Sumário
Apresentação • Michelle Sales, Paulo Cunha e Liliane Leroux................................. more Sumário Apresentação • Michelle Sales, Paulo Cunha e Liliane Leroux...................................................................11 A Baixada tem, a Baixada Filma: a periferia, da representação à autoapresentação • Liliane Leroux ................................. 24 Vênus Negra: o corpo como afirmação de identidade e resgate de memória • Catarina Andrade.................................... 42 As bordas povoam e repovoam: as terras de delírios em Filme de Aborto e Quintal • Juliana Serfaty.................................. 58 Novos parâmetros para a crítica de arte no Brasil: análise sobre a recepção do filme Vazante • Michelle Sales................... 82 A catástrofe do agora em A Terra das Almas Errantes • Andressa Caires ...........................................................100 De Yvones e de Margaridas: compartilhando memórias desencantadas de Moçambique • Cid Vasconcelos ..............115 Raul Solnado: comediante entertainer e one-man-show português • Afrânio Mendes Catani.....................................136 Caminhos documentais em espaços amazônicos • Uriel Nascimento dos Santos Pinho ........................................152 A realização de “filmes de improvisação”: uma experiência com os povos da Floresta de Caxiuanã • Luiz Adriano Daminello ......... 170 Figurações do corpo refugiado em Ressonâncias (Nicolas Khoury, 2017) • Pedro Henrique Andrade............. 186
A presente publicação reúne dez das dezanove comunicações apresentadas durante as XI Jornadas Cin... more A presente publicação reúne dez das dezanove comunicações apresentadas durante as XI Jornadas Cinema em Português que decorreram entre 8 e 10 de maio de 2018 na UBI, numa organização conjunta do Departamento de Comunicação e Artes e do Labcom.IFP, da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. Mais uma vez, esta edição das Jornadas Cinema em Português trouxe a debate questões atuais e pertinentes para a reflexão sobre as produções e relações cinematográficas entre os diversos países que falam em português, procurando reunir esforços para ensaiar hipóteses de leitura conjunta e complementar. A imagem escolhida para a capa desta publicação pertence ao filme A toca do lobo (2015), de Catarina Mourão, a quem agradecemos a generosa cedência e autorização.
Index
Introdução - 9 Paulo Cunha, Manuela Penafria, Fernando Cabral & Tiago Fernandes
A representação dos pobres no cinema épico de Glauber Rocha e no de Manoel de Oliveira - 13 Renata Soares Junqueira
Ensaio e etnografia no documentário contemporâneo - 27 Maria Beatriz Colucci & Gabriela Borges Martins Caravela
A catarse pela imagem: dois documentários, duas “memórias de família” reveladas - 45 Rita Márcia Magalhães Furtado
Materialidades do Cinema: a mulher figurinista em Portugal - 57 Caterina Cucinotta
“We can’t go home again/There’s no place like home...” Os sentidos da descolonização em Paraíso Perdido e Tempestade da Terra - 71 Luís Bernardo
Do Gesto em António Reis - 87 Luís Lima & Alexandra João Martins
Uma Abelha na Chuva: Repetição e Diferença - 101 Francisco Ricardo Cipriano Silveira
A produção cinematográfica na Madeira no início do século XX. O exemplo da Madeira Film e da Empresa Cinegráfica Atlântida - 113 Ana Paula Almeida
A Literatura cinematográfica moderna na Cinemateca Brasileira - 129 Pedro Plaza Pinto
Marcas do padrão tecno-estético alternativo na obra do cineasta Franklin Pires - 143 Jacqueline Lima Dourado, Luís Nogueira & Thais Souza
Este livro propõe uma reflexão sobre o cinema em Portugal durante o Estado Novo. Relaciona a opos... more Este livro propõe uma reflexão sobre o cinema em Portugal durante o Estado Novo. Relaciona a oposição entre “velho cinema“ e “novo cinema“ atendendo ao processo de internacionalização da cultura portuguesa e o seu impacto na circulação e apropriação artística e cultural. A introdução do conceito de “modo de produção“ procura contribuir para uma revisão historiográfica deste tema, contrariando uma visão dominante que desconhece, desconfia ou ignora fontes históricas que são fundamentais para revelar as relações entre o poder político, a prática cultural e a indústria cinematográfica neste período.
