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Neste estudo, analisamos o desenvolvimento do formato prosódico inicial de crianças gêmeas dizigóticas, com o objetivo de verificar se esse ocorre da mesma maneira em crianças gêmeas de um mesmo par. Para tanto, utilizamos como base... more
Neste estudo, analisamos o desenvolvimento do formato prosódico inicial de crianças gêmeas dizigóticas, com o objetivo de verificar se esse ocorre da mesma maneira em crianças gêmeas de um mesmo par. Para tanto, utilizamos como base teórica o paradigma dos Sistemas Adaptativos Complexos (THELEN; SMITH, 1994; BAIA, 2013) e o Modelo de Exemplares (BYBEE, 2010, 2013; CRISTÓFARO-SILVA, 2003, 2017; CRISTÓFARO SILVA; GOMES, 2020). Os dados analisados são de dois pares de crianças gêmeas dizigóticas, Bg & Mg e Eg & Rg, ambos do sexo feminino, desenvolvendo o Português Brasileiro. Os formatos prosódicos considerados foram o monossilábico (S), iâmbico (WS), trocaico (SW) e três tipos de trissílabos (SWW, WSW e WWS). Os resultados mostram que há semelhanças entre o formato prosódico das crianças de um mesmo par, demostrada pela preferência iâmbica do par Bg & Mg e pela preferência trocaica de Eg & Rg, o que aponta para a influência de fatores genéticos e do compartilhamento do input no desenvolvimento linguístico infantil.
Neste artigo, estabelecemos um diálogo entre os estudos de desenvolvimento prosódico e musical de crianças, destacando a falta de diálogo entre as áreas de Psicolinguística, Música e áreas afins. Além de apresentarmos um debate entre as... more
Neste artigo, estabelecemos um diálogo entre os estudos de desenvolvimento prosódico e musical de crianças, destacando a falta de diálogo entre as áreas de Psicolinguística, Música e áreas afins. Além de apresentarmos um debate entre as áreas, investigamos, por meio da comparação do tom médio (TM) na voz cantada e falada, se há diferenças na comparação das duas modalidades na voz em desenvolvimento de duas crianças gêmeas no intervalo de 1 a 2 anos. Para isso, analisamos dados naturalísticos das duas crianças, comparando o TM, i.e a média dos valores de F0 obtidos em uma determinada elocução, após a normalização da curva entoacional realizada pelo aplicativo ExProsodia®, com parâmetros de 150-700 Hz, com duração de 20 ms para cada momento, com variação máxima de 3 semitons acima e abaixo da média acumulada no tempo. Na análise dos dados, obtivemos uma média aproximada do tom médio das crianças em situação de fala e de canto, embora os valores do desvio padrão mostrem uma espécie de “afinação/delimitação total” na voz cantada das crianças. A estatística χ2 de contingência apontou para uma diferença significativa somente quanto à dispersão entre os sujeitos (P<0,01); os demais valores comparados, apesar de resultado relativamente baixo (P=0,06), não nos permitem, ainda, conclusões mais seguras.
Neste estudo, discutimos e verificamos o papel da marcação linguística no desenvolvimento das combinatórias fonotáticas iniciais do desenvolvimento linguístico do português brasileiro (PB). Para isso analisamos dados longitudinais de uma... more
Neste estudo, discutimos e verificamos o papel da marcação linguística no desenvolvimento das combinatórias fonotáticas iniciais do desenvolvimento linguístico do português brasileiro (PB). Para isso analisamos dados longitudinais de uma criança paulista (M) e de uma criança conquistense (L) de 1 a 2 anos. Toda língua natural possui um inventário fonológico que é composto pelos fonemas que são permitidos nela. Esses fonemas são combinados entre si para formarem sílabas. A essa combinatória dá-se o nome de fonotática, que é responsável por organizar os segmentos fonologicamente, delimitando quais podem ocorrer em posição de ataque, núcleo e coda de sílaba, por exemplo. No desenvolvimento linguístico inicial, embora a língua já tenha um padrão fonotático estabelecido, esse padrão tende a emergir de uma forma diferente na fala da criança, devido a questões como maturação, percepção do input linguístico, frequência de determinados padrões etc. Uma das explicações propostas na literatura sobre o desenvolvimento fonológico e, consequentemente, o fonotático, está baseada na marcação.
