Mario Aurelio Poli
Mario Aurelio Poli | |
---|---|
Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Arcebispo emérito de Buenos Aires | |
Hierarquia | |
Papa | Francisco |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Arquidiocese de Buenos Aires |
Nomeação | 28 de março de 2013 |
Entrada solene | 20 de abril de 2013 |
Predecessor | Jorge Mario Cardeal Bergoglio, S.J. |
Sucessor | Jorge Ignacio García Cuerva |
Mandato | 2013 - 2023 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 25 de novembro de 1978 Catedral Metropolitana de Buenos Aires por Juan Carlos Cardeal Aramburu |
Nomeação episcopal | 8 de fevereiro de 2002 |
Ordenação episcopal | 20 de abril de 2002 Catedral Metropolitana de Buenos Aires por Jorge Mario Cardeal Bergoglio, S.J. |
Nomeado arcebispo | 28 de março de 2013 |
Cardinalato | |
Criação | 22 de fevereiro de 2014 por Papa Francisco |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Título | São Roberto Belarmino |
Brasão | |
Lema | CONCÉDEME SEÑOR UN CORAZÓN QUE ESCUCHE |
Dados pessoais | |
Nascimento | Buenos Aires 29 de novembro de 1947 (76 anos) |
Nacionalidade | argentino |
Funções exercidas | -Bispo auxiliar de Buenos Aires (2002-2008) -Bispo de Santa Rosa (2008-2013) |
Títulos anteriores | Bispo-titular de Abidda (2002-2008) |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Mario Aurelio Poli (Buenos Aires, 29 de novembro de 1947) é um cardeal católico argentino, atual arcebispo emérito de Buenos Aires.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Mario Poli, maquinista ferroviário nascido na Toscana, e de sua esposa, Josefa Felisa Zambotti, argentina, costureira e cuja família também migrou da Itália. A família morou em Buenos Aires, mas por um período mudou-se para Casale Monferrato. Poli completou a sua educação primária nas escolas públicas e do ensino secundário na igreja paroquial de São Pedro Apóstolo. Frequentou a Faculdade de Direito e Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires, onde obteve Licenciatura em Serviço Social.[1][2]
Em 1969 entrou no Seminário Metropolitano da Imaculada Conceição, de Buenos Aires, onde cursou filosofia e teologia. Na Pontifícia Universidade Católica da Argentina, obteve o doutorado em teologia (1997).[1][2]
Foi ordenado sacerdote em 25 de novembro de 1978, na catedral metropolitana de Buenos Aires, pelo Cardeal-Arcebispo Juan Carlos Aramburu. Depois foi designado vigário paroquial na paróquia de San Cayetano, em Liniers, onde permaneceu até 1980. De 1980 a 1991, no Seminário Metropolitano, foi superior da comunidade; mais tarde, ecônomo; e por fim, avaliador de estudos. Também em 1980 começou a ensinar História da Igreja na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica da Argentina.[1][2]
De 1988 a 1991 foi capelão das Religiosas Misioneras Siervas del Espíritu Santo. Entre 1988 e 1992, Poli foi também assistente eclesiástico da associação laica Fraternidades y Agrupaciones Santo Tomás de Aquino. Em 1992, o então arcebispo de Buenos Aires, cardeal Antonio Quarracino, o nomeou diretor do Instituto Vocacional São José. Membro do Colégio de Consultores e do Conselho Presbiteral.[1][2]
Em 8 de fevereiro de 2002, o Papa João Paulo II o nomeou bispo titular de Abidda e auxiliar de Buenos Aires. Recebeu a ordenação episcopal no 20 de abril seguinte, na catedral metropolitana de Buenos Aires, pelo Cardeal Jorge Mario Bergoglio, SJ, Arcebispo de Buenos Aires, auxiliado pelo Cardeal Juan Carlos Aramburu, Arcebispo Emérito de Buenos Aires, e os bispos auxiliares de Buenos Aires, Mario José Serra, Joaquín Mariano Sucunza e Guillermo Rodríguez Melgarejo.[1][2]
Mesmo enquanto bispo, continuou lecionando na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica da Argentina, até ser transferido em 24 de junho de 2008 pelo Papa Bento XVI a bispo de Santa Rosa. Poli foi empossado no 30 de agosto seguinte.[1][2]
A notícia de sua nomeação como arcebispo de Buenos Aires vazou para a imprensa em 27 de março de 2013, duas semanas após o cargo ficar vago com a eleição de Jorge Mario Bergoglio como Papa Francisco. O vazamento foi um constrangimento para os oficiais da Igreja.[3]
