Book Reviews by Mariane Biteti
Revista Espaço & Cultura, 2022
Federal Fluminense. Coordenadora do MARGEAR-Grupo de Pesquisas e Extensão sobre Culturas, Polític... more Federal Fluminense. Coordenadora do MARGEAR-Grupo de Pesquisas e Extensão sobre Culturas, Políticas e Geografias Marginais. Foca seus trabalhos atualmente nos seguintes temas: epistemologia da Geografia, Filosofia e Geografia, Espacialidades periféricas. Endereço eletrônico para contato:
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Espaço e Economia. Revista Brasileira de Geografia Econômica, 2023
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Mariane Biteti, 2022
Resumo O artigo parte de uma leitura ontológica da teoria geográfica, buscando aproximações e per... more Resumo O artigo parte de uma leitura ontológica da teoria geográfica, buscando aproximações e permeabilidades com as teorias feministas. Para tanto, traz como objetivo pontuar a existência de uma geograficidade dos feminismos, relativa aos distintos modos de ser-estar mulher no mundo. O reconhecimento da diversidade das formas possíveis de existência encontram, no entanto, limites impostos por estruturas que se reproduzem na produção do espaço social em diferentes escalas, dentre as quais os corpos das mulheres em sua corporeidade, diante do que pensamos as estratégias do margear.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Cult, 2022
Bookmarks Related papers MentionsView impact
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo quotidiano. Lisboa: Orfeu Negro, 2019., 2019
A escrita do livro é evidentemente política e dá-se por meio da afirmação da condição de sujeito ... more A escrita do livro é evidentemente política e dá-se por meio da afirmação da condição de sujeito da autora, e disso como parte de um projeto de descolonização que pressupõe ir além da negação do racismo, mas que busca se refazer na resistência e oposição a ele. Assim, a autora trata o racismo não apenas como algo circunscrito ao
passado colonial, mas o racismo cotidiano vivenciado, sobretudo, pelas mulheres negras.
Ressalte-se o elemento da temporalidade do racismo como algo relevante na construção da narrativa do livro, inclusive o próprio título revela essa tentativa de coexistência, no presente, das experiências vividas em outras temporalidades. Nesse sentido, para Kilomba, o racismo cotidiano é atemporal. O aprisionamento que o sujeito
negro vive e sente diante do racismo em suas experiências diárias, remete à cena colonial da plantation e da escravização.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Papers by Mariane Biteti
Revista Tamoios/Revista tamoios, Jan 22, 2024
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Espaço e Economia, Dec 19, 2023
Bookmarks Related papers MentionsView impact
O Que é Geografia de Ruy Moreira, 2023
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Tamoios, 2024
Este texto é dedicado a uma análise do lugar das abordagens pós-coloniais na geografia francesa d... more Este texto é dedicado a uma análise do lugar das abordagens pós-coloniais na geografia francesa desde a década de 1990 até o período atual (final da década de 2010). Nele são identificados os pesquisadores em causa, em cujos trabalhos o lugar destas abordagens é limitado. No entanto, a abordagem pós-colonial, fundada na recusa de um olhar dominante e na denúncia de formas de injustiças nos países não ocidentais, é de fato muito difusa. A questão social está no centro de muitas obras. Além disso, a consideração de abordagens culturais e urbanas na geografia para esses espaços ditos do Sul enriquece muito os temas e abordagens de pesquisa.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Ciencia Geografica, 2003
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Tamoios
O artigo tem como objetivo refletir pelos vieses da epistemologia e da ontologia as aproximações ... more O artigo tem como objetivo refletir pelos vieses da epistemologia e da ontologia as aproximações entre a teoria geográfica e a teoria feminista, de modo a identificar permeabilidades, potencialidades e dificuldades dessa aproximação. Nossa abordagem parte do pressuposto de que há uma geograficidade nos feminismos relativos aos distintos modos de ser-estar mulher no mundo. Para tanto iremos problematizar o significado disso no contexto da crítica ao capitalismo, não sem tentar reconhecer as estratégias espaciais e existenciais dos corpos das mulheres que margeiam.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Tlalli. Revista de Investigación en Geografía, 2019
