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Tideu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Tideu e Ismênia, ânfora coríntia, c. 560 a.C., Museu do Louvre (E 640)

Na mitologia grega, Tideu (em grego moderno Τυδέας) é um dos protagonistas da Guerra dos Sete Chefes contra Tebas. É filho de Eneu, rei de Calidonte, e Peribeia.[1] Por ter matado um parente na juventude, sobre cuja identidade as fontes não concordam (seus primos Alcathoüs e Lycopeus,[2] ou seu irmão Melanipo,[3] ou seu tio Alcathous,[4] ou os filhos de Melas[4] ou seu irmão Olenias[5]), é obrigado a deixar sua terra.

Ao dirigir-se a Argos, para ser purificado pelo rei Adrasto, tem uma disputa com Polinice, irmão de Etéocles e filho de Édipo e Jocasta, e pretendente ao trono de Tebas, também ele hóspede do generoso rei.

Esse litígio foi profetizado por Adrasto e, para cumprir o oráculo, ele dá a cada um dos litigantes uma de suas filhas. Tideu casa-se com Deipile, com quem tem Diomedes, herói da guerra de Troia. Polinice fica com Argeia.

Ainda para executar as ordens do oráculo, Adrasto promete ajudar Tideu a conquistar o trono de Calidonte, mas antes resolve lutar ao lado de Polinice para que este recupere o reino de Tebas.

Reunido o exército, Tideu é escolhido como um de seus sete chefes e enviado como embaixador a Etéocles, que reina em Tebas, para reclamar os direitos de Polinice. Como não obtém êxito, Tideu desafia os tebanos e vence vários deles em combates individuais. Quando regressa a Argos é surpreendido numa emboscada por cinquenta homens e mata todos eles, menos Meon.

O exército de Argos sitia Tebas, mas não consegue conquistá-la. Tideu mata Melanipo num duelo, mas é ferido mortalmente por ele. A deusa Atena, que protege o herói em suas lutas, aparece-lhe trazendo uma bebida que pode torná-lo imortal. Anfiareu, um dos sete chefes, que o detesta, decapita Melanipo e joga sua cabeça a Tideu. Este a parte em duas para sugar seu cérebro. Atena muda de ideia e deixa Tideu morrer.

Diomedes conta resumidamente a história de seu pai no canto XIV da Ilíada (114-132).

Recentemente foi lançada a hipótese de que uma das duas estátuas hoje conhecidas como Bronzes de Riace, do século V a.C. e encontradas em 1972, representa Tideu. A estátua faz parte do acervo do Museu Nacional da Magna Grécia, de Reggio Calabria, na Itália.

Referências
  1. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.35.2
  2. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.65.2
  3. Higino, Fabulae, LXIX, Adrasto
  4. a b Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.8.5
  5. Ferecides de Leros, citado por Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.8.5