Kleiton Wagner Alves da Silva Nogueira
UFCG - Universidade Federal de Campina Grande, Departamento de Ciências Sociais, Postgraduate studies
Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Campina Grande (PPGCS/UFCG) na linha de pesquisa: Desenvolvimento, Ruralidades e Políticas Públicas; Mestre em Ciências Sociais pelo PPGCS/UFCG (2020); Licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Educação Paulistana - FAEP (2021); Bacharel em Administração pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB (2017); Licenciado em Geografia pela UFCG (2013). Integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa Sobre Estado e Luta de Classes na América Latina (PRÁXIS) e do Grupo de Pesquisa em Geografia para Promoção da Saúde (PRÓ-SAÚDE GEO) . Apresenta experiência em pesquisas relacionadas às seguintes temáticas: Geografia da Saúde; Administração, Política da Saúde, territorialidade e políticas públicas de saúde; Gerencialismo na Atenção Básica à Saúde e financiamento do Sistema Único de Saúde Brasileiro.
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Bolsonaro frente à crise sanitária da Covid-19 é resultado de uma estratégia
planejada a partir da junção de sabotagens às medidas profiláticas de contenção da
disseminação viral, e utilização do negacionismo científico como prática
governamental com a finalidade de atender aos interesses capitalistas na
manutenção da produção e circulação de mercadorias, e consequente exploração e
opressão das classes trabalhadoras. Como hipótese de trabalho argumentamos que
essa lógica de ação do governo Bolsonaro está inserida no marco da crise do
regime democrático-liberal brasileiro, firmado entre as classes dominantes a partir da
Constituição Federal de 1988 numa transição lenta, gradual e negociada após os
mais de vinte anos de ditadura empresarial-militar. Esse processo engendrou a
manutenção sempre difícil de uma pretensa democracia liberal num país de
formação econômico-social dependente, que diante dos períodos de crise orgânica,
exige medidas e ações autocráticas das classes dominantes via o Estado brasileiro
para a manutenção da sociabilidade capitalista, sendo o governo Bolsonaro e a sua
gestão da crise sanitária da Covid-19 frutos dessa mediação diante dos interesses
das frações de classe da burguesia brasileira e o Estado. Com isso, objetivamos em
nossa tese analisar a gestão da crise sanitária realizada pelo governo Bolsonaro no
período de 2019 a 2022 no tocante ao enfrentamento da pandemia da Covid-19 no
Brasil. Para isso, nos aportamos metodologicamente na dialética marxiana mediante
aproximações sucessivas ao objeto de investigação, do qual construímos um corpus
através do levantamento bibliográfico em teses; dissertações, livros e artigos
acadêmicos; seleção de lives realizadas pelo Ex-presidente Bolsonaro e integrantes
do seu governo; matérias jornalísticas; dados epidemiológicos e documentos sobre a
gestão que nos permitiram compreender a conjuntura brasileira entre os anos de
2019 a 2022. Com a construção desse corpus, realizamos uma triangulação de
técnicas de análise que compreendeu: a) diálogo crítico com a literatura; b) análise
documental; e c) análise de conteúdo. Os resultados de nossa investigação se
subdividem em três partes conectadas organicamente: na primeira parte
apresentamos os elementos teórico-metodológicos de nossa investigação chamando
atenção para a reflexão em torno do modo de produção capitalista e a
potencialização de doenças de âmbito pandêmico; na segunda empreendemos um
itinerário reflexivo sobre a relação entre modo de produção capitalista; saúde e
formação econômico-social brasileira; na terceira traçamos elementos para a
caracterização do governo Bolsonaro e desvelamos mediante a análise
empreendida aspectos principais da gestão da crise sanitária realizada pelo
governo: sabotagem dos mecanismos de gestão do SUS; uso do negacionismo
científico como prática governamental; atendimento aos interesses das frações da
burguesia brasileira em detrimento dos trabalhadores; atraso na aquisição de
imunizantes e ausência de testes massivos; atuação da gestão federal no colapso
do sistema de saúde manauense, e criação de conflitos interinstitucionais com o
judiciário; governadores e prefeitos não alinhados ao bolsonarismo.
39: El concepto de “formación económico-social dos Cuadernos de Pasado y Presente.
