Snopes
Snopes | |
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Fundador(es) | Barbara Mikkelson David P. Mikkelson [1] |
Lançamento | 1994 |
Endereço eletrônico | snopes |
Estado atual | Ativo |
Snopes é um website de checagem de fatos lançado em 1995. Inicialmente, investigava lendas urbanas,
hoaxes e folclore.[2] Atualmente, é um dos mais famosos sites de checagem de fatos dos Estados Unidos, sendo comumente consultado para checagem de histórias sobre políticos como Barack Obama e Donald Trump, e frequentemente citado por jornais tradicionais.[3]
Em inglês, o nome do site é utilizado como verbo, significando "consultar o site para verificar a veracidade de algo".[4]
Crescimento e atuação do site
[editar | editar código-fonte]Inicialmente voltado apenas para temas como lendas urbanas e lendas sobre a Disney, o site logo se tornou popular, especialmente após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, quando teorias da conspiração ganharam força, e o site catalogava o que era verdade e o que era ficção.[3]
O site ganhou uma nova explosão de popularidade com a campanha presidencial de Barack Obama em 2008, e o site se tornou referência para checagem de rumores políticos, como a religião de Obama e fotos manipuladas de outros políticos estadunidenses.[3][5] A campanha e presidência de Donald Trump também gerou muitos rumores, que foram desbancados pelo site.[6]
Em 2016, o site fez uma parceria com o Facebook, para auxiliar a checagem de fatos pela rede social. Notícias compartilhadas por usuários seriam marcadas quanto a sua veracidade de acordo com a checagem feita por sites como Snopes, FactCheck e Politifact, entre outros.[7] Essa parceria durou até 2019, quando foi encerrada para que os funcionários da Snopes pudessem focar o trabalho na própria empresa, afirmou Vinny Green, vice-presidente de operações.[8]
Investigando se Snopes seria enviesado, em 2009 o site FactCheck.org revisou uma amostra de postagens do Snopes sobre rumores políticos envolvendo George W. Bush, Sarah Palin, e Barack Obama, e a conclusão foi de que o site era livre de vieses em todos os casos.[9]
Snopes faz parte da Poynter’s International Fact Checking Network, uma associação que reúne entidades dedicadas a verificar a veracidade de informações.[7]
História e disputa judicial
[editar | editar código-fonte]Em 1994, surgiu o Urban Legends Reference Pages, criado pelo ex-programador David Mikkelson, por volta dos 25 anos de idade, e Barbara Hamel, sua futura esposa. No ano seguinte, o site se tornou Snopes, palavra que era utilizada por David como nome de usuário em fóruns de internet, inspirado por uma série de livros.[4][6] David e Barbara se casaram em 1996, e trabalharam juntos no site por anos.[6]
Em 2002, David foi demitido de seu emprego, e começou a trabalhar exclusivamente no site.[6] Com o retorno financeiro das propagandas do site, contratou-se mais um funcionário para ajudar com as mensagens e pedidos dos leitores.[5] Por volta de 2003, criou-se a empresa Bardav (mistura dos nomes de Barbara e David) para operar o site, tendo David e Barbara 50% da empresa cada.[10]
Em 2015, os fundadores David e Barbara Mikkelson se divorciaram. Manter a empresa juntos se tornou difícil, e em julho de 2016 Barbara vendeu sua parte da empresa para cinco acionistas da Proper Media, a empresa que gerencia as propagandas do Snopes.[6][11] Por volta dessa época, iniciou-se uma disputa legal entre Bardav e Proper Media.
Em 2017, em meio a disputas financeiras, Snopes realizou uma campanha de financiamento coletivo online no site GoFundMe para poder manter o site funcionando.[10] A campanha arrecadou mais de $600 000 em apenas dois dias.[12] David conseguiu manter o site, que operava de sua casa em Tacoma, nos Estados Unidos, e empregava 16 funcionários ao todo, trabalhando de diferentes lugares do país.[3]
Em 2021, David Mikkelson foi afastado da redação do site devido a acusações de plágio.[13]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ http://webbyawards.com/lists/how-the-truth-set-snopes-free
- ↑ Snopes.com. «About Us»
- ↑ a b c d «Lies, lies and more lies. Out of an old Tacoma house, fact-checking site Snopes uncovers them». The Seattle Times (em inglês). 10 de outubro de 2018. Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ a b Fine, Doug (27 de agosto de 2005). «Snopes.com: Debunking Myths in Cyberspace». NPR.org. Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ a b Lynch, Stephen (14 de setembro de 2008). «SNOPES.COM GRINDS DOWN THE RUMOR MILL». New York Post (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ a b c d e Dean, Michelle. «Snopes and the Search for Facts in a Post-Fact World». Wired (em inglês). ISSN 1059-1028. Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ a b Hancock, Jaime Rubio (16 de dezembro de 2016). «Snopes, FactCheck e Politifact: os sites que ajudarão o Facebook a detectar notícias falsas». El País Brasil. Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ Funke, Daniel (1 de fevereiro de 2019). «Snopes pulls out of its fact-checking partnership with Facebook». Poynter (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ «Fact-checking the fact-checkers: Snopes.com gets an 'A'». Network World. 13 de agosto de 2009. Arquivado do original em 7 de julho de 2014
- ↑ a b Victor, Daniel (24 de julho de 2017). «Snopes, in Heated Legal Battle, Asks Readers for Money to Survive». The New York Times. Cópia arquivada em 25 de julho de 2017
- ↑ Kelly, Keith J. (26 de julho de 2017). «Bitter divorce fuels Snopes' slow demise». New York Post (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ Farivar, Cyrus (26 de julho de 2017). «Who owns Snopes? Fracas over fact-checking site now front and center». Ars Technica (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ Jones, Dean Sterling (13 de agosto de 2021). «The Cofounder Of The Fact-Checking Site Snopes Was Writing Plagiarized Articles Under A Fake Name». BuzzFeed News (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2022