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Pains

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o distrito no Rio Grande do Sul, veja Pains (distrito). Para o bairro nesse distrito, veja Pains (bairro).

Pains
  Município do Brasil  
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Símbolos
Bandeira de Pains
Bandeira
Brasão de armas de Pains
Brasão de armas
Hino
Gentílico painense
Localização
Localização de Pains em Minas Gerais
Localização de Pains em Minas Gerais
Localização de Pains em Minas Gerais
Pains está localizado em: Brasil
Pains
Localização de Pains no Brasil
Mapa
Mapa de Pains
Coordenadas 20° 22′ 15″ S, 45° 39′ 39″ O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Formiga, Arcos, Pimenta, Piumhi, Doresópolis, Iguatama e Córrego Fundo
Distância até a capital 217 km
História
Fundação 31 de dezembro de 1943 (80 anos)
Administração
Prefeito(a) Marco Aurélio Rabelo Gomes (PV, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [2] 418,043 km²
População total (Censo IBGE/2010[3]) 8 014 hab.
Densidade 19,2 hab./km²
Clima Não disponível
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 35582-000 a 35584-999[1]
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [4]) 0,783 alto
PIB (IBGE/2008[5]) R$ 140 670,212 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5]) R$ 16 706,68
Sítio www.pains.mg.gov.br (Prefeitura)
www.pains.mg.leg.br (Câmara)

Pains é um município brasileiro do estado de Minas Gerais que tem como base de sua economia a extração de calcário. Sua população é de 8.014 habitantes.

A formação desse município data do século XVIII, por meio de expedições de bandeirantes que passavam na região para enfim chegar na província de Goiás, atravessando a chamada “Picada de Goiás” ou “Caminho de Goiás”. Em 1764, o governador da época, Luiz Diogo Lobo da Silva, viajou pelo oeste mineiro para analisar os limites entre Minas Gerais, São Paulo e Goiás. Ao retornar para Vila Rica, atual Ouro Preto, o governador encarregou o coronel Ignácio Corrêa Pamplona para formar uma equipe para colonizar a região.[6]

No ano de 1769, Pamplona liderou uma expedição ao sertão do Oeste de Minas, que dizimou populações quilombolas e ameríndias que viviam na região. Ao longo das passagens, Pamplona extraiu um total de oito sesmarias para si mesmo e sua família, todas de três léguas em quadra. Dessas, duas foram atribuídas a si, e uma delas abrange a chamada Serra do Desempenhado, onde está atualmente o município de Pains, formando uma sociedade que teria como objetivo o cultivo das terras e a criação de gado e cavalo.[7]

Foram assinadas mais vinte cartas de sesmarias envolvendo a região, entre os sesmeiros haviam parentes de Ignácio Corrêa Pamplona, seu filho Pe. Inácio Pamplona Corte Real e João José Corrêa Pamplona, doador do patrimônio de Porto Real do São Francisco, atual Iguatama. Outros sesmeiros eram pertencentes a família Paim Pamplona, desse sobrenome surgiu o topônimo do município, pois era hábito das pessoas dizerem a expressão “vou aos Pains”, referindo-se aos moradores das matas do Rio São Francisco.[8]

Segundo o jornal local “Folha de Pains”, de acordo com os residentes mais antigos, teriam vindo para a cidade povoadores antes dos Paim Pamplona. Os primeiros povoadores teriam vindo de São João Del Rei, eram considerados criminosos políticos por discordarem da Cora Portuguesa e serem adeptos de Tiradentes. Esses fugitivos da justiça estavam a caminho da Picada de Goiás, quando resolveram se fixar na atual Pains, usando as grutas calcárias como refúgio. [8]

Na primeira metade do século XIX, o capitão Manoel Gonçalves de Melo residia na Fazenda Cachoeira, em Pains, com sua esposa D. Rita Cândida de Melo e seus doze filhos. De acordo com o livro “Traços biográficos do padre José Venâncio de Melo”, de 1969, escrito por A. Almeida Lustosa, em 1854, distante a uma légua da fazenda, o capitão mandou construir uma Igreja em honra à Nossa Senhora do Carmo, atual Igreja Nossa Senhora do Rosário. Sete anos depois da construção da Igreja, Gonçalves de Melo, juntamente com seu confrontante Manoel Antônio de Araújo, doaram doze hectares de terra ao redor da Igreja para ser a sede da colônia.[6]

O capitão construiu também, em um espaço defronte à Igreja, uma casa para cada um de seus filhos, formando o Largo da Matriz. Por ocasião do sétimo aniversário de morte do Capitão Manoel Gonçalves de Melo, em dezessete de dezembro de 1881, o Pe. Mestre Joaquim da Silva Pereira pronunciou as seguintes palavras “Pahyns, Pahyns, que serias tu, se este varão não tivesse a religiosa e patriótica ideia de edificar aqui, um santuário ao Senhor?”, tal capitão é considerado o fundador do arraial de Pains.[9]

O município faz parte do circuito turístico Grutas e Mar de Minas.[10]

Referências
  1. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  2. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  6. a b LUSTOSA, Dom Antônio de Almeida (1969). Traços Biográficos do Padre José Venâncio de Melo. Recife: [s.n.] 
  7. BARRETO, Lázaro (1992). História de Arcos. Arcos: Prefeitura Municipal de Arcos. pp. 1–221 
  8. a b DESCONHECIDO, Autor (1993). «Nome de uma família deu nome à cidade». Pains. Folha de Pains: 2 
  9. GOULART, José Joaquim (1997). Minha Aldeia, Meu Mundo. Memórias da terra, da vida e da gente de Pains, Minas Gerais. Brasília: [s.n.] 
  10. «Listagem oficial dos municípios participantes da Política de Regionalização do Turismo em Minas Gerais» (PDF). Minas Gerais. Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. 20 de novembro de 2021. p. 7. Consultado em 1 de março de 2022 

Ligações externas

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