the Postgraduate Program in Developmental and Learning Psychology at the State University of São Paulo, Bauru - SP, from 2013 to 2015. Currently, he is Associate Professor at the Federal University of Espírito Santo - Department of Social and Developmental Psychology. Research areas: behavior analysis, neuroscience, cognitive science, philosophy of mind, epistemology, history of psychology, and behaviorism.
less
InterestsView All (23)
Uploads
Anteriormente, Skinner ja havia afirmado que a Ciência não era uma declaração da verdade: ela nada mais é do que o comportamento verbal dos cientistas. O que Skinner propõe é uma análise científica do comportamento verbal, inclusive do próprio cientista, para que possamos entender o avanço do conheicmento científico.
Behaviorismos é uma obra brilhantemente organizada por Diego Zilio e Kester Carrara, que cumpre exatament essas funções. Em um tempo, nos dá plena consciência de qual é a nossa base, ou seja, sobre quais ombros nosso conhecimento atual sobre o comportamento científico repousa e faz-nos conhecer as raízes deste conhecimento. Em outro tempo, Behaviorismos apresenta uma análise muito mais do que histórica ou filosófica de toda a trajetória e vida dos gigantes-autores que nos permitiram olhar o horizonte mais ao longe e além. Destaca ainda as grandes contribuições e pinça as declarações verbais mais importantes desses autores primordiais. Projeta, a partir do crescimento do conhecimento construído até então, melhores direções e melhores focos para onde movimentarmos e inquietarmos nosso olhar. Para essa tarefa, os organizadores reuniram uma plêiade de autores experts em outros autores, que fazem-nos olhar para as bases e argumentam o quanto estão fincadas numa terra firme. à qual alguns denominaram um dia de Ciência Natural, e dentro dela um território que nos é tão caro chamado por muitos de Psicologia. Analisam, destrincham e interpretam com uma nova e surpreendente metabase aquilo que já foi projetado como cânone de interpretação do comportamento humano - neste caso especial, o comportamento verbal daqueles cientistas que construíram os behaviorismos.
--------
Prefácio.......Roberto Banaco
Apresentação.......Diego Zilio & Kester Carrara
Capítulo 1 - O essencial em B. F. Skinner (1904-1990).......Kester Carrara
Capítulo 2 - I. M. Sechenov (1829-1905) e os reflexos do cérebro.......Isaias Pessotti
Capítulo 3 - I. P. Pavlov (1849-1936): Do reflexo salivar às atividades nervosas superiores.......Diego Zilio
Capítulo 4 - J. Loeb (1859-1924): O comportamento dos organismos na pré-história do behaviorismo.......Alexandre Dittrich
Capítulo 5 - E. L. Thorndike (1874-1949): Revolução e contrarrevolução.......José Antônio Damásio Abib
Capítulo 6 - O behaviorismo clássico de John B. Watson (1878-1958).......Bruno Angelo Strapasson
Capítulo 7 - A. P. Weiss (1879-1931): A theoretical basis of human behavior.......Robert H. Wozniak
Capítulo 8 - G. H. Mead (1863-1931): Um autor, diversas possibilidades.......Renato Ferreira de Souza & Maria do Carmo Guedes
Capítulo 9 - E. R. Guthrie (1886-1959): A behaviorism for everyone.......John Malone
Capítulo 10 - The neobehaviorism of K. W. Spence (1907-1967).......Jay Moore
Capítulo 11 - La psicologia interconductual de J. R. Kantor (1888-1984).......Emilio Ribes Iñesta & Ricardo Pérez-Almonacid
as categorias de pesquisa sobre violência, as suas dimensões
temáticas de estudo e as principais categorias comportamentais a ela associadas. Argumentamos que não há uma definição consensual de violência na literatura analítico-comportamental. O uso do termo parece estar associado (a) a topografias específicas de resposta ou aos efeitos (não função) produzidos por ela, (b) à agressão, (c) à coerção, (d) à
função de fuga do comportar-se violento, (e) ao seu papel
como condição antecedente aversiva que desencadeia respostas de fuga e esquiva, e, especialmente em análises culturais,
(f) a uma condição macrossocial que desencadeia práticas
culturais diversas e não necessariamente ao comportamento de um agente específico. Encerramos com uma reflexão
sobre os desdobramentos da adoção das diferentes características encontradas na definição da violência
O que nos torna analistas do comportamento? Argumentarei neste ensaio que o elemento definidor da área não está em suas dimensões experimental e aplicada, mas sim nas preconcepções teóricas que compõem a filosofia “behaviorismo radical”. Definir exatamente quais preconcepções seriam essas é assunto aberto a debate, mas o selecionismo e o anti-mentalismo são possíveis exemplos. O ponto importante é que, nesse contexto, o behaviorismo radical deixa de ser apenas uma dimensão da tríade equilátera da análise do comportamento (behaviorismo radical, análise aplicada do comportamento e análise experimental do comportamento) para se tornar o próprio campo em que as outras dimensões da área se integram em um todo coerente. Para fundamentar essa tese, explorarei diversos usos possíveis do termo “teoria”. Da multiplicidade de significados segue-se que a teoria é onipresente na prática analítico-comportamental. Duas consequências dessa constatação serão avaliadas. Em primeiro lugar, discorrerei sobre a importância dos produtos do teorizar (as teorias) no controle do comportamento dos analistas do comportamento. Em segundo lugar, abordarei a importância da análise teórica do comportamento (ATC), cujo objeto de estudo é justamente os elementos teóricos definidores da área. Ser um analista do comportamento é estar sob controle desses elementos.
