Pugachev's Cobra
O Pugachev's Cobra (ou Pugachev Cobra) é uma manobra em que o avião voa em velocidade moderada e de repende levanta o nariz para posição vertical, depois volta até a posição normal. Necessita de empuxo potente do motor para manter altitude constante ao longo de todo o movimento, mantendo a altitude aproximadamente constante ao longo de todo o movimento. [1] A manobra pode ser usada em combate aproximado, [2] e é uma demonstração para a autonomia de controle da aeronave, alto ângulo de ataque, estabilidade e compatibilidade entre motor e movimento, além da habilidade do piloto. A manobra recebeu o nome devido ao piloto de testes soviético Viktor Pugachev, o primeiro a realizar essa manobra publicamente em 1989 no Show Aéreo de Paris. [1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]No caso do Su-27, o piloto inicialmente desengata o limitador de ângulo de ataque do avião, normalmente estabelecido em 26°. [1] Essa ação também desengata o limitador de força g. Posteriormente o piloto puxa para trás o manche. A aeronave alcança o ângulo entre 90º-120º de ataque com ligeiro ganho de altitude e significativa perda de velocidade. Quando o elevator está centralizado, o arrasto físico na traseira da aeronave causa empuxo, fazendo-a continuar a voar para frente. Nesse momento o piloto adiciona aceleração para compensar as perdas de sustentação. Em uma acrobacia "Pugachev's Cobra" bem realizada, o avião se mantém em linha reta quase que o tempo todo; sem sair do trajeto para outra direção. Entrar com a velocidade correta é muito significativo, já que em baixas velocidades o piloto não consegue ter capacidade de realizar a manobra, e em alta pode causar danos na fuselagem devido a alta força g aplicada ao avião e possibilidade de perda de consciência.
Enquanto o Pugachev's Cobra pode ser executado usando controles aerodinâmicos padrão, sua realização pode ser feita mais facilmente com empuxo vetorado. Nesse caso concerne como um exemplo de supermanobrabilidade, [3] especialmente em manobras pós-stall. A Herbst maneuver e a helicopter manoeuvre são outros exemplos de uso de empuxo vetorial na quarta e quinta geração de caças, tripulados ou não.[4]
Utilização em combate
[editar | editar código-fonte]Essa acrobacia aérea pode ser usada, teoricamente, em combate aproximado em alta atitude, no caso perseguições. Executando o Cobra, uma aeronave perseguida pode diminuir sua velocidade ao ponto que o perseguidor a ultrapasse. Nesse momento existe a possibilidade de disparar suas armas, já que a aeronave ficará apontada para o ex-perseguidor no término da manobra. A manutenção do aspecto adequado para a acrobacia pode ser facilitado com empuxo vetorial ou controle de superfícies do canard. A desvantagem de realizar concerne à diminuição da velocidade do avião, o que pode deixar vulnerável ao ataque de outras aeronaves. Também pode ser contra-atacada com a acrobacia aérea básica High Yo-Yo.
Exemplos de aeronaves capazes de fazer tal manobra
[editar | editar código-fonte]Aeronaves produzidas
[editar | editar código-fonte]- Sukhoi Su-27[1] e variantes (Su-30/Su-30MKI/Su-30MKM, Su-33, Su-34, Su-35,[5] Su-37 e Shenyang J-11)
- Sukhoi PAK FA
- Mikoyan MiG-29[6] e Mikoyan MiG-35
- Lockheed Martin F-22 Raptor
- Saab 35 Draken
Aeronaves experimentais
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c d Mike Spick (2002). The Illustrated Directory of Fighters. St. Paul, Minnesota: MBI Publishing Company. p. 442. ISBN 0-7603-1343-1
- ↑ Crane, David. «Air-to-Air Fighter Combat Application of Pugachev's Cobra Maneuver: Busting the Western Myth». Defense Review
- ↑ Malcolm J. Abzug; E. Eugene Larrabee. Airplane stability and control: a history of the technologies that made aviation possible. [S.l.: s.n.] pp. 157–161. ISBN 978-0-521-80992-4
- ↑ Benjamin Gal-Or. "Vectored Propulsion, Supermanoeuvreability, and Robot Aircraft". Springer Verlag, 1990, ISBN 0-387-97161-0, ISBN 3-540-97161-0.
- ↑ Mitko Ian. «Sukhoi SU-35 fighter has all the right moves at Paris Air Show». Gizmag.com
- ↑ «Cobra Maneuver ?». International journal of turbo & jet-engines. 11