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Usuário:Arcstur/OBL/Yaminawa

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Yaminawa

Yaminahua, Yaminawá

Outros nomes:yaminawá, yaminauá, yambinawa, yaminawa, yaminauá, pano-purus
Falado(a) em: Acre, BrasilBrasil

Ucayali, PeruPeru

Cobija, BolíviaBolívia
Região: Amazônia
Total de falantes: 2.864 [1]
Família: Pano
Escrita: Alfabeto latino
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: vários:
yaa — Yaminawa
ywn — Yawanawa
mcd — Sharanawa
swo — Shaninawa
mts — Yora

A língua yaminawa, também conhecida como yaminawá, yaminauá, yaminahua, yambinawa, jaminawa, jaminauá ou pano-purus, é uma língua indígena da família Pano e conta com cerca de 2.864 falantes[2] da Amazônia ocidental, o que inclui o Brasil, a Bolívia e o Peru. Devido a isso, a UNESCO classifica essa língua como vulnerável no Brasil (com aproximadamente 1.454 falantes) e em severo risco de extinção nos países hispânicos (com apenas 1.230 falantes, em conjunto).[3]

Yaminawá é usualmente traduzido como “gente do machado”, o que se relaciona com a história da comunidade indígena com o ferro — na busca desses utensílios de metal pelas plantações seringueiras —, mas também com a ligação a instrumentos de pedra — forma pejorativa de os associar ao primitivismo. Atentando-se a isso, é válido destacar que o termo yaminawa é insólito aos grupos falantes, os quais se reconhecem como Xixiwaná (xixi = quati branco), Marinawá (mari = cutia), Bashonawá (basho = mucura), e demais termos com sufixo -nawa, comum aos povos Pano do Acre.[4]

A priori, os registros do vocábulo aparecem na literatura acadêmica ao longo do século XX, no artigo Entre os índios do Urubamba e do Envira (Reich, A. e Stegelmann, F., 1903), em que Stegelmann narra seu encontro com a comunidade Yaminawa durante sua viagem pelo rio Envira, no Acre.

As grafias variantes do termo podem ser resultado de trocadilhos por parte de povos vizinhos — prática costumeira nas relações intergrupais Pano —, além da diversidade ortográfica crônica e idiomática, influenciada pelo castelhano e pelo português.[4]

Distribuição

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Yaminawá no Brasil

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A maioria dos falantes da língua yaminawá estão concentrados no Acre, próximo aos rios Gregório e Purus[5], embora esses dados não sejam estáveis devido à constante realocação desses indivíduos, principalmente para regiões adjacentes ao rio Caeté.[4] É possível localizá-los nas terras indígenas brasileiras Alto Rio Purus, Cabeceira do Rio Acre, Jaminawa do Igarapé Preto, Jaminawa Arara do Rio Bagé e Mamoadate.[6]

Em suma, nos últimos anos, desde a década de 90, houve uma significativa migração desse grupo para Rio Branco, o que intensificou sua presença tanto na Casa dos Povos Indígenas quanto na periferia da cidade. Essa precária situação de vida na capital deve-se à busca frustrada dos líderes dessa comunidade por maior segurança política, o que culmina na ausência de uma instituição eficiente nas aldeias para a representação de seus interesses. Por conseguinte, a Funai, na tentativa de arrefecer esse conflito, designa esses indivíduos na cidade grande para áreas interioranas, o que apenas prorroga o imbróglio e prejudica o escopo da população originária.[4]

A forma Yaminawá é a de preferência desses falantes no Brasil.[4]

Yaminahua em países hispânicos

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A língua yaminahua é falada pelos arredores de Cobija, capital do departamento boliviano de Pando, próximo à fronteira com o Peru, onde se localiza o rio Madre de Díos. Já próximo à fronteira peruana com o Brasil, em Ucayali, encontram-se falantes próximos ao rio Purus, nos distritos Yurua e Sepahua, nos quais há duas escolas promovidas pelo Ministério da Educação do Peru.[6]

A forma Yaminahua é a de preferência desses falantes nos países hispânicos.[4]