Metodologicamente realizamos a leitura crítica deste caderno, selecionando as argumentações
dos autores, além de acessarmos obras de apoio sobre as categorias de Modo de Produção e Formação Econômico-Social. Nossos resultados indicaram que estas categorias devem ser lidas como um par categorial de modo relacional para seu efetivo uso no entendimento das especificidades latino-americanas.
etodologicamente realizamos o levantamento bibliográfico, de notas, notícias e posições oficiais desses aparelhos para a análise textual e documental desse corpus empírico. Destaca-se da pesquisa que a atuação desses aparelhos fomentou o negacionismo bolsonarista na pandemia mediante a aparência de cientificidade da autonomia médica, implicando assim na construção de um consenso na sociedade
relacionado ao uso de medicamentos sem comprovação científica para a Covid19.
meningocócica que ocorreu nos anos iniciais da década de 1970 no sudeste do país, em plena ditadura empresarial militar, e a experiência da crise sanitária da Covid-19 com o governo Bolsonaro. Metodologicamente realizamos um levantamento bibliográfico com a história da saúde, política de saúde e história política mediante levantamento de material bibliográfico em sites como Scielo e Google Scholar. Nossos resultados indicam que em ambas experiências a manipulação de informações e posse sobre o aparato estatal, e a censura de informações foram elementos centrais dessas gestões.
trabalho refletir à luz da teoria social crítica e da contribuição de Ruy
Mauro Marini com autores das Ciências Sociais, alguns elementos
constitutivos das expressões da questão social no capitalismo
dependente inscrito no contexto latino-americano, com foco na
materialidade brasileira. Metodologicamente realizamos o levantamento
bibliográfico sobre o tema, de modo a dialogarmos com autores que
pensam criticamente a relação entre dependência e expressões da
questão social, no marco latino-americano, e especialmente no brasileiro.
Da pesquisa destaca-se que tais expressões da questão social em
formações como a brasileira se aprofundam com a dependência,
materializada, por exemplo, na superexploração da força de trabalho;
financeirização das políticas sociais e na submissão do fundo público aos
interesses capitalistas dependentes e associados, imprimindo uma
permanente iniquidade na estrutura social brasileira.
Palavras-chave: Questão Social. Teoria Marxista da Dependência.
Iniquidade Social. Serviço Social. Política Social.
materialização da política social no Brasil. Embasamo-nos nas leituras de Rui Mauro Marini e Florestan Fernandes quanto ao entendimento da formação econômico-social brasileira. Em nossos resultados, destacamos que a condição dependente, com presença da autocracia burguesa, imprime a manutenção da superexploração da força de trabalho e o aviltamento das políticas sociais em detrimento da acumulação capitalista.
Bolsonaro frente à crise sanitária da Covid-19 é resultado de uma estratégia
planejada a partir da junção de sabotagens às medidas profiláticas de contenção da
disseminação viral, e utilização do negacionismo científico como prática
governamental com a finalidade de atender aos interesses capitalistas na
manutenção da produção e circulação de mercadorias, e consequente exploração e
opressão das classes trabalhadoras. Como hipótese de trabalho argumentamos que
essa lógica de ação do governo Bolsonaro está inserida no marco da crise do
regime democrático-liberal brasileiro, firmado entre as classes dominantes a partir da
Constituição Federal de 1988 numa transição lenta, gradual e negociada após os
mais de vinte anos de ditadura empresarial-militar. Esse processo engendrou a
manutenção sempre difícil de uma pretensa democracia liberal num país de
formação econômico-social dependente, que diante dos períodos de crise orgânica,
exige medidas e ações autocráticas das classes dominantes via o Estado brasileiro
para a manutenção da sociabilidade capitalista, sendo o governo Bolsonaro e a sua
gestão da crise sanitária da Covid-19 frutos dessa mediação diante dos interesses
das frações de classe da burguesia brasileira e o Estado. Com isso, objetivamos em
nossa tese analisar a gestão da crise sanitária realizada pelo governo Bolsonaro no
período de 2019 a 2022 no tocante ao enfrentamento da pandemia da Covid-19 no
Brasil. Para isso, nos aportamos metodologicamente na dialética marxiana mediante
aproximações sucessivas ao objeto de investigação, do qual construímos um corpus
através do levantamento bibliográfico em teses; dissertações, livros e artigos
acadêmicos; seleção de lives realizadas pelo Ex-presidente Bolsonaro e integrantes
do seu governo; matérias jornalísticas; dados epidemiológicos e documentos sobre a
gestão que nos permitiram compreender a conjuntura brasileira entre os anos de
2019 a 2022. Com a construção desse corpus, realizamos uma triangulação de
técnicas de análise que compreendeu: a) diálogo crítico com a literatura; b) análise
documental; e c) análise de conteúdo. Os resultados de nossa investigação se
subdividem em três partes conectadas organicamente: na primeira parte
apresentamos os elementos teórico-metodológicos de nossa investigação chamando
atenção para a reflexão em torno do modo de produção capitalista e a
potencialização de doenças de âmbito pandêmico; na segunda empreendemos um
itinerário reflexivo sobre a relação entre modo de produção capitalista; saúde e
formação econômico-social brasileira; na terceira traçamos elementos para a
caracterização do governo Bolsonaro e desvelamos mediante a análise
empreendida aspectos principais da gestão da crise sanitária realizada pelo
governo: sabotagem dos mecanismos de gestão do SUS; uso do negacionismo
científico como prática governamental; atendimento aos interesses das frações da
burguesia brasileira em detrimento dos trabalhadores; atraso na aquisição de
imunizantes e ausência de testes massivos; atuação da gestão federal no colapso
do sistema de saúde manauense, e criação de conflitos interinstitucionais com o
judiciário; governadores e prefeitos não alinhados ao bolsonarismo.