A presente publicação reúne dez das vinte e três comunicações apresentadas durante as X Jornadas ... more A presente publicação reúne dez das vinte e três comunicações apresentadas durante as X Jornadas Cinema em Português que decorreram entre 15 e 17 de maio de 2017 na UBI, numa organização conjunta do Departamento de Comunicação e Artes e do Labcom.IFP, da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. Dedicada ao Cinema de Moçambique, esta décima edição das Jornadas Cinema em Português trouxe a debate questões atuais e pertinentes para a reflexão sobre as produções e relações cinematográficas entre os diversos países que falam em português, procurando reunir esforços para ensaiar hipóteses de leitura conjunta e complementar.
Crítica de cinema, reflexões sobre um discurso é o resultado de um Seminário organizado em conjun... more Crítica de cinema, reflexões sobre um discurso é o resultado de um Seminário organizado em conjunto pela UBI, Universidade de Salamanca e Universidade de Coimbra. Para além de representantes dessas universidades, o evento contou com a presença de outros investigadores que partilharam do mesmo objetivo central do seminário: questionar o discurso mais visível sobre os filmes, a crítica de cinema.
A presente publicação reúne doze das vinte e uma comunicações apresentadas durante as IX Jornadas... more A presente publicação reúne doze das vinte e uma comunicações apresentadas durante as IX Jornadas Cinema em Português que decorreram entre 27 e 29 de abril de 2016 na UBI, organizadas pelo Labcom.IFP, da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. A nona edição das Jornadas Cinema em Português trouxe a debate questões atuais e pertinentes para a reflexão sobre as produções e relações cinematográficas entre os diversos países que falam em português, procurando reunir esforços para ensaiar hipóteses de leitura conjunta e complementar. A imagem escolhida para a capa da presente publicação é retirada do filme Arte Pública, da investigadora e realizadora brasileira Michelle Sales que esteve presente para apresentar o filme na sua estreia em Portugal e para participar no debate que se seguiu sobre arte contemporânea e espaço público.
A atividade crítica de Manuel de Azevedo é um dos melhores contributos para o enriquecimento do d... more A atividade crítica de Manuel de Azevedo é um dos melhores contributos para o enriquecimento do debate acerca do fenómeno cinematográfico em Portugal durante o século XX. Este breve estudo pretende destacar alguns dos principais e mais mediáticos momentos do percurso de Manuel de Azevedo no contexto português de promoção de formas organizadas de oposição cultural ao Estado Novo, já que foi um dos mais destacados mobilizadores no campo cinematográfico, quer pela sua prática escrita reflexiva como pela sua capacidade de mobilização e organização.
Sumário
Apresentação • Michelle Sales, Paulo Cunha e Liliane Leroux................................. more Sumário Apresentação • Michelle Sales, Paulo Cunha e Liliane Leroux...................................................................11 A Baixada tem, a Baixada Filma: a periferia, da representação à autoapresentação • Liliane Leroux ................................. 24 Vênus Negra: o corpo como afirmação de identidade e resgate de memória • Catarina Andrade.................................... 42 As bordas povoam e repovoam: as terras de delírios em Filme de Aborto e Quintal • Juliana Serfaty.................................. 58 Novos parâmetros para a crítica de arte no Brasil: análise sobre a recepção do filme Vazante • Michelle Sales................... 82 A catástrofe do agora em A Terra das Almas Errantes • Andressa Caires ...........................................................100 De Yvones e de Margaridas: compartilhando memórias desencantadas de Moçambique • Cid Vasconcelos ..............115 Raul Solnado: comediante entertainer e one-man-show português • Afrânio Mendes Catani.....................................136 Caminhos documentais em espaços amazônicos • Uriel Nascimento dos Santos Pinho ........................................152 A realização de “filmes de improvisação”: uma experiência com os povos da Floresta de Caxiuanã • Luiz Adriano Daminello ......... 170 Figurações do corpo refugiado em Ressonâncias (Nicolas Khoury, 2017) • Pedro Henrique Andrade............. 186
A presente publicação reúne dez das dezanove comunicações apresentadas durante as XI Jornadas Cin... more A presente publicação reúne dez das dezanove comunicações apresentadas durante as XI Jornadas Cinema em Português que decorreram entre 8 e 10 de maio de 2018 na UBI, numa organização conjunta do Departamento de Comunicação e Artes e do Labcom.IFP, da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. Mais uma vez, esta edição das Jornadas Cinema em Português trouxe a debate questões atuais e pertinentes para a reflexão sobre as produções e relações cinematográficas entre os diversos países que falam em português, procurando reunir esforços para ensaiar hipóteses de leitura conjunta e complementar. A imagem escolhida para a capa desta publicação pertence ao filme A toca do lobo (2015), de Catarina Mourão, a quem agradecemos a generosa cedência e autorização.