Número de falantes por região[2]
UF / País População Fonte/Ano
AC 831 Siasi/Sesai 2014
Peru 324 População local 1993
Bolívia 132 Censo Nacional de Poblacion y Viviendas 2012

Yaminawa é constituída por um extenso aglomerado de dialetos utilizados em Ucayali, no Peru, e no estado do Acre, e incluem-se os seguintes catalogados[7]:

Yaminawa Brasileiro, que provavelmente representa mais de um dialeto;

Yaminawa Peruano;

Chaninawa;

Chitonawa;

Mastanawa;

Parkenawa;

Shanenawa (Xaninaua, = Katukina de Feijó);

Sharanawa (= Marinawa);

Shawannawa (= Arara);

Yawanawa;

Yaminawa-arara, obsolescente, muito parecido com Shawannawa / Arara;

Nehanawa, extinta.

Comunidades Yaminawa na cidade de Cobija, na Bolívia, possuem um dialeto desconhecido.

A língua yaminahua é composta por doze vogais orais, sendo quatro anteriores, quatro centrais e quatro posteriores. Em palavras de duas sílabas ou mais, a penúltima (com exceção do ɜ) é usualmente alongada. Além disso, pode haver um alongamento de vogais da primeira sílaba de palavras que possuem mais de três, enquanto que, em palavras com duas sílabas, o costume é alongar a pré-tônica.[8]

Tabela de vogais:

Fonemas vocálicos orais da língua yaminawá[9]
Anterior Central Posterior
Não Arredondado Arredondado
Oral Nasal Oral Nasal Oral Nasal
Aberta i ĩ u ũ
Semiaberta e o õ
Média ɐ̃
Semifechada ɛ ɜ
Fechada a ã

A língua jaminawa apresenta vinte fones consonantais (19 supra-glotais e apenas 1 glotal).[10]

Inventário consonantal da língua yaminawá[11]
Bilabial Labiodental Alveolar Pós-Aoveolar Palatal Velar Glotal
Plosiva p b t d k
Africada t͡s t͡ʃ d͡ʒ
Nasal m n
Vibrante ɾ
Fricativa β f v s ʃʒ h
Aproximante w j

Esses dados são do yaminawá no Brasil e podem variar de acordo com cada dialeto da língua.

Yaminawa não apresenta um alfabeto próprio, mas herdou letras do alfabeto latino ensinadas pelos missionários à comunidade falante. Dessa forma, a língua é composta por dezoito letras: a, eh, e, f, i, j, k, m, n, o, p, r, s, sh, t, ts, x, y. Devido à influência colonizadora, essas letras são lidas com uma pronúncia próxima ao castelhano em conjunto com a original jaminauá. O til (~) que aparece sobre as vogais da escrita também consta no alfabeto yaminawá.[12]

Embora seja uma língua vulnerável, ela está em constante mudança. A título de exemplificação, devido ao costume de nomear descendentes com o nome de objetos/seres vivos, esse pode ser passível de renomeação pelos padres catequizadores ou pela própria população após a morte do indivíduo, para evitar a lembrança infeliz.[13]

Diferentemente das línguas colonizadoras, o yaminawa não varia segundo o gênero do locutor nem apresenta diferença entre “tu” e “você”.

Pronomes Pessoais em yaminawa[14]
Sujeito de verbo transitivo Sujeito de verbo intransitivo Objeto
Primeira pessoa singular ea
plural noko
Segunda pessoa singular mia
plural mato
Terceira pessoa singular aatõ a
plural ato

Os pronomes de primeira e segunda pessoa diferenciam-se dos da terceira pessoa por utilizar o mesmo sujeito para verbos transitivos e intransitivos, enquanto que o o objeto é diferente. Já no segundo caso, o termo para verbos transitivos é diferente daquele para verbos intransitivos e objeto.

Ademais, é raro o uso de terceira pessoas na oração, o que resulta em um constante uso de sujeito indeterminado.

Ex:

A noko oĩyoi. Ele vem nos ver.

Noko oĩyoi. (Ele) vem nos ver.