ABSTRACT Behavioral analysis of social and cultural processes are not new in our field, since those were an important aspect of Skinner early interests, and a substantial part of his later works. However, the last three decades gave rise to new approaches to social and cultural processes, and this body of knowledge has been growing through theoretical, experimental and quasi-experimental research over the years. Although the eld produced important innovations, one question remains particularly di cult to answer: the very de nition of culture. Skinner made some observations on this subject, and more recently other researchers tried to discuss the matter and provide solutions, but di erent uses for the same word or the use of di erent words meaning the same thing poses a challenge to conceptual cla- rity. By means of a conceptual analysis of the works of Skinner, we aim to give a systematic position of Skinner’s uses of the term “culture”. We found two main possibilities: 1) the use of the term culture as another way to say “a set of contingencies”; 2) the use of the term culture as another way to say “a set of cultural practices”. We discuss the theoretical implications of these possibilities, and ultimately argue, with further clari cations, for the de nition of culture as “a set of social contingencies”. In doing so, we hope to provide a possible and coherent radical behaviorist de nition of culture, which might serve as a guiding concept for further research in Behavioral Analysis of Culture.
Keywords: culture; radical behaviorism; behavior analysis of culture; conceptual research.
English:
Selectionism, metaphors and cultural practices: Would there be a third kind of selection at the cultural level?
This paper is a reflection on the idea according to which there is a kind of selection dedicated to cultural practices. I will argue that this proposal was based upon a metaphorical extension of natural selection to the cultural dimension. Next, I will present the inconsistencies in Skinner’s works resulting from this strategy as well as the problems of explanatory models based on analogies and metaphors. Finally, I will consider an alternative approach to the selection of cultural practices in which the contingency remains the central unit of analysis, and that does not rely on metaphors and analogies or on a third kind of selection. Consequences of adopting such approach will be explored.
Anteriormente, Skinner ja havia afirmado que a Ciência não era uma declaração da verdade: ela nada mais é do que o comportamento verbal dos cientistas. O que Skinner propõe é uma análise científica do comportamento verbal, inclusive do próprio cientista, para que possamos entender o avanço do conheicmento científico.
Behaviorismos é uma obra brilhantemente organizada por Diego Zilio e Kester Carrara, que cumpre exatament essas funções. Em um tempo, nos dá plena consciência de qual é a nossa base, ou seja, sobre quais ombros nosso conhecimento atual sobre o comportamento científico repousa e faz-nos conhecer as raízes deste conhecimento. Em outro tempo, Behaviorismos apresenta uma análise muito mais do que histórica ou filosófica de toda a trajetória e vida dos gigantes-autores que nos permitiram olhar o horizonte mais ao longe e além. Destaca ainda as grandes contribuições e pinça as declarações verbais mais importantes desses autores primordiais. Projeta, a partir do crescimento do conhecimento construído até então, melhores direções e melhores focos para onde movimentarmos e inquietarmos nosso olhar. Para essa tarefa, os organizadores reuniram uma plêiade de autores experts em outros autores, que fazem-nos olhar para as bases e argumentam o quanto estão fincadas numa terra firme. à qual alguns denominaram um dia de Ciência Natural, e dentro dela um território que nos é tão caro chamado por muitos de Psicologia. Analisam, destrincham e interpretam com uma nova e surpreendente metabase aquilo que já foi projetado como cânone de interpretação do comportamento humano - neste caso especial, o comportamento verbal daqueles cientistas que construíram os behaviorismos.
