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Zênite

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Zênite (português brasileiro) ou zénite (português europeu), em astronomia, é o termo técnico (também usado em trigonometria) que designa o ponto (imaginário) interceptado por um eixo vertical (imaginário) traçado a partir da cabeça de um observador (localizado sobre a superfície terrestre) e que se prolonga até a esfera celeste. O ponto (sobre a esfera celeste) traçado por um eixo vertical de sentido oposto recebe o nome de nadir.

Em trigonometria, para fins de navegação astronômica, é um dos três pontos referenciais que formam um triângulo de posição e onde se encontra o observador. O zênite também é a linha imaginária que parte do observador e sempre aponta para o ponto mais elevado da abóbada celeste.

Zênite é um ponto imaginário (localizado sobre a esfera celeste) interceptado pela vertical traçada a partir da cabeça de um observador (conforme o desenho). Nadir é o ponto diametralmente oposto.

A palavra zênite deriva da leitura desatenta da expressão árabe سمت الرأس (samt ar-ra's), significando "direção da cabeça" ou "caminho acima da cabeça". Essa tradução ou transliteração, para o latim medieval, feita por escribas da Idade Média durante o século XIV. A expressão foi incorretamente reduzida para 'samt' ("direção") e escrita como 'senit'/'cenit' pelos escribas.[1][2]

  • O termo zênite também pode ser usado para definir o ponto mais alto no céu por onde o objeto (caso fosse a ponta de um lápis) celeste riscaria a abóbada em sua trajetória ao redor do observador.
  • Na astronomia, zênite e nadir definem um dos eixos do Sistema horizontal de coordenadas, nele a altura de um objeto é medida, em graus, a partir do horizonte até a linha imediatamente acima do observador, logo a altura do zênite corresponde sempre a 90° e portanto integrada aos pontos cardeais.

Zênite solar

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É o mesmo aplicado no planeta Terra, nesse caso trata-se de um ponto de referencia particular (só serve para uma pessoa) o qual é coincidente na abóbada celeste, com a vertical que parte logo acima da cabeça desse observador "desde que ele esteja estacionado na superfície do sol" .

Com o sol diretamente acima das árvores (no zênite). Isso acontecerá somente ao meio-dia se o observador está no mesmo paralelo de declinação que o sol.

Embora sem sentido, o zênite (ou no caso Nadir) desse observador (e de mais ninguém) que coincide com a projeção dos raios solares Sol sobre a Terra ocorrem anualmente duas vezes, somente entre as latitudes localizadas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, não ocorrendo jamais em latitudes superiores.

A tabela a seguir indica as datas nas quais ocorreu o alinhamento dos raios solares com o meio do fuso, em algumas latitudes dos anos de 2010 e 2011.[3]

Latitude Sul Zênite 2010 Zênite 2011 Difer. dias
23°26’ Trop. Capr. 22 de dez. 22 de dez. 0
22,5° 6 de dez. 8 de jan. 33
21° 26 de nov. 18 de jan. 53
20° 22 de nov. 22 de jan. 61
19,5° 19 de nov. 25 de jan. 67
18° 13 de nov. 31 de jan. 79
16.5° 8 de nov. 5 de fev. 89
15° 3 de nov. 10 de fev. 99
13,5° 29 de out. 15 de fev. 109
12° 24 de out. 20 de fev. 119
10° 19 de out. 24 de fev. 128
16 de out. 28 de fev. 135
11 de out. 4 de mar. 144
8 de out. 6 de mar. 149
6 de out. 8 de mar. 153
3,5° 2 de out. 12 de mar. 161
2,5° 29 de set. 15 de mar. 167
1,5° 27 de set. 17 de mar. 171
25 de set. 19 de mar. 175
0° Equador 22 de set. 21 de mar. 180

Aqui temos a tabela com as latitudes Norte aproximadas e datas dos zênites, considerando-se 2011

Latitude Norte 1.º semestre 2.º semestre Difer. dias
23°26’ Trop. Câncer 20 de jun. 20 de jun. 0
23° 1 de jul. 8 de jun. 23
22°15’ 10 de jul. 30 de maio 41
20° 20 de jul. 19 de maio 62
19° 25 de jul. 15 de maio 71
18°15’ 31 de jul. 9 de maio 83
17° 5 de ago. 4 de maio 93
15°30’ 10 de ago. 29 de abr. 103
14° 15 de ago. 24 de abr. 113
12° 20 de ago. 21 de abr. 113
10°45’ 25 de ago. 18 de abr. 129
9°45’ 28 de ago. 15 de abr. 135
2 de set. 10 de abr. 145
6°45’ 5 de set. 7 de abr. 151
5°45’ 8 de set. 4 de abr. 157
12 de set. 31 de mar. 165
13 de set. 28 de mar. 171
18 de set. 26 de mar. 176
20 de set. 24 de mar. 180
0° Equador 22 de set. 21 de mar. 185
Referências
  • Kepler de S. Oliveira Filho & Maria de Fátima O. Saraiva, A Esfera Celeste
  • Huschke, Ralph E. (1959) Glossary of Meteorology, American Meteorological Society, Boston, Second printing-1970.
  • McIntosh, D. H. (1972) Meteorological Glossary, Her Majesty's Stationery Office, Met. O. 842, A.P. 897, 319 p.
  • Picoche, J. (1992) Dictionnaire Etymologique du Français, Le Robert, Paris, ISBN 2-85036-458-4.
  • «O que é o zênite?» 
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