1. Para pluralizar um substantivo de determinada categoria, adiciona-se o sufixo -fo/fafē. O -fo é utilizado em sujeitos de verbos intransitivos e em objetos do verbo transitivo; já o -fafē é adicionado ao sujeito de verbos transitivos.[15]

Ex:

Fakefo afe kai. Os meninos vão com ele.
Fakefafẽ takara pikani. Os meninos estão comendo galinha.

Quando o plural é subentendido ao longo da oração, não é necessário utilizar os sufixos.

Ex:

Mã paxta ichapa kal. Muitos cachorros vão. (O adjetivo ichapa = muitos já indica o plural)


2. O sufixo -nõ no substantivo indica a realização da ação por outros além do termo pluralizado.

Ex:

Epa foafo. Meu pai e os outros se foram.
Mã mĩ efa, mĩ exto, mĩ chiko fekaxõ mia oĩpaikani. Sua mãe, seus irmãos e suas irmãs vieram te ver.


3. Para a pluralização de grupos homogêneos, adiciona-se a partícula tii/tiito.

Ex:

Mã paxta tii foafo. Os cachorros não se foram mais.
Oa tiito takara fitana. Aqueles lá conseguiram uma galinha.

Não há uma modificação do substantivo para a variação de gênero no yaminawá. Contudo, é possível direcionar o sexo de animais de forma bilateral (apenas feminino e masculino) ao empregar os substantivos fene para macho e afi ou kero (a depender do substantivo) para fêmea.[16]

Ex:

takara fene galo (lit: galinha macho/esposo da galinha)
takara afi galinha
paxta fene cachorro
paxta kero cadela

Relações de posse

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Os nomes possessivos no yaminahua são substantivos que se referem ao possuidor, formados com a adição do sufixo -nã/-nãto. O -nã é utilizado quando o nome possessivo é sujeito do verbo intransitivo ou é objeto do verbo transitivo. O -nãto, porém, é adicionado apenas quando o nome possessivo é sujeito do verbo transitivo.[17]

Ex:

Nõkoma. Não é nosso.

¿Mĩmē os piai? É tua a que está comendo?

Fosinãto ea kẽyoa. O de José me mordeu.


Nessas orações possessivas, o possuidor aparece imediatamente antes da posse e recebe os sufixos de sujeito de verbo transitivo normalmente.

Diferentemente do português, os verbos no yaminahua não sofrem flexão de pessoa, porém há um constante uso de sufixos no termo para referenciar negação, modo, formação de adjetivos para verbos, entre outros.[14]

São três principais modos nessa língua indígena: indicativo, interrogativo, imperativo. Para indicar cada um, deve-se atentar ao sufixo.[18]

  • Para orações indicativas, não se faz uso de sufixos de modo (porém há algumas exceções);
  • Para orações interrogativas, faz-se uso do sufixo -mẽ;
  • Para orações imperativas, faz-se uso do sufixo -fe

Basicamente, o yaminauá apresenta quatro tempos passados, um tempo presente e dois tempos futuros, que podem ser indicados com sufixo.[19]

Passado

Tempo passado imediato (ações realizadas no mesmo dia que se fala)

Tempo passado recente (ações realizadas no dia anterior ou ha três dias)

Tempo passado distante (ações realizadas na semana anterior ou anos atrás)

Tempo passado remoto (inconstante)

Presente

Futuro

Tempo futuro indefinido

Tempo futuro progressivo

Os apectos no idioma jaminawa também são indicados por sufixo.[20]

Para aspecto completo (ação finalizada nos modos indicativo e interrogativo), utiliza-se o sufixo -a.

Para aspecto incompleto (ação não finalizada nos modos indicativo e interrogativo), utiliza-se o sufixo -i.

No yaminawá, a ordem da sentença padrão é sujeito-objeto-predicado-verbo, circunstância incomum nas línguas com influência latina e que facilita o constante uso de sufixos no idioma. É válido destacar que não há artigos nessa língua.[21]

Declaração Universal dos Direitos Humanos em yaminawa[22]

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Segue o primeiro artigo da DUDH em yaminahua e, logo abaixo, sua respectiva tradução para o português:

Yaminawa

Nantifin naanno rasisin cainnifoquin. Tsoan mato iscahuatiroma cuscan, -Manfin uhuunnacoinquin. Ahuua tsacatama rarama shara ninonfo ishon. Nantififain aton mapo shinantirofoquin. Ato nomuranrin chaca iyamarain sharamainqui icashon. Ascanrifiantan nantifin manifoti yorahuan tanannon icashu.