Esse artigo apresenta uma concepção de periferia vista a partir das vidas e saberes periféricos c... more Esse artigo apresenta uma concepção de periferia vista a partir das vidas e saberes periféricos como potências transgressoras. Seja no sentido da produção do conhecimento, como no sentido da produção de espacialidades outras, afirmamos a existência e a importância dessas vidas e saberes a partir de uma conceituação renovada de periferia. Refletir sobre a periferia é também pensar o centro e a relação centro-periferia, tanto nos sentidos simbólico, como político, vinculados à dinâmica social que se espacializa. Diante disso, o artigo traz como fundamento analítico a relação eu-outro em que os temas filosóficos da identidade, da diferença e da alteridade aparecem como as referências do olhar. Mais que isso, tenta-se pensar o seu desdobrar nos modos possíveis de realização dessa relação enquanto limite e transgressão. A relação centro-periferia aparece como relação eu-outro. De modo que o outro é também nesse artigo trabalhado a partir de um ponto de vista e de abordagens descoloniais,...
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Esse artigo problematiza o sentido historico da representacao da diferenca no contexto africano, ... more Esse artigo problematiza o sentido historico da representacao da diferenca no contexto africano, como um mecanismo de subordinacao e violencia das formas de ser e de conhecer presentes no Continente. Nesse sentido, tenta deslocar a nocao de alteridade como um projeto europeu de invencao do outro como outro, para reconhecer as possibilidades de a alteridade servir a restituicao da dignidade desse outro subalternizado. De modo que ha muitos desafios ao tratamento da alteridade, dentre os quais destaca-se nesse texto, a violencia em si da relacao e a diferenca construida a partir de estereotipos racistas forjados como modo de ser africano.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Ensaios de Geografia, Jul 10, 2020
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Abatirá - Revista De Ciências Humanas E Linguagens: Saberes dos povos, Desconstrução e Branquitude., 2021
Esse artigo pretende tratar da relação sociedade-natureza através de dois nexos importantes, a co... more Esse artigo pretende tratar da relação sociedade-natureza através de dois nexos importantes, a comida e o lixo. Através deles, apresenta a força explosiva de duas mulheres que agenciam matéria e energia, corpo e espírito, sagrado e profano. Mulheres que desconstroem por meio de suas existências as dicotomias do pensamento, e geografam os espaços com suas estratégias de margear.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Tlalli. Revista de Investigación en Geografía
Esse artigo apresenta uma concepção de periferia vista a partir das vidas e saberes periféricos c... more Esse artigo apresenta uma concepção de periferia vista a partir das vidas e saberes periféricos como potências transgressoras. Seja no sentido da produção do conhecimento, como no sentido da produção de espacialidades outras, afirmamos a existência e a importância dessas vidas e saberes a partir de uma conceituação renovada de periferia. Refletir sobre a periferia é também pensar o centro e a relação centro-periferia, tanto nos sentidos simbólico, como político, vinculados à dinâmica social que se espacializa. Diante disso, o artigo traz como fundamento analítico a relação eu-outro em que os temas filosóficos da identidade, da diferença e da alteridade aparecem como as referências do olhar. Mais que isso, tenta-se pensar o seu desdobrar nos modos possíveis de realização dessa relação enquanto limite e transgressão. A relação centro-periferia aparece como relação eu-outro. De modo que o outro é também nesse artigo trabalhado a partir de um ponto de vista e de abordagens descoloniais,...