Index
Introdução - 9 Paulo Cunha, Manuela Penafria, Fernando Cabral & Tiago Fernandes
A representação dos pobres no cinema épico de Glauber Rocha e no de Manoel de Oliveira - 13 Renata Soares Junqueira
Ensaio e etnografia no documentário contemporâneo - 27 Maria Beatriz Colucci & Gabriela Borges Martins Caravela
A catarse pela imagem: dois documentários, duas “memórias de família” reveladas - 45 Rita Márcia Magalhães Furtado
Materialidades do Cinema: a mulher figurinista em Portugal - 57 Caterina Cucinotta
“We can’t go home again/There’s no place like home...” Os sentidos da descolonização em Paraíso Perdido e Tempestade da Terra - 71 Luís Bernardo
Do Gesto em António Reis - 87 Luís Lima & Alexandra João Martins
Uma Abelha na Chuva: Repetição e Diferença - 101 Francisco Ricardo Cipriano Silveira
A produção cinematográfica na Madeira no início do século XX. O exemplo da Madeira Film e da Empresa Cinegráfica Atlântida - 113 Ana Paula Almeida
A Literatura cinematográfica moderna na Cinemateca Brasileira - 129 Pedro Plaza Pinto
Marcas do padrão tecno-estético alternativo na obra do cineasta Franklin Pires - 143 Jacqueline Lima Dourado, Luís Nogueira & Thais Souza
Este livro propõe uma reflexão sobre o cinema em Portugal durante o Estado Novo. Relaciona a opos... more Este livro propõe uma reflexão sobre o cinema em Portugal durante o Estado Novo. Relaciona a oposição entre “velho cinema“ e “novo cinema“ atendendo ao processo de internacionalização da cultura portuguesa e o seu impacto na circulação e apropriação artística e cultural. A introdução do conceito de “modo de produção“ procura contribuir para uma revisão historiográfica deste tema, contrariando uma visão dominante que desconhece, desconfia ou ignora fontes históricas que são fundamentais para revelar as relações entre o poder político, a prática cultural e a indústria cinematográfica neste período.
A presente publicação reúne dez das vinte e três comunicações apresentadas durante as X Jornadas ... more A presente publicação reúne dez das vinte e três comunicações apresentadas durante as X Jornadas Cinema em Português que decorreram entre 15 e 17 de maio de 2017 na UBI, numa organização conjunta do Departamento de Comunicação e Artes e do Labcom.IFP, da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. Dedicada ao Cinema de Moçambique, esta décima edição das Jornadas Cinema em Português trouxe a debate questões atuais e pertinentes para a reflexão sobre as produções e relações cinematográficas entre os diversos países que falam em português, procurando reunir esforços para ensaiar hipóteses de leitura conjunta e complementar.
Crítica de cinema, reflexões sobre um discurso é o resultado de um Seminário organizado em conjun... more Crítica de cinema, reflexões sobre um discurso é o resultado de um Seminário organizado em conjunto pela UBI, Universidade de Salamanca e Universidade de Coimbra. Para além de representantes dessas universidades, o evento contou com a presença de outros investigadores que partilharam do mesmo objetivo central do seminário: questionar o discurso mais visível sobre os filmes, a crítica de cinema.
A presente publicação reúne doze das vinte e uma comunicações apresentadas durante as IX Jornadas... more A presente publicação reúne doze das vinte e uma comunicações apresentadas durante as IX Jornadas Cinema em Português que decorreram entre 27 e 29 de abril de 2016 na UBI, organizadas pelo Labcom.IFP, da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. A nona edição das Jornadas Cinema em Português trouxe a debate questões atuais e pertinentes para a reflexão sobre as produções e relações cinematográficas entre os diversos países que falam em português, procurando reunir esforços para ensaiar hipóteses de leitura conjunta e complementar. A imagem escolhida para a capa da presente publicação é retirada do filme Arte Pública, da investigadora e realizadora brasileira Michelle Sales que esteve presente para apresentar o filme na sua estreia em Portugal e para participar no debate que se seguiu sobre arte contemporânea e espaço público.