Português

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Eles são dotados de razão e consciência e devem agir uns em relação aos outros em espírito de fraternidade.

Referências
  1. «Quadro geral dos Povos - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 25 de abril de 2022 
  2. a b «Quadro Geral dos Povos - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 2 de maio de 2022 
  3. «UNESCO Atlas of the World's Languages in Danger». unesco.org. Consultado em 25 de abril de 2022 
  4. a b c d e f «Yaminawá - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 2 de maio de 2022 
  5. Neely 2019, pp. 41.
  6. a b «Promotora Española de Lingüística». www.proel.org. Consultado em 2 de maio de 2022 
  7. Fleck 2013, pp. 12.
  8. Cruvinel 2013, pp. 24-25.
  9. Cruvinel 2013, pp. 24.
  10. Cruvinel 2013, pp. 18-19.
  11. Cruvinel 2013, pp. 18.
  12. Eaken 1991, pp. 15.
  13. Eaken 1991, pp. 11.
  14. a b Eaken 2005, pp. 18.
  15. Eaken 2005, pp. 94.
  16. Eaken 2005, pp. 95.
  17. Eaken 2005, pp. 96.
  18. Eaken 2005, pp. 17.
  19. Eaken 2005, pp. 74-77.
  20. Eaken 2005, pp. 28.
  21. Oliveira 2005, pp. 32.
  22. «Omniglot - the online encyclopedia of writing systems and languages». omniglot.com. Consultado em 2 de maio de 2022 
  23. Olimpíada Brasileira de Linguística. «Prova da 1ª fase da edição Ye'pâ-masa» (PDF). obling.org. Consultado em 6 de abril de 2022 

Ligações externas

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Artigo original

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Yaminauá
Falado(a) em: Peru, Bolívia, Brasil
Total de falantes: 3.120 (2000–2011) + 400 não contactados (2007)
Família: Panos
 Panoana
  Nawa
   Águas
    Yaminauá
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: vários:
yaa — Yaminawa
ywn — Yawanawa
mcd — Sharanawa
swo — Shaninawa
mts — Yora

Yaminawa (Yaminauá) é uma língua Panos da Amazônia ocidental. É falada pelos Jaminauás e alguns povos relacionados.

Yaminauá constitui um extenso cluster de dialetos. Os dialetos atestados são [1] "dois ou mais dialetos brasileiros Yaminawa, Yaminawa peruano, Chaninawa, Chitonawa, Mastanawa, Parkenawa (= Yora ou" Nawa "), Shanenawa (Xaninaua, = Katukina de Feijó), Sharanawa ( = Marinawa), Shawannawa (= Arara), Yawanawa, Yaminawa-arara (obsolescente, muito parecido com Shawannawa / Arara), Nehanawa.

Muito poucos Yaminauás falam espanhol ou português, embora os falantes de Shanenawa tenham mudado principalmente para o português.[2]

O Yaminauá usa um forma do alfabeto latino ensinada por missionários. Essa forma não usa as letras U, G, J, L, V, W, Z.

Usam-se as formas ɨ, ï, ã, ẽ, ĩ, õ, č, š, ch, mb, tz, ts, shr.

Amostra de texto

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Nantifin naanno rasisin cainnifoquin. Tsoan mato iscahuatiroma cuscan, -Manfin uhuunnacoinquin. Ahuua tsacatama rarama shara ninonfo ishon. Nantififain aton mapo shinantirofoquin. Ato nomuranrin chaca iyamarain sharamainqui icashon. Ascanrifiantan nantifin manifoti yorahuan tanannon icashu.