--------
Prefácio.......Roberto Banaco
Apresentação.......Diego Zilio & Kester Carrara
Capítulo 1 - O essencial em B. F. Skinner (1904-1990).......Kester Carrara
Capítulo 2 - I. M. Sechenov (1829-1905) e os reflexos do cérebro.......Isaias Pessotti
Capítulo 3 - I. P. Pavlov (1849-1936): Do reflexo salivar às atividades nervosas superiores.......Diego Zilio
Capítulo 4 - J. Loeb (1859-1924): O comportamento dos organismos na pré-história do behaviorismo.......Alexandre Dittrich
Capítulo 5 - E. L. Thorndike (1874-1949): Revolução e contrarrevolução.......José Antônio Damásio Abib
Capítulo 6 - O behaviorismo clássico de John B. Watson (1878-1958).......Bruno Angelo Strapasson
Capítulo 7 - A. P. Weiss (1879-1931): A theoretical basis of human behavior.......Robert H. Wozniak
Capítulo 8 - G. H. Mead (1863-1931): Um autor, diversas possibilidades.......Renato Ferreira de Souza & Maria do Carmo Guedes
Capítulo 9 - E. R. Guthrie (1886-1959): A behaviorism for everyone.......John Malone
Capítulo 10 - The neobehaviorism of K. W. Spence (1907-1967).......Jay Moore
Capítulo 11 - La psicologia interconductual de J. R. Kantor (1888-1984).......Emilio Ribes Iñesta & Ricardo Pérez-Almonacid
as categorias de pesquisa sobre violência, as suas dimensões
temáticas de estudo e as principais categorias comportamentais a ela associadas. Argumentamos que não há uma definição consensual de violência na literatura analítico-comportamental. O uso do termo parece estar associado (a) a topografias específicas de resposta ou aos efeitos (não função) produzidos por ela, (b) à agressão, (c) à coerção, (d) à
função de fuga do comportar-se violento, (e) ao seu papel
como condição antecedente aversiva que desencadeia respostas de fuga e esquiva, e, especialmente em análises culturais,
(f) a uma condição macrossocial que desencadeia práticas
culturais diversas e não necessariamente ao comportamento de um agente específico. Encerramos com uma reflexão
sobre os desdobramentos da adoção das diferentes características encontradas na definição da violência
O que nos torna analistas do comportamento? Argumentarei neste ensaio que o elemento definidor da área não está em suas dimensões experimental e aplicada, mas sim nas preconcepções teóricas que compõem a filosofia “behaviorismo radical”. Definir exatamente quais preconcepções seriam essas é assunto aberto a debate, mas o selecionismo e o anti-mentalismo são possíveis exemplos. O ponto importante é que, nesse contexto, o behaviorismo radical deixa de ser apenas uma dimensão da tríade equilátera da análise do comportamento (behaviorismo radical, análise aplicada do comportamento e análise experimental do comportamento) para se tornar o próprio campo em que as outras dimensões da área se integram em um todo coerente. Para fundamentar essa tese, explorarei diversos usos possíveis do termo “teoria”. Da multiplicidade de significados segue-se que a teoria é onipresente na prática analítico-comportamental. Duas consequências dessa constatação serão avaliadas. Em primeiro lugar, discorrerei sobre a importância dos produtos do teorizar (as teorias) no controle do comportamento dos analistas do comportamento. Em segundo lugar, abordarei a importância da análise teórica do comportamento (ATC), cujo objeto de estudo é justamente os elementos teóricos definidores da área. Ser um analista do comportamento é estar sob controle desses elementos.
