Sangue, Suor e Raça
Sangue, Suor e Raça | |||||||
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Álbum de estúdio de Elza Soares e Roberto Ribeiro | |||||||
Lançamento | 1972 | ||||||
Gênero(s) | |||||||
Duração | 41:49 | ||||||
Idioma(s) | Português | ||||||
Formato(s) | |||||||
Gravadora(s) | Odeon | ||||||
Produção | Lindolfo Gaya | ||||||
Arranjos | Lindolfo Gaya e Dom Salvador | ||||||
Cronologia de Elza Soares e Roberto Ribeiro | |||||||
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Cronologia de Roberto Ribeiro | |||||||
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Sangue, Suor e Raça é um álbum de estúdio da cantora e compositora brasileira Elza Soares em colaboração com o cantor e compositor brasileiro Roberto Ribeiro, lançado em 1972 pela Odeon e com produção musical de Lindolfo Gaya.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Mesmo após o sucesso de Elza Pede Passagem (1972), álbum que marcou o retorno de Elza do exílio na Itália, a cantora se viu em tensões com a gravadora Odeon, com a ascensão da cantora Clara Nunes como artista maior no samba.[1] Parte do repertório que faria parte de seu futuro trabalho acabou por ser reservado a Nunes, o que fez os planos de Elza mudarem. Por isso, a artista decidiu produzir um álbum colaborativo com o estreante Roberto Ribeiro.[2]
Produção
[editar | editar código-fonte]Com produção musical de Lindolfo Gaya e arranjos de Dom Salvador, que já tinha trabalhado no álbum anterior, Sangue, Suor e Raça não foi um álbum de fácil produção. A gravadora relutou por ele ser desconhecido e por ele ser um cantor de escola de samba desacostumado ao estúdio, e quando aceitou gravá-lo, passou a recusar registrá-lo na capa. A desculpa era que ele era feio, mas Elza suspeitava de discriminação racial, o que se confirmou quando, segundo ela, um diretor disse: "Não quero esse nego feio e sujo na capa!". Elza disse que ou o disco saía ou eles a perderiam, e o projeto foi concretizado.[3]
Lançamento
[editar | editar código-fonte]Sangue, Suor e Raça foi lançado em 1972 pela Odeon em vinil.[4]
A obra foi relançada em CD em 2003 dentro da caixa Negra, com direção de Marcelo Fróes.[2]
Faixas
[editar | editar código-fonte]A seguir lista-se as faixas de Elza Soares:[5]
- Lado A
- "Swing Negrão / Brasil Pandeiro / O Samba Agora Vai / É Com Esse Que Eu Vou"
- "Aurora de Um Sambista"
- "Domingos Domingueira"
- "Cicatrizes"
- "Isto É Papel João / Cocorocó / Decadência"
- Lado B
- "Recordação de Um Batuqueiro"
- "O Que Vem de Baixo Não Me Atinge"
- "Lenço Cor de Rosa"
- "Sacrifício"
- "Coisa Louca / A Razão Dá-se a Quem Tem / O Que Se Leva Desta Vida"
- ↑ Mauro Ferreira. «Álbum com que Elza Soares pediu passagem para o samba-soul faz 50 anos com vitalidade». G1. Consultado em 30 de janeiro de 2022
- ↑ a b «Sangue, Suor e Raça - Elza Soares e Roberto Ribeiro - 1972». Discos do Brasil. Consultado em 30 de janeiro de 2022
- ↑ Camargo 2018, pp. 243-245.
- ↑ «Sangue, Suor e Raça de Elza Soares e Roberto Ribeiro». Apple Music. Consultado em 30 de janeiro de 2022
- ↑ (1972) Créditos do álbum Sangue, Suor e Raça por Elza Soares e Roberto Ribeiro. Odeon.