Português

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Eles são dotados de razão e consciência e devem agir uns em relação aos outros em espírito de fraternidade. (Artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos)

Vocabulário da língua Saynáwa (uma variedade linguítica do Yamináwa, falada pelos índios Saynáwa, que residem na T.I. Jamináwa do Igarapé Preto, no município de Rodrigues Alves-AC (Couto 2010):[3]

Vocabulário Saynáwa (Couto 2010)
Português Saynáwa
maracanã aia
beijar antsuakin
beber aiamis
paca anu
esposa ain
mutum asin
cipó timbó ainas
respirar askinki
mulher ainbu
boca aspa
cumaru aku
estômago atu
manacá akuan
mandioca atsa
capivara aman
cansar-se atsana
amarelinho ami
farinha de mandioca atsa putu
língua ana
anta aua
cunhado (a) ania
eu (pronome pessoal) ə
pai əpa
assustar əəki
irmão mais novo əstun
meu/minha (pronome possessivo) ən
mãe əua
taxi əni
crescer əuai
neto baba
testa bətunku
nora babauan
carapanã bi
passear bai
carrapicho biana
surubim bain
fruta bimi
roçado baj
caucho bin
gavião bajtətə
panturrilha bipustu
água, rio baka
estrela biʃi
fazer sexo bakəaj
perna bitas
criança bakista
pele bitʃi
rosto bamana
jaburu bitʃu
queixada bamu
tamanduá pequeno biuan
pupunha bani
cabelo bu
tucum banin mauən
gente -bu (sufixo)
sol baɾi
curimatã buə
verão baɾi pəi
pica-pau buin
capim basi
cera buj
cotovelo bastunku
irara buka
cego baʃun
embaúba bukun
piau-de-flecha batun
abelha uruçu buna
ovo batʃi
fome buni
caparari bəiuan
cana-de-macaco bunkas
marido bənə
palmeira buɾa
levantar-se bəni
cabeça buska
olho bəɾu
pente busti
um bəstis
cachorrão bustʃuma
frente bəsua
jatobá buʃis
freijó bəʃu
ele (pronome pessoal) habia
lontra hənə inu
socó haka
palha həpə
‘tipo de socó’ hakauan
piaçabeira həpəuan
esquecer hakinma
sapo (‘o que canta’) həu
sim han
extrato (perfume) hinin
aracuã hana
flor hua
por quê? haskajman
coração huinti
quando? hatina
hujpiɾi
seu/sua (pronome possessivo) haun
umbu humus
terreiro həmainti
homem, cipó (bebida) huni
rio (‘rio grande’) hənə
caititu hunu
árvore i
zangado isinipa
piolho ia
japó isku
biorana iaə
jacareúba iskinɾanpan
tatu iais
urubu-rei ismin
‘canto de ninar’ iama iama
irmã mais nova istan
madrugada iamanapun
sapucaia istibin
amanhã iaməɾi
espantar istʃuan
a tarde iantəin
macaco preto isu
matrinxã iapauan
urina isun
‘nome próprio’ iasan
mandim mole iʃis
porco iaua
cansanção, urtiga iʃismun
sovino iauʃi
sobrinha itusta
‘nome próprio’ iban
muito itʃapa
casca de árvore ibi
grande iuapa
mandim preto ibun
dizer iuiuə
cantar iiki
goiabeira iuka
castanhola ikənibin
peixe iuma
sangue imi
linha de costura iumə
rabo ina
maúba iunuan
lago inan
tarumã iunuən
onça inu
panema iupa
bode (peixe) ipu
gente iuɾa
pássaro isa
feijão, fava iusu
‘nome próprio’ isabati
fêmea iuʃan
manga (rede de pesca) isin
pimenta iutʃi
reto kaia
buraco kini
cachorro kamə
coxa kiʃi
cascavel kamus
‘nome próprio’ kiʃipakati
abacaxi kankan
maçaranduba kiu
