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Sepetiba

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 Nota: Este artigo é sobre o bairro carioca. Para a baía, veja Baía de Sepetiba.
Sepetiba
Bairro do Rio de Janeiro
Praia de Sepetiba
Área 1162,13 ha (em 2003)
Fundação 23 de julho de 1981
IDH 0,761[1] (em 2000)
Habitantes 56 575 (em 2010)[2]
Domicílios 23 368 (em 2010)
Limites Santa Cruz, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba, Guaratiba[3]
Distrito Santa Cruz
Subprefeitura Subprefeitura da Zona Oeste
Região Administrativa Santa Cruz
Mapa

Sepetiba é um bairro localizado na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro.

Faz limite com os bairros de Santa Cruz, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba e Guaratiba.[4]

Seu IDH, no ano 2000, era de 0,761, o 109.º colocado entre 126 regiões analisadas no município do Rio de Janeiro.[1]

O nome "Sepetiba" tem origem na língua tupi, significando "muito sapê".

As praias de Sepetiba serviam como porto colonial para exportação de pau-brasil a Europa. Seus principais acessos eram o caminho de Sepetiba (atual estrada de Sepetiba), que levava à Santa Cruz, e o caminho de Piahy (atual estrada do Piaí), que ligava o bairro à Pedra de Guaratiba.

No início do século XIX, Sepetiba passou a ser frequentada no verão pela Família Real, que utilizava a propriedade para o lazer da elite, como touradas, saraus e danças portuguesas.

Com a implantação da “Companhia Ferro Carril”, em 1884, o bonde de tração animal passou a transportar a “mala real” até o cais de Sepetiba, além de cargas e passageiros.

A luz elétrica chega a Sepetiba em 1949 e, de lá para cá, Sepetiba se expande. Muitos loteamentos foram ocupando as áreas próximas à Estrada do Piaí, a Praça Oscar Rossin foi urbanizada e foi aberto um canal na Rua Santa Ursulina para escoar terrenos alagadiços. Na década de 1960, surge o loteamento “Vila Balneário Globo” e, recentemente, em meio à grande polêmica, destaca-se a implantação, ao longo da Estrada de Sepetiba, do grande conjunto Nova Sepetiba, construído pelo governo do estado para a população de baixa renda.

Desde os anos 90, as praias do bairro foram tomadas pelo esgoto vindos de rios locais como o Rio Guandu, e pela contaminação de metais pesados como o zinco e o cádmio lançados nessa região da Baía de Sepetiba, após um vazamento de um reservatório abandonado da extinta Companhia Mercantil e Industrial Ingá[5], situada próxima ao Porto de Itaguaí,[6] o que causou um drástico assoreamento da orla, formando grandes manguezais e línguas negras, além da alta poluição das águas, tornando as praias impróprias para banho e prejudicando também a pesca local, que é a principal atividade econômica do bairro. Contudo, em épocas de maré cheia, alguns antigos moradores se arriscam a entrar nas águas.

Atualmente é destaque no bairro as obras da prefeitura em convênio com o governo do estado que promete dotar a região de sistemas de saneamento, notadamente esgotamento sanitário, com tratamento, permitindo a continuação da urbanização das vias por meio de pavimentação e microdrenagem.

A revitalização da Praia de Sepetiba, obra do governo estadual em parceria com o INEA, vai retirar toda a vegetação invasora da praia e o lodo existente, e devolver a faixa de areia antes poluída e tomada por línguas negras.

O bairro e suas praias continuam sendo lembrados, não só pelos demais moradores da Zona Oeste, como também pelo meio televisivo, pois o local serviu de cenário para a telenovela global O Bem-Amado nos anos 70.

Atualmente, o bairro de Sepetiba tem constantemente aparecido nos telejornais policiais, por conta das sucessivas operações para prender milicianos atuantes na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Cercado pelos bairros de Santa Cruz ao norte e Guaratiba a leste, é banhado pela Baía de Sepetiba ao sul. Possui uma área de 1.162,13 hectares (11,6213 km²) e uma população de aproximadamente de 40.000 habitantes,[7] (segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - Censo Demográfico 2006).

Por encontrar-se próximo ao litoral, a maior parte do seu território é plano, com altitudes próximas ao nível do mar. Destacam-se na paisagem o Morro da Trindade e o Morro de Sepetiba com 67 metros de altitude.[8] Seu litoral, banhado pela Baía de Sepetiba, é dividido pela Ponta do Ipiranga em duas vertentes. Na vertente oeste encontram-se a Praia de Sepetiba e a Praia de Dona Luíza ou Recôncavo separadas pela Ponta do Piaí. Na vertente leste encontra-se a Praia do Cardo no Saco do Piaí. A Praia de Sepetiba é a maior das três. Nela se encontram a Ilha da Pescaria e a Ilha do Tatu. [8]

Referências
  1. a b «Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000». Armazém de dados - Prefeitura do Rio. Consultado em 12 de abril de 2012. Arquivado do original em 26 de junho de 2011 
  2. «Dados». Consultado em 25 de março de 2012. Arquivado do original em 2 de setembro de 2013 
  3. «Bairros do Rio». Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Consultado em 27 de outubro de 2015 
  4. «Bairros do Rio». Armazém de dados - Prefeitura do Rio. Consultado em 17 de abril de 2012. Arquivado do original em 20 de agosto de 2007 
  5. Gorgulho, Silvestre. «Folha do Meio Ambiente». Folha do Meio Ambiente. Consultado em 1 de outubro de 2021 
  6. Redação. «RJ inicia a descontaminação do terreno da Companhia Ingá Mercantil, um dos maiores passivos ambientais do estado». Consultado em 24 de março de 2022 
  7. PortalGeo Rio https://web.archive.org/web/20090209010558/http://portalgeo.rio.rj.gov.br/armazenzinho/web/BairrosCariocas/index2dadosBairro.htm. Consultado em 21 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 9 de fevereiro de 2009  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  8. a b «Armazém dos Dados». Prefeitura do Rio. 24 de março de 2009. Consultado em 24 de abril de 2009. Arquivado do original em 6 de outubro de 2010 

Ligações externas

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