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O assassinato de Dwayne Jones, um jovem jamaicano de 16 anos, aconteceu em 2013 por um grupo de agressores na cidade de Montego Bay (imagem), Jamaica, depois de o jovem participar de uma festa de dança vestido com roupas femininas. O incidente atraiu a atenção da mídia nacional e internacional e levantou críticas em relação ao status dos direitos LGBT na Jamaica.
Visto como afeminado, Jones era bulinado na escola e, aos 14 anos de idade, foi forçado a sair de sua casa por seu pai. Ele mudou-se para uma casa abandonada em Montego Bay com amigos transgêneros. Na noite de 21 de julho de 2013, ele e seus amigos foram a uma festa de dança num local chamado Irwin, e quando alguns homens descobriram que o cross-dressing Jones não era mulher atacaram-no. Jones foi espancado, esfaqueado, baleado e atropelado por um carro, morrendo nas primeiras horas da manhã do dia seguinte. A polícia investigou o assassinato, mas não prendeu nem acusou ninguém pelo crime, que permanece atualmente sem conclusão.
O acontecimento fez manchetes de vários jornais do país e também foi relatado no Reino Unido e nos Estados Unidos. Houve publicações nas mídias sociais que o acusavam de provocar seus assassinos por estar com aquela vestimenta em público. O assassinato foi criticado por educadores e pelo ministro jamaicano da Justiça. Logo após o episódio, organizações nacionais e internacionais dedicadas aos direitos LGBT e aos direitos humanos – entre elas a Human Rights Watch, Jamaicans for Justice e Jamaica Forum for Lesbians, All-Sexuals and Gays – pediram às autoridades jamaicanas uma boa investigação e reconhecimento legal dos direitos LGBT na ilha.