Resumo: O presente artigo visa discutir a relação entre o típico e atípico no desenvolvimento da escrita. Nosso embasamento teórico é um diálogo entre o paradigma dos Sistemas Adaptativos Complexos que cremos que essa abordagem pode... more
Resumo: O presente artigo visa discutir a relação entre o típico e atípico no desenvolvimento da escrita. Nosso embasamento teórico é um diálogo entre o paradigma dos Sistemas Adaptativos Complexos que cremos que essa abordagem pode acrescentar uma nova perspectiva aos estudos de desenvolvimento da escrita. Analisamos dados de dois sujeitos, ML (ABAURRE; FIAD; MAYRINK-SABINSON, 1997), com desenvolvimento típico, e AC (PEROTTINO et al., 2019), com desenvolvimento atípico-diagnóstico de dislexia, a fim de discutir o desenvolvimento da escrita como um sistema complexo.
Palavras-chave: Desenvolvimento de escrita, Sistemas Adaptativos Complexos, Dislexia.


Abstract: The following article aims to discuss the relationship between the typical and the atypical development of writing. Our theoretical foundation is based on the dialogue between the theory of) as we believe that this approach can add a new perspective to the studies on writing development. We analyze data from two subjects, ML (ABAURRE, FIAD, MAYRINK-SABINSON, 1997), with typical development, and AC (PEROTTINO et al, 2019), with atypical development-with diagnosed dyslexia, in order to discuss the development of writing as a complex system.
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Resumo: Neste estudo, analisamos dados da escrita de uma estudante brasileira desenvolvendo a língua armênia como sua L3. Após análise da sua escrita no momento inicial (básico) e no segundo momento (intermediário), observamos que além da... more
Resumo: Neste estudo, analisamos dados da escrita de uma estudante brasileira desenvolvendo a língua armênia como sua L3. Após análise da sua escrita no momento inicial (básico) e no segundo momento (intermediário), observamos que além da tarefa de desenvolver o desenho de novos grafemas, aspectos de marcação podem prever e explicar dificuldades na alfabetização quando um novo alfabeto deve ser aprendido. Palavras-Chave:língua armênia; alfabeto armênio; escrita; língua estrangeira. Abstract: In this study, we analyse writing data from a Brazilian student learning Armenian language as her L3. After analysing her writing at an initial (basic) and a later (intermediate) moments, we observed that besides the task of learning how to draw new graphemes, markedness aspects can predict and explain difficulties found in literacywhen a new alphabet must be learnt. Introdução Neste estudo, apresentamos um estudo piloto sobre o desenvolvimento da escrita da língua armênia por informante brasileira, no intuito de apresentar os desafios da tarefa e no que difere em relação à alfabetização da língua materna, tais como: transliteração, desenhar um novo alfabeto e associar os grafemas aos sons. Com base em Eckman (1977), que apresenta um modelo de marcação diferencial para o desenvolvimento oral da língua estrangeira, segundo o qual o grau de dificuldade corresponderia ao grau relativo de marcação, propomos que aspectos de marcação podem explicar erros e dificuldades mais frequentes no percurso do desenvolvimento da escrita em um novo alfabeto. Ressaltamos, no entanto, que assumimos aqui o conceito de marcação no sentido de menos complexo e mais frequente nas línguas.
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RESUMO Neste trabalho, revisitamos os universais fonológicos propostos por Roman Jakobson na célebre obra Child Language, afasia and phonological universals (1972 [1941]), buscando realizar um paralelo entre os mesmos e o desenvolvimento... more
RESUMO Neste trabalho, revisitamos os universais fonológicos propostos por Roman Jakobson na célebre obra Child Language, afasia and phonological universals (1972 [1941]), buscando realizar um paralelo entre os mesmos e o desenvolvimento de um sujeito adquirindo o português brasileiro (doravante PB).
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Neste artigo, estabelecemos um diálogo entre os estudos de desenvolvimento prosódico e musical de crianças, destacando a falta de diálogo entre as áreas de Psicolinguística, Música e áreas afins. Além de apresentarmos um debate entre as... more
Neste artigo, estabelecemos um diálogo entre os estudos de desenvolvimento prosódico e musical de crianças, destacando a falta de diálogo entre as áreas de Psicolinguística, Música e áreas afins. Além de apresentarmos um debate entre as áreas, investigamos, por meio da comparação do tom médio (TM) na voz cantada e falada, se há diferenças na comparação das duas modalidades na voz em desenvolvimento de duas crianças gêmeas no intervalo de 1 a 2 anos. Para isso, analisamos dados naturalísticos das duas crianças, comparando o TM, i.e a média dos valores de F0 obtidos em uma determinada elocução, após a normalização da curva entoacional realizada pelo aplicativo ExProsodia®, com parâmetros de 150-700 Hz, com duração de 20 ms para cada momento, com variação máxima de 3 semitons acima e abaixo da média acumulada no tempo. Na análise dos dados, obtivemos uma média aproximada do tom médio das crianças em situação de fala e de canto, embora os valores do desvio padrão mostrem uma espécie de ...