ABSTRACT Behavioral analysis of social and cultural processes are not new in our field, since those were an important aspect of Skinner early interests, and a substantial part of his later works. However, the last three decades gave rise to new approaches to social and cultural processes, and this body of knowledge has been growing through theoretical, experimental and quasi-experimental research over the years. Although the eld produced important innovations, one question remains particularly di cult to answer: the very de nition of culture. Skinner made some observations on this subject, and more recently other researchers tried to discuss the matter and provide solutions, but di erent uses for the same word or the use of di erent words meaning the same thing poses a challenge to conceptual cla- rity. By means of a conceptual analysis of the works of Skinner, we aim to give a systematic position of Skinner’s uses of the term “culture”. We found two main possibilities: 1) the use of the term culture as another way to say “a set of contingencies”; 2) the use of the term culture as another way to say “a set of cultural practices”. We discuss the theoretical implications of these possibilities, and ultimately argue, with further clari cations, for the de nition of culture as “a set of social contingencies”. In doing so, we hope to provide a possible and coherent radical behaviorist de nition of culture, which might serve as a guiding concept for further research in Behavioral Analysis of Culture.
Keywords: culture; radical behaviorism; behavior analysis of culture; conceptual research.
English:
Selectionism, metaphors and cultural practices: Would there be a third kind of selection at the cultural level?
This paper is a reflection on the idea according to which there is a kind of selection dedicated to cultural practices. I will argue that this proposal was based upon a metaphorical extension of natural selection to the cultural dimension. Next, I will present the inconsistencies in Skinner’s works resulting from this strategy as well as the problems of explanatory models based on analogies and metaphors. Finally, I will consider an alternative approach to the selection of cultural practices in which the contingency remains the central unit of analysis, and that does not rely on metaphors and analogies or on a third kind of selection. Consequences of adopting such approach will be explored.
O objetivo deste artigo é avaliar o caráter de inovação e o alcance explicativo do conceito de metacontingência como instrumento de análise da cultura, quando comparado à contingência de três termos. São levados em consideração conceitos associados, como os de contingências entrelaçadas, produto agregado e sistema receptor, para um cotejamento de funcionalidade quando em comparação com a clássica contingência de três termos. Conclui-se que, apesar da contribuição relevante estruturada por Glenn e colaboradores, o " sistema de metacontingências " equivale a um rearranjo conceitual dos princípios presentes na proposição skinneriana de análise comportamental da cultura, que também pode ser viabilizada mediante o uso do conceito de contingência, se criteriosamente descritas as condições de cada elemento envolvido nas práticas culturais e seu entorno.
ABSTRACT
Our goal in this paper is to discuss the novelty character and explanatory range of metacontingency in relation to the three-term contingency. Auxiliary concepts, as interlocking behavioral contingencies, aggregate product and receiving system, were also taken into account in evaluating metacontingency's functionality in comparison with the three-term contingency. We conclude that, besides Glenn's and her collaborators relevant contribution to the field, the " metacontingency system " is nothing more than a conceptual rearrangement of the principles present in Skinner's proposal for the analysis of culture, which can be fashioned solely through the concept of contingency when the conditions of the elements involved in cultural practices are carefully described.
Palavras-chave: Causalidade mental. Fisicalismo não-redutivo. Irrealismo da mente. Behaviorismo Radical. Skinner.
Abstract: Physicalism asserts that to exist is to make a difference or to have causal powers in the physical world. In order to exist, or to be part of the physical world, mind must have causal powers. The goal of this essay is to discuss the relation between mental causation, non-reductive physicalism and Kim's (2005) functional reductionism. I will argue that, by depriving mind from having causal powers (for being an epiphenomenon or for being reducible to neurophysiological processes), irrealism about the mental is an inevitable consequence of both non-reductive physicalism and functional reductionism. In light of such results, I propose an alternative based upon radical behaviorism's philosophy of mind. Such proposal denies the existence of both immaterial and cognitive minds in favor of a behavioral analysis of psychological phenomena. This feature makes radical behaviorism immune to the problems of non-reductive physicalism that only makes sense in the context of mind-body relations. For exactly for this reason, I conclude that radical behaviorism can be seen as a reasonable example of non-reductive physicalism, which rule out the possibility of reducing behavioral phenomena (usually seen as " mental " phenomena) to neurophysiological processes.
Through the analysis, we developed a classificationof Skinner’s arguments in the following categories: (a) the definition of behavior; (b) the conception of explanation; (c) the constructionof scientific concepts; and (d) practical matters.The second objective of this presentation is to evaluate Skinner’s arguments taking into account the advances of contemporary neuroscience. The physiology criticized by Skinner in the thirties, and even in the late eighties, suffered incredible advances. Therefore, itis important to discuss the pertinence of Skinner’s arguments in the context of contemporary neuroscience.