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Ensaios de Geografia, 2020
RESUMO:
Esse texto parte de uma reflexão sobre alguns exemplos de políticas de Estado liderados p... more RESUMO:
Esse texto parte de uma reflexão sobre alguns exemplos de políticas de Estado liderados por mulheres que, até o momento, obtiveram sucesso no controle e combate à propagação do novo coronavírus. Desenvolvemos a nossa hipótese como parte da compreensão do que pode ser uma agenda política feminista. Para tanto, supomos ser importante aprender e potencializar as experiências das mulheres da margem, e tudo o que elas agenciam de ética e política do cuidado, como mecanismos de preservação da vida.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Ítaca, 2020
O artigo problematiza o sentido histórico da representação da diferença no contexto africano, com... more O artigo problematiza o sentido histórico da representação da diferença no contexto africano, como um mecanismo de subordinação e violência das formas de ser e de conhecer presentes no Continente. Nesse sentido, tenta deslocar a noção de alteridade como um projeto europeu de invenção do outro como outro, para reconhecer as possibilidades de a alteridade servir à restituição da dignidade desse outro subalternizado. De modo que há muitos desafios ao tratamento da alteridade, dentre os quais destaca-se nesse texto, a violência em si da relação e a diferença construída a partir de estereótipos racistas forjados como modo de ser africano.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Ensaios Filosóficos, Volume XVIII, 2018
Esse texto surge diante do desafio de entender as características do mal-estar contemporâneo à l... more Esse texto surge diante do desafio de entender as características do mal-estar contemporâneo à luz da sua manifestação no espaço escolar. Parte da hipótese de uma transição da sociedade disciplinar para uma sociedade do cansaço, no qual o controle e as formas de violência são cada vez mais internalizados, gerando sintomas sociais desafiadores de novas práticas. Destacamos aqui as práticas pedagógicas de alteridade, construídas numa perspectiva erótica como uma alternativa de enfrentamento e de transgressão.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Book Reviews by Mariane Biteti
passado colonial, mas o racismo cotidiano vivenciado, sobretudo, pelas mulheres negras.
Ressalte-se o elemento da temporalidade do racismo como algo relevante na construção da narrativa do livro, inclusive o próprio título revela essa tentativa de coexistência, no presente, das experiências vividas em outras temporalidades. Nesse sentido, para Kilomba, o racismo cotidiano é atemporal. O aprisionamento que o sujeito
negro vive e sente diante do racismo em suas experiências diárias, remete à cena colonial da plantation e da escravização.
Papers by Mariane Biteti
Esse texto parte de uma reflexão sobre alguns exemplos de políticas de Estado liderados por mulheres que, até o momento, obtiveram sucesso no controle e combate à propagação do novo coronavírus. Desenvolvemos a nossa hipótese como parte da compreensão do que pode ser uma agenda política feminista. Para tanto, supomos ser importante aprender e potencializar as experiências das mulheres da margem, e tudo o que elas agenciam de ética e política do cuidado, como mecanismos de preservação da vida.
passado colonial, mas o racismo cotidiano vivenciado, sobretudo, pelas mulheres negras.
Ressalte-se o elemento da temporalidade do racismo como algo relevante na construção da narrativa do livro, inclusive o próprio título revela essa tentativa de coexistência, no presente, das experiências vividas em outras temporalidades. Nesse sentido, para Kilomba, o racismo cotidiano é atemporal. O aprisionamento que o sujeito
negro vive e sente diante do racismo em suas experiências diárias, remete à cena colonial da plantation e da escravização.
Esse texto parte de uma reflexão sobre alguns exemplos de políticas de Estado liderados por mulheres que, até o momento, obtiveram sucesso no controle e combate à propagação do novo coronavírus. Desenvolvemos a nossa hipótese como parte da compreensão do que pode ser uma agenda política feminista. Para tanto, supomos ser importante aprender e potencializar as experiências das mulheres da margem, e tudo o que elas agenciam de ética e política do cuidado, como mecanismos de preservação da vida.
negados, invisibilizados e exterminados, além de diagnosticar o que fora, por muitas vezes, a invenção do outro como mecanismo de saber e poder. Supomos que o reconhecimento de outras práticas espaciais-existenciais expressa um modo ético de relação com o outro, diferente daquele que constrói o sentido da periferia no escopo da tradição
moderno-colonial europeia.