Sepetiba
Sepetiba | |
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Bairro do Rio de Janeiro | |
Praia de Sepetiba | |
Área | 1162,13 ha (em 2003) |
Fundação | 23 de julho de 1981 |
IDH | 0,761[1] (em 2000) |
Habitantes | 56 575 (em 2010)[2] |
Domicílios | 23 368 (em 2010) |
Limites | Santa Cruz, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba, Guaratiba[3] |
Distrito | Santa Cruz |
Subprefeitura | Subprefeitura da Zona Oeste |
Região Administrativa | Santa Cruz |
ver |
Sepetiba é um bairro localizado na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro.
Faz limite com os bairros de Santa Cruz, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba e Guaratiba.[4]
Seu IDH, no ano 2000, era de 0,761, o 109.º colocado entre 126 regiões analisadas no município do Rio de Janeiro.[1]
História
[editar | editar código-fonte]O nome "Sepetiba" tem origem na língua tupi, significando "muito sapê".
As praias de Sepetiba serviam como porto colonial para exportação de pau-brasil a Europa. Seus principais acessos eram o caminho de Sepetiba (atual estrada de Sepetiba), que levava à Santa Cruz, e o caminho de Piahy (atual estrada do Piaí), que ligava o bairro à Pedra de Guaratiba.
No início do século XIX, Sepetiba passou a ser frequentada no verão pela Família Real, que utilizava a propriedade para o lazer da elite, como touradas, saraus e danças portuguesas.
Com a implantação da “Companhia Ferro Carril”, em 1884, o bonde de tração animal passou a transportar a “mala real” até o cais de Sepetiba, além de cargas e passageiros.
A luz elétrica chega a Sepetiba em 1949 e, de lá para cá, Sepetiba se expande. Muitos loteamentos foram ocupando as áreas próximas à Estrada do Piaí, a Praça Oscar Rossin foi urbanizada e foi aberto um canal na Rua Santa Ursulina para escoar terrenos alagadiços. Na década de 1960, surge o loteamento “Vila Balneário Globo” e, recentemente, em meio à grande polêmica, destaca-se a implantação, ao longo da Estrada de Sepetiba, do grande conjunto Nova Sepetiba, construído pelo governo do estado para a população de baixa renda.
Desde os anos 90, as praias do bairro foram tomadas pelo esgoto vindos de rios locais como o Rio Guandu, e pela contaminação de metais pesados como o zinco e o cádmio lançados nessa região da Baía de Sepetiba, após um vazamento de um reservatório abandonado da extinta Companhia Mercantil e Industrial Ingá[5], situada próxima ao Porto de Itaguaí,[6] o que causou um drástico assoreamento da orla, formando grandes manguezais e línguas negras, além da alta poluição das águas, tornando as praias impróprias para banho e prejudicando também a pesca local, que é a principal atividade econômica do bairro. Contudo, em épocas de maré cheia, alguns antigos moradores se arriscam a entrar nas águas.
Atualmente é destaque no bairro as obras da prefeitura em convênio com o governo do estado que promete dotar a região de sistemas de saneamento, notadamente esgotamento sanitário, com tratamento, permitindo a continuação da urbanização das vias por meio de pavimentação e microdrenagem.
A revitalização da Praia de Sepetiba, obra do governo estadual em parceria com o INEA, vai retirar toda a vegetação invasora da praia e o lodo existente, e devolver a faixa de areia antes poluída e tomada por línguas negras.
O bairro e suas praias continuam sendo lembrados, não só pelos demais moradores da Zona Oeste, como também pelo meio televisivo, pois o local serviu de cenário para a telenovela global O Bem-Amado nos anos 70.
Atualmente, o bairro de Sepetiba tem constantemente aparecido nos telejornais policiais, por conta das sucessivas operações para prender milicianos atuantes na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Geografia
[editar | editar código-fonte]Cercado pelos bairros de Santa Cruz ao norte e Guaratiba a leste, é banhado pela Baía de Sepetiba ao sul. Possui uma área de 1.162,13 hectares (11,6213 km²) e uma população de aproximadamente de 40.000 habitantes,[7] (segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - Censo Demográfico 2006).
Por encontrar-se próximo ao litoral, a maior parte do seu território é plano, com altitudes próximas ao nível do mar. Destacam-se na paisagem o Morro da Trindade e o Morro de Sepetiba com 67 metros de altitude.[8] Seu litoral, banhado pela Baía de Sepetiba, é dividido pela Ponta do Ipiranga em duas vertentes. Na vertente oeste encontram-se a Praia de Sepetiba e a Praia de Dona Luíza ou Recôncavo separadas pela Ponta do Piaí. Na vertente leste encontra-se a Praia do Cardo no Saco do Piaí. A Praia de Sepetiba é a maior das três. Nela se encontram a Ilha da Pescaria e a Ilha do Tatu. [8]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Regiões administrativas do Rio de Janeiro
- Estado do Rio de Janeiro
- Rio de Janeiro (cidade)
- Fortificações de Sepetiba
- ↑ a b «Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000». Armazém de dados - Prefeitura do Rio. Consultado em 12 de abril de 2012. Arquivado do original em 26 de junho de 2011
- ↑ «Dados». Consultado em 25 de março de 2012. Arquivado do original em 2 de setembro de 2013
- ↑ «Bairros do Rio». Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Consultado em 27 de outubro de 2015
- ↑ «Bairros do Rio». Armazém de dados - Prefeitura do Rio. Consultado em 17 de abril de 2012. Arquivado do original em 20 de agosto de 2007
- ↑ Gorgulho, Silvestre. «Folha do Meio Ambiente». Folha do Meio Ambiente. Consultado em 1 de outubro de 2021
- ↑ Redação. «RJ inicia a descontaminação do terreno da Companhia Ingá Mercantil, um dos maiores passivos ambientais do estado». Consultado em 24 de março de 2022
- ↑ PortalGeo Rio https://web.archive.org/web/20090209010558/http://portalgeo.rio.rj.gov.br/armazenzinho/web/BairrosCariocas/index2dadosBairro.htm. Consultado em 21 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 9 de fevereiro de 2009 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ a b «Armazém dos Dados». Prefeitura do Rio. 24 de março de 2009. Consultado em 24 de abril de 2009. Arquivado do original em 6 de outubro de 2010
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Site oficial: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
- Bairros Cariocas - Diretoria de Informações Geográficas
- Portal de Sepetiba
- «Sepetiba e a perda de sua importância histórica»
- «Falta de reconhecimento, conhecimento e respeito pela história de Sepetiba»
- «Sepetiba - O urbano encontra o rural, o velho se une ao novo, a precariedade é fato, a história se perde e o progresso estagna.»