sapo verde (utilizado ku “pus” para a “vacina do sapo”) kanpu
rim kanʃiku
quente kui
prato kantʃa
fumaça kuin
jacaré kapə
anu kuinka
batata doce kaɾi
queixo kuj
morcego kaʃi
paneiro (para levar mandioca) kuki
alto kəiatapa
nambu azul kumauan
morder kəiukin
miratauá kunma
saliva kəmu
seringa kuɾan
arco kənu
cedro kuʃa
lábio kəʃa
gafanhoto kuʃakin
costurar kəʃəkin
correr kuʃi
barba kəʃini
boto kuʃuka
gato peludo (tipo de kuti “jacigato do mato) kətsin
tartaruga da mata kimi
flecha kutʃa
não ma
monte matʃi
caiçuma mabəs
morrer maua
terra mai
arapuá amarela məbakun
magro majna
punho məbi
cocar majti
mão məkan
rato grande maka
banana məni
piranha makə
Xixuá məpa
açafroa mani hininti
traíra məsku
sororoca manipaj
homem velho məstəbu
liso maniu
anoitecer məʃui
‘nome próprio’ manku
mingau mətə
unha mantis
várzea mətʃa
gostar, amar manui
barreiro məuə
cinzas mapu
pulseira məuti
nuca maputəɾipi
tu (pronome pessoal) mi
mucunã maɾinata
teu/tua (pronome possessivo) min
areia maʃi
piau misinuti
alma-de-porco matas
pedra miski
varrer matukin
anzol miskiti
frio matsi
amargoso (planta) muka
vassoura matsuti
espinho muʃa
este/esta (pronome demonstrativo) na
suar niskain
céu nai
paxiuba nisti
pajé nai baj
cipó envira niʃi
bicho preguiça nain
apuí niʃi hinis
nuvem nai uʃupa
mororó niʃu
cupim nakas
arruda niʃuʃu
carne nami
caminho niti
jenipapo nanə
araçá niuə
mosca varejeira nanpə
poço nua
tartaruga de igapó nasa
sal nuə
porto naʃiti
minhoca nuin
baço natsa
nós (pronome pessoal) nuku
branco (gente) naua
nosso/nossa (pronome possessivo) nukun
cama naua uʃati
sede numi
tabaco nauə
nadar nunaj
canela naumi
mulateiro nuni
jacamim nəa
rolinha nuntu
floresta ni
pato nunun
escorpião nibu
tipóia (utilizada no passado para levar as crianças nas costas) nuʃati
choaca ninuan
alguidar (“copo pequeno”) nutanti
macaco bule-bule niɾu
orelha pabinki
pequeno pista ɾista
‘nome próprio’ pakamuʃa
costela piʃi
rede de dormir pani
esteira piʃin
tatu-rabo-de-couro panku
periquitinho (tipo de periquito) pitu tʃuniun
grota pantu
periquito (verde, pequeno) pitsu
carapanaúba pantʃun
cozinhar pitʃankin
lança paspi
guariúba piu
bem-te-vi paspinka
inhame pua
maduro patʃia
fumar puakin
fraco patʃiɾista
fezes puj
bom, reza
mastruço pujpisi
asa pəj
intestino puku
casa pəʃə
barriga toda (o abdômen e o tórax) puku tʃipus
teto, coberta da casa pəʃə ʃəuati
braço punian
as costas pətʃi
músculo do braço superior punpustu
atrás pətʃiuɾi
‘tipo de coruja’ pupu
comer pi
coruja pupuan
beija-flor pinu
lama pupus
pipira piɾus
timbó puɾa
araçari pisa
barriga pustu
curto pista
putu
pouco ɾabasta
atar, ligar ɾətikin
brincadeira ɾabəbəiati
taquari, flauta (flauta feita de taquari) ɾəuə
genro ɾais
corda ɾispi
deite ɾakauən
guariba ɾu
joelho ɾantunku
machado ɾuə
gripe ɾaʃu
cobra ɾunu
erva, remédio, veneno ɾau
sucuri, jibóia (“cobra d'água”) ɾunuan
juriti ɾəi
teimoso ɾusku
nariz ɾəkin
cacau ɾuʃubi
grito saj
algodão sapu
‘povo do grito’ sajbajbu (Saybaybô)
salgar (antigo etnônimo) saunki