Em 28 de março de 2013, foi elevado a arcebispo metropolitano de Buenos Aires.[1] Recebeu o pálio, na Basílica de São Pedro, das mãos do Papa Francisco, em 29 de junho de 2013, por ocasião da Solenidade de São Pedro e São Paulo.[4]
O papa o nomeou Ordinário dos fiéis católicos de Rito Oriental que residem na Argentina e não têm Ordinário de rito próprio em 4 de maio de 2013.[1][2]
Na Conferência Episcopal Argentina (CEA), Mons. Poli foi membro das Comissões Episcopais de Educação Católica e de Ministros e presidente da Comissão para a Catequese e Pastoral Bíblica. Também foi capelão nacional da Comissão Pastoral Católica Escoteira (COPASCA). Foi eleito vice-presidente da CEA em 2017, com mandato até 2020. Presidente da Comissão Episcopal para a Educação Católica, com mandato de 2021 a 2024.[1][2][5]
Teve sua renúncia ao governo arquidiocesano, por idade, aceita pelo Papa Francisco em 26 de maio de 2023.[2][6] Em 28 de novembro, sua renúncia como ordinário dos fiéis católicos de Rito Oriental também foi aceita.[2]
Cardinalato
[editar | editar código-fonte]Em 12 de janeiro de 2014, foi anunciada a nomeação de Mario Aurelio Poli como cardeal, investidura efetivada em 22 de fevereiro de 2014, no primeiro consistório ordinário do Papa Francisco, com o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino. Foi instalado no dia seguinte.[1][2][7]
Foi nomeado membro da Congregação para as Igrejas Orientais e do Pontifício Conselho para os Leigos em 22 de maio de 2014. Participou da 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos que ocorreu entre os dias 4 a 25 de outubro de 2015. Em 11 de novembro de 2017, foi eleito primeiro vice-presidente da Comissão Executiva da Conferência Episcopal Argentina. Em 2018, foi nomeado membro do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.[1][2][8]
- ↑ a b c d e f g h i j k «The Cardinals of the Holy Roman Church - Consistory of February 22, 2014». Consultado em 14 de outubro de 2024
- ↑ a b c d e f g h i j k l «POLI Card. Mario Aurelio». press.vatican.va. Consultado em 14 de outubro de 2024
- ↑ «Desde la Iglesia confirmaron el malestar por la filtración». Clarín (em espanhol). 29 de março de 2013. Consultado em 14 de outubro de 2024
- ↑ «El Papa entregó el palio a tres arzobispos argentinos». www.laprensa.com.ar (em espanhol). Consultado em 14 de outubro de 2024
- ↑ «Conferencia Episcopal Argentina». episcopado.org (em espanhol). Consultado em 14 de outubro de 2024
- ↑ «Rinuncia e nomina dell'Arcivescovo Metropolita di Buenos Aires (Argentina)» (em italiano). Sala de Imprensa da Santa Sé. 26 de maio de 2023. Consultado em 26 de maio de 2023
- ↑ «Arzobispo de Buenos Aires partió a Roma para ser creado Cardenal por el Papa Francisco». ACI Prensa (em espanhol). Consultado em 14 de outubro de 2024
- ↑ «Rinunce e nomine». press.vatican.va. Consultado em 14 de outubro de 2024
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- AICA. Documentos - Monseñor Mario Aurelio Poli.
- Consistório de 22 de Fevereiro de 2014 - Vaticano
- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)
- «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês)
Precedido por Peter Louis Cakü |
Bispo titular de Abidda 2002 — 2008 |
Sucedido por Carlos Suárez Cázares |
Precedido por Rinaldo Fidel Brédice |
Bispo de Santa Rosa 2008 — 2013 |
Sucedido por Raúl Martín |
Precedido por: Jorge Mario Cardeal Bergoglio, S.J. |
Arcebispo de Buenos Aires 2013 — 2023 |
Sucedido por: Jorge Ignacio García Cuerva |
Cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino 2014 — |
Sucedido por: (incumbente)
|
- Nascidos em 1947
- Naturais de Buenos Aires
- Argentinos de ascendência italiana
- Alunos da Universidade de Buenos Aires
- Alunos da Pontifícia Universidade Católica da Argentina
- Bispos nomeados pelo Papa João Paulo II
- Bispos nomeados pelo Papa Bento XVI
- Bispos nomeados pelo Papa Francisco
- Arcebispos católicos da Argentina
- Cardeais nomeados pelo papa Francisco
- Cardeais da Argentina
- Argentinos do século XX
- Argentinos do século XXI
- Bispos do século XXI