A atividade crítica de Manuel de Azevedo é um dos melhores contributos para o enriquecimento do d... more A atividade crítica de Manuel de Azevedo é um dos melhores contributos para o enriquecimento do debate acerca do fenómeno cinematográfico em Portugal durante o século XX. Este breve estudo pretende destacar alguns dos principais e mais mediáticos momentos do percurso de Manuel de Azevedo no contexto português de promoção de formas organizadas de oposição cultural ao Estado Novo, já que foi um dos mais destacados mobilizadores no campo cinematográfico, quer pela sua prática escrita reflexiva como pela sua capacidade de mobilização e organização.
in Camões. Revista de Letras e Culturas Lusófonas, 24 - Cinema português em perspetiva, 2016. Ins... more in Camões. Revista de Letras e Culturas Lusófonas, 24 - Cinema português em perspetiva, 2016. Instituto Camões de Cooperação e da Língua.
Este breve texto pretende fazer uma aproximação entre o novo cinema português e o cinema novo bra... more Este breve texto pretende fazer uma aproximação entre o novo cinema português e o cinema novo brasileiro a partir das pontes estabelecidas pelo cineasta brasileiro Glauber Rocha com diversos cineastas portugueses. Sabendo que, desde meados dos anos 60 até à sua morte, Glauber Rocha manteve relações de amizade e cumplicidade cinéfila com várias figuras do novo cinema português, pretendo saber se o cineasta brasileiro terá sido um elemento fundamental no diálogo entre os cinemas brasileiro e português desse período. Objetivamente, o que pretendo fazer, a partir de um estudo de caso concreto, é iniciar um levantamento arqueológico das relações entre o cinema novo brasileiro e o novo cinema português. Interessa-me também conhecer e tentar refletir sobre a forma como estes dois novos cinemas que se expressavam através da língua portuguesa se posicionaram nos circuitos cinéfilos internacionais que defendiam um cinema como forma de expressão artística e cultural e como experiência moderna.
Imaginários Coloniais. Propaganda, Militância e 'Resistência' no Cinema/Colonial Imaginaries. Propaganda; Militancy and 'Resistance' in the Cinema
O aniversário dos quarenta anos das independências africanas é o pretexto para analisar como é qu... more O aniversário dos quarenta anos das independências africanas é o pretexto para analisar como é que o colonialismo português tem sido imaginado através da imagem em movimento. Nesta edição da revista Comunicação & Sociedade, a re exão proposta pelos ensaios reunidos sob o título Imaginários coloniais: propaganda, militância e “resistência” no cinema é um contributo para o conhecimento dos homens e mulheres imaginados através do cinema pelo (pós-)colonialismo durante e após o Estado Novo (1926-1974).
The fortieth anniversary of the independence of Portuguese-speaking African coun- tries is the pretext for analysing how Portuguese colonialism has been imagined by means of the moving image. In this issue of Comunicação & Sociedade, the re ection proposed by the articles compiled under the title Colonial imaginaries: propaganda, militancy and “resistance” in the cinema aims to expand our knowledge of the men and women imag- ined via the cinema under (post-)colonialism, during and after the Estado Novo regime (1926-1974).
Neste ensaio proponho-me questionar a construção iconográfica subjacente ao projeto colonial port... more Neste ensaio proponho-me questionar a construção iconográfica subjacente ao projeto colonial português, no âmbito do qual o Estado Novo usou a imagem em movimento para consolidar categorias sociais definidas pela sua propaganda usando um discurso propagandista sobre realidade e autenticidade e através do recurso a estruturas estereotipadas como raça e género. Enquadrada por uma problematização do conceito de arquivo (e mais especificamente do arquivo digital), a análise baseia-se na (re)leitura desconstrutiva da narração de dois documentários realizados por ocasião da Exposição Industrial Portuguesa de 1932, África em Lisboa- Os Indígenas da Guiné na Grande Exposição Industrial e Guiné Aldeia Indígena em Lisboa – 1932, em que a representação da relação de dominação sobre o corpo feminino negro é o eixo argumentativo principal.
