Rio Mulucha
Rio Mulucha | |
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Vista aérea da desembocadura do Mulucha | |
Comprimento | c. 600 km |
Nascente | junção do Médio e Alto Atlas |
Altitude da nascente | 1 835 m |
Caudal médio | 50 m³/s |
Foz | Mediterrâneo |
Área da bacia | 74 000 km² |
País(es) | Marrocos |
Localização da foz do Mulucha em Marrocos | |
Coordenadas | 35° 07′ 26″ N, 2° 20′ 30″ O |
Mulucha ou Moluia[1] (Malva em Antiguidade, em francês: Moulouya; em árabe: Muluya) é um dos rios mais importantes de Marrocos, que nasce na junção dos maciços montanhosos do Médio e Alto Atlas, na região de Almssid, na província de Quenifra, perto de Midelt, percorre 600 quilómetros e deságua no Mediterrâneo na zona do Rife, nas planícies de Kebdana, entre Ras El Ma e Saïdia, a 14 quilómetros da fronteira com a Argélia.
O Molucha constituía a fronteira oriental da efémera República do Rife, nos anos 1920. Tradicionalmente ,arcava a fronteira entre as dinastias reinantes em Marrocos e as reinantes na Argélia.
A bacia hidrográfica de 74 000 km² é a maior de Marrocos e de todos os rios saarianos do norte de África. Na foz forma um delta com 4 quilómetros de largura por 20 de comprimento. A zona pantanosa do delta constitui um enclave de interesse biológico com cerca de 3 000 hectares que está classificado como zona úmida Ramsar. Na bacia hidrográfica predomina o clima mediterrânico semiárido, com precipitações muito irregulares. O caudal médio é de 50 m³/s, mas é muito irregular, pelo que não é navegável.
Ao longo do seu curso existem cinco barragens (Maomé V, Machraa Hamadi, Haçane II, Enjil e Arabate).
Importância história
[editar | editar código-fonte]Na Antiguidade, o Mulucha foi a fronteira entre as províncias romanas da Mauritânia Tingitana e Mauritânia Cesariense. Os romanos chamavam esse rio de Malva. Posteriormente, constituiu o limite das zonas de influência de Castela, a oeste, e de Aragão, a leste, segundo o que foi acordado entre os reis Sancho IV de Castela e Jaime II de Aragão em 1291, no Tratado de Monteagudo. O seu curso baixo constituiu o limite oriental do Protetorado Espanhol de Marrocos.
Em termos culturais também é importante — por exemplo, tradicionalmente no lado oriental praticamente não se falava berbere, ao contrário do que se passa no lado ocidental.
- ↑ GEPB 1950s, p. 565.
Notas
[editar | editar código-fonte]- Texto inicialmente baseado na tradução dos artigos «Río Muluya» na Wikipédia em castelhano (acessado nesta versão) e «Moulouya» na Wikipédia em francês (acessado nesta versão).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira Vol. XVII. Lisboa: Editorial Enciclopédia. 1950s