39: El concepto de “formación económico-social dos Cuadernos de Pasado y Presente.
Metodologicamente realizamos a leitura crítica deste caderno, selecionando as argumentações
dos autores, além de acessarmos obras de apoio sobre as categorias de Modo de Produção e Formação Econômico-Social. Nossos resultados indicaram que estas categorias devem ser lidas como um par categorial de modo relacional para seu efetivo uso no entendimento das especificidades latino-americanas.
etodologicamente realizamos o levantamento bibliográfico, de notas, notícias e posições oficiais desses aparelhos para a análise textual e documental desse corpus empírico. Destaca-se da pesquisa que a atuação desses aparelhos fomentou o negacionismo bolsonarista na pandemia mediante a aparência de cientificidade da autonomia médica, implicando assim na construção de um consenso na sociedade
relacionado ao uso de medicamentos sem comprovação científica para a Covid19.
meningocócica que ocorreu nos anos iniciais da década de 1970 no sudeste do país, em plena ditadura empresarial militar, e a experiência da crise sanitária da Covid-19 com o governo Bolsonaro. Metodologicamente realizamos um levantamento bibliográfico com a história da saúde, política de saúde e história política mediante levantamento de material bibliográfico em sites como Scielo e Google Scholar. Nossos resultados indicam que em ambas experiências a manipulação de informações e posse sobre o aparato estatal, e a censura de informações foram elementos centrais dessas gestões.
trabalho refletir à luz da teoria social crítica e da contribuição de Ruy
Mauro Marini com autores das Ciências Sociais, alguns elementos
constitutivos das expressões da questão social no capitalismo
dependente inscrito no contexto latino-americano, com foco na
materialidade brasileira. Metodologicamente realizamos o levantamento
bibliográfico sobre o tema, de modo a dialogarmos com autores que
pensam criticamente a relação entre dependência e expressões da
questão social, no marco latino-americano, e especialmente no brasileiro.
Da pesquisa destaca-se que tais expressões da questão social em
formações como a brasileira se aprofundam com a dependência,
materializada, por exemplo, na superexploração da força de trabalho;
financeirização das políticas sociais e na submissão do fundo público aos
interesses capitalistas dependentes e associados, imprimindo uma
permanente iniquidade na estrutura social brasileira.
Palavras-chave: Questão Social. Teoria Marxista da Dependência.
Iniquidade Social. Serviço Social. Política Social.
materialização da política social no Brasil. Embasamo-nos nas leituras de Rui Mauro Marini e Florestan Fernandes quanto ao entendimento da formação econômico-social brasileira. Em nossos resultados, destacamos que a condição dependente, com presença da autocracia burguesa, imprime a manutenção da superexploração da força de trabalho e o aviltamento das políticas sociais em detrimento da acumulação capitalista.
num campo estritamente individualista.
Acesse na íntegra a obra: https://eduepb.uepb.edu.br/e-books/
ABORDAGENS MARXISTAS NUM PERÍODO DE
CRISE ORGÂNICA organizado pelos professores Gonzalo Adrián Rojas e Laudicéia Santana
O livro pode ser acessado na íntegra em: https://editora.ufcg.edu.br/ebooks/151/view_bl/73/publica%C3%A7%C3%B5es-2022/196/estado,-pol%C3%ADtica-e-luta-de-classes-abordagens-marxistas-num-per%C3%ADodo-de-crise-org%C3%A2nica.html
Organização: Xisto Serafim de Santana de Souza Júnior e Martha Priscila Bezerra Pereira