Tese de doutoramento em Estudos Contemporâneos, apresentada ao Instituto de Investigacao Interdis... more Tese de doutoramento em Estudos Contemporâneos, apresentada ao Instituto de Investigacao Interdisciplinar da Universidade de Coimbra
Como se pode ler na breve apresentação, Antonio Rodrigues decidiu fazer este estudo num contexto ... more Como se pode ler na breve apresentação, Antonio Rodrigues decidiu fazer este estudo num contexto de homenagem a João Bénard da Costa enquanto um dos últimos representantes do programador cinéfilo, e de uma espécie de programação "à antiga, vindo da cinefilia, da paixão pelo cinema." O estudo propõe-se, ainda, nas palavras do seu autor, centrar-se "no trabalho de João Bénard da Costa como programador de cinema, sozinho ou em colaboração com outros, na qual incluo a de escritor sobre cinema." De fora, de forma assumida, ficaram "as outras actividades suas ligadas ao cinema, como o seu papel na Fundação Calouste Gulbenkian no domínio dos subsídios à produção de novos filmes ou a sua presença como actor em diversos filmes, sempre com o pseudónimo de Duarte d'Almeida" (12-13). Ainda que se centre na parte mais activa e intensa da vida de Bénard da Costa, trata-se de um estudo parcelar que não valoriza como poderia, no meu entender, o percurso pré-Cinemat...
Durante a década de 50, em plena crise da cinematografia portuguesa, diversas publicações especia... more Durante a década de 50, em plena crise da cinematografia portuguesa, diversas publicações especializadas em cinema desempenharam um importante papel na denúncia da crise e na tentativa de propor uma renovação credível. Num período em que se exigia renovação, o sector da crítica mais exigente conheceu, de uma forma espontânea e consistente, o surgimento da uma nova crítica, constituída por jovens valores emergentes de tertúlias artísticas e dos meios universitários.
Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, 2018
Este breve texto pretende fazer uma aproximação entre o novo cinema português e o cinema novo bra... more Este breve texto pretende fazer uma aproximação entre o novo cinema português e o cinema novo brasileiro a partir das pontes estabelecidas pelo cineasta brasileiro Glauber Rocha com diversos cineastas portugueses. Sabendo que, desde meados dos anos 60 até à sua morte, Glauber Rocha manteve relações de amizade e cumplicidade cinéfila com várias figuras do novo cinema português, pretendo saber se o cineasta brasileiro terá sido um elemento fundamental no diálogo entre os cinemas brasileiro e português desse período.
Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, 2017
O objetivo deste artigo é, olhando para o passado da Guiné-Bissau nas últimas cinco décadas, refl... more O objetivo deste artigo é, olhando para o passado da Guiné-Bissau nas últimas cinco décadas, refletir sobre o papel do cinema na construção da sociedade, da nação e do Estado da Guiné-Bissau. Pretende-se fazer um ponto de situação em relação ao projeto inicial de Amílcar Cabral, líder histórico da luta de libertação, que tomava o cinema enquanto meio para a descolonização do gesto e para a emancipação do olhar. Neste percurso, começamos por reconhecer a importância e a influência de movimentos emancipatórios no cinema mundial, como o Terceiro Cinema ou o Nuevo Cine latino-americano, no processo de luta revolucionária dos guineenses contra o colonizador e, posteriormente, no consequente processo de construção de uma identidade ou cultura nacional. Num segundo momento, tentamos relacionar os planos de Amílcar Cabral para a consolidação de uma cinematografia nacional (Cinema de Estado) com o atual cenário cinematográfico no território em que não se vislumbra qualquer política pública p...
Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, 2016
Com escassos recursos e um mercado interno muito limitado, a produção de cinema em Portugal é mui... more Com escassos recursos e um mercado interno muito limitado, a produção de cinema em Portugal é muito marcada pela grande dependência dos apoios públicos à produção. Se o cinema português, salvo raras excepções, já pode ser considerado todo ele como sobrevivendo numa lógica de produção de baixo orçamento, como se poderá classificar a produção de cinema da Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura que, em cerca de dois anos, conseguiu produzir aproximadamente 50 filmes com um orçamento total de US$ 4 milhões? O objectivo deste texto, para além de debater a categoria de cinema de baixo custo no contexto português, é conhecer e caracterizar o projecto de produção de cinema da Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura como caso de estudo, procurando compreender as vicissitudes do novo modelo de produção proposto nesse contexto e reflectindo sobre a sua viabilidade para o futuro de uma cinematografia de pequena dimensão como a portuguesa.
