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O nervo trigêmeo constitui o quinto nervo craniano (NC V) e é considerado um nervo misto, por possuir fibras aferentes (sensitivas) e fibras eferentes (motoras). A pequena raiz motora resulta na motricidade dos músculos da mastigação, que... more
O nervo trigêmeo constitui o quinto nervo craniano (NC V) e é considerado um nervo misto, por possuir fibras aferentes (sensitivas) e fibras eferentes (motoras). A pequena raiz motora resulta na motricidade dos músculos da mastigação, que são oriundos do primeiro arco braquial. Os neurônios sensitivos formam os três ramos do nervo: Oftálmico, Maxilar e Mandibular, suas fibras atuam na excitabilidade proprioceptiva, bem como na exteroceptiva da face e parte do crânio. O acometimento deste nervo torna conhecida uma das formas mais debilitantes de neuralgia facial, nomeada como neuralgia trigeminal. O presente trabalho tem como objetivo investigar na literatura, segundo revisão sistêmica, informações acerca da fisiopatologia, aspectos clínicos e tratamento da neuralgia trigeminal por meio de uma revisão bibliográfica nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Google Acadêmico, NCBI Pubmed utilizando os seguintes descritores: trigeminal, neuralgia, physiopathogeny, pain, entre o período de 2002 a 2014. Foram efetivamente utilizados 10 artigos, selecionados conforme a qualidade e relevância com o tema proposto. A neuralgia do trigêmeo é caracterizada por dores paroxísticas e repentinas, que se assemelham a choques elétricos, geralmente unilaterais e de curta duração, mas que podem se prolongar por minutos ou mesmo se repetir por várias vezes. A NT apresenta incidência anual estimada de 4,5 por 100.000 indivíduos na população geral. Esse quadro patológico apresenta discreta predominância no sexo feminino (60%) semelhante à maioria das dores orofaciais com pico de aparecimento entre 60 a 70 anos, sendo incomum antes dos 40 anos de idade. A neuralgia atinge com mais frequência o nervo maxilar, em seguida o nervo mandibular e menos comum no ramo oftálmico. Ainda não foi definido um único fator etiológico que, absolutamente, possa ser o responsável pelo surgimento da neuralgia trigeminal, deste modo, uma perturbação neurovascular é a principal razão da existência de dores faciais em determinados pacientes e que muitas vezes está relacionada com variações anatômicas, neoplasias ou outras alterações em proximidade à raiz do nervo trigêmeo. O tratamento é complexo e delicado, devido à dificuldade de identificação dos mecanismos desencadeantes, deste modo, são empregadas várias técnicas terapêuticas, clínicas e cirúrgicas como formas de minimizar os transtornos da patologia. Como conclusão, o conhecimento da anatomia do nervo trigêmeo, associado à anamnese do paciente, sinais e sintomas da doença como um todo, é indispensável para que os cirurgiões-dentistas sintam-se aptos a realizar um diagnóstico diferencial e terapêutico adequado.
O nervo trigêmeo constitui o quinto nervo craniano (NC V) e é considerado um nervo misto, por possuir fibras aferentes (sensitivas) e fibras eferentes (motoras). A pequena raiz motora resulta na motricidade dos músculos da mastigação, que... more
O nervo trigêmeo constitui o quinto nervo craniano (NC V) e é considerado um nervo misto, por possuir fibras aferentes (sensitivas) e fibras eferentes (motoras). A pequena raiz motora resulta na motricidade dos músculos da mastigação, que são oriundos do primeiro arco braquial. Os neurônios sensitivos formam os três ramos do nervo: Oftálmico, Maxilar e Mandibular, suas fibras atuam na excitabilidade proprioceptiva, bem como na exteroceptiva da face e parte do crânio. O acometimento deste nervo torna conhecida uma das formas mais debilitantes de neuralgia facial, nomeada como neuralgia trigeminal. O presente trabalho tem como objetivo investigar na literatura, segundo revisão sistêmica, informações acerca da fisiopatologia, aspectos clínicos e tratamento da neuralgia trigeminal por meio de uma revisão bibliográfica nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Google Acadêmico, NCBI Pubmed utilizando os seguintes descritores: trigeminal, neuralgia, physiopathogeny, pain, entre o período de 2002 a 2014. Foram efetivamente utilizados 10 artigos, selecionados conforme a qualidade e relevância com o tema proposto. A neuralgia do trigêmeo é caracterizada por dores paroxísticas e repentinas, que se assemelham a choques elétricos, geralmente unilaterais e de curta duração, mas que podem se prolongar por minutos ou mesmo se repetir por várias vezes. A NT apresenta incidência anual estimada de 4,5 por 100.000 indivíduos na população geral. Esse quadro patológico apresenta discreta predominância no sexo feminino (60%) semelhante à maioria das dores orofaciais com pico de aparecimento entre 60 a 70 anos, sendo incomum antes dos 40 anos de idade. A neuralgia atinge com mais frequência o nervo maxilar, em seguida o nervo mandibular e menos comum no ramo oftálmico. Ainda não foi definido um único fator etiológico que, absolutamente, possa ser o responsável pelo surgimento da neuralgia trigeminal, deste modo, uma perturbação neurovascular é a principal razão da existência de dores faciais em determinados pacientes e que muitas vezes está relacionada com variações anatômicas, neoplasias ou outras alterações em proximidade à raiz do nervo trigêmeo. O tratamento é complexo e delicado, devido à dificuldade de identificação dos mecanismos desencadeantes, deste modo, são empregadas várias técnicas terapêuticas, clínicas e cirúrgicas como formas de minimizar os transtornos da patologia. Como conclusão, o conhecimento da anatomia do nervo trigêmeo, associado à anamnese do paciente, sinais e sintomas da doença como um todo, é indispensável para que os cirurgiões-dentistas sintam-se aptos a realizar um diagnóstico diferencial e terapêutico adequado.