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TRIAC

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Símbolo do TRIAC

Um TRIAC, ou "triodo de corrente alternada"[1] ou ainda "retificador de silício bipolar"[2] é um componente eletrônico semicondutor, composto por dois retificadores controlados de silício (SCR) complementares, ou seja, ligados em antiparalelo, porém com uma construção que permite a operação com um único terminal de disparo: a porta ou gatilho ou "gate". Este tipo de ligação resulta em uma chave eletrônica bidirecional capaz de conduzir a corrente elétrica nos dois sentidos, portanto podendo ser usado para o controle de potência em corrente alternada. O TRIAC faz parte da família dos tiristores e, tipicamente, possui os terminais nomeados como MT1 (T1), MT2 (T2) e G.[1][2][3]

Métodos de disparo

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A forma principal de disparo do TRIAC é por meio do terminal de gatilho ou gate, embora ele possa também ser disparado por sobretensão, transiente de tensão, aumento de temperatura ou luz.[1]

Analogia do funcionamento do TRIAC como dois SCRs conectados em antiparalelo.

O disparo pode ser feito por uma tensão positiva ou negativa aplicada ao gatilho (com respeito ao terminal MT1). Isso permite várias combinações de polaridades entre os terminais principais (MT1 e MT2) e o gatilho, levando a quatro modos (quadrantes) diferentes de disparo com sensibilidades diferentes:[1][4]

  • 1o quadrante - terminais MT2 e gatilho positivos com respeito a MT1 (mais sensível);
  • 2o quadrante - terminal MT2 positivo e gatilho negativo, com respeito a MT1;
  • 3o quadrante - terminais MT2 e gatilho negativos com respeito a MT1;
  • 4o quadrante - terminal MT2 negativo e gatilho positivo com respeito a MT1(menos sensível).

Uma vez disparado, o TRIAC exibe uma queda de tensão entre os terminais MT1 e MT2 entre 1 e 2 volts, usualmente designado como VTM (on-state voltage)[1] e permanece disparado até que a corrente que flui entre os terminais principais MT1 e MT2 caia abaixo de um valor determinado IH (holding current).[4]

Estrutura dos semicondutores em um TRIAC.

Um dos usos mais comuns para o TRIAC é o controle de potência em cargas alimentadas por corrente alternada (CA), tais como: motores elétricos e lâmpadas incandescentes. Isto pode ser feito, por exemplo, usando-se o TRIAC como uma chave ou ainda controlando-se o início da condução do dispositivo, aplicando um pulso de disparo em um ponto predeterminado em cada semiciclo da tensão alternada, o que permite controlar a percentagem do semiciclo que estará alimentando a carga (também chamado de controle de fase), como nos circuitos conhecidos como "dimmers".[1][2][4]

Referências
  1. a b c d e f Alan Kardek R. Segundo, Cristiano L. C. Rodrigues (2015). «Cap. 7». Eletrônica de Potência e Acionamentos Elétricos (PDF). Ouro Preto: Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil. p. 93. Consultado em 30 de janeiro de 2022 
  2. a b c Carlos I. Z. Mammana, João A. Zuffo (1973). «Cap.5 - Outros dispositivos eletrônicos». Dispositivos e circuitos eletrônicos. São Paulo: McGraw-Hill. p. 95-96 
  3. Rodrigo C. Fuentes (2009). «Cap.8.5 - Triac». Eletrônica (PDF). [S.l.]: Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil. p. 74. Consultado em 30 de janeiro de 2022 
  4. a b c ON Semiconductor (206). Thyristor Theory and Design Considerations. Handbook HBD855/D (em inglês). [S.l.: s.n.] Consultado em 30 de janeiro de 2022