A partir do caso de estudo "Lei di Tabanca" (2015, Bigna Tona Ndiba), o objectivo desta proposta ... more A partir do caso de estudo "Lei di Tabanca" (2015, Bigna Tona Ndiba), o objectivo desta proposta é conhecer a produção de cinema com meios não convencionais e recorrendo a novas tecnologias na Guiné-Bissau e reflectir a forma como este fenómeno está a reconfigurar a experiência cinemática entre as camadas juvenis urbanas daquele país da África Ocidental.
Na década de 60, a sociedade portuguesa viveu um processo de modernização que também se fez senti... more Na década de 60, a sociedade portuguesa viveu um processo de modernização que também se fez sentir no meio cinematográfico. Simbolicamente, reflectindo essas transformações, o espaço e imaginário social da nova geração cinéfila deixou o “pátio das cantigas” e passou para as novas Avenidas de Lisboa. Adérito Sedas Nunes aponta a influência da "crescente abertura da sociedade portuguesa à sociedade internacional" como uma das principais causas da modernização da sociedade portuguesa da época. O propósito desta apresentação será analisar de que forma este «modelo» de interpretação da realidade se poderá aplicar às transformações estéticas ocorridas no cinema português a partir da década de 1960. Com base nos percursos de vida dos mais importantes nomes da renovada cinematografia portuguesa dessa década, pretendo conhecer e analisar o processo de circulação e apropriação da cultura cinematográfica e cinéfila internacionais no panorama português de então.
STREETS OF EARLY SORROW
Caminhos para a Angústia
de Graham Parker, Faria de Almeida
com Lionel... more STREETS OF EARLY SORROW
Caminhos para a Angústia
de Graham Parker, Faria de Almeida
com Lionel Ngokani, Olivia Farjeon
Reino Unido, 1963 – 8 min / sem diálogos
MONANGAMBÉE
de Sarah Maldoror
com Mohamed Zinet
Argélia, 1968 – 15 min / falado em francês, sem legendas
UM SAFARI FOTOGRÁFICO
NAS COUTADAS DA SAFRIQUE
de Faria de Almeida
Portugal, 1972 – 11 min
LE PORTUGAL D’OUTRE MER
DANS LE MONDE D’AUJOURD’HUI
de Jean Leduc
Portugal, 1971 – 50 min / falado em francês, sem legendas
duração total da sessão: 84 min | M/12
Sessão apresentada por Maria do Carmo Piçarra (CECS),
Sofia Sampaio (CRIA), Paulo Cunha (CEIS XX),
Joana Pimentel (CP-MC)
Organizada em colaboração com o Centro de Estudos de
Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho,
esta sessão marca o lançamento de um debate público em
que a Cinemateca propõe a criação de uma plataforma de
investigação continuada sobre a sua coleção colonial. Ao
campo cinematográfico de afirmação propagandista do
Lusotropicalismo, em obras como LE PORTUGAL D’OUTRE MER
DANS LE MONDE D’AUJOURD’HUI, opõe-se aqui o contracampo
de filmes de resistência como CAMINHOS PARA A ANGÚSTIA,
que aborda o Massacre de Sharpeville, e MONANGAMBÉE, que fixa o desconhecimento da cultura africana e a brutalidade
da polícia portuguesa. UM SAFARI FOTOGRÁFICO NAS
COUTADAS DA SAFRIQUE mostra como o Estado Novo se
quis impor, através da promoção turística das colónias, como
“paraíso perdido”. Após a projeção, Maria do Carmo Piçarra,
Sofia Sampaio e Paulo Cunha abordarão a política colonial do
Estado Novo tal como imaginada no cinema de propaganda, as
reações a essa política em filmes de resistência, e, finalmente,
o que ficou “fora de campo”. Joana Pimentel fará uma breve
apresentação da coleção colonial entendida em sentido lato.
Os primeiros dois títulos são apresentados em cópias vídeo.
Primeiras exibições na Cinemateca.