gritar sajki
pavão səɾə
‘povo do grito’ sajnaua (Saynáwa)
tiririca (etnônimo mais recente) sikumis
‘dança tradicional’ sakuj
reima sinai
piabinha sanin
raiva sinaj
sururina santuɾi
máscara sinpa
dia ʃaba
cipó ʃəu
amanhecer ʃabai
peixe espia-mulher ʃəun
escama ʃaka
ardência da pimenta ʃia
maracá ʃakajti
sarapó ʃima
manixi ʃana
camapum ʃimun
pulmão ʃankainti
pensar ʃinain
‘nome próprio’ ʃankainti
grilo ʃini
caranguejo ʃantʃu
macaco ʃinu
bom ʃaɾa
soim ʃipi
marupá ʃaʃai
mosca pium ʃiu
urubu ʃata
verde ʃu
osso ʃau
‘Rio Valparaíso’ ʃua
arara ʃauan
coçar, curuba (escabiose ou sarna) ʃuaj
jabuti ʃauə
curar ʃuanki
jacundá ʃaun
caxinguba ʃubin
engolir ʃəakin
arapuca ʃubu
cancão ʃəinka
soprar ʃuənki
bacuri ʃəkəs
rato pequeno ʃuia
milho ʃəki
mamar ʃumaki
preguiçoso ʃəni
pote ʃumu
gordo ʃənia
marrom ʃunan
‘nome próprio’ ʃənkuani
samaúma ʃunu
dente ʃəta
peito ʃutʃi
taə
paxiubão tau
dedão do pé taə buska
cana, ucuubinha taua
raio taiki
‘nome próprio’ təpəjtima
galinha takaɾa
capeba təʃən
saracura taku
pescoço təʃu
dedo do pé taməs
colar təuti
bochecha tamu
(sufixo instrumentalizador) -ti
tucano tanpas
cair tinki
aprender tapin
cachimbo tipu
errar tapinama
carvão tistə
saber tapinan
pássaro sim sinhô tua
ponte tapu
atirar tuakin
raiz tapun
remo tuanti
roupa taɾi
‘nome próprio’ tumə
blusa taɾi ʃutʃi
mandim duro tunu
garganta taʃipi
bacurau tuspə
colher, garfo tsanu
pulga tsu
sentar-se tsaui
chupar tsuakin
soluço tsəkui
segurar tsumakin
emissão de flatulência tsipisi
longe tʃaj
arder tʃəʃəin
perto tʃajma
fogo tʃi
comprido tʃajpa
espremer tʃinikin
ruim tʃakabu-
periquito Jandaia tʃinkəiu
japiim tʃana
anca tʃipaspi
mentiroso tʃanimis
irmã mais velha tʃipin
podre tʃapu
‘dança tradicional’ tʃiɾin
ariramba tʃaɾas
cesta tʃitʃan
sapo de enxurrada tʃaʃus
avó tʃitʃi
Deus, avô, cacique tʃata
assa-peixe tʃiun
facão tʃatʃiti
cuia tʃuma
periquito (‘tipo de tʃupa “mutuca” periquito do bico preto’) tʃəɾə
chuva ui
dormir uʃai
vivo uin
‘lugar onde se dorme’ uʃati
inverno uisi
‘canto de ninar’ uʃauə uʃauə
graúna uka
lua uʃə
idiota unama
vermelho uʃinipa
saúva unan
branco uʃu
garra untis
macaco Kairara uʃu ʃinu
‘nome próprio’ uɾi
soim branco uʃu ʃipi
rir usain
coelho utsa
  1. David Fleck, 2013, Panoan Languages and Linguistics, Anthropological Papers of the American Museum of Natural History #99
  2. "Yaminahua." Ethnologue.)
  3. Couto, Cláudio André Cavalcanti (2010). Análise fonológica do Saynáwa (Pano): a língua dos índios da T. I. Jamináwa do Igarapé Preto. (Dissertação, Mestrado em Linguística). Recife: Universidade Federal de Pernambuco .
  • FAUST, N.; LOOS, E. Gramática del Idioma Yaminahua. Peru: Instituto Lingüístico de Verano, 2002.
  • EAKEN, L. Lecciones para el aprendizaje del idioma yaminahua. Yarinacocha, Pucallpa: Instituto Lingüístico de Verano, 2008.
  • CABRAL, A. S. A. C.; OLIVEIRA, S. C. S. Dados de pesquisa de campo. 2009. mimeo.

Ligações externas

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