> QUA. [21 Jan 2015] 18:30
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Books
Apresentação • Michelle Sales, Paulo Cunha e Liliane Leroux...................................................................11
A Baixada tem, a Baixada Filma: a periferia, da representação à autoapresentação • Liliane Leroux ................................. 24
Vênus Negra: o corpo como afirmação de identidade e resgate
de memória • Catarina Andrade.................................... 42
As bordas povoam e repovoam: as terras de delírios em Filme de
Aborto e Quintal • Juliana Serfaty.................................. 58
Novos parâmetros para a crítica de arte no Brasil: análise sobre a
recepção do filme Vazante • Michelle Sales................... 82
A catástrofe do agora em A Terra das Almas Errantes •
Andressa Caires ...........................................................100
De Yvones e de Margaridas: compartilhando memórias desencantadas de Moçambique • Cid Vasconcelos ..............115
Raul Solnado: comediante entertainer e one-man-show português • Afrânio Mendes Catani.....................................136
Caminhos documentais em espaços amazônicos • Uriel Nascimento dos Santos Pinho ........................................152
A realização de “filmes de improvisação”: uma experiência com os povos da Floresta de Caxiuanã • Luiz Adriano Daminello ......... 170
Figurações do corpo refugiado em Ressonâncias (Nicolas
Khoury, 2017) • Pedro Henrique Andrade............. 186
Index
Introdução - 9
Paulo Cunha, Manuela Penafria, Fernando Cabral & Tiago Fernandes
A representação dos pobres no cinema épico de Glauber Rocha e no de Manoel de Oliveira - 13
Renata Soares Junqueira
Ensaio e etnografia no documentário contemporâneo - 27
Maria Beatriz Colucci & Gabriela Borges Martins Caravela
A catarse pela imagem: dois documentários, duas “memórias de família” reveladas - 45
Rita Márcia Magalhães Furtado
Materialidades do Cinema: a mulher figurinista em Portugal - 57
Caterina Cucinotta
“We can’t go home again/There’s no place like home...” Os sentidos da descolonização em Paraíso Perdido e Tempestade da Terra - 71
Luís Bernardo
Do Gesto em António Reis - 87
Luís Lima & Alexandra João Martins
Uma Abelha na Chuva: Repetição e Diferença - 101
Francisco Ricardo Cipriano Silveira
A produção cinematográfica na Madeira no início do século XX. O exemplo da Madeira Film e da Empresa Cinegráfica Atlântida - 113
Ana Paula Almeida
A Literatura cinematográfica moderna na Cinemateca Brasileira - 129
Pedro Plaza Pinto
Marcas do padrão tecno-estético alternativo na obra do cineasta Franklin Pires - 143
Jacqueline Lima Dourado, Luís Nogueira & Thais Souza
Book Chapters
Apresentação • Michelle Sales, Paulo Cunha e Liliane Leroux...................................................................11
A Baixada tem, a Baixada Filma: a periferia, da representação à autoapresentação • Liliane Leroux ................................. 24
Vênus Negra: o corpo como afirmação de identidade e resgate
de memória • Catarina Andrade.................................... 42
As bordas povoam e repovoam: as terras de delírios em Filme de
Aborto e Quintal • Juliana Serfaty.................................. 58
Novos parâmetros para a crítica de arte no Brasil: análise sobre a
recepção do filme Vazante • Michelle Sales................... 82
A catástrofe do agora em A Terra das Almas Errantes •
Andressa Caires ...........................................................100
De Yvones e de Margaridas: compartilhando memórias desencantadas de Moçambique • Cid Vasconcelos ..............115
Raul Solnado: comediante entertainer e one-man-show português • Afrânio Mendes Catani.....................................136
Caminhos documentais em espaços amazônicos • Uriel Nascimento dos Santos Pinho ........................................152
A realização de “filmes de improvisação”: uma experiência com os povos da Floresta de Caxiuanã • Luiz Adriano Daminello ......... 170
Figurações do corpo refugiado em Ressonâncias (Nicolas
Khoury, 2017) • Pedro Henrique Andrade............. 186
Index
Introdução - 9
Paulo Cunha, Manuela Penafria, Fernando Cabral & Tiago Fernandes
A representação dos pobres no cinema épico de Glauber Rocha e no de Manoel de Oliveira - 13
Renata Soares Junqueira
Ensaio e etnografia no documentário contemporâneo - 27
Maria Beatriz Colucci & Gabriela Borges Martins Caravela
A catarse pela imagem: dois documentários, duas “memórias de família” reveladas - 45
Rita Márcia Magalhães Furtado
Materialidades do Cinema: a mulher figurinista em Portugal - 57
Caterina Cucinotta
“We can’t go home again/There’s no place like home...” Os sentidos da descolonização em Paraíso Perdido e Tempestade da Terra - 71
Luís Bernardo
Do Gesto em António Reis - 87
Luís Lima & Alexandra João Martins
Uma Abelha na Chuva: Repetição e Diferença - 101
Francisco Ricardo Cipriano Silveira
A produção cinematográfica na Madeira no início do século XX. O exemplo da Madeira Film e da Empresa Cinegráfica Atlântida - 113
Ana Paula Almeida
A Literatura cinematográfica moderna na Cinemateca Brasileira - 129
Pedro Plaza Pinto
Marcas do padrão tecno-estético alternativo na obra do cineasta Franklin Pires - 143
Jacqueline Lima Dourado, Luís Nogueira & Thais Souza
Objetivamente, o que pretendo fazer, a partir de um estudo de caso concreto, é iniciar um levantamento arqueológico das relações entre o cinema novo brasileiro e o novo cinema português. Interessa-me também conhecer e tentar refletir sobre a forma como estes dois novos cinemas que se expressavam através da língua portuguesa se posicionaram nos circuitos cinéfilos internacionais que defendiam um cinema como forma de expressão artística e cultural e como experiência moderna.
The fortieth anniversary of the independence of Portuguese-speaking African coun- tries is the pretext for analysing how Portuguese colonialism has been imagined by means of the moving image. In this issue of Comunicação & Sociedade, the re ection proposed by the articles compiled under the title Colonial imaginaries: propaganda, militancy and “resistance” in the cinema aims to expand our knowledge of the men and women imag- ined via the cinema under (post-)colonialism, during and after the Estado Novo regime (1926-1974).
Adérito Sedas Nunes aponta a influência da "crescente abertura da sociedade portuguesa à sociedade internacional" como uma das principais causas da modernização da sociedade portuguesa da época.
O propósito desta apresentação será analisar de que forma este «modelo» de interpretação da realidade se poderá aplicar às transformações estéticas ocorridas no cinema português a partir da década de 1960. Com base nos percursos de vida dos mais importantes nomes da renovada cinematografia portuguesa dessa década, pretendo conhecer e analisar o processo de circulação e apropriação da cultura cinematográfica e cinéfila internacionais no panorama português de então.
Caminhos para a Angústia
de Graham Parker, Faria de Almeida
com Lionel Ngokani, Olivia Farjeon
Reino Unido, 1963 – 8 min / sem diálogos
MONANGAMBÉE
de Sarah Maldoror
com Mohamed Zinet
Argélia, 1968 – 15 min / falado em francês, sem legendas
UM SAFARI FOTOGRÁFICO
NAS COUTADAS DA SAFRIQUE
de Faria de Almeida
Portugal, 1972 – 11 min
LE PORTUGAL D’OUTRE MER
DANS LE MONDE D’AUJOURD’HUI
de Jean Leduc
Portugal, 1971 – 50 min / falado em francês, sem legendas
duração total da sessão: 84 min | M/12
Sessão apresentada por Maria do Carmo Piçarra (CECS),
Sofia Sampaio (CRIA), Paulo Cunha (CEIS XX),
Joana Pimentel (CP-MC)
Organizada em colaboração com o Centro de Estudos de
Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho,
esta sessão marca o lançamento de um debate público em
que a Cinemateca propõe a criação de uma plataforma de
investigação continuada sobre a sua coleção colonial. Ao
campo cinematográfico de afirmação propagandista do
Lusotropicalismo, em obras como LE PORTUGAL D’OUTRE MER
DANS LE MONDE D’AUJOURD’HUI, opõe-se aqui o contracampo
de filmes de resistência como CAMINHOS PARA A ANGÚSTIA,
que aborda o Massacre de Sharpeville, e MONANGAMBÉE, que fixa o desconhecimento da cultura africana e a brutalidade
da polícia portuguesa. UM SAFARI FOTOGRÁFICO NAS
COUTADAS DA SAFRIQUE mostra como o Estado Novo se
quis impor, através da promoção turística das colónias, como
“paraíso perdido”. Após a projeção, Maria do Carmo Piçarra,
Sofia Sampaio e Paulo Cunha abordarão a política colonial do
Estado Novo tal como imaginada no cinema de propaganda, as
reações a essa política em filmes de resistência, e, finalmente,
o que ficou “fora de campo”. Joana Pimentel fará uma breve
apresentação da coleção colonial entendida em sentido lato.
Os primeiros dois títulos são apresentados em cópias vídeo.
Primeiras exibições na Cinemateca.
> QUA. [21 Jan 2015] 18:30